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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Brasil investiga possíveis casos de suicídios com ‘Baleia Azul’



“Jogo” com “desafios” atrai adolescentes e jovens que têm, principalmente, problemas de autoaceitação e depressão; segundo a OMS, País é o 11º no ranking mundial de suicídios


Nos últimos dias, o suicídio vem sendo bastante discutido na mídia e redes sociais. O tema está sendo tratado com mais intensidade por conta da grande repercussão do “Blue Whale”, Baleia Azul em português, uma “competição” cibernética criada na Rússia, com “desafios” que vêm atraindo adolescentes e jovens de mundo todo, principalmente aqueles que têm problemas de autoaceitação e depressão. 

No “jogo”, após aceitarem convites em redes sociais, adolescentes e jovens, geralmente entre 10 e 25 anos, são encorajados por “curadores” a cumprir missões e desafios em 50 etapas, como assistir filmes de terror, sair de casa em horários estranhos, evitar diálogo durante muitas horas, postar em redes sociais a hashtag #IAmWhale (eu sou uma baleia), furar as mãos com agulhas, desenhar uma baleia no braço usando um estilete e, na última delas, tirar a própria vida. Autoridades policiais investigam casos de suicídios – e também tentativas e mutilações – possivelmente relacionados ao Baleia Azul em pelo menos oito estados do País, até o dia 19 de abril. 

Para André Assunção, psicólogo do Hapvida Saúde, os indivíduos que entram no “jogo” não só podem ter problemas de depressão, mas também o encaram como uma forma de buscar ajuda e aceitação social. “Os jovens que procuram o Baleia Azul, geralmente, são aqueles que já tiveram ou têm depressão ou outros problemas emocionais e sociais. Além do desejo de se matar, eles acreditam que ao entrar no ‘desafio’, serão aceitos, farão amigos e que em um grupo fechado poderão mostrar quem realmente são. Muitas vezes, é um modo de chamar atenção, de pedir ajuda, pois nem todos chegam a se suicidar”, explica Assunção. Para o psicólogo, a detecção dos participantes do “jogo” permite às pessoas mais próximas, principalmente os pais, entenderem quais problemas esses adolescentes e jovens estão enfrentando e, mais importante, que eles precisam de socorro imediato.

Além do Baleia Azul, a série “13 Reasons Why”, que virou febre entre os brasileiros, também fez com que o assunto ganhasse ultimamente ainda mais visibilidade. O seriado do Netflix, que estreou em streaming em 31 de março, relata a história de uma jovem que se suicida, revelando ao longo de 13 episódios as causas que a levaram a esta decisão.  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil aparece em 11º lugar no ranking de países com maior número absoluto de casos de suicídio. A cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida: são 25 conterrâneos que se suicidam por dia no País. O dado é mais preocupante quando se identifica que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, de acordo com a ONG Centro de Valorização da Vida, uma das principais que monitora e estuda os casos no Brasil.

Para Joelina Abreu, psicóloga do Hapvida Saúde, muitos jovens se tornam potenciais suicidas, geralmente, pelo fato de ainda ser um tabu a discussão sobre o assunto. Segundo a especialista, repercutir o assunto de maneira aberta na imprensa e redes sociais pode contribuir para que as pessoas se sintam mais à vontade para relatar os seus problemas com familiares e, assim, obterem ajuda.

Ao contrário do que muitos pensam, a depressão juvenil não é um problema da adolescência. Ela começa a se desenvolver já na infância. Joelina ressalta que é na formação da personalidade que a família mais precisa oferecer suporte e harmonia à formação do indivíduo. “Até os sete anos de idade, em média, formamos o que chamamos de personalidade. Nessa fase, a família precisa oferecer um cenário de conforto emocional e de equilíbrio racional para a criança. Assim, ela vai crescer sabendo lidar com emoções, principalmente, com as frustrações”, finaliza a psicóloga.


Conheça os sinais mais comuns que podem levar ao suicídio

·         Mudanças marcantes na personalidade ou nos hábitos

·         Conversas sobre desejo de morrer, de estar sem esperança ou de ser um peso na vida das pessoas

·         Comentários autodepreciativos persistentes

·         Mudanças de humor repentinas

·         Disforia marcante (combinação de tristeza, irritabilidade e acessos de raiva)

·         Comentários sobre morte, sobre pessoas falecidas e interesse por essa temática

·         Perda de interesse em atividades de que gostava

·         Sentir-se isolado

·         Afastamento da família e de amigos

·         Descuido com a aparência

·         Perda ou ganho inusitado de peso

·         Piora do desempenho na escola, no trabalho e em outras atividades rotineiras

·         Aumento do uso de álcool e drogas


O que fazer?

·         Não deixar a pessoa sozinha

·         Levá-la para um acompanhamento médico e especializado

·         Não deixar armas de fogo, drogas ou álcool ao seu alcance



Procure ajuda do CVV

O Centro de Valorização à Vida (CVV) auxilia pessoas que possuem sintomas suicidas pelo telefone 141. O centro orienta indivíduos que estejam em situações vulneráveis e que desejam tirar a própria vida e conta com voluntários que ficam disponíveis por 24h para atender ligações e conversar. A equipe de atendentes é capacitada para um tratamento respeitoso com quem os procura, incentivando-os a não cometer suicídio.



quarta-feira, 19 de abril de 2017

Abuso psicológico é mais comum que o físico



A violência doméstica pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer tipo de relacionamento, heterossexual ou homoafetivo. Entretanto, as estatísticas ainda apontam as mulheres como as principais vítimas desse tipo de agressão. Para Marina Simas de Lima, psicóloga e cofundadora do Instituto do Casal, este fato está ligado ao modelo patriarcal em que ainda vivemos.
 
