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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Festas de final de ano podem lesar a visão





Mau uso de laser em baladas de final de ano pode causar perda temporária da visão ou  lesões na retina que levam à baixa visual e até à cegueira.


Nas férias de final de ano não é só o abuso dos banhos de sol sem óculos que filtrem 100% da radiação  UV (ultravioleta)  que pode prejudicar a visão.  Outra radiação comum nas baladas que tem efeito nocivo sobre a visão é o laser. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o perigo está relacionado ao tempo de exposição e ao comprimento de onda. Quanto maiores forem estes dois parâmetros, maior é o risco. 

O especialista afirma que a maioria dos canhões usados em baladas têm o mesmo comprimento dos equipamentos utilizados por oftalmologistas em procedimentos médicos. Isso significa que se o facho de luz for direcionado ao rosto das pessoas, ou apontado sobre superfícies refletoras como a água e placas de metal,  pode causar desde lesões superficiais até danos definitivos na retina, conforme o tempo de exposição.

Este foi o caso, comenta, de um paciente que permaneceu dias enxergando reflexos depois de participar de uma balada. Por sorte foi uma queimadura superficial que não resultou numa baixa contínua da visão porque o tempo de exposição foi curto. Ainda assim, Queiroz Neto adverte que as células lesadas não têm recuperação. O ideal, comenta, é não facilitar. Para evitar problemas nas festas  recomenda  sempre proteger os olhos com lentes que bloqueiem a radiação UV, mesmo quando são realizadas à noite. Isso porque, os canhões de lazer se popularizaram e  muitas vezes são utilizados por pessoas que desconhecem as regras de segurança.


Perigo varia de acordo com a cor da luz 

O oftalmologista afirma que o único laser inofensivo aos olhos é o pertencente à classe 1 que em geral é usado nos brinquedos. Já as ponteiras utilizadas em palestras,  emitem luz infravermelha.  Embora não representem risco extremo para a visão podem causar edema na retina e perda temporária da visão se a luz for fixada por período prolongado. Já a ponteira de diodo laser que emite uma luz verde pode causar a perda definitiva da visão. Isso porque, dependendo da distância que é apontada  para os olhos pode provocar  a morte de células da  mácula, parte central da retina, e levar à danos irreparáveis.  

Outros equipamentos comenta emitem luz ultravioleta que tem a cor invisível aos olhos e o efeito sobre a visão pode ser comparado ao do sol. Significa que de imediato pode causar fotoceratite, uma sensibilização temporária da córnea. A longo prazo  contribui com o desenvolvimento da  catarata – opacificação do cristalino.  


Risco é maior entre crianças

Queiroz Neto chama a atenção dos pais  para que mantenham as ponteiras de laser longe do alcance de crianças. Isso porque até os 10 anos de idade a transparência tanto da córnea como do cristalino é maior e por isso a capacidade de filtrar todo tipo de radiação é menor. 

Os sinais de que os olhos foram agredidos pelo laser são: ofuscamento, enxergar manchas ou reflexos e dificuldade de adaptação a ambientes escuros. Na presença destes sintomas é importante consultar um oftalmologista.

As principais recomendações do especialista para evitar lesões nos olhos são:

 
- Nunca olhar diretamente para o laser.
- Não apontar a luz diretamente sobre outra pessoa ou superfícies refletoras.
- Evitar o uso de binóculo  para visualizar a ponteira.





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