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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Brasil entrega guia alimentar para países de língua portuguesa



No encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, Luiz Henrique Mandetta compartilha experiência do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos e oferece cooperação aos países para elaboração de seus guias

Foto: Renato Strauss / ASCOM MS


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apresentou à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) o Guia Alimentar Brasileiro que promove a alimentação saudável de crianças menores de dois anos. A nova versão da publicação, lançada em novembro passado, foi oferecida aos países como importante ferramenta no combate à obesidade infantil. O ministro brasileiro ofereceu cooperação aos países para a elaboração e adaptação de Guias Alimentares locais que se encontrem inseridos na realidade de cada Estado membro, em harmonia com a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (ESAN-CPLP). A inciativa aconteceu durante a V Reunião de Ministros da Saúde da CPLP, nesta sexta-feira (13/12), em Lisboa (Portugal).
O Ministério da Saúde pretende realizar, no primeiro trimestre de 2020, oficinas técnicas para apresentar a todos os países da CPLP a metodologia de elaboração do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, em parceria com a presidência de Cabo Verde. “Acreditamos no grande potencial orientador dos guias alimentares para subsidiar o desenvolvimento de políticas de saúde alinhadas ao modelo de cuidados primários e coerentes com o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde dos Estados Membros”, destacou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
Na V Reunião de Ministros da Saúde da CPLP, o ministro Mandetta passa oficialmente a presidência da Reunião para Cabo Verde com o balanço das ações do Brasil durante a presidência, exercida entre 2016 e 2018. Sob o lema “A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, no setor saúde o Brasil priorizou o fortalecimento do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde da CPLP (PECS-CPLP), com o objetivo de estruturar os Sistemas Nacionais de Saúde dos nove Estados membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

Durante o biênio 2016-2018, o Ministério da Saúde do Brasil, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz, fez o lançamento da Rede de Bancos de Leite Humano da CPLP (rBLH-CPLP), em outubro de 2018, na Cidade da Praia/Cabo Verde, em coordenação com a presidência cabo-verdiana e inaugurou, em 18 novembro de 2019, o primeiro banco de leite humano (BLH) de Angola, na Maternidade Lucrécia Paím, em Luanda (vale lembrar que este foi o terceiro BLH do continente africano e que já está prevista a abertura da quarta unidade na África em 2020, também em Cabo Verde), entre outras ações.
Em Lisboa, o ministro Luiz Henrique Mandetta também compartilhou com os países da Comunidade a abordagem brasileira para temas como vacinação, atenção primária à saúde e fortalecimento de capacidades em vigilância e resposta a emergências em saúde pública.
Ligados pela Língua Portuguesa 
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi instituída em julho de 1996 e reúne nove Estados membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial1, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) que compreendem um total de 230 milhões de habitantes distribuídos em quatro continentes. Amparado na Língua Portuguesa como vínculo histórico e patrimônio comum, o bloco é um fórum fértil para entendimento político diplomático entre os Estados membros. A presidência rotativa do bloco está com Cabo Verde desde julho de 2018 e se estenderá até julho de 2020, quando passará para Angola.


Christiana Suppa
Agência Saúde 



Pesquisa mostra que 85% dos executivos acreditam que sua função não será substituída por um robô


Estudo realizado pelo grupo Mulheres do Varejo revela ainda que empatia, olhar humanizado, acolhimento, sensibilidade foram citados por 61% dos entrevistados quando perguntados quais são as características femininas que podem contribuir para essa revolução tecnológica


"Pensando na sua função atual, o quanto você acredita que ela poderá ser substituída por um robô"? Esta foi uma das perguntas realizadas pelo grupo Mulheres do Varejo (www.mulheresdovarejo.com.br) para um estudo sobre Tecnologia e Humanização para aproximadamente 80 executivos ligados ao varejo. Destes 85,8% responderam que discordam (46,8%) ou discordam totalmente 39%) que suas funções serão substituídas por um robô.