“Ainda não alcançamos a equidade de gêneros em nossa sociedade. Hoje, embora as mulheres tenham conquistado uma série de direitos, infelizmente elas ainda são mais vulneráveis ao abuso que os homens”, explica Marina. A percepção da psicóloga é corroborada por recente pesquisa do DataFolha, que mostrou que 1 em cada 3 brasileiras, com 16 anos ou mais, foram vítimas de violência em 2016.

 
O que é um relacionamento abusivo?
O relacionamento abusivo é aquele em que o (a) parceiro (a) procura intimidar, controlar, humilhar, ameaçar e dominar o outro. “O único objetivo do abusador (a) é controlar totalmente a vítima, minando sua autoestima e autoconfiança”, explica Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga e cofundadora do Instituto do Casal.

 
Veja 7 sinais do abuso psicológico, de acordo com as especialistas:
 
  1. Perda da liberdade: o (a) abusador (a) aos poucos vai “escolhendo” os lugares que podem ser frequentados. Em geral, a vítima só pode sair acompanhada dele (dela) e quando ele (ela) permitir.
  2. Isolamento social: A perda da liberdade acaba impactando também no isolamento social, já que a vítima acaba se distanciando de amigos e familiares.
  3. Controle do uso de celulares e e-mails: o (a) abusador (a) controla totalmente os telefonemas, mensagens, e-mails. Tem acesso total às senhas e decide com quem a vítima pode ou não se comunicar.
  4. Controle sobre a aparência: esse é um sinal bem claro de abuso. Em geral, o (a) abusador (a) tem poder total sobre as roupas, a maquiagem, o corte de cabelo, etc.
  5. Repreensões públicas: a vítima pode ser constantemente constrangida publicamente sobre seus comportamentos.
  6. Abuso do poder econômico: em geral, quando o (a) abusador (a) é responsável pelas finanças do casal,  usa esse poder para controlar a vítima.
  7. Ameaças constantes: Com a autoestima abalada e sentindo-se insegura, a vítima pode ouvir frequentemente ameaças, como “você não é ninguém sem mim”, “ninguém vai querer você”, “você é burra (o)”, “você é feia (o)”, entre outras agressões verbais. Isso inibe que a vítima procure sair dessa situação.

Como pedir ajuda?

“A maior preocupação quando falamos de relacionamentos abusivos, são os casos de violência psicológica, pois estes não deixam marcas visíveis. Entretanto, além de gerar danos emocionais importantes na vítima, o abuso psicológico tem o potencial de se transformar em violência física, podendo levar a um desfecho trágico”, comentam as psicólogas.

 
Portanto, a recomendação é procurar ajuda profissional. Reconhecer a situação é o primeiro passo. “A vítima precisa se fortalecer, recuperar sua autoconfiança e sua autoestima para tomar uma decisão. Não é um processo rápido. É preciso resgatar a identidade, valores, perder o medo do (da) agressor (a) e ter segurança para partir. Nesse processo será importante também entender que um relacionamento saudável é feito de respeito, autonomia e, acima de tudo, de amor”, concluem as psicólogas.




Como os idosos podem evitar a gripe?



Comum nesta época do ano, a doença, quando detectada em pessoas de mais idade, precisa de acompanhamento especial


A gripe é uma doença altamente contagiosa, provocada pelo Influenza, vírus capaz de sofrer mutações. Nesta época do ano é que há um grande aumento no número de casos de contágio, por conta do tempo mais frio e seco.

Os sintomas da gripe são facilmente confundidos com os do resfriado e da rinite alérgica, porém, quando a doença é causada pelo Influenza, eles são mais intensos, a ponto de a pessoa gripada não conseguir realizar suas atividades diárias. Estes sintomas raramente duram por mais de duas semanas, mas quando acometem idosos, devem ser cuidadosamente acompanhados.

Apesar de não ser considerada uma doença grave, a gripe é responsável pela morte de milhares de pessoas por questões relacionadas à baixa imunidade do paciente ou associação com outras doenças, como pneumonias.

A seguir, o pneumologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Mauro Gomes, relaciona cinco dicas para pessoas acima dos 60 anos evitarem a doença:


1.    Vacinação
A vacina contra a gripe é distribuída na rede pública, gratuitamente, a pessoas acima dos 60 anos e é uma das principais formas de prevenção.

2.    Higiene
Crie o hábito de lavar sempre as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel. O vírus da gripe pode ser transmitido por diversos lugares e formas de contato. Evite coçar os olhos ou colocar as mãos na boca e no nariz.

3.    Contatos
Mantenha distância de pessoas que possam estar contaminadas com o vírus. O ar que sai dos pulmões de uma pessoa gripada e respirado pelo idoso é o principal caminho para o contágio.  E lembre-se sempre de manter o ambiente arejado.

4.    Alimentação
Os idosos devem manter uma alimentação variada, equilibrada e contendo todos os nutrientes essenciais diariamente (vitaminas, minerais e proteínas), podendo estar incluídos em preparações como sopas e caldos, pratos que apetecem nos dias de temperaturas mais baixas. Algumas dicas devem ser seguidas ao montar as refeições: fontes de vitamina C (fortalecem o sistema imunológico); fontes de ácido fólico (feijão, espinafre e brócolis, por exemplo); vitamina A (que estimulam as células de defesa) e vitamina E (antioxidantes).
5.    Idosos com problemas respiratórios
44% dos brasileiros sofrem de problema respiratório. Por isso, o especialista alerta para que idosos com comprometimento pulmonar mantenham a consulta em dia e não deixem de usar medicamento contínuo. É com temperaturas mais baixas que as vias aéreas ficam mais irritadas.



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