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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

30% dos tumores no Brasil são de pele: Dezembro Laranja reforça a prevenção

Campanha mostra a importância do diagnóstico precoce para combater a doença mais comum entre os brasileiros 

 

O mês de dezembro traz à tona um tema de extrema relevância para a saúde pública: a prevenção ao câncer de pele. Batizado como Dezembro Laranja, o movimento tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos dessa doença, que é a mais comum entre os brasileiros, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Além de informar sobre os fatores de risco e formas de prevenção, a campanha também busca destacar a importância do diagnóstico precoce, essencial para aumentar as chances de cura e reduzir sequelas. 

A luz solar, enquanto vital para a vida, também pode ser uma inimiga em potencial. A exposição prolongada e desprotegida é a principal causa do câncer de pele, e os danos acumulados ao longo dos anos podem se manifestar de formas severas. Nesse cenário, o uso de protetor solar, chapéus, óculos de sol e roupas adequadas emerge como uma das principais barreiras contra a doença. Ainda assim, muitas pessoas negligenciam esses cuidados básicos, reforçando a necessidade de campanhas educativas como o Dezembro Laranja. 

“O câncer de pele ocorre principalmente nas regiões mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas”, explica a Dra. Sílvia Picado, Médica Cirurgiã de Cabeça e Pescoço da Prefeitura Municipal de Santos e Diretora Social da APM Santos,. “Os sinais de alerta incluem manchas que coçam, descamam ou sangram, sinais que mudam de tamanho, forma ou cor, e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Por isso, é essencial conhecer o ABCD do câncer de pele”, orienta a especialista. Segundo o critério ABCD, deve-se observar a assimetria, as bordas irregulares, as variações de cor e o diâmetro das lesões, sendo que diâmetros superiores a 6 mm merecem atenção. 

Entre os tipos de câncer de pele, o carcinoma basocelular é o mais comum e, apesar de atingir camadas mais profundas da pele, não está associado a altas taxas de mortalidade. O carcinoma espinocelular, por sua vez, pode causar sintomas como enrugamento e perda de elasticidade nas áreas afetadas. Já o melanoma, embora menos frequente, é o mais agressivo e exige maior atenção devido à sua alta taxa de mortalidade. “Quando diagnosticado precocemente, o melanoma apresenta altas chances de cura. Por isso, qualquer alteração na pele deve ser avaliada por um médico”, reforça a Dra. Sílvia. 

A especialista também destaca a importância de medidas preventivas no dia a dia. “Além de usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, é necessário reaplicá-lo a cada duas horas ou após mergulhos e transpiração intensa. Também é importante utilizar protetor labial e lembrar de proteger o couro cabeludo, especialmente os calvos”, afirma. Outro ponto relevante é evitar o bronzeamento artificial, prática que está associada ao aumento significativo do risco de desenvolver a doença. 

O tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e o estágio da doença, mas geralmente inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. “Com o diagnóstico precoce, é possível realizar cirurgias menos agressivas, reduzindo as sequelas e aumentando as chances de recuperação”, finaliza a Dra. Sílvia Picado. Portanto, o recado é claro: cuidar da pele é mais do que uma questão de estética; é uma questão de saúde.

 

Dra. Sílvia Picado - possui graduação em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Concluiu Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2015 e obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no mesmo ano, tornando-se membro efetivo e integrante da atual comissão de marketing da SBCCP. Em 2019, a Dra. Sílvia Picado concluiu o mestrado no programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, exerce o cargo de professora na UNILUS e é a Diretora Social da Associação Paulista de Medicina de Santos (APM Santos).


Saiba quais alimentos ajudam a equilibrar o PH vaginal e evitar o aparecimento de doenças ginecológicas

A nutricionista Patrícia Davidson explica como a alimentação influencia a saúde íntima da mulher 

 

Quando pensamos na saúde íntima, focamos em aspectos como cuidados ginecológicos e higiene. Mas a nutrição tem um papel importante no processo. Patrícia Davidson, especialista em saúde hormonal natural e saúde da mulher, explica a relação entre os fatores.  

"Por mais que muitos acreditem que a alimentação saudável é voltada somente para o emagrecimento, o potencial da nutrição individualizada e equilibrada vai muito além, através da alimentação conseguimos favorecer o equilíbrio hormonal e a absorção de nutrientes impactando diretamente na saúde feminina como um todo", esclarece. 

