Perigo aumenta em
pessoas que já sofrem com doenças cardíacas, alerta especialista
Muita gente
acredita que bebidas energéticas ricas em cafeína são a salvação para espantar
aquela preguicinha do dia a dia. Apesar do fato de que estes produtos colaboram
para a elevação dos ânimos, é preciso manter os olhos abertos com o consumo
porque doses excessivas podem ser um perigo para o coração.
Compreendida como
um estimulante natural capaz de manter o cérebro em alerta por mais tempo e uma
redutora de sintomas de cansaço, a cafeína é bastante presente na dieta do
brasileiro. Para se ter ideia, em 2017 foram consumidos 1,07 milhões de
toneladas de café – grão no qual a cafeína é presente em grande proporção - e
em 2021, esse consumo deve crescer para 1,25 milhões de toneladas, segundo
dados de uma pesquisa apresentada pela Associação Brasileira da Indústria de
Café (ABIC).
Apesar dos números
serem favoráveis para a balança comercial do país, fica o alerta para a saúde.
Isso porque, segundos especialistas, pequenas doses de cafeína aumentam a
frequência cardíaca em torno de 05 a 10 batimentos por minutos. “O
consumo da cafeína moderado não chega a ser um problema, mas doses maiores
dessa substância são prejudiciais e podem acarretar, inclusive, arritmias
cardíacas”, alerta a cardiologista Karina Cindy. “Isso porque o coração pode
disparar de uma forma irregular e afetar a todo o sistema circulatório”,
explica a especialista.
É claro, que
pessoas já diagnosticadas com doenças cardíacas precisam ficar mais atentas do
que as demais. “O ideal é que estes indivíduos procurem por orientação médica
periodicamente e se submetam a avaliações, pois assim saberão enquadrar o café e
outras bebidas energéticas na rotina. Ressalvo que o nosso cafezinho para mudar
o paladar após o almoço ou aquela pequena dose para encerrar o dia de trabalho,
não são prejudiciais, mas é bom ficar de olho”, alerta Karina Cindy.
Produtos com teor
de cafeína para ficar de olho
Café preto
tradicional, café solúvel, chá preto, chá mate, chá verde, achocolatado,
chocolate amargo e meio amargo, refrigerantes, guaraná, canela, energéticos
industrializados próprios para bebidas alcoólicas, suplementos para academia, e
medicamentos especiais para dores de cabeça ou musculares.
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