Cardiologista aponta os cuidados que o torcedor
deve ter para não se deixar levar pela emoção e ter algum tipo de problema
cardíaco nos jogos da seleção brasileira
É um sentimento que se repete a cada 4 anos. A relação do brasileiro
com a seleção de futebol costuma ser de amor e ódio na Copa do Mundo. Os nervos
ficam "à flor da pele", o torcedor sofre ou transborda de alegria em
questão de segundos. É um desequilíbrio emocional que afeta sim o coração. Na
Copa do Mundo de 2014, um torcedor que acompanhava o jogo do Brasil x Chile,
no Mineirão, em Belo Horizonte, não resistiu a tanta tensão emocional
e morreu durante a disputa de pênaltis em consequência de um infarto do
miocárdio, seguido de parada cardíaca. “Estar ciente dos sinais e sintomas que
podem sinalizar para um possível infarto é importantíssimo para o torcedor, por
isso é fundamental que aquelas pessoas em situação de risco para as doenças
cardiovasculares procurem um médico, façam os exames necessários e tome as
medidas preventivas para evitar algo mais grave e irremediável", alerta o
cardiologista Paulo Frange.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no mundo.
Aqui no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil pessoas morrem
por ano e muitas pessoas sequer sabem que são doentes. Uma pesquisa feita
pela Universidade de São Paulo mostra que o número de internações por problemas
cardíacos durante os jogos do Brasil aumenta em cerca de 16%. "É um dado
importante que serve de alerta para aqueles torcedores mais exaltados e que já
sofrem com algum tipo de cardiopatia. O torcedor precisa ter cuidado sim com a
sobrecarga emocional comum no período de Copa do Mundo", acrescenta o
especialista.
Portanto, antes do brasileiro se envolver com as emoções da Copa e
sofrer ou vibrar nos jogos da nossa seleção é preciso ver se o coração está em
dia, algumas das doenças podem ser descobertas por meio de exames simples, como
um eletrocardiograma, um teste de esforço ou um ecocardiograma. O médico pode
investigar os fatores de risco e verificar se existe, por exemplo, uma
propensão hereditária para desenvolver alguma doença cardiovascular, se há
histórico familiar e se a pessoa tem hábitos que podem desencadear a doença
como sedentarismo, obesidade, níveis altos de colesterol, diabetes, hipertensão
ou tabagismo. "As pessoas que se enquadram em algum desses fatores já
devem redobrar a atenção. Além de manter os cuidados tradicionais para se
evitar uma alimentação irregular, com excesso de sal e gordura, é importante
manter alguma atividade física. Sem tomar os cuidados necessários, situações
que provoquem estresse emocional intenso, nervosismo e ansiedade vão aumentar
os riscos de infarto ou de AVC", conclui o Dr. Paulo Frange.
Dr. Paulo Frange - médico cardiologista tendo
iniciado a carreira no Instituto Dante Pazzanese e durante 15 anos foi diretor clínico do Centro Hospitalar Dom
Silvério Gomes Pimenta, atual Hospital São Camilo de Santana, o maior complexo
hospitalar da Zona Norte de São Paulo. Dr. Paulo Frange é vereador eleito pelo
PTB em São Paulo desde 1997 e está em seu sexto mandato. É um dos mais atuantes
da Câmara tendo mais de quatrocentos e sessenta projetos protocolados, 160 aprovados
e sancionados em lei e 201 em trâmite. Entre os destaques da atuação do
vereador, estão leis relacionadas à saúde, Política Urbana e Administração. É
de autoria do vereador a lei que criou o Fundo Municipal de Desenvolvimento de
Trânsito e Transporte que prevê o financiamento de ações que envolvam a
educação no trânsito, a sinalização, a engenharia de tráfego e de campo, o
policiamento e fiscalização através do direcionamento de recursos proveniente
das multas de trânsito. Atualmente o vereador é o relator da lei de
zoneamento. E é na área da saúde que está uma das suas maiores bandeiras como
vereador, a construção do Hospital Municipal da Vila Brasilândia.
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