Exames moleculares podem
contribuir para o diagnóstico mais preciso
Exames
moleculares podem contribuir para o diagnóstico mais preciso
As doenças cardiovasculares estão entre as
principais causas de morte no mundo. No Brasil, cerca de 300 mil pessoas sofrem
infartos todos os anos, segundo o Ministério da Saúde, e em 30% dos casos a
doença é fatal. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até
2040 as mortes por doenças cardiovasculares devem aumentar em 250%. Esse é um
dos motivos que a OMS, UNESCO e outras instituições fazem diversas ações
educativas em 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração. O intuito é incentivar
a prática de atividades físicas e cuidados com a alimentação.
É comum associar problemas do coração com
tontura, falta de ar e fortes dores no peito, mas nem sempre há manifestação de
sintomas. Algumas doenças chegam de forma silenciosa e, quando descobertas,
podem estar em estágio avançado. É o caso da obstrução arterial, caracterizada
pelo acúmulo de gordura na parede das artérias, que impede a passagem e a chegada
do sangue aos tecidos. O processo de obstrução é o que ocasiona o infarto, por
exemplo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) sinaliza quatro
problemas mais recorrentes relacionados ao coração: infarto do miocárdio,
doenças hipertensivas, insuficiência cardíaca e miocardiopatias. Pessoas que
apresentam histórico familiar de doenças cardiovasculares devem ficar mais
atentas. Além disso, diabetes, hipertensão e colesterol elevado também são
fatores que aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas. A prática de
atividades físicas combinada com alimentação saudável são essenciais para
prevenir problemas futuros, além do acompanhamento médico regular.
Exames de sangue possibilitam a identificação
de alterações nos níveis de colesterol, glicemia e tireoide, que estão ligados
a fatores de risco para problemas no coração. Cada exame analisa um
aspecto e, quando associados aos exames de imagem, se tornam completos. Mas, de
acordo com o gerente geral do DB Molecular, Nelson Gaburo, os exames genéticos
podem auxiliar em um diagnóstico mais preciso. “Já dispomos de testes
moleculares direcionados para diversas condições cardiológicas, como a
cardiomiopatia hipertrófica (CMH), doença que afeta um a cada 500 indivíduos da
população em geral. Ela é a causa mais comum de morte súbita cardíaca em jovens
atletas”, comenta o gerente.
A doença é de transmissão autossômica dominante
(HAD) e parentes de primeiro grau têm um risco de 50% de herdar o gene, segundo
Gaburo. “Os exames moleculares fornecem informações precisas que direcionam o
tratamento individualizado para cada paciente. A avaliação para os parentes em
primeiro grau de indivíduos que tenham a doença torna tanto o tratamento
medicamentoso quanto o cirúrgico mais rápidos e precisos, reduzindo
significantemente a alta morbidade e mortalidade associadas à doença”, explica
Gaburo.
DB Molecular
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