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quinta-feira, 31 de março de 2022

Nutrição: nem tudo que é natural é saudável e indicado ao paciente oncológico

Desnutrição que atinge a maioria das pessoas com câncer pode ser combatida com qualidade e cuidado alimentar

 

Perto de 70% dos pacientes com câncer apresentam algum grau de desnutrição no curso da doença. A complicação pode comprometer o tratamento, impedir que o corpo combata as infecções e causar fadiga excessiva, entre outros efeitos negativos. Neste 31 de março, Dia Nacional da Saúde e Nutrição, o Centro de Oncologia Campinas reforça o importante peso da alimentação no combate às neoplasias malignas. Por meio da cartilha dada aos pacientes, o COC também explica por que nem tudo que é natural é saudável e pode ser consumido pela pessoa com câncer. 

A definição da palavra nutrição ajuda a entender a relevância do que é ingerido pelo ser humano. Trata-se do processo biológico em que o organismo, por meio dos alimentos, assimila os nutrientes necessários para funcionar plenamente. E os pacientes oncológicos dependem das respostas positivas do organismo para superar a doença. 

Ananda Giovana Cabral Silva, nutricionista oncológica e responsável técnica no Centro de Oncologia Campinas, destaca que a alimentação é determinante tanto na prevenção do câncer quanto no êxito das diferentes fases do tratamento. “A alimentação saudável é basicamente a mesma para todos, como preconizado pelo Guia Alimentar para a população brasileira, pacientes com câncer ou não”, confirma, salientando que no caso da oncologia, existem algumas orientações especiais, muitas delas direcionadas à segurança dos alimentos. 

Cuidados no manuseio, higienização e preparação são necessários para garantir a prevenção de intoxicações e parasitoses, por exemplo. “Com a queda da imunidade, o paciente oncológico fica mais suscetível a qualquer tipo de doença, por isso pedimos especial atenção e cuidado com a alimentação e como ela é preparada”, orienta a nutricionista. “Não podemos deixar de considerar também que, dependendo da gravidade da doença, ter de interromper o tratamento em razão de uma dessas causas alimentares pode prejudicar o estado do paciente”, completa. 

Dentre as orientações de nutrição que constam da cartilha do COC, há a que derruba a errônea ideia de que o cozimento elimina todos os riscos de contaminação dos alimentos. “Dependendo do tipo de bactéria que estiver presente nesse alimento, ela pode produzir toxinas e causar toxinfecção. O cozimento elimina a bactéria, mas não a toxina produzida por ela”, detalha e exemplifica: “O Clostridium botulinum pode estar presente em alimentos enlatados. O que gera botulismo é a toxina que esta bactéria produz e não a bactéria em si”. 

Ananda orienta que não há restrição ao consumo de frutas, verduras e legumes in natura, desde que se garanta a segurança desses alimentos. “Fazer todo o processo de higienização com água sanitária ou hipoclorito de sódio é fundamental, assim como observar se os alimentos consumidos cozidos devem estar sempre bem passados, como no caso da carne, frango, peixes e ovos.”

 

Os riscos das receitas caseiras 

Assim como em todo tratamento, seguir exclusivamente as orientações do profissional médico e da equipe multidisciplinar responsável pelo atendimento é imprescindível para os pacientes oncológicos. No que se refere à nutrição, a cartilha elaborada pelo COC traz uma importante observação: sobre os riscos das “receitas caseiras” que prometem ajudar a eliminar o câncer. 

Ginkgo biloba, babosa, erva de são joão e folhas de graviola são alguns dos exemplos de plantas medicinais recomendadas em redes sociais e grupos de compartilhamento aos pacientes oncológicos para ajudar no processo de cura da doença. Na verdade, o consumo de qualquer produto sem recomendação de um profissional pode provocar efeito inverso. 

“São ervas tóxicas para nosso organismo, muito difundidas na cultura popular para auxiliar o combate ao câncer. Hoje há relatos na literatura de que elas podem colaborar para desencadear problemas hepáticos e renais, ou aumentar a toxidade dentro da terapia ou do tratamento que é realizado, colocando em risco a vida do paciente. O paciente já vai consumir várias medicações, o tratamento por si só agride nosso organismo. Se entrar com uma erva que é tóxica, a chance de ter uma falência hepática pode ser aumentada”, ensina. 

Ananda reforça: não é porque é natural que é saudável e pode ser consumido. “Temos ainda de pensar na identificação correta dessa erva, pode ocorrer a comercialização de outros tipos de ervas no lugar, sem contar a possibilidade de contaminação de alimentos secos, que têm fungos. Tudo isso se soma à questão de se elevar a toxicidade do tratamento”.

  

Centro de Oncologia Campinas - Centro de Oncologia Campinas

Conheça os principais cuidados para a saúde dos olhos

Alimentação balanceada, proteção contra raios ultravioletas e check-ups periódicos ajudam a manter os olhos saudáveis

 

Com a flexibilização das medidas de isolamento junto com o avanço da vacinação, a população voltou a se preocupar com algumas doenças que antes eram deixadas de lado com o medo de contrair a COVID-19. As enfermidades relacionadas aos olhos são algumas delas e o acompanhamento com oftalmologista é fundamental para diagnóstico precoce de doenças que acometem a vista e o seu consequente tratamento. 

Em entrevista, a oftalmologista Marcia Lucia da Silva Fagundes Marques, membro da Doctoralia, maior plataforma de agendamento online de consultas, fala da importância e dos principais cuidados com os olhos.

 

Quando devemos procurar um oftalmologista? Deve haver uma frequência de consultas? 