É crucial cuidar do pH vaginal para manter a saúde da sua vagina e alimentação também está intimamente ligada a esse processo. "Alguns alimentos alteram o PH Vaginal deixando o mesmo mais ácido aumentando assim a probabilidades de doenças que se favorecem com essa alteração do PH como a cândida e corrimentos vaginais. Alimentos esses ricos em açúcar, carboidrato refinado e alimentos fermentados como pão ou bebidas alcoólicas que passam pelo processo de fermentação e são ricas em carboidrato" 

Ela citou alguns alimentos geram alcalinidade e proporcionam o equilíbrio do PH vaginal; 

1. Vegetais: brócolis, espinafre, couve-flor, pepino, cenoura, batata

2. Frutas: Limão, abacate, mamão, maçã, melão, melancia, laranja, uva

3. Especiarias: cúrcuma, canela, gengibre, manjericão, hortelã 

Já os alimentos que geram acidez são:   

1. Frutas: ameixa seca, Suco de fruta adoçado, blueberris 

2. Carnes: carne de vaca e carne de porco

3. Ovos e laticínios: queijo, leite homogenizado, sorvete, pudim  

"Para manter um PH vaginal equilibrado, precisamos de uma alimentação com alimentos de baixo índice glicêmico e rica em nutrientes e vitaminas, como a vitamina A que conseguimos através da batata doce, alimentos fontes de probióticos castanha do caju e cenoura, ingestão ideal de água e o consumo de alimentos antifúngicos também podem auxiliar como orégano e alecrim".  

Também há mulheres que sofrem com secura vaginal. Patrícia elencou alimentos que ajudam a resolver o problema. "Alimentos ricos em gordura boa como o azeite de oliva, abacate e a linhaça podem favorecer a lubrificação vaginal, pois a linhaça por exemplo é rica em fitoestrógenos que favorecem o controle hormonal de forma natural. Além do consumo ideal de água e a suplementação de colágeno, óleo de linhaça, óleo de abóbora e óleo de prímula, os óleos podem ser encontrados em cápsulas para suplementar ou usar uma colher de sobremesa do óleo como o de linhaça nos vegetais nas principais refeições".

Patrícia Davidson também falou sobre substâncias que atrapalham a lubrificação. "Evite também alimentos que podem diminuir a lubrificação vaginal como bebida alcoólica e os alimentos ricos em açúcar".


É o meu direito: 8 políticas públicas voltadas para pessoas com autismo

Divulgação/Genial Care 
Em um cenário de crescente conscientização e inclusão sobre o TEA, algumas iniciativas governamentais buscam garantir o acesso a direitos essenciais para pessoas com autismo e suas famílias


A luta pelo reconhecimento e pela garantia dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem avançado nos últimos anos. No Brasil, diversas políticas públicas vêm sendo implementadas com o objetivo de assegurar saúde, educação, assistência social e outros direitos básicos para as pessoas com autismo e suas famílias.  

Nos Estados Unidos, estudos mostram que aproximadamente 1 em cada 36 crianças está no espectro, enquanto estimativas globais indicam uma prevalência de cerca de 1% da população mundial. No Brasil, faltam estudos epidemiológicos amplos, especialmente sobre adultos com TEA. Algumas organizações têm se dedicado a desenvolver uma base de dados independente sobre o autismo no país, buscando preencher essas lacunas com pesquisas sobre diagnóstico, faixa etária e acesso a serviços especializados. É o caso da Genial Care, rede de cuidado de saúde atípica referência na América Latina, que publicou em parceria com a Tismoo.me o estudo exclusivo “Retratos do Autismo”, reunindo dados altamente relevantes sobre as pessoas autistas e suas famílias. 

A falta de informações sobre o autismo e as dificuldades enfrentadas para obter suporte adequado são obstáculos comuns. Além disso, há um estigma persistente em relação às pessoas com TEA, o que muitas vezes prejudica sua inclusão plena na sociedade. Nesse contexto, informar e conscientizar sobre os direitos assegurados às pessoas com autismo torna-se essencial para garantir que todas as crianças e adultos diagnosticados recebam o apoio necessário para desenvolver suas habilidades e viver com autonomia.

 

E após o diagnóstico, o que fazer?  

“Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e então percebi o quanto eu mesma e a sociedade estávamos despreparadas. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico, e é normal ficar em negação”, pontua Ingrid Monte, mãe de Pedro, na época com 2 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Infelizmente, na sociedade pouco se fala sobre o TEA, mas sabemos que muitas pessoas dentro do espectro podem brincar, estudar, trabalhar e construir relacionamentos, assim como qualquer outra.”, menciona a Diretora Clínica da Genial Care, Thalita Possmoser.

 

Como reivindicar os direitos das pessoas com autismo? 

Reivindicar os direitos das pessoas autistas é fundamental para garantir igualdade de oportunidades e inclusão em uma sociedade que ainda apresenta barreiras significativas para esse grupo.  

“Esse esforço é essencial, pois muitos autistas enfrentam dificuldades para obter diagnóstico precoce e, sem políticas públicas robustas, acabam privados de suporte fundamental durante as fases iniciais da vida, o que prejudica seu desenvolvimento social, educacional e profissional”, declara a Fonoaudióloga da Genial Care, Grazielle Bonfim. “Além disso, o sistema educacional brasileiro não oferece suporte adequado para estudantes autistas, que frequentemente enfrentam falta de adaptações curriculares e discriminação. Lutando por seus direitos, asseguramos que esses alunos tenham uma educação de qualidade, com adaptações e profissionais capacitados, promovendo uma experiência mais inclusiva”, completa.  

No mercado de trabalho, pessoas com TEA enfrentam grandes desafios devido a estigmas e falta de suporte adequado. “Garantir direitos específicos ajuda a criar programas de inclusão laboral, permitindo que autistas desenvolvam suas habilidades e contribuam plenamente na sociedade. Esse suporte também se estende às famílias, que necessitam de acesso a terapias e programas de capacitação para reduzir o impacto financeiro e emocional e criar um ambiente mais acolhedor”, declara Grazielle.   

Ou seja, reivindicar esses direitos é essencial para combater o estigma e promover uma maior conscientização sobre o autismo, ajudando a sociedade a entender que o autismo não é uma barreira intransponível, mas uma condição que requer apoio específico. Assim, construímos um ambiente mais inclusivo, onde todos têm seus direitos respeitados e sua dignidade preservada. 

 

Leis mais relevantes e como elas buscam transformar a realidade do autismo no país?

 

1) Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/2012)

Esta é uma das principais legislações para a defesa dos direitos das pessoas com TEA. Conhecida como a "Lei dos Direitos da Pessoa com Autismo", a Lei Berenice Piana reconhece o autismo como deficiência, garantindo acesso aos direitos previstos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. A lei prevê ainda a criação de centros de atendimento e de políticas para inclusão escolar e no mercado de trabalho.

 

2) Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea)

Instituída pela Lei Romeo Mion, a Ciptea é um documento que facilita o acesso a direitos e serviços prioritários, como atendimento em estabelecimentos públicos e privados, além de melhorar o suporte em emergências. Emitida em diversas cidades e estados do Brasil, a carteira oferece reconhecimento oficial e auxilia na garantia de atendimento adequado.

 

3) Programa Nacional de Apoio ao Cuidado da Saúde das Pessoas com Deficiência (PRONAS/PCD)

Com o objetivo de ampliar o atendimento especializado em saúde para pessoas com deficiência, incluindo o autismo, o PRONAS/PCD financia projetos que visam a reabilitação e o apoio ao desenvolvimento. Por meio de investimentos em clínicas e centros de apoio, o programa facilita o acesso a terapias essenciais, como acompanhamento psicológico, fonoaudiológico e terapias ocupacionais.

 

4) Educação Inclusiva: A Política Nacional de Educação Especial

A Política Nacional de Educação Especial busca garantir a inclusão de alunos com TEA em escolas regulares, oferecendo o suporte necessário para que recebam atendimento educacional especializado. Esse suporte inclui professores capacitados, a presença de auxiliares e o desenvolvimento de metodologias adaptativas que atendam às necessidades dos alunos. O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um parecer com novas diretrizes para a educação de crianças com autismo. A nova orientação do CNE — que é consultiva, mas tem peso entre os sistemas de educação — defende a formulação de um estudo de caso para cada estudante com autismo. Esse documento é um diagnóstico que vai descrever se o aluno está adaptado à escola, como é a relação dele com colegas, professores e a família.

 

5) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)

Muitas famílias de pessoas com autismo se beneficiam dos serviços oferecidos pelo CREAS, que fornece apoio psicossocial e orientação sobre direitos sociais. O CREAS é especialmente útil para auxiliar as famílias a enfrentarem desafios cotidianos e burocráticos, incluindo o acesso a benefícios e programas de assistência.