Segundo os respondentes, 42% das indústrias e varejos brasileiros investem em tecnologia em benefício de uma melhor qualidade de vida. No entanto quando falamos sobre iniciativas que trouxeram benefício ao negócio, os respondentes deram uma nota 3.2 (de uma escala de 1 a 5), o que demonstra uma nota mediana, indicando certa insegurança e a falta de uma opinião formada sobre essas iniciativas. Quando perguntado quais iniciativas se destacam, foram citadas otimização e integração de sistemas, sistema de reembolso, reuniões online, ações em loja como self-checkout e sistemas de BI foram algumas das citações, ou seja, muito ligado à produtividade.

"Há uma grande distância entre teoria e prática e portanto, um caminho longo a percorrer especialmente no Brasil. Os desafios são grandes e diversos. É preciso investimento e incentivo do governo e iniciativa privada, seja para quebrar paradigmas culturais, eliminar as resistências à mudanças (comportamentos culturais) e educação. Tudo isso realizado de forma planejada e integrada, ou seja, um desafio enorme em nosso país”, afirma Fátima Merlin, uma das fundadoras do Mulheres do Varejo.

Características femininas – Outro dado interessante diz sobre as características femininas. "Empatia, olhar humanizado, acolhimento, sensibilidade" foram citados por 61% dos entrevistados sobre as características femininas que podem contribuir ou fazer diferença para essa revolução tecnológica com o humano no centro das discussões.

"Outro dado distante da realidade já que as mulheres quase não ocupam cargos estratégicos nas organizações. Em 2018, apenas 24 mulheres ocupavam cargos de CEO em empresas listadas pela Fortune 500, ou seja, em torno de 5% do total de líderes", explica Fatima Merlin.



A pesquisa foi apresentada no dia 5 de dezembro durante o III Encontro Nacional do Mulheres do Varejo e contou com a presença de 300 convidados. Desta vez o evento trouxe como tema "Revolução Silenciosa. Tecnologia e Humanização. Conectar para Evoluir" e contou com palestrantes como Carolina Rocha, Head da área de Insights do Varejo no Google; Joanita Karoleski, presidente da Seara;  Ricardo Garrido, Head do projeto Alexa, da Amazon; Márcio Bueno, criador da metodologia da Tecno-Humanização das Organizações e teve como mediadora do painel Claudia Abreu, CEO da Mundo Verde.

O estudo foi realizada pelo comitê de pesquisa do Mulheres do Varejo liderado por Bruna Fallani, Patricia Contesini, Valeria Tassari, Ana Carolina Simões, Tatiana Thomaz.


MULHERES DO VAREJO

Planejamento: a diferença entre contratar bem e ter que contratar de novo


A previsão permite reduzir custos com desperdícios e com a aquisição inesperada de recursos humanos



A contagem regressiva para 2020 começou. Neste contexto, a elaboração de forecasts (ou previsões), primordial a todo gestor, torna-se indispensável. A previsão permite reduzir custos com desperdícios e com a aquisição inesperada de recursos humanos. Nos processos de recrutamento, o forecast é igualmente importante. Isso porque se você deseja recrutar estrategicamente, precisa saber com antecedência quais talentos precisará contratar no futuro. 

O planejamento permite que os departamentos de Recursos Humanos mudem suas dinâmicas de seleção, para que, em vez de etapas “selecionadoras de pessoas”, eles  se tornem atividades estratégicas para geração de valor agregado. 

Assim como em qualquer forecast, a previsão de contratações não é uma ciência exata. Essencialmente, é um processo baseado nos dados do período anterior (número de contratações, percentual de turnover) que permite antecipar o que será pedido no futuro, considerando a estratégia do negócio. Para ter uma previsão precisa mais detalhada, alguns pontos devem ser levados em consideração. Vamos a eles:

Estratégia do negócio

Primeiramente, é preciso conhecer os objetivos do negócio. Imagine que, nos próximos 12 meses, a empresa pretende triplicar as vendas. Então, é preciso atender à demanda da estrutura organizacional e garantir que existam, por exemplo, um diretor de vendas, um gerentes de vendas, vendedores externos, inside sales e equipe de pré-vendas. 

Turnover de colaboradores
Ao planejar o crescimento dos próximos 12 meses, é preciso observar os desligamentos típicos (funcionários que saem voluntariamente ou que saem devido ao desempenho) e construir um plano de contratação para isso. 

Contratações internas
Incorporar as promoções no plano de contratações também é necessário. A previsão precisa ser feita analisando posição por posição. Por exemplo, assumindo apenas a função de vendedores externos, imaginemos que a empresa deseja aumentar sua quantidade de colaboradores de 10 para 30. Se o turnover é de 30%, nesse período, significa que a equipe perderá 3 pessoas. Portanto, é preciso ter um plano para contratar 23 pessoas para atingir a meta de 30. Então, é preciso verificar a capacidade de promover internamente, a cada ano,  dois profissionais. Isso significa que é necessário contratar externamente 25 novos vendedores.

O comprometimento com o forecast de contratações como parte de sua estratégia de recrutamento traz vários benefícios, entre eles:
·  Permite pensamento estratégico e planejamento de contratações de pessoas necessárias no curto e no longo prazo,, aproveitando ao máximo as oportunidades oferecidas por cada contratação feita.

·  Proporciona que a contratação aconteça no melhor tempo, ou seja, quando o quadro de colaboradores está completo e há tempo para pensar. Assim, é eliminada a pressão do tempo e o aumenta-se as chances de encontrar os melhores talentos.

·  Garante economia de recursos. Todos sabemos que, como compradores, quanto mais precisamos de algo, mais urgente é a nossa necessidade e mais propensos e dispostos estamos a pagar a mais por ele. O mesmo se aplica ao contratar.

·  Para várias funções, podemos desenvolver nosso próprio pessoal para que atuem no futuro, reduzindo assim a necessidade de ir ao mercado externo para postos que podem ser preenchidos internamente por meio do treinamento e do desenvolvimento do talento existente. O preenchimento de funções internamente aumenta a motivação e a retenção da equipe, economiza tempo e dinheiro e mantém a continuidade.

Para ilustrar a relevância do forecast de recrutamento, vamos usar um exemplo de um cliente do trampos.co, no caso uma empresa que fornece serviços para agências de publicidade. Este cliente precisava de um número certo de analistas de pré-vendas com conhecimento no mercado publicitário. O período de "rampagem" de um analista de pré-vendas que nunca havia atuado nesse meio era de seis meses e, até lá, o departamento de RH lutava para encontrar profissionais com experiência o perfil certos.

Porém, a área de Atendimento ao Cliente identificou que havia um número certo de profissionais que saiam da empresa após 12 meses na função. Ao mapear a demanda da área de Vendas, foi feito um acordo entre as áreas em que o Atendimento ao Cliente contrataria profissionais adicionais a cada ano (uma contratação relativamente fácil) e, após 12 meses atendendo os clientes e conhecendo este nicho de mercado, eram oferecidas a esses profissionais posições na área de Vendas da empresa. 

O processo foi aprimorado com a introdução de um treinamento de vendas nos últimos três dos 12 meses em atendimento para preparar melhor os profissionais na mudança de perfil. A previsão funcionou bem tanto para os gestores de vendas quanto para os profissionais envolvido, e a empresa conseguiu assim contornar as dificuldades que vinha enfrentando.





Tiago Yonamine - publicitário, designer e criador da plataforma de recrutamento TRAMPOS.CO e da escola de comunicação e tecnologia trampos ACADEMY.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Doações de sangue caem no final do ano, período com alta demanda por transfusões

No fim de ano, as doações de sangue tendem a cair devido às festividades e viagens de férias. Nessa época, porém, as demandas por transfusões aumentam, já que é quando normalmente acontecem mais acidentes.

No Brasil, cerca de apenas 1,6% da população brasileira é doadora de sangue, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de o número estar dentro dos parâmetros mínimos da Organização Mundial da Saúde (de pelo menos 1% da população doadora), a média ainda está aquém dos 3% considerado índice ideal pela OMS.

Cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Também, todos os materiais são descartáveis e de uso único, impossibilitando qualquer risco de contaminação durante o procedimento.

“Nesses meses de encerramento e início de ano, as pessoas costumam se ocupar nas festas e viagens de férias, ocasionando diminuição dos números das doações, porém a necessidade de transfusões permanece”, explica o presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celuar (ABHH), Dr. Dante Langhi Júnior. “É importante conscientizar as pessoas que a doação de sangue é um ato totalmente altruísta e de cidadania”, reforça.