Dra. Marcia: A princípio, a recomendação é que haja uma procura pelo médico especialista uma vez ao ano como uma forma de rotina. Muitas vezes o paciente não tem queixa sobre o grau ou desconforto nos olhos, mesmo assim pode ter problemas como o glaucoma, degeneração da mácula, tumores oculares, ou seja, doenças que inicialmente passam despercebidas. Por isso, o exame de rotina anual é recomendado mesmo para quem não tem queixa, pois uma boa visão não é sinônimo de uma boa saúde ocular.

 

Quais são os principais cuidados com os olhos? 

Dra. Marcia: Além da procura anual ao oftalmologista e da realização do exame para definição do grau, alguns hábitos de higiene devem ser considerados: manter os olhos sempre lubrificados, ficar atentos a mudanças no padrão visual, evitar colocar as mãos nos olhos e, por fim, lavar sempre muito bem as mãos antes de manipular os olhos ou as lentes de contato porque o órgão é uma porta de entrada para vários microrganismos. No caso de crianças, é recomendável que o responsável não espere a idade escolar para procurar um médico para fazer um check-up.

 

Diabetes pode levar à cegueira? 

Dra. Marcia: A diabetes é uma doença crônica em que o corpo produz pouca insulina no organismo ou não consegue administrar de forma eficiente. A consequência disso é uma alta concentração de glicose, que pode afetar os órgãos, nervos e vasos sanguíneos do corpo. Então os vasos sanguíneos dos olhos também podem ser prejudicados. Se a diabetes não for controlada, com o tempo pode ocasionar problemas como glaucomas, catarata e retinopatia.

 

O uso de maquiagem pode prejudicar a visão? 

Dra. Marcia: A princípio não, desde que utilizada corretamente. Já os hábitos de dormir com maquiagem, emprestar e/ou utilizar ferramentas de terceiros, usar produtos vencidos e a falta de higiene com pincéis e outros utensílios podem prejudicar a visão. Essas práticas podem causar inflamações, alergias, inchaço da pálpebra, coceira, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, queimação, visão embaçada e até mesmo secreção ocular.

 

Usar óculos de sol realmente protege os olhos? 

Dra. Marcia: A exposição direta e indiscriminada dos olhos ao sol pode acarretar alguns problemas, como cataratas e até mesmo alguns tipos de câncer. Então proteger os olhos dos raios ultravioletas é fundamental para ajudar a mantê-los saudáveis. Por isso, os óculos de sol, com lentes com filtros para raios UVA e UVB e opticamente adequados, são ferramentas importantes para o cuidado com os olhos.

 

Há um senso comum de que cenouras fazem bem à visão. É verdade que alimentos podem contribuir para a saúde dos olhos? 

Dra. Marcia: Um alimento em específico, como a cenoura, não vai necessariamente fazer uma diferença notável na saúde dos olhos. No entanto, é lógico que uma alimentação saudável e adequada pode contribuir para a saúde do corpo em geral, incluindo os olhos. Há alguns alimentos, em especial, que fazem bem para a saúde dos olhos. É o caso de ovos, frutos secos e vegetais de folhas verde escuras que possuem antioxidantes que atuam a favor da parte central da retina. Fontes de vitamina A - abóbora, brócolis, espinafre, fígado, ovos e leite - auxiliam no combate à cegueira. Outra dica é o ômega 3, presente em peixes e oleaginosas, que melhora consideravelmente a secura nos olhos.

 

 Doctoralia


A forma como um bebê é tratado em seus primeiros 1.000 dias pode impactar toda a sua existência

Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas reforça a importância do cuidado, do carinho e da atenção nessa fase da vida 

Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas reforça a importância do cuidado, do carinho e da atenção nessa fase da vida 

 

Você sabia que a forma como um bebê vive os seus primeiros 1.000 dias pode impactar toda a sua existência? Essa fase é considerada uma das mais importantes da vida de um ser humano porque é um período em que o cérebro se desenvolve muito mais do que em qualquer outra época. Há uma velocidade muito grande de formação e de divisão de neurônios. O assunto é tema de um vídeo da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), que quer conscientizar pais e cuidadores sobre a importância do cuidado, atenção e carinho. Confira o vídeo aqui https://youtu.be/m-vSzKhUtZE.

O pediatra Dr. José Martins Filho explica que um bebê nasce com cem bilhões de neurônios e que 80% deles acabam desaparecendo à medida que ele vai se desenvolvendo até a idade adulta, sobrando apenas 20 bilhões. “E por que sobram só 20 (bilhões)? Tudo depende da maneira como, nesses primeiros 1.000 dias, essa criança é cuidada e da influência das relações dela com a sociedade, com a família, com os amigos, com os cuidadores”, diz.

O médico ressalta que nesse período, a criança passa por um grande desenvolvimento em vários aspectos: forma sua imunidade, apresenta um grande crescimento de massa muscular, aprende a se sustentar, a se sentar, a engatinhar, a ficar em pé, a dar os primeiros passos e a andar. Também inicia seus primeiros vocábulos e, por volta dos dois anos, começa a desenvolver realmente a sua linguagem.

“Esse período da vida, dos primeiros 1.000 dias, talvez seja a parte mais importante do cuidado da criança para o pediatra. É nessa fase que a mãe precisa ser orientada, que o pais precisam participar ativamente, que a criança precisa de colo, de assistência, de apoio, de atender o choro. Nesse período, o bebê chora, porque é a maneira como ele se comunica, é a forma dele pedir ajuda”, comenta o pediatra. “Antigamente, as pessoas diziam erradamente que se um bebê chorava muito, a gente não devia nem pegar no colo, porque ele se acostumava e ia ficar birrento.  Hoje nós dizemos exatamente o contrário. Nesse período, ele precisa de colo, precisa ser ouvido, precisa ser agradado, precisa ser beijado, precisa ser abraçado”, orienta.

