Acredito que, entre todos os textos que escrevi até hoje, nunca tenha me debruçado sobre o porquê de a retórica esquerdista haver sobrevivido e ter sido tão atrativa na história do mundo como foi na América Latina. Hoje, graças a uma insônia, comecei a refletir não sobre a disputa eleitoral que estamos já vivenciando, tampouco sobre seus candidatos, mas fiz uma profunda análise, se é que isso pode ser chamado de análise, ou observação, em relação ao que mais me fascina no mundo da retórica esquerdista na defesa de seus “ideais”, sempre como costumamos dizer, repletos de “segundas intenções”.
É
realmente interessante, e explica muito os motivos da engenhosa postura da
esquerda no mundo, sua astúcia na impregnação de conceitos nas lacunas da
sociedade que me parece às vezes “pega de surpresa”, pois esses intelectuais
esquerdistas sempre se anteciparam em lograr argumentos para manipular, em
ambiente fértil, no qual os incautos poderiam enfim se aliar a suas causas.
Thomas
Swell é um economista norte-americano, crítico social, filósofo político e
autor liberal conservador. Nasceu na Carolina do Norte, mas cresceu em Harlem.
Graduou-se em Economia na Universidade de Harvard em 1958 e depois fez mestrado
em economia pela Universidade de Columbia. Como intelectual e negro, sempre foi
contra as ações afirmativas, e seus textos são de uma genialidade ímpar ao
fazer uma exegese do pensamento retórico esquerdista no decorrer dos anos desde
o século XVIII.
No
Brasil a esquerda sempre se utilizou das argumentações bem pensadas, antes de
colocá-las em prática. Uma das curiosidades é que o PT, por exemplo, assim como
os demais partidos de esquerda – que na verdade nunca foram de esquerda, pois
nunca existiu uma direita forte no Brasil –, sempre se referiu a seus
adversários como “Conservadores”. Essa era a palavra mais usada e em palanques
diziam que o “conservadorismo estava arraigado no Brasil”, que as “atitudes
conservadoras” eram culpadas pela miséria, que banqueiros conservadores
usurpavam os pobres, e assim por diante, num país em que o Conservadorismo
nunca existiu!
Só
hoje, em 2018, é que os conservadores mostram sua cara, falam o que pensam,
defendem suas ideias e seus ideais, demonstrando coragem e indignação pelo fato
de a esquerda haver destroçado nosso país com a corrupção, a ladroagem e a
politicagem, saqueadoras do erário público.
Portanto,
desde que surgiram os Conservadores no Brasil, a esquerda jamais voltou a usar
o termo conservador
para desqualificar adversários, como outrora fazia, pelo simples fato de que
hoje se materializou o Conservadorismo no Brasil, e então teriam que debatê-lo.
Desmascarar
as táticas da esquerda sempre foi um trabalho muito bem elaborado pelo conservador
Thomas Swell, falar sobre pobres, gays,
índios, jogar ricos contra pobres, exaltar a ideologia de gênero, agora uma
tímida defesa da pedofilia, ser radicalmente a favor do desarmamento, em
justificativas agregadas de elementos pseudointelectuais, preenchendo
lacunas setoriais numa arrogância de se alçarem “pensadores do bem”; esta é a
tática de se mostrar culta, pensadora e inovadora em meio a uma cultura pobre
de pensamento, colocando-se como a dona da verdade, fazendo dos incautos
vítimas de seus desígnios mais espúrios, usando a democracia e a liberdade para
implantar uma ditatura implacável. Por isso, candidatos conservadores que
existem de verdade hoje no Brasil e no mundo, como Trump, desestabilizam os
argumentos frágeis nas convicções ideológicas esquerdopatas na estratégia de
tomada dos poderes.
E
para finalizar, amigos, e voltar a dormir, pois escrevo de madrugada, lembro-me
de uma famosa frase de Swell ao se referir à liberdade: “A liberdade custou
muito sangue e sofrimento para ser renunciada por uma retórica tão barata”. E
como tudo que é barato se prolifera, o custo do Conservadorismo é ainda alto
num país em que ele só agora surge.
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