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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Verão: o perigo das dietas radicais



Com a chegada do verão algumas sentem a necessidade de se livrar dos quilinhos extras e às vezes adotam práticas alimentares radicais, como excluir totalmente determinados alimentos, exagerar nos exercícios físicos ou até usar medicamentos sem prescrição médica. Medidas como essas, além de não serem eficazes a longo prazo, podem gerar sérios problemas de saúde. Mas então, como conseguir chegar ao peso ideal e manter a saúde em dia?

A nutricionista Mayra Fiuza Silva (CRN3 32339), profissional cadastrada na plataforma Doutor123, separou dicas sobre as dietas que estão em alta, confira!


Dieta Low Carb

Como o próprio nome já diz, low (de baixo) e carb (de carboidrato), a dieta propõe reduzir a quantidade diária de carboidratos ingeridos e prioriza a alimentação baseada em vegetais e legumes, frutas com baixo teor de açúcar, oleaginosas e alimentos ricos em proteínas como carnes magras, leites desnatados e queijos brancos.

A proposta é reduzir o nível de insulina na corrente sanguínea, uma vez que as células se obrigam a liberar a gordura estocada para suprir a necessidade de energia, o que resulta na perda de peso logo nos primeiros dias. Com resultados rápidos, os adeptos tendem a ficar empolgados e optam por abolir definitivamente o carboidrato, o que não é recomendado. O ideal é adequar o consumo desse grupo alimentício e escolher boas fontes do nutriente. A low carb proporciona uma maior saciedade e os picos de fome são reduzidos.


Dieta Glúten Free

O Glúten é uma proteína presente naturalmente em diversos cereais, como cevada, trigo e centeio. Atualmente, cerca de 1% da população mundial possui a doença celíaca, ou seja, quando o glúten não é bem aceito pelo intestino e gera diversas reações como diarreia, gases e inchaço. Com a popularidade do assunto, muitas pessoas que não têm restrição à proteína decidiram bani-la com o intuito de emagrecer.

É preciso ter atenção e cautela, pois quando retiramos indiscriminadamente algo da nossa alimentação sem que tenhamos algum problema de saúde que justifique isso, podemos induzir nosso organismo a desenvolver patologias associadas à essa remoção. O próprio Conselho Regional de Nutricionistas (CRN3) emitiu o parecer técnico 10/2015 discorrendo sobre essa restrição do consumo de glúten como medida terapêutica.


Jejum intermitente

Como o próprio nome já diz, é um tipo de jejum que inicia e recomeça por intervalos, que são definidos de acordo com a necessidade e disponibilidade de cada pessoa. Os protocolos mais comuns da prática são: jejum de 12 horas, de 16 horas e de 18 horas. O objetivo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e resulte em perda de massa gorda. Apesar de simples, a estratégia exige cuidado, pois para iniciá-la, o indivíduo já deve fazer refeições saudáveis e balanceadas ou o processo ficará muito mais complicado e de fácil desistência.
Como qualquer outra mudança brusca na alimentação, o jejum intermitente também exige acompanhamento médico e não pode ser feito por qualquer pessoa. A dieta não é aconselhada para crianças, gestantes e idosos.

Lembre-se de sempre procurar um especialista antes de iniciar qualquer tipo de dieta, por mais simples que pareça. Cada indivíduo é único assim como seu organismo, então, nem sempre o que está na moda funciona para você.





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