O médico explica que crianças que não são bem cuidadas e agradadas nesses primeiros 1.000 dias podem sofrer alterações importantes do seu desenvolvimento cerebral. “O estresse tóxico precoce, que acontece quando a criança não é bem cuidada, quando sofre e não recebe atenção e carinho, pode fazer com que ela libere dois hormônios importantes: adrenalina, da suprarrenal, e cortisol, em nível cerebral. Esses dois hormônios podem lesar neurônios, trazer problemas sérios em nível neuronal, e isso pode repercutir para o resto da vida”, diz. “Depois, você pode ter problemas mais sérios associados a essas perdas que aconteceram nos primeiros 1.000 dias. Antigamente a gente não sabia, a gente não entendia que esse momento da vida era tão importante”, completa. Entre os problemas, estão dificuldades importantes de desenvolvimento, agressividade, problemas sérios de relacionamento e, às vezes, até dificuldades escolares.

Para prevenir, a dica é bem simples: cuide bem do seu bebê! “Os primeiros 1.000 dias são fundamentais na existência de qualquer ser humano, e é com ele que a gente leva a vida melhor para o resto da existência”, finaliza o pediatra.


Médica explica os prós e os contras do uso das máscaras em crianças no ambiente escolar

Pesquisa em escolas com uso obrigatório registaram 7,2 casos (adquiridos na escola) para cada 100 mil casos adquiridos na comunidade. Enquanto, em escolas com uso opcional, foram registrados 26,4 casos (adquiridos na escola) para cada 100 mil casos comunitários.


As máscaras na escola são vilãs do aprendizado ou tem papel principal para proteção das crianças?

De acordo com a médica otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF Dra. Maura Neves, um estudo conduzido em escolas americanas durante a predominância da variante delta, publicado em março na Pediatrics (Academia Americana de Pediatria), o uso de máscaras é uma medida preventiva importante.

Dra. Maura trouxe os resultados da pesquisa que justificam essa interpretação, sabendo que foram monitorados cerca de 1,1 milhão de estudantes, desde o jardim da infância, até o Ensino Médio, em nove estados americanos, além de 157 mil pessoas entre o corpo docente (professores) e outros funcionários.

O objetivo de tal pesquisa foi detectar infecções adquiridas tanto na comunidade como na escola, e comparar a incidência com o uso de máscaras.

Assim, foram detectados 40 mil casos comunitários de Covid-19 (36 mil em estudantes) e 3.100 casos de infecção adquirida na escola, sendo 2800 entre alunos.

Ainda de acordo com o estudo, quando avaliado o uso obrigatório de máscaras em comparação com uso facultativo, o uso obrigatório reduziu em 72% de casos de Covid-19 adquirido na escola.


Dupla função das máscaras

“Escolas com uso obrigatório registaram 7,2 casos (adquiridos na escola) para cada 100 mil casos adquiridos na comunidade. E, nas escolas com uso opcional, foram registrados 26,4 casos adquiridos na escola para cada 100 mil casos comunitários”, informa a médica.

De acordo com a otorrino, esses dados mostram que o uso de máscaras nas escolas é uma medida preventiva importante em períodos de alta nas taxas de infecção, como foi observado com a variante ômicron ou com qualquer variante que escape ao sistema imunológico.

Dessa maneira, as máscaras têm função dupla: evitam que quem a usa inale partículas contaminantes e, acima de tudo, barram partículas expelidas por quem a usa.

“No caso da Covid-19, isso é importante devido à transmissão entre assintomáticos. E não apenas este vírus tem esse comportamento. Na prática todos os vírus respiratórios se comportam assim”, acrescenta Dra. Maura.


Afinal, quando utilizar a máscara?

Como tudo tem dois lados, as máscaras também reduzem a integração social “para as crianças nas escolas, o fato de não ver o terço inferior da face de quem lhes fala e dos colegas atrapalha bastante”. Assim, a médica sugere que a obrigatoriedade de máscaras é mais efetiva quando seu uso está restrito a situações com alto custo-benefício, ou seja, diante da doença muito prevalente e com alto risco de vida.


“No dia a dia “sem” Covid e com a maioria da população infantil vacinada, o uso da máscara deveria ser adotado por pessoas com sintomas respiratórios, ou seja, que apresentem dor de garganta, coriza, espirros, febre e tosse, para diminuir a chance de contaminação do próximo, ou em ambientes com pouca ventilação e bastante aglomeração, por exemplo em transporte público e salas de aula”, finaliza.

 

 

Dra. Maura Neves – Otorrinolaringologista; Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP; Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP; Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP; Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF; Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo -- USP

Rinoplastia além da estética: quais são as indicações para operar o nariz

Em 2022, procedimento liderou, pela primeira vez, ranking da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps)


Ter o nariz “perfeito” é um dos motivos que levam pacientes a buscar atendimento médico para realizar a rinoplastia, procedimento cirúrgico que remodela a estrutura nasal, tanto a parte óssea quanto a cartilaginosa. Mas segundo um estudo publicado na revista científica Plastic Reconstructive Surgery, que avaliou os efeitos do procedimento na função olfatória pós-operatória, os pacientes que realizaram cirurgias nasais apresentaram melhorias significativas no olfato, fluxo de ar nasal e qualidade de vida.

Otorrinolaringologista do Hospital IPO, referência em ouvido, nariz e garganta, Gislaine Patricia Coelho comenta que a rinoplastia é feita com o objetivo de melhorar a estrutura nasal. Para além da questão estética, portanto, a cirurgia pode ser indicada para casos em que o paciente apresenta má-formação congênita, pós-trauma nasal e obstrução nasal por insuficiência de válvula nasal, entre outras condições.

