Enquanto Trump e Putin se encontram na
Escandinávia, a União Europeia e a China têm um encontro de cúpula em
Pequim. Significativamente, incluíram em sua declaração
conjunta a determinação de combater as alterações climáticas, de fazer
avançar o processo multilateral de negociações climáticas no âmbito da ONU e de
promover a cooperação bilateral concreta em questões como plano de transição de
longo prazo, comércio de carbono, energia limpa e transporte de baixo carbono e
cidades.
Esta declaração conjunta sobre mudanças
climáticas foi inicialmente preparada para a cúpula do ano passado, mas disputas comerciais
entre a União Europeia e a China impediram sua adoção. O comunicado divulgado
hoje tem basicamente o mesmo conteúdo do ano passado (veja
a versão anterior). A 20ª Cúpula UE-China, a União Europeia e a
China também reafirmam o consenso sobre uma série de outras questões, como
segurança, comércio e política.
"A declaração climática de hoje reafirma a
determinação de Pequim e Bruxelas de levar adiante o Acordo de Paris neste ano
crucial para a diplomacia climática. O que une as partes não é apenas Trump -
China e União Europeia entendem as oportunidades oferecidas por um clima limpo
e um mundo seguro”, analisa Li Shuo, Assessor Sênior para Políticas Climáticas
do Greenpeace na China. “À medida que os impactos do clima começam a afetar o
mundo, a necessidade de agir sobre as mudanças climáticas é mais urgente do que
nunca", acrescenta.
Para Wendel Trio, diretor da Climate Action
Network (CAN) Europa, “Esta declaração é um marco importante para garantir o
aumento substancial urgentemente necessário na ação climática global. Com base
na superação das suas atuais metas e no ímpeto da UE em apoio a ir muito além
do compromisso de Paris, o aumento da cooperação na ação climática entre a UE e
a China pode impulsionar a transição global para o carbono zero.”.
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