A figura lendária do Papai Noel já é tradição em dezembro. E
nada mais normal do que os pais estimularem a crença das crianças no bom
velhinho. Afinal, ele é um aliado na transmissão de valores fundamentais, além
de incentivar criatividade. De acordo com especialistas, acreditar em “seres”
míticos é comum na primeira infância, até mais ou menos os 6 anos, e
conforme for crescendo, o pequeno passa a entender que existe tanto mundo da
realidade, quanto o da ficção.
Simbolicamente, o Papai Noel está ligado ao Natal, e esse
período do ano é sinônimo de solidariedade. Ele é como os heróis dos quadrinhos
ou as princesas dos contos, criados para passar boas mensagens e lições
importantes.
Para a psicóloga Lia Clerot, essa fantasia desenvolve a
criatividade da criança. “Enquanto os pequenos não conseguem distinguir a
fantasia do mundo real, é natural incentivar a imaginação. Mas, a partir do
momento que a criança passa a indagar sobre a existência do bom velhinho, os
pais devem falar a verdade. Se pergunta, é porque ela já desconfia que não é
real. Então, essa é a hora de contar,” explica.
Ainda segundo ela, a fantasia faz parte do lúdico. É por
meio dela que a criança explora o imaginário, mas é importante mostrar que até
para esse mundo de fantasias existem limites e regras. “Se seu filho, por
exemplo, pedir um presente impossível para o Papai Noel, explique ele ele só
trabalha com certos tipos de pedidos”, afirma.
Lia também destaca que os pequenos enxergam do Papai Noel em
um contexto de alegria, celebração, fartura, presentes, ou seja, remete a
coisas boas. “Todas as histórias de fantasia com o "bom velhinho"
carregam lições. Por exemplo, só serão recompensados com presentes de natal
aqueles que se comportaram ao longo do ano”, completa a psicóloga.
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