Gislaine ressalta que ainda que a rinoplastia seja o procedimento mais conhecido popularmente quando o assunto são cirurgias do nariz, pacientes também podem realizar a septoplastia, indicada para pessoas com desvio de septo. Apesar de serem cirurgias diferentes, podem ser realizadas de forma conjunta a depender do caso. A operação se chama septorrinoplastia.

“Um paciente que apresenta queixas estéticas e também possui desvio de septo pode realizar uma septorrinoplastia e corrigir os dois problemas. Mas se a pessoa não deseja modificar a aparência do nariz e também não possui nenhuma alteração estrutural nasal que traga dificuldade para a respiração, não há a necessidade de se submeter a uma rinoplastia, apenas à septoplastia”, explica a médica otorrinolaringologista.

A especialista pontua que, após passar pela septoplastia, é importante que o paciente fique atento aos sinais relacionados à qualidade respiratória. Caso não haja melhora mesmo após o procedimento, pode ser necessário realizar uma rinoplastia.    

“Recomendamos que os pacientes que já fizeram a cirurgia de desvio septal mas ainda mantêm obstrução nasal procurem um médico para serem reavaliados, para que seja feita uma análise da estrutura nasal como um todo. É possível que haja algo na estrutura que possa ser mudado com cirurgia estética e vá ser muito significativo para melhorar a respiração”, destaca Gislaine.

Outro critério que deve ser levado em conta para considerar uma cirurgia no nariz é a dificuldade para respirar mesmo em situações de normalidade – sem ser após a realização de exercícios físicos, por exemplo – e até a presença do ronco durante o sono.

I Congresso Latinoamericano de Rinoplastia

Para debater sobre os avanços e assuntos acerca da rinoplastia globalizada, o Hospital IPO promove o I Congresso Latinoamericano de Rinoplastia. O evento que acontece de 31 de março a 2 de abril é destinado a acadêmicos, residentes e a todas as pessoas interessadas no tema. Serão mais de 130 oradores, distribuídos entre palestrantes e integrantes de mesas redondas.

O encontro acontece em paralelo com o I Congresso Brasileiro de Rinoplastia, também organizado pelo hospital junto à Sociedade Brasileira de Rinoplastia. As inscrições como ouvinte podem ser realizadas pelo site do Hospital IPO.

 

Serviço

Evento: I Congresso Latinoamericano de Rinoplastia| I Congresso Brasileiro de Rinoplastia

Data: 31 de março a 2 de abril

Local: Bourbon Curitiba Convention Hotel

Inscrições:https://www.hospitalipo.com/nep/cursos/2020/06/1-congresso-brasileiro-de-rinoplastia--1-congresso-latinoamericano-de-rinoplastia


Jovem além do rosto: saiba outras áreas que merecem atenção com a pele

Outras regiões do corpo podem envelhecer precocemente com a falta de cuidados como protetor solar e hidratação. Veja quais hábitos, produtos e tratamentos podem ajudar a retardar esse processo

 

Quando o assunto é manter a pele com aspecto jovem, a área mais lembrada pelos entusiastas do skincare é o rosto. Rotinas com uma quantidade variada de produtos para a face se popularizaram na internet nos últimos anos, voltadas para manter a hidratação e a jovialidade da pele em dia. Acontece que, a partir dos 25 anos de idade, a queda dos níveis de colágeno e ácido hialurônico no organismo também afeta outras partes do corpo que merecem tanto cuidado quanto o rosto, pois também denotam o passar do tempo. Inclusive, a falta de cuidados pode potencializar esse efeito.

“O colo e os braços são áreas que também sofrem um envelhecimento mais rápido, principalmente pela estrutura da pele ser mais fina e estarem mais expostas à poluição e radiação solar”, explica a dermatologista Ana Magella. Assim como as mãos, essas áreas costumam ser esquecidas na hora de passar filtro solar e hidratantes específicos para o tipo de pele, como acrescenta a profissional, que atende na Clínica Corporeum, de Brasília.

No caso das mãos, especificamente, o hábito de usar álcool em gel durante a pandemia também se tornou um fator que favorece a desidratação cutânea dessa região, o envelhecimento precoce e até o surgimento de feridas. Ao higienizar as mãos com o produto, a dica da profissional é hidratar as mãos logo após.

Em qualquer parte do corpo, fatores como exposição solar excessiva, procedimentos como bronzeamento artificial e até movimentos musculares repetitivos também favorecem o envelhecimento precoce, mas os fatores não são apenas tópicos: também acontecem de dentro para fora! “Hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, baixo consumo de água e má alimentação também aceleram esse processo”, adverte a dermatologista.

Soluções

Ana Magella acrescenta que a recomendação de produtos para retardar o envelhecimento e trazer outros benefícios varia com o tipo de cada pele. “Peles mais oleosas, por exemplo, devem evitar produtos que contenham óleo na sua composição e buscar produtos oil-free ou em gel. Já existem no mercado alguns produtos específicos para mãos e pescoços, mas protetores solares faciais também podem exercer bem essa função”, acrescenta. Independentemente do fototipo de pele, ela acrescenta que o ideal é usar protetor solar com FPS acima de 50 nessas regiões.

Os tratamentos não invasivos atuais para tratar as temidas linhas de expressão, inclusive, vão além dos cosméticos, como frisa a médica. “Temos cada dia mais novidades, tanto para profilaxia (nome dado aos cuidados médicos preventivos) como para ajudar na pele já mais envelhecida. Podemos usar hidratantes e óleos específicos, laser, ultrassom micro e macro focado (como o queridinho Ultraformer III), bioestimuladores de colágeno e até preenchedores com ácido hialurônico”, completa.
 

Seis coisas que você precisa saber sobre lapidação facial

Especialista explica pontos importantes a se considerar antes do procedimento

 

A lapidação facial tem por objetivo realçar as características existentes, quando a idade começa a aparecer em forma de rugas e flacidez. Essa técnica surgiu para substituir a Harmonização Facial quando o foco do tratamento não é exagerar e sim equilibrar as proporções faciais, evidenciando a beleza e revertendo os danos causados pelo processo de envelhecimento. 

Fabiane Miranda de Souza, CEO da LAPIDANDO SEM EXAGEROS® destaca seis pontos importantes a serem levados em consideração na hora de pensar em realizar um processo de lapidação facial.

 

Lapidação facial quando bem realizada não deixa todo mundo igual

“O profissional deve ter um olhar diferenciado e individualizado para cada paciente e fazer um planejamento minucioso de aplicação de ácido hialurônico para reestruturar pontos de sustentação da face com o objetivo de trabalhar pontos estratégicos de reposicionamento de tecidos que foram cedendo ao longo do tempo”.

 

Os procedimentos tem durabilidade de 12 a 24 meses

“A durabilidade depende do processo como um todo, mas no geral, tem durabilidade de um a dois anos”.

 

O procedimento não causa nenhum tipo de dor

“Não dói, pois é realizado com anestesia”.

 

Eleva a autoestima e é um momento de autocuidado

“O processo é indicado para aquelas que desejam retardar o processo de envelhecimento de forma natural. Além disso, a lapidação também é indicada para mulheres que desejam realçar a beleza sem que essa mudança seja perceptível”.

 

Custa menos do que você imagina

“A lapidação facial é um procedimento que avalia a real necessidade de cada paciente. Nada de exageros, nem nos preços”.

 

Em quais casos deve-se usar a lapidação facial?

“A proposta da lapidação é individualizar cada caso, nenhum diamante é igual ao outro como também nenhuma mulher é igual à outra, por isso a lapidação é diferente da harmonização. A lapidação consiste em resgatar a beleza que existe em cada mulher sem modificá-las”.


Bumbum care: 5 dicas para combinar tratamentos em casa com procedimentos estéticos

Depois de skincare, bodycare e haircare, a tendência da vez são os cuidados específicos para o bumbum; 

 

O “bumbum care”, tratamento de skincare na região glútea, se tornou a nova 'trend' do momento em ações com influenciadores. A rotina de cuidados tem chamado atenção das redes sociais e do mercado de cosméticos, e cada vez mais o tratamento caseiro pode ser potencializado com ajuda das novas tecnologias no mercado de estética. 

“O bumbum sempre foi tendência em procedimentos estéticos, tido como símbolo de sensualidade que, sem alguns cuidados, pode perder aspecto estético com a falta de volume, contorno indefinido, celulite, estrias, entre outros incômodos. É uma área que requer mais atenção. Cada bumbum é diferente e bonito da sua forma, mas para deixá-lo em dia é preciso alguns cuidados e existem boas opções no mercado”, explica Aline Caniçais, especialista Fisioterapeuta Dermatofuncional da HTM Eletrônica - indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos.

 

De acordo com a especialista, a hidratação e a esfoliação são os primeiros passos para quem quer começar a cuidar melhor desta área do corpo. Para ajudar quem deseja dar um up no bumbum e alcançar sua melhor versão, Aline traz cinco dicas:

 

1- Esfoliação 

A esfoliação é essencial para deixar o skincare do bumbum em dia, especialmente porque essa região do corpo passa boa parte do tempo abafada e em atrito com as roupas, favorecendo problemas como a foliculite (inflamação no folículo do pelo). A esfoliação renova as células, eliminando as que estão mortas e estimulando as novas. Há inúmeros produtos disponíveis no mercado e opções caseiras também podem ajudar.

 

2- Pump Up 

Outro meio de deixar os glúteos mais bonitos é o pump up, procedimento rápido, indolor e não invasivo, que traz resultados desde as primeiras sessões. A técnica pode ser associada ao “bumbumcare” e usa ventosas para aplicar uma pressão com vácuo sobre os glúteos. “Esse tratamento estético é indicado para quem quer deixar o bumbum mais robusto, empinado e com melhor aparência no geral. Aqui na HTM, por exemplo, criamos o equipamento Beauty Dermo Maxx, que combina vacuoterapia, ventosaterapia, pressoterapia e fototerapia, e é ótimo para esse tipo de cuidado”, comenta Aline.

 

3- Exercícios

Um bumbum de pé e bonito também depende de exercícios físicos. Eles ajudam na força muscular e melhoram a circulação local, auxiliando a melhora da celulite. Além disso, podem ajudar na postura e na sustentação dos quadris. A combinação de treinos com eletroterapia pode otimizar esses resultados. O Stimulus Physio Maxx, aparelho da HTM Eletrônica, por exemplo, ajuda no fortalecimento muscular, aplicando 11 correntes excitomotoras sobre regiões específicas do corpo, promovendo aumento do tônus e da força na musculatura trabalhada.

 

4- Massagem modeladora

A massagem modeladora também é indicada para deixar os glúteos mais modelados. Feita com movimentos intensos sobre a pele, a técnica modela o tecido subcutâneo e auxilia a eliminação de toxinas. É indicada para melhora do contorno e da celulite. A automassagem também traz benefícios e há diversos tutoriais na internet que ensinam a fazê-la.