Como doar

Há hemocentros e serviços de hemoterapia espalhados pelo país. Para doar é necessário pesar mais de 50 kg, ter entre 16 e 69 anos e estar descansado. Em relação à alimentação, é preciso estar bem nutrido, com refeições leves e não ter ingerido bebidas alcoólicas pelo menos 12h horas antes da doação.

Homens podem doar quatro vezes ao ano com intervalo mínimo de dois meses entre uma doação e outra, e mulheres podem doar até três vezes com periodicidade de 90 dias. Saiba mais, acessando: http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/doesangue/




A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) também se coloca à disposição da imprensa para esclarecer sobre doação de sangue.

Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo



Há quase 40 mil pessoas na fila à espera de uma doação. Especialistas esclarecem dúvidas sobre o tema


O Brasil é referência mundial na área de transplantes e apresenta o maior sistema público de transplantes do mundo. Cerca de 96% dos procedimentos realizados em todo o país são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estatisticamente, o país é considerado o segundo maior transplantador do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por meio do SUS, os pacientes recebem assistência integral e gratuita, desde os exames preparatórios, procedimento cirúrgico, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

Ainda assim, o assunto merece atenção, em 2018, aproximadamente 40 mil pessoas estavam na fila de espera por um órgão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

Cristiano Caveião, doutor em enfermagem e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gerontologia do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que o transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico para a retirada de um órgão (pulmão, rim, coração, pâncreas, fígado) ou tecido (ossos, córnea, medula óssea) de uma pessoa que está doente e substituição por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

“Em grande parte das situações, a doação de órgãos é a única expectativa de vida ou até mesmo a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação”, comenta Caveião.

O transplante de órgãos só pode ocorrer se tiver a doação, por isso é importante a conscientização da população, com o objetivo de reduzir a fila de espera e dar oportunidades de salvar vidas.

O biomédico, doutor em química e biotecnologia e coordenador do Curso de Biomedicina da Uninter, Benisio Ferreira da Silva Filho esclarece as principais dúvidas em relação ao procedimento.


Como funciona a doação pelo doador cadáver?

Essa doação ocorre após a confirmação da morte encefálica, que é a perda total e irreversível das funções cerebrais, e após a parada cardiorrespiratória. A doação pode ser realizada somente com autorização do familiar, conforme previsto na legislação. O diagnóstico de morte encefálica é realizado pelo médico especialista em neurologia, com capacitação específica.


Por que doar órgãos? E que órgãos podem ser doados?

A doação de órgãos pode salvar várias vidas. Podem ser doados os seguintes órgãos: pulmões, coração, pâncreas, fígado, rins, intestino, vasos sanguíneos, pele, ossos e tendões. Assim, um único doador poderá salvar muitas vidas. Os doadores com parada cardiorrespiratória podem doar somente tecidos, como por exemplo: córnea, vasos, pele, tendões e ossos.


E o doador vivo, o que pode doar?

Considera-se doador vivo qualquer pessoa juridicamente capaz, que atenda todos os preceitos legais, e com condições plenas de saúde. Podem doar pela lei parentes de até quarto grau e cônjuges; no caso de não parentes, somente com autorização judicial. O doador vivo pode doar rins, parte do fígado, parte do pulmão e parte da medula óssea.


Quem recebe os órgãos ou tecidos doados?

Após a confirmação da doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada por meio do registro de lista de espera e seleciona os doadores compatíveis.


Adesão a medicamentos de uso contínuo pode diminuir no período de feriados


 Chegada do fim do ano acende um alerta para a interrupção do tratamento que pode levar a uma série de problemas de saúde


As doenças crônicas não transmissíveis são um problema de saúde pública no Brasil, sendo responsáveis por 74% do total de mortes¹. Muitas dessas doenças necessitam de medicamentos de uso contínuo para serem controladas e não gerarem complicações de saúde aos pacientes.

A adesão correta a esses tratamentos é fundamental, mas pode ser negligenciada, principalmente em períodos de feriados e fins de semana prolongados em que há uma mudança mais profunda na rotina e dia a dia dos pacientes. De acordo com um levantamento da Medisafe, plataforma para gerenciamento de medicamentos, em parceria com a Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, durante esses períodos, a taxa de regularidade do uso dos medicamentos diminui.

“Enquanto a taxa de adesão normal gira em torno de 77%, observamos que, quando nos feriados e fins de semana, a taxa cai 3,5%. Se isso já acontece em um fim de semana, imagina nas férias, que é um período maior em que há uma grande mudança de rotina e às vezes até de fuso horário”, afirma Paula Coelho, gerente de digital da Merck para franquias de cardiometabolismo.

A falta de adesão ao tratamento pode levar a uma série de consequências evitáveis assim como afastamento do trabalho e perda da produtividade econômica. “Muitos pacientes não fazem ideia dos malefícios de interromper o tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e disfunção da tireoide, que podem ser desde retorno de alguns sintomas até descontrole agudo da doença”, afirma dr. Luiz Magno, Diretor Médico da Merck.

E como hoje a tecnologia está presente no dia a dia de todos, ela também pode ajudar no controle e maior regularidade no tratamento. Pensando nisso, desde 2018 a Merck firmou uma parceria com a Medisafe, plataforma de gerenciamento de medicamentos, que fornece ao paciente acesso a uma versão personalizada do aplicativo, que já está disponível para download gratuitamente. Nessa versão, o paciente que usa medicamentos da Merck tem acesso a conteúdo exclusivos e mais informações sobre doenças e tratamentos, além da plataforma.

Entre as principais vantagens estão:

1.   Possibilidade de criação de um alerta para informar o cuidador o momento de administrar o medicamento

2.   Registro em formato de gráfico de parâmetros importantes, como resultados de glicemia ou de dosagem dos hormônios da tireoide. O registro e organização dessas informações auxilia o médico a entender melhor o quadro clínico para a tomada de decisão do tratamento adequado

3.   Acompanhamento de quais medicamentos já foram administrados

Para ter acesso aos benefícios, basta baixar o aplicativo Medisafe no seu celular e inserir os medicamentos de uso contínuo. Disponível para Androide e Apple.




Referência

1 Vigitel Brasil 2018 - Vigilância De Fatores De Risco E Proteção Para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico. Disponível em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf. Acessado em novembro de 2019.
2 World Health Organization Adherence to Long-Term Therapies, Evidence for Action, 2013




Sobre a Merck
A Merck é uma empresa líder em ciência e tecnologia em Saúde, Life Science e Performance Materials. Cerca de 56.000 colaboradores trabalham para fazer uma diferença positiva na vida de milhões de pessoas todos os dias, criando maneiras mais qualitativas e sustentáveis ​​de viver. Desde o avanço das tecnologias de edição de genes e descobertas de maneiras inovadoras para tratar as doenças mais desafiadoras até a viabilização do uso da inteligência dos dispositivos, a Merck está presente. Em 2018, a Merck obteve um faturamento de € 14,8 bilhões em 66 países.
A exploração científica e o empreendedorismo responsável foram fundamentais para os avanços da Merck desde a sua origem em 1668. A família fundadora continua sendo a acionista majoritária do grupo de empresas de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e da marca da Merck em todo o mundo, exceto nos Estados Unidos e o Canadá, onde a empresa é conhecida como EMD Serono, MilliporeSigma e EMD Performance Materials. Para saber mais, acesse www.merck.com.br e siga-nos no Facebook (@grupomerckbrasil), Instagram (@merckbrasil) e Linkedin (@merck-brasil).

Medicação e bebida alcoólica uma combinação segura?





bridgesward por Pixabay
Gelza de Araujo, Presidente da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais no Rio de Janeiro, tira as principais dúvidas sobre medicamento e álcool




bridgesward por PixabayO Happy Hour faz parte da rotina do brasileiro e com muita frequência, essa diversão envolve o consumo de bebida alcoólica. A principal dúvida que surge para quem está tomando medicação é: será que posso beber? Mas o que a maioria esquece é que o anticoncepcional do dia a dia também é uma medicação. Será que perde o efeito após uma bebedeira? 


Para sanar essas e outras questões, Gelza Araujo, farmacêutica da Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais e presidente da regional Rio de Janeiro, explica que as consequências da interação entre álcool e medicamentos dependem de vários fatores. Entre eles está a composição do medicamento, o organismo do paciente e a quantidade de álcool ingerida. Por isso, de forma geral, a recomendação é evitar misturar álcool com medicamento. 

As mulheres que tomam anticoncepcional devem conversar com o médico para usar um método contraceptivo complementar, já que, com a bebida, o efeito pode cair até pela metade. Gelza alerta: “Os anticoncepcionais podem ter tempos variados de permanência no organismo antes de serem eliminados, com duração que varia entre 12 a 24 horas ou mais, dependendo da substância, e isso gera riscos, já que a mulher pode achar que está protegida e ter atividade sexual sem preservativo.”

Para grande parte dos medicamentos o principal órgão prejudicado é o fígado, que metaboliza, por meio das enzimas que produz, o álcool, ficando sobrecarregado. O álcool também afeta especialmente o sistema nervoso central, que comanda nossas ações, alterando substancialmente as capacidades cognitivas estruturais e comportamentais.

Como a bebida altera o metabolismo, o tempo de eliminação do medicamento será alterado, podendo ocorrer antes ou depois do previsto, com possibilidade de prejudicar o tratamento. Aumenta a gravidade quando são utilizadas drogas para tratar problemas neurológicos e psiquiátricos, pois o álcool em geral potencializa o efeito dessas substâncias. “Antidepressivos agem diretamente no sistema nervoso central. Inicialmente, as bebidas alcoólicas aumentam o efeito do antidepressivo, deixando a pessoa mais estimulada; porém, após passar o efeito da bebida, os sintomas da depressão podem aumentar. Já quando os ansiolíticos são misturados ao álcool aumenta o efeito sedativo, deixando a pessoa inabilitada para conduzir um veículo por exemplo, além de uma maior probabilidade de efeitos adversos graves, a exemplo de coma e insuficiência respiratória”, explica a farmacêutica. 

A mistura de antibióticos e álcool, por sua vez, pode causar desde vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória até a morte. “Esse tipo de reação seria mais comum com as substâncias metronidazol; trimetoprima-sulfametoxazol, tinidazole e griseofulvin. Já outros antibióticos – como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida – tampouco devem ser tomados com cerveja e afins pelo risco de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática”, diz a especialista. 

Gelza completa explicando o efeito com analgésicos e antitérmicos. “O efeito do álcool pode ser potencializado e a velocidade de eliminação do medicamento do organismo será maior, diminuindo seu efeito. Nos casos mais graves, o uso do álcool com paracetamol pode danificar o fígado, uma vez que ambos são metabolizados nesse órgão. Já a mistura com ácido acetilsalicílico pode causar, em casos extremos, hemorragia estomacal, pois ambos irritam a mucosa estomacal”

“Portanto, na dúvida, a regra é: não misturar álcool com nenhum tipo de medicamento”, finaliza a farmacêutica.  A medicação não pode ser desculpa para faltar a reunião de amigos, afinal, o mais importante nestas festas é o carinho, a atenção e a comemoração por terem passado mais um ano juntos e felizes. 





Gelza Araujo - Farmacêutica com habilitação industrial, graduada na UFF, com 20 anos de vivência no segmento magistral. Neste tempo atuou como responsável técnica de uma rede de farmácias do Rio de Janeiro, trabalhando com desenvolvimento de produtos, treinamento de equipes de produção e propaganda, elaboração de material técnico-informativo, representação junto aos órgãos fiscalizadores e atendimento a clientes e prescritores. Após 17 anos de trabalho no setor focou-se no trabalho de consultoria, levando este conhecimento acumulado para outras empresas. Desde 2017 atua exclusivamente com consultoria tendo a oportunidade de conhecer farmácias por todo o Brasil e entender as várias nuances e perfis de trabalho.




Anfarmag - Associação Nacional de Farmacêuticos

O século da genética: a evolução no tratamento da Falência Ovariana precoce


Especialista fala dos avanços nas pesquisas genéticas contra a doença que compromete a fertilidade de mulheres jovens 


A Insuficiência Ovariana Primária (IOP)é uma patologia devastadora que atinge de 1% a 5% das mulheres, com foco clínico antes dos 40 anos. Elas param de menstruar e têm a fertilidade seriamente comprometida. Quem sofre da Falência Ovariana Precoce  ou Menopausa Precoce, como é popularmente conhecida, sabe bem como é enfrentar a doença. Enquanto isso, os especialistas buscam encontrar caminhos para o diagnóstico e condução melhor do tratamento. 

