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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O Novo Alzheimer: Por Que Gente Jovem Está Perdendo o Brilho Cognitivo. Spoiler: os Hormônios Estão no Centro Dessa História

Foco, memória, energia, clareza. Para muitas pessoas, esses pilares do desempenho mental parecem cada vez mais distantes mesmo entre jovens de 30, 35, 40 anos. A mente se torna mais lenta. As palavras fogem. As ideias perdem nitidez. O corpo está presente, mas o raciocínio já não acompanha. 

Essa decadência cognitiva precoce, que antes era associada à velhice, agora preocupa especialistas em saúde hormonal. Segundo o médico Dr. Gustavo de Oliveira Lima, especialista em emagrecimento, performance e modulação hormonal, há um fator silencioso e muitas vezes negligenciado por trás desse declínio: o colapso hormonal que compromete a saúde cerebral antes mesmo da terceira idade.
 

Uma nova era de perdas cognitivas silenciosas

O que antes era chamado de “esquecimento normal” hoje está sendo reavaliado sob uma nova lente. Milhares de pessoas estão apresentando sinais de deterioração cognitiva funcional, que não se encaixam nos critérios de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, mas já demonstram comprometimento real de desempenho cerebral.
 

Segundo Dr. Gustavo, essa nova epidemia mental tem três características marcantes:

  1. Surge mais cedo do que se imaginava — muitas vezes ainda na faixa dos 30 ou 40 anos.
     
  2. É multifatorial, mas frequentemente negligenciada nos exames convencionais.
     
  3. Tem forte ligação com desequilíbrios hormonais e inflamatórios, que afetam diretamente o sistema nervoso central.

O que os hormônios têm a ver com isso?

“Tudo”, afirma o médico. Os hormônios não são apenas reguladores sexuais. São neuro-moduladores fundamentais para o funcionamento do cérebro.

  • Estrogênio fortalece as conexões sinápticas e atua como neuroprotetor.
  • Testosterona estimula a motivação, clareza e velocidade de raciocínio.
  • Progesterona é calmante, favorece o sono restaurador e a plasticidade neuronal.
  • Cortisol, quando em desequilíbrio, afeta memória, tomada de decisão e estabilidade emocional.
  • Hormônios tireoidianos como T3 e T4 controlam o ritmo metabólico cerebral.

A queda progressiva desses hormônios, mesmo em pessoas ainda longe da menopausa ou da andropausa, pode acender o gatilho para um processo de desgaste cerebral sutil e contínuo.
 

O falso Alzheimer: o risco de rotular o que é reversível

O nome “novo Alzheimer” não é uma tentativa de dramatizar, mas sim de provocar uma mudança de olhar. Se doenças neurodegenerativas são irreversíveis, o colapso hormonal que apaga a performance mental pode ser diagnosticado e tratado. Mas para isso, é preciso ir além do básico. 

“Quando o paciente chega dizendo que está ‘menos inteligente’ do que era, a resposta não pode ser um café mais forte ou um remédio psiquiátrico. A resposta está na bioquímica”, explica Dr. Gustavo de Oliveira Lima. 


Efeitos reais: como o cérebro responde ao desequilíbrio

A deficiência hormonal não compromete só a memória de curto prazo. Ela pode afetar:

  • Tomada de decisão
  • Velocidade de processamento mental
  • Regulação emocional
  • Capacidade de aprendizado
  • Criatividade e flexibilidade cognitiva
  • Engajamento social e afetivo

Esses efeitos, somados, podem levar a um estado de “apatia funcional”, onde a pessoa continua vivendo, trabalhando e se relacionando, mas com metade da sua potência real.
 

Diagnóstico precoce: o que observar

Dr. Gustavo destaca que os sinais mais comuns incluem:

  • Redução na capacidade de planejar e organizar tarefas
  • Fadiga mental persistente
  • Falhas de memória que antes não existiam
  • Desmotivação sem causa aparente
  • Sensação de “ficar para trás” intelectualmente

Ao contrário das doenças neurológicas irreversíveis, esse quadro costuma responder muito bem à modulação hormonal personalizada, desde que acompanhado de estratégias integrativas, como nutrição cerebral, exercício físico inteligente e sono de qualidade.
 

A mente é corpo: por uma medicina que pense melhor

A perda cognitiva precoce não pode mais ser ignorada como um efeito colateral da vida moderna. E tampouco pode ser tratada com paliativos que apenas mascaram os sintomas. 

“Recuperar o desempenho cognitivo é possível. Mas exige uma abordagem completa, que olhe o paciente como um sistema interligado, onde hormônios, intestino, sono e emoções dialogam o tempo todo com o cérebro”, conclui Dr. Gustavo de Oliveira Lima.


Dr. Gustavo de Oliveira Lima – Médico - CRM/SP 207.928 - Com uma formação sólida em nutrologia e endocrinologia, Dr. Gustavo de Oliveira Lima é reconhecido por sua atuação em emagrecimento saudável e longevidade. Focado em oferecer tratamentos modernos e personalizados, ele utiliza abordagens científicas de ponta para promover saúde integral e bem-estar a longo prazo. Sempre atualizado com as mais recentes inovações da medicina, Dr. Gustavo é um dos grandes destaques quando o assunto é qualidade de vida e prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento.

 

Qualidade de vida e capacidade de suportar tratamento oncológico estão correlacionadas à alimentação

Incidência crescente de câncer impõe a necessidade de uma visão holística, na qual a nutrição assume um papel central no cuidado ao paciente

 

 O 1º Simpósio Médico Nutricional do Centro de Oncologia Campinas (COC), realizado no último dia 21 de Agosto, em Campinas, trouxe aos mais de 160 participantes um panorama geral dos obstáculos que os pacientes enfrentam durante o tratamento contra o câncer. A caquexia e a sarcopenia, que alteram a composição do corpo e a força dos músculos e são comuns em pessoas com câncer, foram alguns dos temas debatidos. As discussões serviram para reforçar o fato de que a dieta no tratamento do câncer deve sempre incluir uma avaliação detalhada das questões nutricionais para buscar intervenções personalizadas que otimizem os resultados dos pacientes.

A qualidade de vida e a capacidade de suportar o tratamento estão correlacionadas à alimentação, destaca o oncologista clínico do Centro de Oncologia Campinas, Fernando Medina. “A imunonutrição, que visa melhorar a nutrição e a imunidade, é fundamental para atenuar problemas. A disbiose, que é o desequilíbrio da flora intestinal, pode prejudicar a absorção de nutrientes importantes, sendo necessário o uso de prebióticos para recuperar a saúde do intestino”, exemplifica o médico.

O tratamento oncológico, cada vez mais, valoriza a nutrição como um componente essencial – espelha uma visão mais completa do cuidado ao paciente com câncer. Prova disso foi o interesse dos profissionais de saúde nos assuntos discutidos durante o inédito simpósio organizado pelo COC.

O evento reuniu presencialmente 83 participantes, três a mais do que o limite de inscrições.  Outros 78 profissionais participaram de forma online das discussões, que envolveram palestrantes de diferentes áreas da saúde. Andréia Rissatti, nutricionista do COC e uma das organizadoras do evento, lembrou que a pauta enfatizou questões como diagnóstico, síndromes que acometem o paciente, a trajetória de manejo e os cuidados paliativos.

“Esse tipo de simpósio voltado à nutrição e à oncologia não é muito comum aqui em Campinas. Então pudemos oferecer uma oportunidade rara para atualizações e trocas de experiências”, finalizou Andreia.


 Visão holística

No cenário atual da saúde global, a incidência crescente de câncer impõe a necessidade de uma visão holística, na qual a nutrição assume um papel central no cuidado ao paciente. A caquexia e a sarcopenia, frequentemente observadas, representam sérios obstáculos porque minam a qualidade de vida e a efetividade das intervenções terapêuticas.

“Nesse panorama, a imunonutrição surge como uma possível solução. É fundamental salientar que os sintomas de náuseas e vômitos resultantes da quimioterapia (CINV) não só exacerbam as dificuldades nutricionais, como também afetam a percepção de bem-estar do paciente”, acrescenta Medina.

Uma complicação comum, a caquexia impacta até 85% dos pacientes. Ela leva à perda de peso e, consequentemente, a uma menor qualidade de vida. A diminuição da massa muscular, explica Medina, também acarreta um prognóstico menos favorável, dando início a um círculo de enfraquecimento progressivo.

“Em contraste, a imunonutrição se apresenta como uma abordagem promissora, visando fortalecer a resposta imunológica dos pacientes e, assim, aumentar a sua resistência aos tratamentos. Adicionalmente, é crucial observar a disbiose intestinal, que pode comprometer a correta absorção dos nutrientes essenciais. Intervenções na dieta, como a inclusão de prebióticos, podem auxiliar no equilíbrio da microbiota intestinal e na saúde global do indivíduo.”

A caquexia e sarcopenia emergem como problemas frequentemente negligenciados no tratamento oncológico. “Uma estratégia nutricional completa é vital para diminuir os efeitos ruins da caquexia e ajudar os pacientes com câncer a terem melhores resultados clínicos”, reforça o oncologista. “A conexão entre nutrição e oncologia é, sem dúvida, complexa, principalmente ao se analisar os efeitos da sarcopenia e da caquexia em doentes com câncer”.

Questões cruciais, como a perda de peso não intencional e a deterioração da qualidade muscular, afligem frequentemente pacientes com câncer, culminando, não raramente, em sarcopenia e caquexia. Tais distúrbios, além de diminuírem a capacidade funcional dos indivíduos, podem influenciar de maneira desfavorável os resultados do tratamento, elevando a toxicidade e a morbidade associadas.

“A intricada natureza das condições relacionadas ao câncer exige uma estratégia multifacetada. A junção de ações nutricionais e físicas aparenta ser fundamental para diminuir a perda de massa muscular e, desse modo, promover uma melhor qualidade de vida para pacientes oncológicos”, observa Fernand Medina.

O manejo das condições oncológicas requer uma visão abrangente, que ultrapassa o tratamento tradicional, incorporando práticas nutricionais efetivas para potencializar a saúde do paciente. 



COC - Centro de Oncologia Campinas
Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas.
Telefone: (19) 3787-3400.

 

Gordura no fígado preocupa 62% dos brasileiros, mas, maioria desconhece exames e formas de prevenção

Apesar da preocupação, 61% nunca fizeram exames ou não sabem como identificar a esteatose hepática, condição que pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Dra. Lilian Curvelo alerta para os riscos e ensina hábitos simples que podem começar hoje.


Pesquisa do Instituto Datafolha em parceria com a farmacêutica Novo Nordisk revelou um dado preocupante: 62% dos brasileiros se dizem preocupados com a gordura no fígado, mas 61% nunca fizeram ou não sabem quais são os exames que identificam a condição. Ainda segundo o estudo, apenas 7% dos entrevistados já receberam diagnóstico formal.

A chamada esteatose hepática, ou gordura no fígado, atinge cerca de 30% da população mundial e pode evoluir de forma silenciosa para quadros graves como fibrose, cirrose hepática ou até câncer de fígado.

“É uma doença silenciosa, muitas vezes sem sintomas nas fases iniciais, mas com potencial de complicações sérias se não for identificada e tratada. O mais preocupante é que ela está profundamente ligada aos nossos hábitos, principalmente alimentação, sedentarismo e excesso de álcool e mesmo assim continua subdiagnosticada”, explica Dra. Lilian Curvelo gastroenterologista e hepatologista.


O levantamento do Datafolha também mostrou que:

  • 66% dos brasileiros têm sobrepeso ou obesidade;
  • 55% consomem bebida alcoólica regularmente (esse número sobe para 57% entre os que têm sobrepeso ou obesidade);
  • Apenas 44% procurariam um especialista como hepatologista ou gastroenterologista em caso de diagnóstico.

Diante desse cenário, a Dra. Lilian destaca sete hábitos essenciais para prevenir o acúmulo de gordura no fígado, e todos eles podem começar hoje mesmo.
 

1-Reduza (ou elimine) o consumo de álcool

O excesso de bebida alcoólica é um dos principais gatilhos para a esteatose hepática. Mesmo o consumo moderado, se frequente, pode prejudicar o fígado especialmente quando há outros fatores de risco associados, como obesidade ou diabetes.
 

2-Mude a alimentação: fuja dos ultraprocessados

Evite alimentos ricos em açúcar, gordura saturada e conservantes. Cortes gordurosos de carne, frituras, embutidos, enlatados, refrigerantes e doces são os maiores vilões. Invista em comida de verdade: frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras boas.
 

3-Pratique exercícios físicos com regularidade

A atividade física melhora a sensibilidade à insulina, reduz o acúmulo de gordura no fígado e contribui para a perda de peso. O ideal é praticar pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, como caminhada, natação ou bicicleta, além de treinos de força duas vezes por semana.
 

4- Controle doenças associadas

Diabetes tipo 2, obesidade, dislipidemia e hipertensão aumentam o risco de desenvolver esteatose hepática. Fazer exames periódicos e manter essas condições sob controle, com acompanhamento médico e adesão ao tratamento, é essencial.
 

5-Mantenha o peso corporal sob controle

Estudos mostram que perder de 7% a 10% do peso corporal já ajuda a reduzir a inflamação hepática e a evitar a progressão da doença. A perda de peso deve ser gradual e acompanhada por nutricionistas e médicos.
 

6-Evite automedicação e substâncias tóxicas

Além do álcool, o uso indiscriminado de medicamentos, suplementos e produtos vendidos como "naturais" pode agravar o quadro hepático. A Dra. Lilian alerta: “Muitos produtos vendidos como hepatoprotetores não têm comprovação científica e podem ser prejudiciais”.
 

7. Consulte um especialista e faça seus exames

A esteatose hepática pode ser detectada por exames simples, como ultrassonografia e exames laboratoriais. Em casos mais específicos, o FibroScan® ajuda a medir o grau de rigidez hepática e gordura acumulada no órgão. O ideal é buscar orientação de um hepatologista ou gastroenterologista.

Embora existam diferentes causas para a esteatose hepática desde o álcool, passando por doenças genéticas, uso de medicamentos ou causas desconhecidas, a principal delas ainda é o estilo de vida. “O nome pode parecer técnico, mas o problema é cotidiano. Ele está na rotina desregulada, no sedentarismo, nos ultraprocessados e no excesso de bebida. Porém, a prevenção também está na rotina: com hábitos mais saudáveis, é possível não só evitar a doença, como até reverter o quadro nos estágios iniciais”, finaliza a Dra. Lilian Curvelo.


 
DRA. LILIAN CURVELO Gastroenterologista e Hepatologista - CRM 78.526/SP - RQE 84418 - Formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pós-doutorado em transplante de fígado pela Universidade Erasmus-MC na Holanda. Há mais de 25 anos dedica-se ao estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças do aparelho digestivo e do fígado.


Ansiedade, sono e TPM: será que as famosas "gummies" realmente funcionam ou é só efeito placebo?

Buscapé

Nos últimos meses, basta dar uma volta pela farmácia ou rolar o feed das redes sociais para perceber uma tendência que vem crescendo rapidamente: as famosas gummies. Coloridas, saborosas e apresentadas como uma alternativa “divertida” aos tradicionais comprimidos, esses suplementos em forma de balinha prometem ajudar desde quem sofre com insônia até quem busca alívio nos sintomas da TPM ou da ansiedade. Mas, afinal, elas funcionam mesmo ou estamos diante de mais uma moda que mexe com o psicológico, mas pouco com o corpo?

Não dá para negar: existe algo de reconfortante em mastigar uma balinha no fim de um dia cansativo. A prática torna o cuidado com a saúde mais leve e menos associado à ideia de remédio. De fato, muitas dessas fórmulas contêm nutrientes com funções comprovadas no organismo. A melatonina, por exemplo, é reconhecida por sua ação na regulação do ciclo do sono, com doses diárias recomendadas de 0,21 mg para adultos, conforme aprovado pela ANVISA. O magnésio, essencial para o relaxamento muscular e nervoso, tem uma ingestão diária recomendada de 310 a 420 mg para adultos, dependendo do sexo e idade. Já as vitaminas do complexo B, associadas à regulação do humor e da energia, variam em suas doses recomendadas, como a vitamina B2, que é indicada em 1,1 mg por dia para mulheres adultas.

Ingredientes como camomila, passiflora e valeriana, tradicionais na fitoterapia, vêm ganhando espaço nessas gomas, transformando o consumo em uma experiência lúdica que combina sabor e cuidado com o bem-estar. Pesquisas recentes mostram que a camomila apresenta efeito ansiolítico e sedativo, sendo útil no manejo de distúrbios do sono e ansiedade. A passiflora também se destaca por sua ação ansiolítica natural, contribuindo para o alívio de sintomas de ansiedade leve. Já a valeriana é reconhecida por suas propriedades relaxantes e calmantes, indicada no tratamento de insônia e tensão emocional.