 

5- Ultrassom

O ultrassom é outro recurso que pode auxiliar na estética do bumbum, sendo indicado para o tratamento de celulite e gordura localizada. Sua aplicação melhora a circulação, diminui inflamações e nódulos de celulite. O Híbridi, da HTM Eletrônica, é um equipamento que traz esses resultados e ainda atua na diminuição de flacidez de pele e estrias

 

HTM Eletrônica


Acne e alimentação: mitos e verdades


A acne é afecção (alteração patológica) crônica, universal, multifatorial, inflamatória ou não inflamatória, que surge na puberdade, podendo aparecer no indivíduo adulto, principalmente no homem, devido a alterações hormonais. A acne é uma doença que gera não só incômodo local, mas também crise de fator psicológico, pois sua manifestação clínica é externa (na pele) e pode gerar problemas de autoestima.

 

Quando se fala que a acne pode surgir a partir de vários fatores, um deles pode ser por maus hábitos alimentares que se dão por deficiência e\ou excesso de alguns alimentos e\ou nutrientes no organismo humano.

 

É absolutamente comprovado que hábitos alimentares saudáveis previnem problemas de saúde, inclusive retardando até mesmo os de níveis “genéticos”. Estudos mostram a interferência de algumas “substâncias” e até mesmo alimentos que devem ser menos consumidos para prevenção de acne. 

 

Um estudo com 1.066 adolescentes na China analisou se os níveis de iodo encontrados na água ou no sal poderiam afetar a prevalência ou a gravidade da acne. Concluiu-se que em pacientes com hábitos de maior consumo de sal a prevalência de acne grave (cística e que evoluía para cicatrizes) foi maior. 

 

Pesquisadores analisaram as taxas de vitamina A e Zinco na dieta de um grupo com acne e pode-se observar que esses indivíduos tinham deficiência desses micronutrientes. Para melhorar essas taxas, as fontes alimentares são: laranja, cenoura, mexerica, manga, vegetais verdes, castanhas e cereais integrais. 

 

Já uma revisão feita com vários estudos sobre a acne e a alimentação concluiu as possíveis causas do desenvolvimento da acne: não estão relacionadas com a quantidade de comida, mas sim com a qualidade dessa, ou seja, uma alimentação rica em carboidratos simples (farinha branca) e açúcares aumentam os picos de insulina, consequentemente a produção de gordura da pele e a acne. Observaram que pessoas que consomem leite e chocolate em excesso podem ter uma maior chance de ter a dermatose. 

 

Com base nos recentes relatos científicos, uma afirmação vem se tornando cada vez mais aceita: há menor incidência de acne em sociedades não ocidentalizadas, na qual sua alimentação é mais natural, à base de frutas, vegetais, óleos saudáveis e carne branca. Em seus padrões alimentares, não se encontram alimentos processados, laticínios, açúcares e óleos refinados. 

Para nós, ocidentais, fica o exemplo de uma boa referência para evitar tanto a acne como outros problemas relacionados à alimentação.

 

Pollyane Reis – Instrutora do curso de Estética da Faculdade Senac Goiás (go.senac.br), Nutricionista, Especialista em nutrição clínica, esportiva e estética - CRN 13970


Inovação na Educação: o que mais há a fazer?

Passamos por um período muito desafiador nos últimos dois anos devido às mudanças de metodologia de ensino que a pandemia impôs.

 

Da noite para o dia, tivemos que aprender a trabalhar de uma forma muito diferente, as escolas tiveram que muito rapidamente implementar sistemas de videoconferência para aulas on-line, os professores aprenderam em tempo recorde a operar esses sistemas e os alunos e seus pais criarem dentro de casa condições para assistir essas aulas.

Foi uma inovação que, provavelmente, aconteceria de forma gradual, feita muito rapidamente, onde aconteceriam erros e acertos, como já era previsto numa situação emergencial.

 

Essa inovação foi importante, mas não podemos parar por aí. A educação está em constante evolução. Do retroprojetor aos projetores, da lousa com giz às lousas eletrônicas, da sala de atividades ao espaço Maker, estamos em constante busca de novidades que auxiliem no aprendizado.

Uma tecnologia que vem crescendo de forma exponencial dentro do setor educacional é a Impressão 3D.

 

Essa tecnologia auxilia os professores, dando-lhes objetos ligados à sua disciplina produzidos na própria escola. Ela ensina os alunos a desenhar em 3D para resolver problemas propostos.

 

Entre alguns dos benefícios de utilizar a Impressão 3D, podemos citar:

 

· Mostrar ao aluno um objeto com proporções e detalhes que uma foto ou desenho não mostra;

· Impactar o aluno com objetos que ele não imaginaria ver em sala de aula, prendendo assim sua atenção;

· Desenvolver a criatividade e raciocínio lógico, dando-lhes problemas reais para serem resolvidos;

· Aprender errando, ajustando e acertando;

· Fazer o aluno se sentir capaz;

· Encurtar a distância entre o aprendizado a vida profissional;

· Mostrar aos pais que inovação e tecnologia fazem parte do programa da escola.

 

Quando se trata de educação, todo projeto a ser implementado deve ser muito bem planejado. Para ter um planejamento perfeito, deve-se levar em conta a qualidade da impressora, capacitação da equipe e garantia de manutenção do equipamento.

 

 

João Alexandre Macluf - formado pela Escola Senai Suíço-Brasileira em Mecanica de Precisão, começou seus estudos em engenharia na Unip, mas migrou para Análise de Sistema na Fasp. Fez diversas especializações, inclusive em 3D, na Makerbot, em Nova Iorque. É diretor da 3D Delta, divisão de impressão 3D da Delta Informática.


Alerta vermelho: O produtor precisa pensar em alternativas aos fertilizantes

A alta dos insumos e até o risco de um possível desabastecimento para as próximas safras desperta atenções no campo. Boa gestão e produtos alternativos como os biológicos podem ajudar a diminuir os impactos 

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado preocupação na economia em todo o mundo. No Brasil, além das questões humanitárias, o que tem afligido os especialistas é a possibilidade do desabastecimento de importantes produtos, além da falta de insumos essenciais para a agricultura, como os fertilizantes.

