|
Frio
pode ser responsável por agravar as dores
Ao
contrário do que muitos pensam, a fibromialgia não acomete um órgão
específico e nem pode ser detectada por meio de exames. De modo geral, ela é
uma síndrome que provoca dores crônicas intensas no corpo, que podem ser
acentuadas de acordo com cada paciente.
Entre
seus principais sintomas estão: dores de cabeça e corpo em geral, perda de
sono e de memória, dormência nas mãos e fadiga constante. "A dor é
contínua, mas pode se agravar em casos de muito estresse, ansiedade ou queda
de temperatura. Vale ressaltar que essa síndrome tem uma importante relação
com o humor. A depressão e a ansiedade são muito comuns nos quadros clínicos
de pacientes que sofrem com a fibromialgia", afirma o Dr. Dawton Yukito
Torigoe, professor de Reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo.
O
perfil da pessoa acometida pela síndrome também é característico, sendo, em
geral, composto por indivíduos perfeccionistas, com múltiplas atividades e
que têm dificuldade em delegar funções, ou seja, vivem sobrecarregadas e
sofrem com estresse diário.
"A
fibromialgia é expressivamente mais comum em mulheres do que nos homens. A
cada dez pacientes, nove são mulheres, a sua maioria entre 30 e 40 anos. Como
não é identificada por meio de exames, seu diagnóstico é basicamente clínico.
São analisados os sintomas do paciente, bem como seu histórico, perfil e
faixa etária", explica o Dr. Torigoe.
Apesar
das dores, às vezes, não serem eliminadas completamente, uma vez detectada a
síndrome, o paciente inicia tratamento farmacológico combinado com atividades
físicas.
"Provavelmente,
a parte mais importante está ligada aos exercícios físicos como os aeróbicos,
os de fortalecimento de musculatura e alongamento. O paciente é orientado a
fazer caminhada, corrida, natação, hidroginástica, musculação, ou
pilates", exemplifica o especialista.
No
tratamento farmacológico, são receitados remédios analgésicos, relaxantes
musculares e os que provocam o sono, já que as maiores queixas são, além das
dores, a perda total ou parcial do sono. "Outro fator importante é o
acompanhamento desse paciente por um psicólogo ou psiquiatra para que se
evitem grandes alterações de humor e a pessoa sofra com uma crise de
intensificação da dor", finaliza o Dr. Torigoe.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário