Se tem uma coisa que temos que lidar desde muito cedo, é com o
nervosismo antes das provas. Desde muito pequenos somos avaliados e devemos
lidar com isso. Porém, na grande maioria das vezes em que essas avaliações
acontecem, o stress e o nervosismo tomam conta do nosso emocional, podendo até
prejudicar os resultados.
E se em nós adultos o “estrago” pode ser grande, imagem para as
crianças. Ir mal numa prova nem sempre tem haver com o fato dela não saber
determinado conteúdo, mas com o estado emocional em que ela se encontra a
realizar tal ato. A cobrança por parte dos pais, professores e até da sociedade
é tão grande, que muitos não conseguem lidar e executar as tarefas como
gostariam.
Tal ato é um misto de sentimentos, como o medo, a frustração e a
preocupação. É um processo delicado em que o professor deve estar atento, já
que para os alunos, o dia da avaliação é esperado com muita ansiedade, estresse
e nervosismo. Para eles, essas avaliações muitas vezes são a identificação do
julgamento do que é certo ou errado, é o que rotula, o que o diferencia dos
colegas em sala.
E toda essa tensão pré-prova, pode acabar levando a criança a
níveis de stress fora dos padrões para a idade. Podendo desencadear sintomas
ainda mais graves com enjoo, diarreia, pressão baixa, taquicardia, sensação de
desmaio, choro e sentimento de incapacidade.
Infelizmente, uma criança que no dia de prova já
acorda estressada, mal-humorada, fala para os pais que está nervosa, que não
consegue comer, mesmo tendo estudado a matéria, não é rara hoje e deve chamar
nossa atenção para a questão.
Esses exemplos devem sim chamar a atenção do corpo
docente para os atuais métodos avaliativos, será que eles são realmente
eficazes? Ou será que podemos melhorá-los? Evitando assim que as crianças ou
adolescentes e até o próprio professor sofra.
O professor é a porta de entrada para o
conhecimento, a abertura do novo, é ele que acompanha o aluno desde o primeiro
ao último dia de aula. Se essa mediação acontecer de maneira tranquila, alguns
problemas podem ser evitados. Agora, se esse docente não estiver preparado,
acabará revelando alguns dos problemas já citados, os quais devem ser analisados
e encaminhados para a solução adequada, evitando assim maiores prejuízos.
Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e
em gestão escolar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário