Freepik
Por muito
tempo, afirmar que uma criança come bem relacionava-se com a
quantidade – ainda que fossem alimentos ricos em carboidratos, gorduras ou
açúcares. Atualmente esse conceito vem se modificando culturalmente, de modo
que o termo está mais associado a uma alimentação balanceada, com frutas,
legumes, verduras e proteínas.
Parte dessa
mudança se deve ao crescimento da obesidade infantil em todo o mundo e
particularmente no Brasil. O Observatório de Saúde na Infância, produzido pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Faculdade de Medicina de
Petrópolis (Unifase), aponta que, em 2022, cerca de 10% das crianças
brasileiras com até 5 anos de idade já estavam num quadro de sobrepeso ou de
obesidade. Entre os adolescentes com 10 a 18 anos, este índice já se encontrava
em torno de 33%.
“A obesidade
infanto-juvenil tornou-se uma prioridade no Brasil diante do cenário que se
desponta, não só aqui, mas no mundo inteiro”, explica Dr. Celso di Lascio,
médico da operadora de planos de saúde You Saúde. “É um freio que precisa ser
usado de forma emergencial, para evitar um risco ainda maior de futuros adultos
com problemas cardiovasculares, diabetes e doenças crônicas”, alerta.
Segundo ele,
esse cuidado deve começar cedo, já na primeira infância. “A alimentação
saudável é essencial para o desenvolvimento cognitivo, físico e até emocional.
E para assegurar essa formação completa e adequada, é necessário que a criança,
desde seus anos iniciais, tenha contato com uma dieta que ofereça vitaminas,
minerais, proteínas e gorduras saudáveis necessárias ao corpo em
desenvolvimento”, orienta o médico da You Saúde.
Isto porque,
segundo ele, há alimentos específicos para cada item do desenvolvimento
infantil. Desde a formação dos circuitos neurais que darão suporte às funções
cognitivas e emocionais, passando por aqueles que auxiliarão na formação dos
ossos e músculos e os que auxiliarão no funcionamento dos órgãos internos.
Ainda que haja resistência com relação a alguns alimentos, ele recomenda
exercitar os bons hábitos alimentares no dia a dia.
“É um
exercício diário. Mas quanto mais cedo a criança assimila uma dieta adequada ao
organismo, melhor aprende a compreender a importância de cada alimento e a
tomar gosto por sabores, cores e texturas distintas. Vale uma dose de
criatividade e paciência dos pais para tornar essa experiência com a alimentação
mais saudável. Mas fugir daquilo que não é bom para o desenvolvimento é o
primeiro passo”, afirma o Dr. Celso di Lascio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário