Fala é de Alan Leite, CEO da Startup
Farm, no lançamento do programa CoLABore, realizado na Unibes Cultural, em que
empresários e representantes de organizações do terceiro setor discutem
assuntos relacionados ao empreendedorismo no Brasil
Está
acontecendo hoje, em São Paulo, o lançamento do programa CoLABore, criado pelo
Unibes Cultural, com patrocínio da Cielo, que pretende contribuir para o
fortalecimento do ecossistema do empreendedorismo e capacitar uma nova geração
de empreendedores, estimulando a participação da sociedade para potencializar o
olhar para a cultura empreendedora. Em sua primeira fase, o CoLABore
reúne mais de 15 palestrantes de diversas instituições para criar conexões e
impulsos entre diferentes protagonistas do empreendedorismo social e criativo.
A
primeira palestra do dia, “Empreendedorismo, um novo caminho profissional para
o crescimento de uma geração”, teve mediação de Alan Leite, CEO da Startup
Farm, que defendeu que só vamos mudar a realidade se todos tiverem a cultura
empreendedora. “A geração nascida depois dos anos 2000 é geração founder,
fundadora, são pessoas que estão mais dispostas a empreender e esse é o
caminho. Basta procurar um grande problema brasileiro e tentar resolver, você
vai ter um grande negócio para empreender”, comentou.
Para
a panelista Maure Pessanha, diretora executiva da Artemísia, aceleradora de
negócios de impacto social há 14 anos no mercado, o ser humano pode ser
multidimensional, pode ganhar dinheiro, querer mudar o mundo, e ter uma vida
boa. Empreender pode ser um negócio lucrativo e mudar as coisas, questões
sociais. “Temos gente muito boa e qualificada querendo empreender, gente
querendo deixar um legado. Tem gente com senso de dever e também os jovens que
já vêm com o ‘chip de empreendedorismo’. E os investidores também estão olhando
para impacto de uma outra maneira”.
A
executiva acredita que o empreendedor tem que se apaixonar pelo problema e não
pela solução. “Algumas áreas interessantes para se empreender nos próximos anos
são os serviços financeiros, uma área que tem crescido muito e ganhado cada vez
mais um olhar de impacto, e também todo o mercado do ‘mais 60’ e bem-estar, por
uma questão demográfica de população envelhecendo”, explicou.
“O
empreendedorismo vai salvar o Brasil”
Fabio
Neufeld, CEO e fundador da Kavod Lending, construiu toda sua carreira em um banco
antes de ter sua empresa acelerada pelo programa de fintechs da Startup Farm.
Com um espírito empreendedor, percebeu que era possível ter um negócio
lucrativo e oferecer para população um serviço melhor e mais justo.
“Existe
vida fora dessa coisa de ser empregado durante 30 anos da mesma empresa. O
empreendedorismo vai salvar o Brasil. Quanto mais empreendedores a gente tiver,
mais o Brasil vai para frente”. Para o empreendedor, é necessário buscar um
propósito para a vida, entender o problema, saber como atacá-lo e, então,
empreender.
Para
Claudio Bessa, head da unidade de desenvolvimento ecossistema e Startup da IBM
América Latina, é cada vez mais perceptível um gap entre o que se aprende e o
que é utilizado no dia a dia. “Quando vamos para startup, elas são um reflexo
disso, porque não teve a base. Quando você não tem o ferramental você perde a
oportunidade de acelerar o processo de engajamento. Temos que usar a tecnologia
a nosso favor para melhorar o mundo e a gente como seres humanos”, comenta.
O
empresário continua, “Watson vai roubar empregos? Você não perde empregos, os
empregos se transmutam e se ressignificam. Ou você se especializa e se
atualiza, ou você desaparece. As profissões desaparecem para que possamos ter
outros tipos de atividades mais condizentes com a nova realidade. Inteligência
artificial vem para gerar outro tipo de empregos que a sociedade necessita”.
Sobre
a Unibes Cultural
Ao
completar dois anos de atividade, a Unibes Cultural consolida seu papel de hub
da cultura, do empreendedorismo criativo e das causas sociais na cidade de São
Paulo, ao convergir, conectar e distribuir cultura e diferentes conhecimentos.
Assim, a instituição assume a vocação não só de formadora de público, mas
também de agente transformador do cenário cultural. A estratégia não é criar
uma nova agenda para São Paulo, mas potencializar o que já é feito por meio de
espaço, encontros, debates e reflexões para todos que querem ajudar a preparar
a cidade para o futuro.
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