Mas não podemos ignorar um fator curioso: o efeito placebo. Só o ato de consumir um produto que promete relaxamento já pode desencadear uma resposta positiva no organismo. Estudos mostram que, quando acreditamos que algo vai nos ajudar, o cérebro aumenta a produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar, como dopamina e serotonina. Muitas pessoas relatam dormir melhor ou sentirem-se mais calmas já nos primeiros dias, o que pode estar tanto vinculado aos ativos quanto a essa expectativa positiva.

Essa mistura entre ciência e psicologia é o que torna o debate tão fascinante. Não significa que seja “apenas placebo”, mas sim que a percepção de melhora pode envolver múltiplos fatores, uma combinação entre o que entra no organismo e aquilo que acreditamos estar recebendo.

Vale a pena apostar nas gummies? A resposta é: depende de alguns fatores. Se a fórmula traz ingredientes com comprovação científica, em doses adequadas e seguras, pode sim auxiliar na qualidade do sono, na ansiedade leve e até em alguns desconfortos da TPM. Porém, é importante ficar atento à procedência da marca, à leitura do rótulo e, sempre que possível, contar com a orientação de um profissional de saúde para entender se o suplemento é necessário.

Outro ponto é não cair na ilusão de que a goma vai “resolver tudo”. Má qualidade de sono, por exemplo, muitas vezes está ligada a hábitos como excesso de telas antes de dormir, estresse crônico ou alimentação inadequada. A mesma lógica vale para ansiedade e TPM, que pedem um cuidado multidimensional envolvendo rotina, alimentação, movimento corporal e, quando necessário, apoio médico.

Essas balas podem sim ser uma aliada, especialmente para quem busca praticidade e um formato mais agradável do que cápsulas duras e sem sabor. Mas não devem carregar a responsabilidade de serem vistas como solução mágica. Talvez o maior benefício esteja justamente nesse ponto: elas podem abrir caminho para que as pessoas voltem o olhar para a própria saúde de um jeito mais leve e convidativo. 

 

Nathalia Maria Ribeiro Rodrigues - nutricionista clínica formada pela PUC Goiás, atua com foco em nutrição funcional, emagrecimento, nutrição estética e esportiva. Possui formação internacional como Coach em Nutrição Esportiva pela Link Education (EUA). Com abordagem integrativa e individualizada, acompanha pacientes com foco em resultados sustentáveis e melhora da qualidade de vida.



Lipedema: novos tratamentos aliviam dor, reduzem inchaço e resgatam a autoestima

Doença crônica que atinge principalmente mulheres ganha terapias modernas capazes de controlar sintomas, melhorar a mobilidade e devolver qualidade de vida

 

O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo anormal e simétrico de gordura subcutânea, que atinge principalmente pernas, quadris e, em alguns casos, braços. Diferentemente da obesidade, esse tipo de gordura não responde a dietas nem a exercícios. Afetando quase exclusivamente mulheres, a condição é frequentemente confundida com sobrepeso ou linfedema, o que dificulta o diagnóstico e o início do tratamento adequado. Entre os sintomas mais comuns estão dor ao toque, sensação constante de peso, hematomas fáceis, presença de nódulos de gordura sob a pele e contraste visível entre áreas afetadas e poupadas, já que mãos e pés não costumam ser atingidos. Alterações hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa, podem agravar ainda mais o quadro. 

De acordo com o dermatologista Otávio Macedo, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, compreender o lipedema como doença do tecido adiposo — com componentes inflamatórios, vasculares e possivelmente genéticos — foi um marco importante para oferecer soluções mais eficazes. “Por muito tempo essas mulheres ouviram que bastava emagrecer ou praticar exercícios. Hoje sabemos que o lipedema não é apenas uma questão estética, mas uma condição médica que exige diagnóstico correto e abordagens específicas. Isso mudou completamente a forma como tratamos nossas pacientes”, explica.
 

Tratamento multidisciplinar 

O tratamento do lipedema é multidisciplinar e pode variar de acordo com o estágio da doença, mas sempre com o objetivo de controlar sintomas, melhorar a mobilidade, reduzir a dor e preservar a autoestima. Medidas conservadoras são a base do cuidado. A drenagem linfática manual, feita por profissionais especializados, ajuda a reduzir o inchaço e o desconforto, enquanto a terapia compressiva, com o uso de meias ou bandagens, contribui para controlar o edema e evitar a progressão da doença. A prática de exercícios físicos de baixo impacto, como hidroginástica, natação e caminhadas, melhora a circulação sem sobrecarregar as articulações. Além disso, recomenda-se atenção especial com a pele, mantendo-a hidratada e protegida contra infecções.

A alimentação também desempenha um papel relevante no controle dos sintomas. Embora não seja capaz de eliminar a gordura do lipedema, uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a reduzir processos inflamatórios sistêmicos. O ideal é priorizar frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, evitando ultraprocessados, açúcares refinados e gorduras trans. 

Recentemente, tecnologias dermatológicas passaram a integrar os protocolos de tratamento. O laser Fotona (Nd:YAG) atua em camadas profundas da pele, estimula colágeno, melhora a circulação e tem efeito anti-inflamatório, o que ajuda não apenas na firmeza da pele, mas também na sensação de dor e no contorno corporal. 

Outro recurso inovador é o Unyque Pro, equipamento que combina diferentes tecnologias em um único protocolo: radiofrequência multipolar e monopolar, resfriamento por cryocooling, endermologia axial e ativação sistêmica. A associação desses métodos potencializa os resultados, oferecendo alívio de dor e inchaço, estímulo de colágeno, remodelação corporal e melhora significativa da firmeza e elasticidade da pele, com segurança e conforto para a paciente.
 

Esvaziadores de gordura 

Além disso, novas terapias injetáveis têm sido incorporadas ao arsenal de tratamento. A aplicação de colagenase, enzima que degrada colágeno patológico, auxilia na redução de fibrose, melhora a textura da pele e aumenta a mobilidade. Já os agentes lipolíticos — conhecidos como “esvaziadores de gordura” — promovem a degradação controlada dos adipócitos, contribuindo para a diminuição do volume e da inflamação. Quando combinados, esses recursos atuam de forma sinérgica, trazendo benefícios tanto para a fibrose quanto para a gordura, com impacto positivo também na circulação e na drenagem linfática. 

Nos casos mais avançados, em que os sintomas comprometem de forma importante a qualidade de vida, a cirurgia pode ser indicada. A lipoaspiração especializada para lipedema, realizada com técnicas como a tumescente ou a WAL (Water-Assisted Liposuction), permite remover seletivamente os depósitos de gordura preservando o sistema linfático. “A cirurgia, quando bem indicada, é um divisor de águas para as pacientes. Reduz de maneira significativa dor, volume e limitações de movimento, devolvendo qualidade de vida”, afirma o Dr. Macedo. 

Ainda que o lipedema não tenha cura, ele pode ser controlado. O diagnóstico precoce é essencial para evitar evolução para quadros incapacitantes e ampliar o leque de opções terapêuticas. “Quanto antes conseguimos identificar a doença, mais eficazes são as medidas conservadoras e menos invasivas. O grande objetivo é devolver autonomia, mobilidade e autoestima para essas mulheres”, conclui o especialista. 

 

Otávio Macedo - Graduado pela Universidade de Taubaté. Residência em Dermatologia no Centro Hospitalar da Universidade Vaudois (CHUV), Lausanne, Suíça. Residência em Dermatologia na Universidade de Buenos Aires, Argentina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia a Laser. Membro da Academia Americana e Europeia de Dermatologia. Atua profissionalmente há 40 anos.

 

 

Aparelho dental após os 50 anos de idade; Saiba os cuidados e os benefícios que vão além da estética

Profissional explica como a Ortodontia pode melhorar a saúde bucal e a qualidade de vida também na fase adulta


O tratamento ortodôntico já foi considerado algo exclusivo da juventude. Atualmente, cada vez mais pessoas acima dos 50 anos têm procurado tratamento ortodôntico, seja por questões estéticas ou por motivos de saúde bucal. No entanto, o procedimento exige atenção redobrada em algumas fases da vida, e cuidados específicos para garantir resultados eficazes e seguros.

De acordo com a professora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Maria Claudia Tureli, é perfeitamente possível usar aparelho após os 50 anos, desde que haja planejamento adequado e acompanhamento constante. “Muitas vezes, o paciente chega ao consultório com problemas que se agravaram ao longo do tempo, como mordida cruzada, dentes apinhados, retrações gengivais ou perda dentária. Nessas situações, o uso de um dispositivo ortodôntico correto pode contribuir significativamente para melhorar a mastigação, a fala”, explica.
 

Antes de instalar o dispositivo ortodôntico, a profissional ressalta a importância de uma avaliação minuciosa. “Avaliar o risco de cárie, a saúde periodontal (gengival) e a estrutura óssea pois os mesmos precisam estar em boas condições. Em pessoas acima dos 50 anos, é comum encontrarmos casos de perda óssea ou doenças periodontais que, se não forem tratadas previamente, podem comprometer o tratamento ortodôntico”, pontua Maria Claudia. 

Embora o processo possa durar um pouco mais que o habitual, devido ao crescimento ósseo já consolidado, menor plasticidade óssea e pelos cuidados extras, os resultados podem ser satisfatórios. Hoje, há opções de aparelhos mais discretos, como os alinhadores dentários invisíveis, que agradam principalmente ao público adulto que busca discrição durante o tratamento.

Para quem está nessa faixa etária, a escovação correta, o uso do fio dental e as visitas regulares ao dentista tornam-se ainda mais importantes. “Além de manter a higiene bucal em dia, é importante ter disciplina com as consultas de manutenção e relatar qualquer incômodo ao ortodontista. Pequenas inflamações e ausência de manutenções ortodônticas podem se tornar quadros mais graves se negligenciadas”, alerta a professora. 

Maria Claudia ressalta que os benefícios vão muito além do sorriso alinhado. “Muitos adultos que corrigem a posição dos dentes relatam melhorias na digestão, na respiração e até na autoestima. E, autoestima elevada impacta diretamente na saúde emocional, principalmente nessa fase da vida em que muitas pessoas buscam mais qualidade de vida e bem-estar.” Por fim, ela reforça que nunca é tarde para cuidar da saúde bucal: “Com os recursos atuais da Odontologia, é possível oferecer conforto, segurança, eficiência e eficácia para pacientes de todas as idades.”

 

Especialistas trazem boas notícias sobre a doença do silicone

Peakstock

Estudo multicêntrico, realizado por pesquisadores holandeses, indica que a doença, supostamente associada ao uso de implantes de silicone, não tem evidência científica e pode mesmo não existir 

 

Pesquisa publicada em uma das revistas científicas mais conceituadas na área de oncologia traz uma notícia tranquilizadora para pacientes com câncer de mama que necessitam da prótese de silicone para reconstrução mamária. A boa nova também vale para mulheres que buscam o recurso estético para melhorar a autoestima, mas se assombram com a possibilidade de desenvolver a chamada doença do silicone. “A investigação criteriosa, realizada com um grande número de mulheres, traz uma forte evidência de que a doença do silicone, pelo menos entre as pacientes oncológicas, é algo que podemos considerar como quase inexistente”, afirma o mastologista Cícero Urban, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Após a mastectomia, tratamento cirúrgico recomendado para cerca de um terço das mulheres com tumor de mama invasivo ou carcinoma ductal in situ e também para aquelas com predisposição genética para câncer de mama que optam pela mastectomia profilática, a reconstrução mamária com implante de silicone é uma aliada da qualidade de vida das pacientes.

Nos últimos anos, porém, o uso de implantes mamários de silicone vem sendo questionado pela imprensa leiga, por perfis em redes sociais, bem como por grupos da área médica. Relatos sobre sintomas associados aos implantes, sem qualquer evidência ou estudos sérios e aprofundados, têm dado nome a uma condição não codificada pela Classificação Internacional de Doenças (CID): doença do silicone, também chamada de siliconose ou síndrome autoimune induzida por adjuvantes.

Com o propósito de detectar evidências sobre a doença do silicone, o estudo multicêntrico “Breast implant illness after reconstruction with silicone breast implants”, publicado pela importante revista médica Journal of the National Cancer Institute (JNCI), envolveu 9.590 mulheres, sobreviventes de câncer de mama, tratadas entre 2000 e 2015 em seis grandes hospitais regionais da Holanda.

Nessa grande amostragem, os pesquisadores holandeses avaliaram grupos compostos por mulheres com próteses de silicone aplicadas na reconstrução mamária (20,7%) e pacientes que passaram por mastectomia e não tinham próteses (21,2%).

“No longo período de acompanhamento dos dois grupos de pacientes, o estudo demonstra que não houve diferença entre as que passaram pela reconstrução com prótese e as mulheres que não fizeram reconstrução mamária”, destaca o mastologista Cícero Urban.

Nas participantes do estudo, os pesquisadores detectaram diversos sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, fadiga, suor noturno, neuropatia, problemas cognitivos, depressão, ansiedade, perda de cabelo, intolerância alimentar, fraqueza muscular, palpitações e dores nas juntas. “As pessoas, de maneira geral, podem apresentar essas queixas no dia a dia, independentemente do uso de próteses de silicone. De fato, como reforça a pesquisa, os sintomas são muito genéricos e não se associam à doença do silicone”, diz Urban.

De acordo com o mastologista, não há uma estatística mundial sobre a doença do silicone, “até porque não sabemos se ela existe de fato”, ressalta. Em pacientes que usam próteses mamárias há muitos anos, Urban observa a total ausência de sintomatologia compatível com uma relação de causa e efeito.

A título de esclarecimento sobre informações que vêm sendo difundidas principalmente em redes sociais, o especialista destaca que o carcinoma de células escamosas e o linfoma associado a próteses são duas enfermidades distintas que não se configuram como doença do silicone. “Na verdade, trata-se de tumores associados à prótese de silicone, que são muito raros.”

Linfoma associado ao silicone e o carcinoma de células escamosas são doenças distintas. 

O estudo publicado na revista JNCI, segundo Urban, também pode ser considerado sob o aspecto prático no dia a dia do consultório de mastologia. “As mulheres com câncer de mama têm diversos sintomas relacionados ao tratamento oncológico, que é uma experiência difícil, mas até hoje não diagnostiquei com a doença do silicone uma paciente sequer que teve a mama reconstruída com prótese”, diz.

Para Cícero Urban, o combate à desinformação sobre a doença do silicone e de outras condições que carecem de comprovações científicas é fundamental. “É importante também que as mulheres, em nome da qualidade de vida, continuem se beneficiando de um recurso comprovadamente seguro, tanto para reconstrução mamária quanto para fins estéticos, com ganhos significativos em autoestima e bem-estar”, conclui o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.



Setembro em Flor reforça conscientização sobre cânceres ginecológicos e destaca avanços na prevenção e no tratamento

Campanha oficializada por Projeto de Lei alerta sobre diagnóstico precoce, vacinação contra HPV e novas alternativas terapêuticas
 

O mês de setembro marca a campanha Setembro em Flor, voltada à conscientização sobre os cânceres ginecológicos e à importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Promovida pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), a iniciativa busca sensibilizar a população para os riscos e cuidados relacionados aos tumores que atingem o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. 

A campanha também avançou no campo legislativo ao ser reconhecida pelo Projeto de Lei 5782/2023, que segue em tramitação e busca consolidar o movimento em nível nacional.
 

Câncer de colo do útero: um dos mais preveníveis

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a neoplasia de colo de útero é o terceiro tumor mais incidente entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos por ano. 

“Apesar da gravidade, trata-se de um dos cânceres mais preveníveis, tendo como principal causa a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), passível de prevenção com a vacina disponível pelo SUS, indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos”, explica Diocésio Andrade, oncologista e membro fundador do EVA. 

Em agosto de 2025, foram aprovadas as novas diretrizes brasileiras para rastreamento organizado do câncer de colo do útero, com a incorporação do teste molecular para detecção do DNA-HPV oncogênico. O exame apresenta maior sensibilidade em comparação ao rastreamento até então realizado exclusivamente por meio do Papanicolau, que continuará sendo utilizado em situações específicas descritas pelo Ministério da Saúde. 

No campo do tratamento, a Anvisa aprovou em 2024 a combinação de imunoterapia com quimiorradioterapia, protocolo que reduziu em 30% o risco de morte e progressão da doença, representando um avanço importante no cuidado das pacientes com câncer de colo do útero.
 

Outros cânceres ginecológicos

Além do colo do útero, tumores como o de ovário costumam evoluir de forma silenciosa, sendo diagnosticados em estágios avançados em 75% dos casos. Já os cânceres de endométrio, vagina e vulva podem se manifestar com sintomas como sangramento irregular, corrimento incomum e dores na região pélvica. 

“O rastreamento para ovário e endométrio é mais complexo e exige avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais e de imagem, além de protocolos específicos para mulheres com histórico familiar ou mutações hereditárias”, acrescenta Diocésio.
 

Prevenção e sinais de alerta

De acordo com o oncologista, medidas preventivas simples fazem grande diferença. “Consultas regulares ao ginecologista, realização do rastreio (Papanicolau e DNA-HPV oncogênico) e vacinação contra o HPV são atitudes essenciais para reduzir os riscos de desenvolvimento do câncer de colo de útero”, ressalta. 

Ele reforça ainda que escolhas de estilo de vida contribuem para a proteção. “Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios regularmente, controlar o peso e evitar tanto o cigarro quanto o consumo excessivo de álcool reduzem de forma significativa a chance de desenvolver diferentes tipos de câncer ginecológico.” 

Alguns tumores podem apresentar sinais já nas fases iniciais. Entre os sintomas que merecem atenção estão: dor pélvica persistente, inchaço abdominal e excesso de gases, dor lombar contínua, sangramento vaginal anormal, febre sem causa aparente, alterações intestinais, perda de peso repentina, alterações na vulva ou vagina e fadiga constante.


Uso inadequado de lentes de contato pode causar sérios riscos à visão

 Imagem de YuliiaKa no Freepik

No Setembro Safira, oftalmologista comenta sobre cuidados com lentes de contato e alerta que dormir com elas aumenta em até dez vezes o risco de úlcera de córnea 


Setembro Safira é o mês de conscientização ao uso correto de lentes de contato. As lentes representam liberdade, praticidade e conforto, mas exigem responsabilidade para não se tornarem um risco à visão.
 

De acordo com o Dr. André Lopes, oftalmologista do IOBH – Instituto de Olhos de Belo Horizonte, uma das principais vantagens das lentes está no campo visual ampliado. “Enquanto os óculos apresentam a armação e áreas que podem limitar a visão periférica, a lente de contato cobre todo o eixo visual, proporcionando um alcance completo. Para a prática de atividades físicas, isso faz toda a diferença.” Além disso, ele destaca que a ausência do óculos em esportes de contato evita traumas e acompanha os movimentos naturais dos olhos, como a ciclotorção, que pode ser um desafio para quem tem astigmatismo. 

O uso das lentes deve ser diário, mas nunca prolongado além do recomendado. “O ponto fundamental é não dormir com as lentes de contato. Esse hábito aumenta significativamente o risco de infecções e complicações oculares, sendo um dos erros mais comuns entre os usuários. De acordo com a American Academy of Ophthalmology (Academia Americana de Oftalmologia), dormir com lentes aumenta em até dez vezes o risco de desenvolver úlcera de córnea ”, alerta o especialista do IOBH. 

Outro fator relevante é o impacto emocional e estético. “Se o paciente se sente incomodado com os óculos, é válido sim recorrer às lentes de contato. Muitas pessoas relatam melhora da autoestima, seja por motivos de grau elevado que distorcem o tamanho dos olhos nas lentes dos óculos, seja pelo uso estético, como lentes coloridas em casos de pacientes com um olho cego, buscando harmonia na aparência”, afirma o Dr. André. 

O mercado oferece ainda diferentes tipos de lentes, cada uma indicada para necessidades específicas. As gelatinosas, explica o oftalmologista, são recomendadas para miopia, hipermetropia, astigmatismo e até para presbiopia, em modelos multifocais. Já as rígidas são usadas em córneas irregulares, como em casos de ceratocone, cicatrizes e queimaduras. Dentro desse grupo, as esclerais se destacam por permanecerem fixas, apoiadas na parte branca do olho, sendo uma boa opção para praticantes de esportes, já que não se deslocam durante o piscar. 

No dia a dia, os cuidados básicos fazem toda a diferença. “É fundamental manter a lubrificação das lentes com lágrimas artificiais, já que o material precisa de água para se manter estável. Ao final do uso, elas devem ser higienizadas e armazenadas corretamente, sempre utilizando soluções específicas para cada tipo de lente”, reforça o Dr. Lopes. 

Os riscos do mau uso são sérios. “Higienizar de forma inadequada, usar além do tempo indicado ou dormir com as lentes são práticas que podem levar desde um simples ressecamento ou arranhões até problemas mais graves, como úlceras de córnea. Esses quadros podem evoluir para perfurações oculares e sequelas definitivas na visão”, adverte o Dr. André. 

E quando surgem situações inesperadas, como a do jogador do Porto que precisou de ajuda com a lente durante uma partida, o especialista tranquiliza: “Não existe a possibilidade de a lente se perder atrás do olho. O que pode acontecer é ela se deslocar para a parte superior da conjuntiva, mas é sempre possível recuperá-la em uma avaliação médica”. 

Para quem ainda usa óculos e pensa em migrar para as lentes de contato, a recomendação é clara: buscar sempre acompanhamento profissional. “Infelizmente ficou popular nos últimos anos comprar lentes por conta própria, sem orientação médica. Isso é um erro grave. Testar as lentes é sempre válido, mas desde que seja feito com o profissional adequado, garantindo segurança e preservando a saúde ocular”, conclui o Dr. André Lopes, oftalmologista do IOBH – Instituto de Olhos de Belo Horizonte.


Adote uma criança: Associação Solidar lança campanha de Nata


Voluntárias convidam comunidade a apadrinhar uma criança do Projeto Acolher, em Joinville, com doações simbólicas até dezembro
 

 

O Projeto Acolher, no bairro Jardim Paraíso, em Joinville, é uma das entidades apoiadas pela Associação Solidar. Há mais de um ano, as voluntárias levam comida, roupas, colchões, brinquedos e o que mais for preciso para atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade atendidos pela ONG.

 

Pensando em transformar o Natal dessa garotada, a Associação Solidar lançou uma campanha de apadrinhamento. De setembro a dezembro, qualquer pessoa pode “adotar” uma criança com contribuições mensais simbólicas. Para participar, basta fazer um pix de R$20 por mês (setembro, outubro, novembro e dezembro).

 

“Com esse gesto simples e solidário, os padrinhos e madrinhas dessas 250 crianças vão tornar especial o fim de ano de cada uma delas. O pouco que fazemos representa muito para o Projeto Acolher”, diz a presidente da Associação Solidar, Mara Nass.

 

O Projeto Acolher tem creche, contraturno escolar e oferece refeições diárias, práticas esportivas e atividades culturais para contribuir no cuidado, segurança e desenvolvimento de crianças e adolescentes com idades entre 2 e 15 anos.

 

No Natal de 2024, a Associação Solidar levou brinquedos para todas as crianças e, neste ano, pretende ver, outra vez, o sorriso e a gratidão estampados em cada rostinho.

 

“Com uma pequena contribuição por mês, cada madrinha ou padrinho pode transformar o fim de ano desses meninos e meninas. O que poderia ser mais gratificante do que saber que estamos fazendo a diferença na vida deles?”, pergunta Betinha Negrelli, vice-presidente da Associação Solidar.


 

Como adotar uma criança?


Para participar da campanha de Natal da Associação Solidar em prol do Projeto Acolher, basta fazer um pix de R$20 até o dia 10 de cada mês (setembro, outubro, novembro e dezembro). A chave pix é 52.805.772/0001-02. Em caso de dúvidas, o whatsapp é (47) 99210-6309.




Associação Solidar
https://www.instagram.com/associacaosolidarjoinville/

 

Consumo de álcool diminui e bebidas não alcoólicas ganham espaço no mercado brasileiro

Pesquisa mostra queda no consumo per capita; em São Paulo, evento Softdrinks Tech 2025 discute tendências do setor

 



O consumo de bebidas alcoólicas vem apresentando queda no Brasil e em diversos países, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pesquisas recentes, como o Datafolha. Essa mudança de comportamento tem aberto espaço para a expansão das bebidas não alcoólicas e de baixo teor alcoólico, setor que se prepara para seu principal encontro regional: a Softdrinks Tech 2025, realizada em São Paulo nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca.

De acordo com a OMS, o consumo médio anual de álcool no Brasil caiu de 8,6 litros por pessoa em 2010 para 7,7 litros em 2019. No cenário global, a média também recuou, de 5,7 litros para 5,5 litros no mesmo período. Entre jovens de 15 a 19 anos, a prevalência de consumo caiu de 26% em 2016 para 22% em 2019. No entanto, o padrão de consumo abusivo ainda preocupa: na faixa etária de 18 a 24 anos, no Brasil, a prática passou de 25,8% em 2022 para 32,6% em 2023, segundo a pesquisa Covitel. Segundo pesquisa Datafolha realizada entre 8 e 11 de abril de 2025, com 1.912 entrevistados em todo o país, mostrou que 53% dos brasileiros que consomem bebidas alcoólicas reduziram a ingestão no último ano, enquanto 12% afirmaram ter aumentado e 35% disseram que mantiveram o mesmo nível de consumo.

A tendência de redução no consumo regular se reflete também em mudanças no mercado. Relatórios internacionais apontam que a categoria de cervejas sem álcool cresceu 9% em 2024, tornando-se o segmento de maior expansão no setor. Estima-se que bebidas não alcoólicas e de baixo teor alcoólico possam movimentar bilhões de dólares globalmente até 2028.

É nesse contexto que a Softdrinks Tech 2025 se consolida como o único evento da América do Sul dedicado exclusivamente ao setor no-low alcohol. A feira, promovida pela TRIOXP Feiras e Eventos, empresa com mais de 30 anos de experiência em congressos e exposições, reunirá quase 40 empresas, além de oferecer a 4ª Conferência da Indústria de Bebidas Não Alcoólicas, a 4ª Conferência Nacional dos Produtores de Kombucha, oficinas de drinks não alcoólicos, rodada de negócios e o prêmio Batalha dos Sabores.

Segundo a CEO da TRIOXP, Lucia Abdala, o evento atende a uma demanda crescente. “Oferecer alternativas não alcoólicas vai além da tendência. É uma resposta às necessidades de públicos que não consomem álcool por razões de saúde, estilo de vida ou inclusão. Nosso objetivo é criar um espaço de negócios e inovação para este mercado em expansão”, afirma.

Com debates técnicos, apresentações de novas tecnologias e experiências sensoriais, a Softdrinks Tech 2025 pretende não apenas acompanhar, mas impulsionar o movimento de transformação no setor de bebidas diante de mudanças já consolidadas no comportamento dos consumidores.



Sobre a Softdrinks Tech

O evento, promovido pela TRIOXP Feiras e Eventos — empresa com mais de 30 anos de experiência em feiras e congressos inovadores — é o único na América do Sul com foco específico na indústria de bebidas non‑alcohol e low‑alcohol.



Serviço

Softdrinks Tech 2025
· Data: 1º de setembro de 2025
· Local: Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo
Formato: Exposição, conferências, workshops e oficinas profissionais (softdrinks.com.br)


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