É uma situação mais comum do que a gente pensa! Confira
dicas de como evitar ou proceder caso seu filho engula algum objeto estranho
É inegável que a curiosidade natural das crianças traz muitos
benefícios quando eles crescem, mas também pode representar muitos perigos – principalmente
quando elas resolvem colocar coisas que não devem na boca.
Os pequenos, sobretudo os que possuem entre 1 e 3 anos de idade,
são os mais propensos a engolirem objetos inadequados. Nessa faixa etária, eles
ainda não desenvolveram a consciência do que é, ou não, perigoso ingerir.
É uma situação comum em todo o país. O sufocamento por aspiração
de um corpo estranho é a 3ª causa de morte acidental de crianças menores de 14
anos no Brasil, segundo estudo da ONG Criança Segura.
A maior parte desses casos trata-se da própria comida mal
ingerida, mas há situações que costumam assustar bastante os pais e
responsáveis, como a ingestão de moedas, brinquedos, material de escritório,
etc.
Para evitar esta situação, é necessário ter atenção e cuidado para
garantir que não seja mais do que um susto. Confira algumas dicas de como
reagir e cuidar se o pequeno engolir algo que possa obstruir sua garganta.
É possível perceber alguns sinais?
Quem cuida de crianças sabe: poucos segundos são suficientes para
elas “aprontarem” sem que a gente perceba. Uma simples ida ao banheiro ou para
tomar água e pronto! Já colocaram o que não deve na boca.
Por conta disso, é preciso estar atento a alguns sinais que ficam
evidentes. Se o pequeno estava normal e, de repente, não quis comer ou reclamou
de dor para engolir, babar demais ou até vomitar, é um alerta de algo que não
está funcionando como deveria.
Se o objeto tiver ido ao pulmão, ela começará a tossir de uma hora
para outra, respirar com chiado e até sofrer com falta de ar. Qualquer um
destes sintomas já pode ser um indicativo para sufocamento. Na dúvida, não
perca tempo e leve ao pronto-socorro.
Meu filho engoliu algo, e agora?
Ao identificar qualquer um destes sinais, a principal
recomendação, evidentemente, é levar seu filho ao hospital imediatamente e
manter a calma para evitar deixá-lo nervoso. Apenas os médicos podem determinar
os melhores procedimentos para o caso.
Muitos pais, ao perceberem que as crianças estão com dificuldade
de respirar, normalmente as obrigam a comer algo. Outros ainda tentam enfiar o
dedo na goela para tentar retirar o objeto, mas as duas atitudes podem agravar
o quadro.
Somente no hospital, com auxílio de Raio-X e outros exames, é
possível ver o tamanho do produto engolido, suas características e onde ele
está alojado. A partir daí, eles decidem sobre qual o melhor tratamento.
O que pode acontecer?
Quando alguém ingere um objeto estranho, ele pode seguir dois
caminhos em nosso organismo: o sistema digestivo, que passa pelo esôfago,
estômago e intestino, ou o respiratório, ficando preso no pulmão (o mais
perigoso).
Na primeira opção, dependendo do tamanho e das características, o
item pode ser eliminado pelas fezes, sem qualquer complicação. Se for
pontiagudo ou conter materiais tóxicos, pode causar feridas e infecções – sendo
necessário a sua retirada por meio de cirurgia ou endoscopia.
Já no pulmão, a situação é mais grave porque o objeto não pode ser
expelido sozinho e, dependendo de onde está parado, pode trazer consequências
gravíssimas. Portanto, o único tratamento é a cirurgia de extração.
Como posso evitar estes acidentes?
Prevenir sempre é melhor do que remediar. Logo, os pais e
responsáveis devem ficar atentos e sempre ficarem perto das crianças para
evitarem que elas coloquem peças estranhas na boca e até para garantir que os
primeiros socorros sejam imediatos.
Além disso, é essencial garantir que o ambiente que os pequenos
costumam utilizar com frequência, como a sala, cozinha e quarto, não tenham
objetos pequenos a seu alcance, como itens de decoração, chaves e moedas, e que
todas as gavetas e armários estejam trancados.
Outra recomendação importante é ficar atento aos brinquedos. Cada
faixa etária tem produtos específicos justamente por estas situações. Assim, o
ideal é deixar seus filhos brincarem com itens recomendados a sua idade.
Existe objetos ‘preferidos’ para serem engolidos?
A imaginação das crianças para engolirem o que não devem é grande!
Os campeões da preferência, por assim dizer, são as moedas por sua facilidade
de serem ingeridas: são pequenas, redondas e normalmente ficam espalhadas pela
casa, com pouco cuidado.
Peças pequenas de brinquedos também são comuns. Parafusos, pregos,
alfinetes, agulhas, pilhas e baterias também estão na lista – e são bem
perigosos porque podem causar feridas internas graves.
Entretanto, é comum ver Raio-X e laudo a
distância com exemplos de
objetos bem diversos, como tesouras pequenas, presilhas de cabelo, pulseiras,
brinquedos em miniaturas, canetas, colheres, entre outros itens inacreditáveis.
Na dúvida, leve ao médico
É uma situação que deixa qualquer um nervoso, mas é essencial
manter a calma e garantir que os primeiros socorros sejam feitos o quanto antes
no hospital.
O ato de ingerir algo estranho não significa que resultará em
tragédia. Há casos em que a criança expele normalmente pelas fezes e nem sente
dor. Quanto mais cedo for identificado o que está no organismo dela, mais
rápido é o tratamento.
Portanto, se você não viu ele engolindo algo estranho, mas notou
uma mudança de comportamento, não hesite em levá-lo a um pediatra. Não se
brinca com a saúde de ninguém, muito menos de crianças.
Fonte - DiagRad
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