"Hoje a forma mais comum de identificar a doença é por meio de uma avaliação hormonal que inclui o hormônio anti-mulleriano  (AMH) e contagem de folículos ovarianos num início de ciclo (contagem de folículos antrais) em pacientes com histórico familiar de menopausa precoce da mãe ou de outras parentes. O objetivo é, por meio dos exames, detectar esta possibilidade numa mulher jovem e mesmo excluir causas genéticas, que vem sendo  exaustivamente pesquisadas. Desta forma impõe-se a realização de um cariótipo (contagem dos cromossomos), além  de um teste para verificar a  presença da mutação do cromossomo X,  o chamado "X frágil", explica a Presidente da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDELARA), Maria do Carmo Borges de Souza, também diretora da Fertipraxis - Centro de Reprodução Humana. 

A especialista acabou de participar do XXVII Congresso Mundial sobre Controvérsias em Obstetrícia, Ginecologia e Infertilidade (COGI), em Paris, onde foram apresentados diversos estudos que mostram a evolução das pesquisas genéticas em relação às práticas médicas, especialmente na área da Reprodução Humana e sobretudo no tratamento da IOP. 

"Na França já se permite no serviço público um sequenciamento de genoma buscando mutações presentes nas mulheres com este diagnóstico clínico, que podem ser correlacionadas à alterações ainda na puberdade - como atrasos -, ou, principalmente, relacionado ao envelhecimento ovariano, assim como riscos cardiovasculares", explica a Dra. Maria do Carmo. 

Mais de 60 genes foram descritos com mutações, entre os milhares que nós temos. "Quanto mais essas mutações são identificadas mais as pesquisas genéticas vão auxiliar nas terapias de controle gênico, para identificar e corrigir a causa, seja num  embrião e quem sabe no futuro em crianças jovens. Definitivamente, vivemos o século dos avanços genéticos", conclui a médica.  





FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana
http://www.fertipraxis.com.br

Cinco dúvidas para evitar a candidíase vaginal durante o verão


Estação exige cuidado redobrado com higiene íntima


Verão é sinônimo de dias quentes, praia e piscina. Apesar de todos os encantos da estação, essa combinação pode desencadear candidíase - infecção na região vaginal que aumenta durante esse período. “O fungo que causa a candidíase está presente no corpo humano desde o nascimento. No entanto, quando há queda de imunidade ou aumento da agressão externa, por exemplo, com o uso excessivo de roupas de banho molhadas por muito tempo ou calça que aperte a região genital (que pode causar algum trauma ou a manutenção da temperatura elevada), pode ocorrer a proliferação dos fungos, desencadeando coceira na região íntima, corrimento de cor esbranquiçada e ardor ao urinar”, explica *Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis.

Para aproveitar os dias de calor com a saúde em dia, o especialista responde as principais dúvidas das mulheres: 


Quais são os sintomas da Candidíase?

O quadro clínico clássico da candidíase é coceira na vagina, sensação de ardor e presença de corrimento esbranquiçado sem cheiro. Na presença destes sinais ou sintomas, é necessário procurar avaliação médica. 


Passar muitas horas com biquíni molhado pode desencadear o problema?

Sim! Umidade e matéria orgânica é a combinação ideal para o crescimento de fungos. Quanto mais tempo a região estiver úmida, maiores as chances de desenvolver a candidíase. Portanto, para quem for passar longos períodos entre praia e piscina sugere-se, sempre que possível, trocar a roupa de banho.  


Sentar direto na areia pode aumentar as chances de Candidíase?

Pode, com ressalvas. Deve-se destacar que o tempo de exposição a substâncias que podem irritar a vulva e a vagina poderiam desequilibrar a flora vaginal. Para as mulheres mais sensíveis à areia, melhorar evitar este contato direto. 


Quais cuidados devem ser intensificados durante o verão?

No banho, lave adequadamente a região, com movimentos delicados e sabonetes próprios visando o equilíbrio da flora natural. Não use protetores diários, pois abafam a região e podem provocar corrimentos, coceira e infecções. No dia-a-dia, evite ficar muitas horas com biquíni molhado e não use roupas muito justas e de tecidos grossos. Quanto às calcinhas, priorize as de algodão e colocá-las para secar sempre em um ambiente fresco e seco. Dormir sem calcinha é uma boa medida para permitir a ventilação vaginal. Jamais realize duchas vaginais para a limpeza.