 

6) Benefício de prestação continuada (BPC)


Pessoas com TEA em situação de vulnerabilidade social têm direito ao BPC, um benefício financeiro que visa garantir dignidade e qualidade de vida mínima. As famílias que se enquadram nos critérios de renda familiar podem recorrer a este recurso para aliviar os custos de tratamento, terapias e outros cuidados essenciais.

 

7) Medicamentos gratuitos

Muitos medicamentos indicados para comorbidades do autismo podem ser adquiridos gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde. Para isso, é preciso que a receita tenha o nome genérico do remédio, não o nome de referência. Além disso, medicamentos de alto custo que não estejam disponíveis na rede pública também podem ser solicitados se houver justificativas comprovadas para seu uso pelo paciente.

 

8) Direito ao embarque prioritário em voos

Pessoas com deficiência, incluindo autistas, têm o direito ao embarque prioritário em voos, uma medida que facilita o processo de viagem, especialmente para aqueles com necessidades de suporte adicional. De acordo com a Resolução n.º 280 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), aeroportos e companhias aéreas devem garantir o embarque prioritário, além de assistência durante o voo e no desembarque, promovendo uma experiência de viagem mais segura e tranquila. Esse benefício é essencial para reduzir os estresses do ambiente de aeroporto para pessoas com TEA.

 

Desafios a serem superados

Para a Fonoaudióloga da Genial Care, apesar das políticas estabelecidas, muitas famílias ainda enfrentam barreiras no acesso a esses direitos, devido à falta de informações ou limitações na aplicação prática das leis. “Há um chamado para a criação de um sistema de apoio mais robusto, onde a informação e o treinamento contínuo de profissionais, a expansão de centros especializados e o fortalecimento de programas de conscientização sejam prioridades”, pontua.

Essas políticas públicas representam um avanço significativo, mas é necessário que sejam acompanhadas de investimentos e fiscalização. “A conscientização e a luta pela inclusão e acessibilidade para pessoas com autismo precisam seguir sendo ampliadas, visando um futuro onde todas as crianças e adultos com TEA tenham o suporte necessário para viver com dignidade, educação e saúde de qualidade”, finaliza.



Genial Care
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Dezembro Laranja: manter a pele hidratada, saudável e protegida ajuda a prevenir câncer de pele

Estima-se que entre 2023 e 2025 serão registrados mais de 220 mil novos casos do câncer de pele do tipo não melanoma, mais comum em áreas do corpo expostas ao sol

 

O mês de dezembro é sinônimo de início do verão, sol e dias mais quentes. Mas também é o mês de conscientização da população sobre o câncer de pele. Criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a campanha Dezembro Laranja tem como objetivo chamar a atenção das pessoas sobre a doença, uma das mais incidentes no Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA)¹, estima-se que entre 2023 e 2025 serão registrados, por ano, mais de 8 mil novos casos de câncer de pele do tipo melanoma, que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele), e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, que ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. 

"O nosso clima tropical contribui para termos mais exposição aos raios ultravioletas que são os grandes vilões para o câncer de pele. Com a chegada do verão e do período de férias, além do alto fluxo de turistas, temos também mais pessoas realizando esportes e atividades ao ar livre, com maior exposição ao sol. Por isso, precisamos falar sobre a prevenção da doença”, explica a dermatologista Marcia Linhares (CRM-RJ 0601787). 

O sinal de alerta, segundo a médica, é o surgimento de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e de feridas que não cicatrizam. Esses sintomas podem ser indicativos do câncer de pele não melanoma. “O importante é, em qualquer sinal diferente na pele, mãos ou pés, procurar o dermatologista, independentemente da idade, para investigar sua origem e acompanhar a evolução do caso”, comenta a especialista.

 

Cuidados diários com a pele 

Apesar da prevenção do câncer de pele consistir em cuidados básicos com a pele, grande parte da população não se protege, ou não sabe como se proteger. De acordo com a última pesquisa do Instituto de Cosmetologia de Campinas, realizada em 2022, 71% dos brasileiros não usam protetor solar diariamente, e 55% das pessoas não sabem a quantidade ideal de protetor a ser aplicada sobre a pele². 

“Todos os tipos de pele devem ter cuidados com a exposição excessiva ao sol. É preciso utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB, mesmo em dias nublados. As tatuagens podem esconder lesões, portanto, também merecem atenção. E pacientes com história familiar de câncer de pele do tipo melanoma, precisam fazer avaliação dos sinais anualmente”, explica a Dra. Marcia. 

A escolha do melhor protetor solar varia de acordo com cada pele, sendo mais adequadamente recomendada por um dermatologista, mas, no geral, o ideal é usar um filtro que tenha fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior, com reaplicação a cada 2 horas. Além disso, a higiene da pele em geral é de extrema importância para eliminar poluentes. Para a pele do rosto, é recomendada a limpeza duas vezes ao dia, de manhã e à noite, para evitar o acúmulo de oleosidade e resíduos de maquiagem e outros produtos, poluentes e poeira.

 

Hidratação da pele também é um caminho para prevenção

Além disso, outra dica importante é manter a hidratação da pele em dia. De acordo com a dermatologista, usar loções e cremes apropriados que combatem o ressecamento é fundamental. Produtos à base de aloe vera, ácido hialurônico e ceramidas são altamente recomendados para ajudar a reter a umidade e acalmar a pele depois da exposição solar. 

“A exposição ao calor pode levar à desidratação da pele e do corpo. Além de beber água regularmente para manter a pele hidratada de dentro para fora, usar cremes hidratantes específicos para o seu tipo de pele ajuda a preservar a barreira cutânea”, explica a médica. 

Dessa forma, consumidores e pacientes conseguem manter a pele hidratada de maneira saudável e se prevenir contra o câncer de pele. Vale destacar que o dermatologista é o profissional indicado para recomendar a melhor opção para o seu tipo de pele.

 


Galderma
www.galderma.com



Referências

1. Disponível em Link. Acesso em 04 de dezembro de 2024.

2. Disponível em Link. Acesso em 04 de dezembro de 2024.



Dengue: SUS intensifica combate aos focos em SP durante o verão


UBS Jardim Nakamura, na zona Sul, se destaca pela busca de inovações para enfrentar esse desafio de saúde pública, que ganha força nesta época do ano 

 

O Brasil registrou quase 7 milhões de casos ​​de dengue desde o começo do ano, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Desses, mais de 2 milhões de casos e quase 2 mil óbitos ocorreram em São Paulo. 

Embora em 2024 o pico de casos tenha ocorrido entre os meses de abril e maio, e os números recentes tenham apresentado queda, há a possibilidade de que a incidência da infecção volte a aumentar a partir deste mês de dezembro, com a chegada do verão e o aumento das chuvas. 

Nesse cenário, o Sistema Único de Saúde (SUS), por intermédio das equipes de Vigilância e com o apoio do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), segue intensificando ações preventivas para a população. Profissionais como agentes comunitários de saúde (ACS), agentes de promoção ambiental (APA), enfermeiros, auxiliares de enfermagem e médicos se mantêm na linha de frente, orientando e realizando intervenções com as comunidades. 

“As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e suas equipes atuam tanto no atendimento nas próprias unidades como nas visitas domiciliares. Quando necessário, realizam também bloqueios e varreduras nas áreas mais afetadas. O PAVS, por meio dos APAs, auxilia ainda em atividades educativas, como rodas de conversa, palestras, jogos e apresentações teatrais para a conscientização”, afirma Bruno Saito, gestor ambiental do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

Entre janeiro e dezembro de 2024, as unidades gerenciadas pelo CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), registraram cerca de 62,5 mil pacientes com diagnóstico positivo para dengue. 

“Após o atendimento médico e a confirmação por meio de teste, anunciamos ao Sistema de Informações de Agravos de Notificação, a partir do preenchimento de uma ficha, que é encaminhada para a Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) regional dentro de um prazo de 24 horas. Essa, por sua vez, pode determinar a realização de um bloqueio na área residencial do paciente, para evitar transmissão, a depender do caso”, complementa Dion Carvalho, supervisor de vigilância da organização. 

O bloqueio abrange um raio de 150 metros ao redor da casa do paciente, incluindo imóveis residenciais, comerciais e terrenos. “Normalmente, a equipe se dirige ao endereço e realiza visitas a todos os imóveis nesse raio. Verificamos calhas, ralos, caixas d’água, recipientes de água para animais, quintais, entre outros locais, em busca de criadouros e larvas do mosquito transmissor da dengue”, detalha Michele Assunção, também gestora ambiental do CEJAM. 

