Feridas e manchas na cavidade oral são manifestações frequentes da
doença;
Medidas saudáveis ajudam na prevenção do tumor
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)
cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca serão detectados em homens e
mulheres no biênio de 2018-2019, sendo o 12º mais frequente entre todos os
tumores. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) alerta que
fatores como boa higiene bucal, não beber e não fumar, alimentação saudável e
visitas regulares ao cirurgião-dentista ajudam a reduzir a incidência da doença
e a melhorar o prognóstico do tratamento.
“As consultas periódicas ao cirurgião-dentista
são fundamentais para examinar todas as regiões da boca e identificar qualquer
alteração”, afirma Fábio Alves, presidente da Câmara Técnica de Estomatologia
do CROSP. O profissional também recomenda, “ao sentir ou observar algo
diferente na boca, como manchas ou feridas que não cicatrizam, o paciente deve
procurar um profissional da Odontologia”.
Além do fumo e o consumo excessivo de bebidas
alcóolicas, o vírus do HPV também tem relação com a aparição do câncer da
região posterior (palato mole e base da língua), o que destaca a necessidade do
uso de preservativo durante a prática do sexo oral.
Confira a seguir alguns dos sintomas mais
frequentes que o câncer de boca pode apresentar.
Lesões
O estágio inicial da doença, normalmente,
apresenta feridas que crescem continuamente e não cicatrizam por mais de 15
dias. Elas podem surgir nos lábios ou qualquer outra parte da cavidade oral.
Podem ser confundidas com aftas, mas a diferença é que não causam dor.
“Em geral, o câncer inicialmente não apresenta
grandes sintomas. Os indícios são bem discretos como um pequeno incômodo na
boca, principalmente na região afetada”.
Alterações na gengiva ou na
língua
Caroços, carnes crescidas e bolinhas podem surgir
na gengiva ou na língua. Ambas as partes da boca não costumam ter o volume
aumentado, portanto, vale consultar o cirurgião-dentista.
Sangramento repentino
Sangramentos na cavidade oral não são normais,
mesmo durante uma escovação mais forte. “Como alguns sangramentos de gengiva
estão relacionados à doença periodontal, é indispensável que a avaliação
clínica seja feita para o diagnóstico correto”, pontua Fábio Alves.
Manchas
Sintoma específico do câncer, a boca pode
apresentar alteração de cor como manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua,
gengivas, palato (céu da boca) e mucosa jugal (bochechas).
“As manchas são frequentes na borda de língua e
no assoalho bucal, portanto, ao notar qualquer alteração, o paciente deve
consultar um estomatologista para verificar se é uma lesão cancerígena”, diz o
cirurgião-dentista.
Diagnóstico e tratamento
A detecção da doença deve ser feita pelo
profissional da Odontologia a partir da biópsia - remoção de um pequeno
fragmento para análise em laboratório para confirmação do diagnóstico.
“Após identificação da doença, o paciente deve
ser encaminhado para o cirurgião de Cabeça e Pescoço que irá definir a melhor
forma de tratamento, com base em exames complementares, que poderá ser
cirurgia, radioterapia ou quimioterapia conforme o estágio da doença”, afirma
Fábio Alves.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP)
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