Qual o tratamento caso a Candidíase seja diagnosticada?

O tratamento é bem simples e consiste na indicação um antifúngico e pomadas anti-inflamatórias que amenizam a coceira e a vermelhidão.






Dr. Renato de Oliveira  - Formado em Medicina no ano de 2007 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Residência em Ginecologia e Obstetrícia entre 2009 e 2012 no Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher (CAISM) na UNICAMP. Especialização médica em Reprodução humana na Faculdade de Medicina do ABC, entre 2012 a 2014. Ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis. Membro da equipe de infertilidade do Instituto Ideia Fértil. Participou de diversas publicações sobre endometriose, infertilidade e carcinoma no colo do útero
Criogênesis,

Estudo relaciona o aparecimento de diabetes tipo 2 à utilização de estatinas


A boa notícia é que uma nova estatina, a Pitavastatina, não interfere nos níveis de açúcar no sangue, podendo ser usada por pacientes pré-diabéticos e diabéticos.


Dados do Ministério da Saúde apontam que 40% da população brasileira, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas, têm colesterol alto, fator que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
As estatinas representam a primeira indicação de tratamento para esses casos.

Estudos comprovam que as estatinas ajudam a reduzir o teor de gordura no sangue e com isso favorecem a diminuição significativa de ocorrência de doenças cardiovasculares, mas sua principal função é inibir a produção de colesterol no fígado (a maior fonte de colesterol no organismo) e aumentar a remoção do colesterol ruim do sangue também pelo fígado, diminuindo assim o nível de colesterol total.

“Os benefícios da utilização desse tipo de fármaco são inúmeros, porém, um efeito colateral pode afetar a vida dos pacientes de maneira significativa. É o que o estudo publicado neste ano pela British Journal of Clinical Pharmacology, relevou: indivíduos que usam estatinas podem ter maior risco de hiperglicemia, resistência à insulina e, eventualmente, diabetes tipo 2.”, conta o médico endocrinologista, dr. Valdinei Garcia.

O estudo envolveu 15 anos de análises. Pessoas que utilizavam estatinas foram comparadas com quem nunca usou essa categoria de medicamentos. O resultado mostra risco 38% maior de desenvolver diabetes tipo 2 nos usuários de estatinas, em indivíduos com propensão aumentada para o desenvolvimento de diabetes. 

A questão central é que existem diversos tipos de estatinas: algumas conhecidas há muito tempo, como a sinvastatina e a atorvastatina. Mas também há as estatinas inovadoras, como a pitavastatina.
“Em decorrência de sua estrutura molecular diferenciada, a pitavastatina não segue o padrão das demais estatinas com relação ao aumento da possibilidade de desenvolvimento de diabetes, tão pouco quanto a ocorrência de outros efeitos colaterais, tais como, o aparecimento de dores musculares, sendo na grande maioria dos casos melhor tolerada pelos pacientes”, explica o dr. Valdinei.

A pitavastatina é a mais recente estatina disponível no mercado brasileiro. Através de vários estudos com destaque para o chamado REAL-CAD (2017) demonstrou a não interferência da pitavastatina na glicemia (níveis de açúcar no sangue). Essa característica faz com que ela tenha potencial para ser utilizada tanto por pacientes pré-diabéticos como diabéticos. Além disso, a pitavastatina é vista como uma ferramenta de prevenção, para que pessoas com colesterol alto não tenham ampliadas as chances de desenvolver diabetes tipo 2.

O tipo 2 da diabetes ocorre quando o organismo não consegue utilizar da maneira correta a insulina que produz, ou quando não fabrica a quantidade suficiente de insulina para controlar a taxa de glicemia. Embora muitas vezes essa enfermidade seja subestimada, trata-se de problema sério. Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes tipo 2 cresceu 61% no Brasil entre 2006 e 2016. As consequências mais conhecidas de casos de diabetes são: elevação significativa de eventos cardiovasculares graves, como infarto agudo do miocárdio fatal e não fatal, acidente vascular cerebral, problemas de visão, problemas nos membros inferiores e doenças renais.

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