As ações de bloqueio visam controlar o avanço da doença e reforçar a importância da prevenção, especialmente em áreas onde os surtos têm sido mais severos.
 

Tecnologia e mutirão para enfrentar esse velho inimigo

Na zona Sul de São Paulo, a UBS Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM em conjunto com a SMS-SP, está adotando uma nova ferramenta digital para reforçar a prevenção da dengue: um mapa interativo. A partir da plataforma My Maps, a equipe consegue acompanhar em tempo real os locais de risco no território da unidade. 

O projeto, que foi iniciado em 2023, sinaliza pontos críticos, áreas de difícil acesso e locais onde há resistência às orientações, por exemplo. “Percebemos a necessidade de monitorar os pontos de risco com mais precisão e criar estratégias para reduzir os casos, que estavam atingindo altos níveis. Foi assim que começamos a desenvolver o mapa, e esse trabalho vem dando muito certo”, destaca Alexandre Neves, APA da unidade e idealizador da iniciativa. 

Para esse verão, os esforços serão ainda maiores, a partir de uma força-tarefa em todos os territórios em que as unidades de saúde administradas pelo CEJAM estão localizadas, incluindo a do Jardim Nakamura. 

“Essa ação direciona toda a equipe para áreas críticas, com o propósito de bloquear ainda mais a presença de criadouros e larvas, especialmente em locais onde há maior incidência de casos positivos ou situações problemáticas”, incrementa a gestora ambiental Michele. 

O mutirão, que pode durar até nove dias, envolverá um trabalho intenso para promover o fechamento completo de áreas com foco. Durante esse período, terrenos serão inspecionados, serão realizadas vistorias nos domicílios e a população receberá orientações específicas sobre medidas de prevenção.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
site da instituição


Boca, o oráculo da saúde

Especialista cita algumas doenças podem ser identificadas no exame bucal

 

Acredite ou não, seu dentista pode ser o primeiro profissional de saúde a detectar sinais de osteoporose. Isso porque a perda dentária, o recuo da gengiva e dentes com mobilidade mais acentuada são indicadores dos estágios iniciais da doença, caracterizada pelo afinamento gradual da densidade óssea e que acomete mais comumente mulheres a partir dos 50 anos. 

Além da osteoporose, outras doenças podem ser identificadas pelo exame bucal. “Estudos estimam dezenas de doenças que se manifestam pela boca. Até a língua é um grande indicador de saúde. Sua coloração, textura e odor podem ser determinantes para o diagnóstico de patologias. Aos interessados em procedimentos estéticos, é crucial ir a um dentista que tenha experiência em diagnóstico e priorize um exame bucal detalhado, antes de iniciar qualquer intervenção. Caso contrário, há o risco de ‘maquiar’ vários sinais de doenças”, alerta Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista da clínica Ateliê Oral. 

A seguir, Kyrillos cita outros exemplos de problemas de saúde que podem ser identificados na cadeira do dentista.


Refluxo: dentes rachados e deteriorados podem sinalizar refluxo gastroesofágico ou ácido. No primeiro, o ácido do estômago sobe de volta para o esôfago. Esse ácido pode chegar à boca e, eventualmente, dissolver as camadas dos dentes. A perda do esmalte dentário é permanente e, sem detecção e tratamento adequado, pode resultar na rápida deterioração dos mesmos.

 

Depressão ou ansiedade: a erosão dentária também pode ser um indicativo de ansiedade ou depressão. Pacientes com esse quadro, costumam desenvolver bruxismo que é o apertamento dos dentes, ocasionando ainda problemas graves de articulação e dores crônicas na região cervical, cabeça e pescoço.

 

Câncer de boca: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido; dificuldade ao engolir; qualquer inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem; rouquidão ou mudanças na voz que persistem, podem ser sinais de câncer oral.  

 

Anemia: a ausência de glóbulos vermelhos saudáveis causa fadiga, palidez, falta de ar e tonturas. Outra manifestação é uma língua mais lisa e descorada (ideal é que esse músculo esteja sempre áspero e brilhante).

 

Diabetes: os níveis elevados de glicose no sangue podem afetar as células sensoriais do paladar, causando um gosto amargo ou gosto de sal na boca. Além disso, o diabetes pode aumentar o risco de infecções nas gengivas e nos ossos que sustentam os dentes, ocasionando a perda dentária e deixando, frequentes, as gengivas vermelhas e sensíveis. Importante ainda dar atenção ao sangramento gengival, que é frequentemente um dos primeiros sinais de doença periodontal, e pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver essa condição. 


