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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Seis dicas para economizar água nos condomínios


Mais uma vez o Brasil enfrenta um período de estiagem intensa. A falta de água se tornou rotina na vida do cidadão em diversas regiões do país. Vários municípios já têm seus próprios esquemas de racionamento. Alguns estão em estado de emergência. Entretanto, cortar o fornecimento não basta - além de não ser uma das saídas mais produtivas na relação entre município e população. Trata-se de uma atitude extremista que geralmente traz grandes transtornos.

Um grupo que sofre bastante são os dos moradores de condomínios. Devido aos esquemas de cobrança serem destinados ao condomínio como um todo, e não ao morador de forma individual, muitas vezes se torna difícil controlar os gastos do grupo. Pessoas menos preocupadas acabam gastando mais do que deveriam. Por esse motivo, listei aqui seis dicas para economizar água nesses locais, garantindo resultado e respeito ao meio ambiente.


Sistema de captação de água de chuva: A água da chuva é extremamente subaproveitada nas grandes cidades. É um recurso disponível e que pode ser devidamente armazenado para momentos de necessidade, além de ser usado para diversos fins que vão da manutenção das áreas comuns, como jardins, pátios e fachadas, até o reuso dentro das residências. O sistema capta, filtra e distribui a água para o condomínio inteiro. Os custos de implementação divididos para todos os moradores é algo irrisório.


Irrigação inteligente: Muitos condomínios possuem áreas comuns com jardim. Esses locais representam um espaço de relaxamento e lazer que precisa ser preservado, mas que demanda bastante água. Um sistema de irrigação inteligente, além de usar a água captada da chuva, consegue promover uma irrigação por gotejamento nas quantidades exatas da necessidade de cada planta. A economia é imensa, pois não se usa uma gota a mais do que o necessário para manter a vegetação saudável.


Vasos sanitários com caixa acoplada: Prédios antigos possuem sistemas de descarga antiquados tanto nas áreas comuns quanto nos apartamentos, e que não dialogam com a realidade de estiagem atual. Promover a troca dos vasos sanitários para os de caixa acoplada representa uma grande economia de água. Aliado à captação de água da chuva, é possível zerar o uso de água potável nesses ambientes comuns e até mesmo dentro dos apartamentos.


Checar vazamentos: É preciso manter uma atenção especial na identificação de vazamentos. Gotinhas pingando por dias representam vários litros de água desperdiçados. Muitos condomínios ignoram esses pequenos vazamentos, postergando o conserto. Síndicos e moradores precisam se unir à procura até dos mais simples e providenciar a devida manutenção. 


Individualize a água: Embora delicada, essa é uma questão importante. Individualizar os registros de água é interessante no sentido de estimular a economia de cada morador. Quando a conta vem para o condomínio, muitas pessoas com baixo nível de consciência ambiental não se veem na obrigação de colaborar e reduzir o consumo. Separar as contas pode ser a única saída para reduzir o consumo individual.


Faça campanhas de conscientização: Mais do que colar cartazes, fazer comunicados e até mesmo palestras, é importante trazer a responsabilidade pelo uso da água para cada morador. Multas ou atenuações de contas são motivadores que levam para o bolso do morador a responsabilidade pelo bom ou mau uso desse recurso natural. É preciso conscientizar o morador do seu status de coletivo, das necessidades da comunidade e das limitações de recursos. Somente assim atitudes coletivas se tornam individuais, e a economia de água se torna não mais um momento de racionamento, mas uma nova postura de cultura e convívio social.






Danny Braz  - engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.


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