Técnicos atribuem redução ao
avanço do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores
(Proconve) e do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e
Veículos Similares (Promot). Renovação da frota e combustíveis com mais
qualidade também contribuem para melhora nos índices.
A emissão de poluentes gerados pela frota
circulante de 15,3 milhões de veículos no estado de São Paulo tem diminuído ao
longo dos últimos anos. Dados do mais recente Relatório de Emissões Veiculares
publicado pela CETESB, a agência ambiental paulista, apontam uma redução média
de 40% dos poluentes nos últimos 10 anos, apesar do aumento da frota. E queda
de 5% entre os anos de 2017 e 2018.
Outra boa notícia é a constatação também de
queda, entre 2017 e 2018, de 7% de dióxido de carbono (CO2), gás emitido pela
queima de gasolina e diesel e um dos responsáveis pelo efeito estufa. Em 2017,
as estimativas de emissão foram de 41 milhões de toneladas por ano, enquanto
que em 2018 esse número caiu para 38 milhões. Essa diminuição se deu pelo
aumento de 30% no consumo de etanol no ano passado, trazendo uma contribuição
positiva na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE), já que
substitui a gasolina em veículos flex fluel.
Em relação às contribuições de cada veículo
nas emissões de GEE em 2018, caminhões respondem com 42%, ônibus 13%,
automóveis com 29%, veículos comerciais leves em 13% e motocicletas 3%.
Emissões
Em uma década, as principais reduções de
poluentes veiculares no estado foram de material particulado (MP) com 51% e
monóxido de carbono (CO) em torno de 40%. Os óxidos de nitrogênio (NOx) também
tiveram uma queda de 35% e os compostos orgânicos voláteis (NMHC) de 37%. Em
2018, estima-se que foram emitidos no estado 315 mil toneladas de CO, contra
321 t/ano em 2017; 65 mil toneladas de NMHC contra 69 t/ano no ano anterior e
148 mil toneladas de NOx contra 155 t/ano em 2017 e 4,4 mil toneladas de
dióxido de enxofre (SO2) contra 4,7 mil em 2018.
Essas reduções se devem principalmente aos
avanços do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores
(Proconve) e do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e
Veículos Similares (Promot), além da renovação da frota (veículos mais novos
emitem menos e substituem veículos mais poluentes). Há outras ações que também
ajudam, como melhoria de combustível.
O relatório constata que, em média, 60% das emissões estão
concentradas na Região Metropolitana de São Paulo. Os automóveis foram os
maiores emissores de monóxido de carbono e compostos orgânicos voláteis,
enquanto que os caminhões responderam pelas maiores emissões de material
particulado, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre. As emissões de SO2 ocorrem
em razão da existência de enxofre nos combustíveis fósseis (diesel e gasolina).
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