“Não se deve julgar nem acusar os homens por serem
a causa direta dos males femininos e nem tampouco de maneira exclusiva de
mantê-las servis”, alerta a pesquisadora e doutora em igualdade de gêneros,
Alice Schuch. Segundo a autora são as próprias mulheres que se obrigam a
reproduzir as condições e as identidades genéricas no mundo, e esse mandato
funciona tão bem que mesmo quando está só, cada mulher é vigia de si mesma
porque não sabe ser de outro modo, não se atreve a sê-lo.
“Lutar contra os homens é pois um retrocesso, uma
perda de tempo. Somos grandes e capazes de construir-nos. Basta-nos
conscientizar e incrementar a funcionalidade da nossa inteligência, auxiliar
todas as mulheres e meninas a desenvolver a criatividade pessoal de modo
superior, conquistando assim, com naturalidade, a almejada evolução histórica,
econômica e social”, diz Alice.
De acordo com Alice Schuch, a mídia publica hoje
uma constante de desgraças, sofrimentos, antagonismos, rebeliões, as quais
apontam que as mulheres foram e serão de qualquer modo ludibriadas, logo,
perdedoras. “E assim, entramos no jogo da vida de modo infantil, impulsionadas
por uma carga erótico-agressiva, cujo resultado é a frustração geral”,
ressalta.
A pesquisadora diz que certamente podem acontecer
momentos de perigo, de crise e nessas situações ocorre permanecer na intuição
da própria inteligência, fazendo um corte com a realidade externa, pois em tais
ocasiões as mulheres precisam somente delas mesmas. “A beleza e o poder são o
resultado da arte de cultivar a própria inteligência! Um Belo, Feliz e Sereno
Ano Próspero!”, exclama.
Alice
Schuch - escritora, palestrante, doutora e pesquisadora do universo feminino.
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