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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Governo do Estado lança programa Alfabetização Ambiental


 Iniciativa das Secretarias Estaduais de Educação e Infraestrutura e Meio Ambiente conta com a parceria das administrações municipais; objetivo é conscientizar às crianças sobre os cuidados com o meio ambiente


Nesta terça-feira (3), o centro da capital paulista recebeu novas 1.400 mudas de espécies nativas que foram plantadas por crianças do 2º ano da rede pública. A iniciativa, em parceria com a subprefeitura Sé e com a sociedade civil, faz parte do programa Alfabetização Ambiental lançado pelas secretarias estaduais de Educação e de Infraestrutura e Meio Ambiente.

Participaram do evento os secretários Rossieli Soares e Marcos Penido, o subsecretário Eduardo Trani, além do subprefeito da Sé Roberto Arantes.
“Neste ano até 50 mil crianças estarão no Estado inteiro plantando árvores., numa simbologia importante ligada à alfabetização, mas também à preservação do meio ambiente. É uma conquista para uma criança ser alfabetizada, mas também é uma conquista saber olhar para o meio ambiente com a importância que ele tem”, avaliou Rossieli Soares.

“Realizar este projeto me deixa muito feliz porque é o primeiro passo de um grande programa para o convívio pacífico entre o ser humano e a natureza. Criar conscientização de que nós precisamos preservar o meio ambiente é fundamental. Somente através de conscientização nós vamos conseguir manter e preservar o meio ambiente e já começar com as crianças desde cedo aprendendo, além de escrever, a cuidar do meio em que vive é muito importante. É o primeiro passo de um grande legado”, analisou Marcos Penido.

“Este evento é absolutamente marcante. Envolveu tantas áreas de tantas secretarias e do município. É uma conquista da sociedade. Para as crianças, é um momento que, ao ter o contato direto com a terra, ela se vê olhando para o futuro, para a árvore que vai crescer e dar frutos. Essa lembrança ela não vai esquecer. Para nós, o evento marca uma política de incentivar a biodiversidade, das espécies da flora que vão trazer a fauna de volta a que vão fazer de São Paulo um Estado muito mais sustentável”, acrescentou subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo Trani.

Fornecidas pela secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, as mudas são predominantemente espécies frutíferas de pequeno porte dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. O plantio ocorreu em uma área total de 2.500 m² batizada de Bosque do Bem-Te-Vi e contou com a presença de 1.200 crianças da rede pública. O nome foi escolhido por alunos da rede estadual das escolas da Região Central por meio de um concurso. As crianças escolheram entre nomes de pássaros paulistanos como sábia laranjeira, quero-quero, rolinha, beija flor tesoura, João de barro, asa branca, pula pula e verão.

“É o segundo bosque de conversação urbana que plantamos aqui no Centro, o primeiro foi com a equipe da subprefeitura da Sé, mas este é muito especial. Nós tivemos hoje a participação 1.200 técnicos altamente capacitados e especializados, todos alunos da rede estadual aqui da região central. Nos teremos um novo espaço e essas crianças a consciência de fazer parte deste processo e levar isso para a casa e para a vida. É isso que a gente espera deixar a cidade mais verde, mais bonita e mais gostosa de se viver”, finalizou o subprefeito Roberto Arantes.

Além de contribuir com o reflorestamento, os plantios também têm o objetivo de simbolizar a fase de alfabetização dos alunos que concluem o 2º ano do ensino fundamental. O ano limite para alfabetização está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).


O Programa

O programa Alfabetização Ambiental traz uma mudança de paradigma nas políticas públicas ao unir projetos de educação e meio ambiente. A meta é envolver, ao todo, cerca de 50 mil alunos do 2º ano do ensino fundamental da rede pública estadual, em 128 municípios e 71 Diretorias de Ensino, que ao concluírem o processo de alfabetização irão plantar uma muda nativa de sua região e escrever um novo capítulo na história de sua vida e da natureza.

Com apoio técnico do Instituto Botânico, da Fundação Florestal e do Projeto Nascentes, os alunos plantam árvores de diversas espécies, nos biomas corretos e aprendem mais sobre a função daquela árvore.


Áreas verdes

Desde o início de novembro, o programa já realizou o plantio de mais de 3,6 mil mudas em 18 municípios como Araraquara, Ibitinga, Itaberá e São Carlos.
Para esta semana de lançamento, estão programados plantios de mais 6,5 mil mudas em 35 municípios como Amparo, Cubatão, Diadema, Franca, José Bonifácio e São José dos Campos, Serra Negra.

Durante a primeira quinzena de dezembro, outras diretorias de ensino do Estado também irão realizar plantio nas escolas, em suas comunidades e até em terrários para marcar o ciclo de alfabetização dos alunos do 2º ano.


Bosques de Conservação Urbana

A Subprefeitura Sé é parceira do programa e trabalha para criar, em espaços urbanos, pequenas florestas heterogêneas com espécies arbóreas e herbáceas, nativas, endêmicas e atrativas para a fauna na região mais árida da Cidade.
A medida visa reflorestar espaços degradados com o objetivo de ampliar a permeabilidade, captar águas da chuva, reconstituir habitats naturais e recuperar ecossistemas.

Este é o segundo bosque de conservação na área central. O local recebeu  mudas das espécies cabeludinha, araçá amarelo, araçá roxo, açoita cavalo, jerivá, tápia, tamanqueiro, pata de vaca, pau viola, ingá banana, sangra d´água e cereja do Rio Grande. Também estão previstos dois jardins de chuva onde serão transplantados 20 jerivás de 3 metros de altura.

A Igreja Pentecostal Deus É Amor doou 475 metros lineares de gradil de ferro perfilado, tipo parque com acabamento galvanizado e pintura em esmalte sintético na cor verde que permitirá o fechamento total do bosque.

O acesso às áreas será inicialmente restrito e cercado por gradis no padrão dos parques municipais. As visitas aos bosques serão autorizadas (via agendamento) para fins científicos, pedagógicos e culturais.

O solo será sempre permeável, devendo receber descompactação, correção, adubação (composto orgânico municipal) e camada de proteção (mulching) feita a partir de restos de podas de árvores e outros resíduos vegetais, com a intenção de permitir o melhor desenvolvimento das mudas plantadas.

A manutenção e manejo dos Bosques será responsabilidade da Subprefeitura Sé.


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