Segundo informações da COGO Inteligência em Agronegócio, atualmente o Brasil é o 4º consumidor global de fertilizantes, responsável por 8% do total e é o maior importador mundial, com 39,2 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.  A pesquisa aponta ainda que os aumentos dos preços globais deste insumo já vinham acontecendo antes mesmo da guerra na Ucrânia, por causa da elevação na cotação do gás natural.

Isoladamente, a Rússia foi o maior exportador de fertilizantes para o Brasil no ano passado, com 23% do total, seguido de China (14%) e de Marrocos (11%). Diante da atual conjuntura, agora o País e suas autoridades buscam alternativas para evitar o eventual desabastecimento deste insumo fundamental à produção agrícola. Atualmente, há no Brasil em torno de 90 a 100 dias de estoques de fertilizantes e os fluxos de importação não foram completamente interrompidos: o fundamental é tê-los a tempo de plantar a próxima safra de verão (1ª safra 2022/2023).

Há também riscos de ocorrer a não entrega de insumos já vendidos, especialmente após a Rússia anunciar que não exportaria adubos a vários países, ainda que o Brasil não esteja na lista. O impacto na produtividade, no entanto, poderá ser mais relevante se a crise se estender até a 2ª safra de milho 2023, se houver dificuldade de obtenção de Nitrogênio (N). O maior problema ainda é o potássio, visto que dois dos três maiores fornecedores globais, Rússia e Belarus, estão no imbróglio, mas ainda não a ponto de prejudicar a semeadura. Contudo, haverá efeitos sobre os custos de produção, já que esses insumos respondem por 30% do custo dos grãos e, com as altas desde 2021, o percentual sobe para 35% a 40%.

Para Carlos Cogo, sócio diretor da Cogo Inteligência de Mercado, a situação que estamos passando hoje é inusitada, mas liga um sinal de alerta em todos os agricultores, cooperativas e revendas de insumos. “Mesmo com um eventual fim do conflito Rússia – Ucrânia, essa situação de risco de escassez de fertilizantes não será contornada no curto prazo. Tudo isso nos leva a crer que, diante da impossibilidade de nosso país se tornar autossuficiente no suprimento de fertilizantes e, também, de defensivos, no médio e até no longo prazo, está mais do que na hora a necessidade de buscarmos alternativas a essa dependência externa. E a principal alternativa é o fomento e expansão da produção interna de fertilizantes e defensivos biológicos”, sinaliza Cogo.

 

Planejamento é a saída

Segundo o produtor e engenheiro Agrônomo, José Bento Cavalcante Germano, conselheiro e diretor da Sementes Mutuca, que atualmente planta cerca de 2.500 hectares de lavoura em suas propriedades em Arapoti/PR, o segredo em momentos como este é o planejamento. “Esse ano deu certo porque nós já tínhamos nos programado. Compramos junto com produtores da região um volume grande e acabamos conseguindo condições comerciais melhores, tanto no preço, como no prazo”, destaca.

Com este planejamento, o produtor ainda não foi afetado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. “Para esse ano nós já tínhamos nos preparado, não foi tanto baque assim. Os preços das commodities melhoraram bastante, por mais que a relação de troca esteja menos vantajosa do que nos últimos anos, conseguimos garantir, o nosso pensamento é que nunca podemos deixar de produzir”, diz o engenheiro agrônomo.

Para Germano, mesmo tendo a garantia de que não faltará insumos na atual safra, é importante pensar em alternativas para as temporadas futuras. “Tudo isso que está acontecendo é uma chance de inovar e pensar em soluções diferenciadas, e menos no problema em si. Temos ainda a possibilidade de estar em contato com empresas que estão desenvolvendo soluções, testando novos produtos para aumentar a eficiência do que já usamos”, destaca.

Além da rotação de cultura, plantio direto, o produtor também tem apostado nos produtos biológicos, setor esse que tem crescido nos últimos anos e está entrando de uma forma bem sólida nas lavouras pelo País. Segundo Germano, já faz quatro anos que utilizam os biológicos da Biotrop, tanto na fazenda Mutuca quanto na Fazenda Lagoa onde cultivam milho, trigo, soja e feijão, como culturas de interesse econômico, e fazem rotação com aveia, milheto e nabo forrageiro.

Os produtos têm dado grande resultado, principalmente nesses últimos anos que foram mais secos. “Muitos produtores próximos a nós tiveram queda de rendimento na produção e nós não tivemos. Dou o crédito aos biológicos”, diz. Além disso, tivemos uma nutrição mais direcionada para a produção de sementes, pensando em rigidez e melhor qualidade fisiológica, e os bioprodutos acabam ajudando bastante”, acrescenta o engenheiro agrônomo.


Soluções direcionadas

Diante desse cenário de muitas incertezas, mais do que buscar alternativas, é importante encontrar soluções eficazes. Os produtos biológicos podem ser grandes aliados quando utilizados para complementar as aplicações, melhorando a eficiência dos insumos que estão em falta, como é o caso dos fertilizantes.

Segundo Ederson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, a empresa tem um portfólio que pode auxiliar nesse momento. Um dos produtos é o Biofree, um inoculante promotor de crescimento com ação de biodisponibilização comprovado pelo Ministério da Agricultura, composto pela combinação das bactérias Azospirillum brasilense Ab-V6 e Pseudomonas fluorescens CCTB03.

