Documento
com orientações para a população pode ser baixado gratuitamente na internet
Postagens e
comentários de ódio e manifestações de cunho discriminatório em redes sociais
tornaram-se cada vez mais comuns no Brasil e no mundo, demandando inclusive
ações incisivas de empresas como Facebook e Twitter. Mas como as vítimas devem
lidar com esse tipo de situação? Para orientar a população nesses casos, o
Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Escola de Direito do Rio de Janeiro da
Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) e o Núcleo de Defesa dos Direitos
Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançaram a
"Cartilha de orientação para vítimas de discurso de ódio".
Com linguagem clara,
acessível, a cartilha apresenta um conjunto de perguntas e respostas para
orientar a população nos casos de possíveis manifestações que caracterizem
discurso de ódio. O texto esclarece questionamentos como: "O que é
discurso de ódio?", "Discurso de ódio ou injúria
preconceituosa?" e "Como saber se fui vítima de discurso de
ódio?".
A publicação, que pode
ser baixada gratuitamente na internet, é fruto do convênio de cooperação para
prática jurídica em Direitos Humanos, celebrado entre a FGV Direito Rio e a
Defensoria Pública do Rio de Janeiro. A cartilha foi produzida no âmbito da
Clínica LADIF (Laboratório de Assessoria Jurídica em Direitos Fundamentais) do
Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), supervisionada pela advogada Juliana Antunes,
e contou com participação de 23 alunas e alunos da graduação da FGV Direito
Rio.
Para o professor André
Mendes, coordenador do Núcleo, a cartilha expressa o valor da responsabilidade
social do NPJ da FGV Direito Rio, caracterizando também uma atividade de
extensão: "É um tema da maior relevância. Esperamos que a cartilha possa
ajudar o público em geral sobre o que fazer nos casos de discriminação e
intolerância que caracterizam o discurso de ódio. Parabéns aos alunos e alunas
que participaram, liderados pelo ótimo trabalho da professora Juliana Antunes.
E agradeço a cooperação com a Defensoria Pública, na pessoa do estimado
Defensor Público, Dr. Fábio Amado".
Para a professora
Juliana Antunes, supervisora da Clínica LADIF, "a cartilha é um importante
instrumento para a conscientização, prevenção e, principalmente, para o combate
ao discurso de ódio, prática que, infelizmente, vem crescendo na sociedade.
Agradeço aos alunos, à FGV Direito Rio e à Defensoria por participar de um
projeto tão importante".
Já o defensor público
Fábio Amado, coordenador do Nudedh, a frutífera parceria entre o NPJ da FGV
Direito Rio e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acaba de gerar
mais um trabalho de muita qualidade, marcado por seu caráter didático e
informativo. "A Cartilha surge em momento histórico extremamente oportuno,
já que o discurso de ódio, sobretudo online, tem se disseminado de modo exponencial.
Foi uma honra participar dessa construção com as alunas e os alunos da FGV
Direito Rio, a professora Juliana Antunes e o dileto professor André
Mendes", acrescentou.
A cartilha está
disponível no site: bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/29490.
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