A primeira bactéria age por meio da síntese de fitormônio e consegue retirar o nitrogênio do ar, inacessível para a planta, e torná-lo disponível, contribuindo para a fixação de 20 a 30 quilos de N por hectare, na média. Além disso, aumenta a assimilação do elemento, fazendo com que a raiz cresça mais e explore um volume maior de solo.

A segunda bactéria que compõem o Biofree, Pseudomonas fluorescens CCTB03, tem a capacidade interagir com a planta e mobilizar o Fósforo (P) reduzindo as perdas e disponibilizando frações desse elemento no solo para as plantas. “Estas bactérias se alimentam de exsudados radiculares e excretam substâncias que atuam diretamente sobre o ciclo do fósforo, liberando fósforo fixado e tornando-o disponível para as plantas”, conta o profissional.

Na cultura da soja, por exemplo, a absorção do P está ligada diretamente ao aumento da fotossíntese, e como consequência o enchimento do grão. Por isso o elemento é extremamente importante para a planta, principalmente nessa fase.

Neste cenário atual, mesmo o agricultor optando em reduzir a sua adubação, utilizando soluções como o Biofree conseguirá a otimização de elementos como o NPK, além de cálcio, enxofre, magnésio e ferro. A solução pode aumentar em até 25% a eficiência da adubação. “Somado é isso, ele pode reequilibrar a biologia do solo e elevar a produtividade de outras culturas além da soja, como o milho”, destaca Santos.

Olhando para o mercado de pastagem, a Biotrop tem em seu portfólio o Pastomax, composto por Pseudomonas fluorescens CNPSo 2719, Azospirillum brasilense CNPSo 2083 e 2084 e aditivos protetores para melhor eficiência, maior resistência aos raios ultravioletas e condições climáticas adversas. Embasado nos resultados obtidos nos estudos da parceria da Biotrop com a Embrapa, identificou-se que o produtor pode substituir uma adubação nitrogenada com ureia, por exemplo, pela aplicação do produto, que equivale a até 40 quilos de N por hectare. “Isso olhando apenas nitrogênio, mas também melhora a eficiência de outros elementos, como por exemplo P, onde tivemos um incremento de 47%, K de 13%, em aplicação via semente, de 37% de P e 17% de K” via foliar, informa o biólogo.

“Biofree e Pastomax são exemplos de que o agricultor já possui tecnologias biológicas e naturais de ponta para incremento da produtividade e rentabilidade no campo, inclusive em momentos adversos.”, finaliza Santos.

 

Selo Juntos Pelo Agro vai incentivar o desenvolvimento do empreendedorismo no campo

Parceria entre Sebrae, Senar e CNA prevê ações para orientar o pequeno produtor rural 

 

O Sebrae, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançaram, nesta quarta-feira (30), o selo Juntos Pelo Agro. O objetivo da parceria é fomentar o desenvolvimento de empreendedores e de micro e pequenas empresas, a melhoria do ambiente de negócios do setor e da imagem do agronegócio brasileiro junto à sociedade. A cerimônia de assinatura do acordo de cooperação técnica foi realizada em Brasília (DF).  

O papel do Sebrae será o de capacitar os produtores em gestão, associativismo e cooperativismo, além de incentivar a formalização. A expectativa é que, ao todo, o Sebrae disponibilize 4 mil agentes para orientação desse público, divididos nas especialidades de desenvolvimento, educação empresarial, crédito assistido e Agentes Locais de Inovação (ALI). Já o Senar fortalecerá a atuação da Assistência Técnica e Gerencial (ATEG) para aumentar a produtividade da produção rural com incremento na gestão do negócio rural.  

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, ressaltou que o trabalho em conjunto busca levar ao pequeno empreendedor rural o melhor que as três instituições têm a oferecer. "Hoje sabemos produzir bem, sabemos de tecnologia, mas temos de ser vendedores da porteira para fora. É importante saber vender, agregar e colocar o produto na rua", destacou.  

À frente da principal instituição de apoio ao produtor rural, o presidente do CNA, João Martins, frisou que o Sebrae agirá como ator importante, prestando assistência ao pequeno empreendedor rural, grupo que ainda precisa ser consolidado no setor. "Os funcionários do Sebrae criaram uma cultura própria e podem fazer muito pelo setor agropecuário, grupo que ainda precisa de apoio. Esse é um passo para uma revolução na área, a fim de consolidar o pequeno produtor."

 

Sistema S: cooperação e incentivo 

A parceria já existe em diversos estados, mas, com a assinatura do acordo e o lançamento do selo, a cooperação entre as três instituições ganha escala nacional, ampliando e dando força a projetos como Aplicativo do Agro, Agronordeste e demais atendimentos do Sebrae e Senar.  

“O mais importante dessa união é o fato de trabalharmos em rede. Nosso trabalho, como Sebrae Nacional, é respaldar os estados nas suas atuações, com a meta de para atingir na ponta o que está planejado no Juntos Pelo Agro. Como Sistema S, a ideia é juntar o melhor de cada instituição e respeitar a característica de cada estado", destacou o diretor-técnico do Sebrae, Bruno Quick. 

Dentre as inúmeras frentes de trabalho, o selo engloba as iniciativas Negócio Certo Rural (NCR), Alimentos e Produtos Artesanais, Empretec Rural, Cadeias Produtivas   e o Agente de Inovação Rural (ALI Rural). 

"É um campo muito extenso, então, decidimos priorizar algumas ações. Focamos principalmente, na área de gestão, para conseguir tirar o produtor rural da dependência e tentar emancipá-lo. Damos destaque também aos produtos artesanais, que são característica no Brasil e no pequeno negócio rural. Não podemos deixar de fora a inovação presente na atuação do ALI Rural para atingir na ponta o projeto", explicou o diretor geral do Senar, Daniel Carrara.


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