“Ir ao dentista é tão sério como os check-ups de sangue, urina, ou de imagem. Isso porque odontologia não se resume a dentes. Por isso, é fundamental escolher profissionais que priorizem um exame clínico aprofundado, considerando a saúde e a função da boca em primeiro lugar, colocando a estética somente como uma aliada”, destaca.


Cenário da cirurgia íntima em 2024

O avanço da ginecologia estética no Brasil e no mundo 

 

Em 2024, a cirurgia íntima feminina consolidou-se como um dos campos mais inovadores da medicina, ganhando espaço em países como o Brasil, onde especialistas têm liderado avanços técnicos e conceituais. Nesse cenário, o laser de CO e técnicas como a Labioplastia Dewedge ou “Labioplastia Perfeita”  têm se destacado por oferecerem resultados mais precisos e uma recuperação mais rápida e confortável.

 

Brasil no mapa da inovação 

 A ginecologista brasileira especialista em estética íntima, Dra. Dulce Henriques tem sido uma das grandes protagonistas nesse avanço. Utilizando o laser de CO, ela aprimorou procedimentos como a labioplastia e a clitoroplastia. "Essa tecnologia permite cortes mais precisos, com menor sangramento e uma cicatrização de alta qualidade", explica a médica que foi até a Polônia para trazer novas técnicas de cirurgia íntima para o Brasil. A nova técnica de  Labioplastia Dewedge prioriza a preservação da borda dos pequenos lábios e a sensibilidade e  sido amplamente adotada por profissionais como a Dra. Dulce, garantindo resultados estéticos e funcionais que respeitam a anatomia e o bem-estar das pacientes.

 

Um panorama global

Enquanto isso, no cenário internacional, países como o Reino Unido continuam a registrar aumento na demanda por cirurgias íntimas. Dados da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética destacam o interesse crescente por procedimentos que vão além de questões estéticas, abordando também conforto e funcionalidade. A troca de experiências entre especialistas de diferentes países tem sido fundamental para o avanço da área, com eventos globais fomentando a adoção de novas técnicas e práticas. 


Educação e capacitação: um diferencial brasileiro

Além de sua prática clínica, a Dra. Dulce Henriques se destaca pela contribuição à formação de outros profissionais. Em 2023 e 2024, ela conduziu mentorias exclusivas para ginecologistas e cirurgiões plásticos, abordando técnicas como a clitoroplastia com laser de CO. "Transmitir conhecimento é essencial para garantir que cada vez mais mulheres tenham acesso a procedimentos seguros e personalizados", afirma Dulce. 

Isto tem sido comprovado pelos frequentes convites que a Dra Dulce recebe para palestrar em Congressos Internacionais. Ela já foi Speaker em diversos países como Portugal, Argentina, Estados Unidos, Turquia, México, Venezuela e claro, o Brasil. Dessa forma, desponta internacionalmente como uma das líderes em Cirurgias Íntimas no âmbito Internacional.

 

Perspectivas para o futuro 

Com o crescimento da demanda por cirurgias íntimas no Brasil e no mundo, o setor caminha para integrar ainda mais tecnologias avançadas, como o uso de inteligência artificial para diagnósticos mais precisos e a ampliação de técnicas minimamente invasivas. No Brasil, profissionais como a Dra. Dulce Henriques continuam a reforçar a posição do país como um polo de inovação na ginecologia estética, combinando ciência, sensibilidade e respeito às necessidades das pacientes.

 


Dulce Cristina Pereira Henriques - Médica Ginecologista CRM 11281Pr
@dradulcehenriques
dradulcehenriques@gmail.com
www.dradulcehenriques.com
Comendador Araújo 323, cj 113, Curitiba, PR.


Cinco dicas para cuidar da saúde durante as comemorações de fim de ano

 

Natal e Ano Novo podem agravar condições como diabetes e hipertensão. Compreender como o corpo reage e adotar uma rotina que equilibre lazer e autocuidado é fundamental para preservar a saúde neste período 

 

Fim de ano é sinônimo de celebrações, mesas fartas e momentos especiais com amigos e familiares. Entretanto, a combinação de indulgências gastronômicas, rotina desregulada e, muitas vezes, o descuido com a saúde pode trazer consequências indesejadas, como ganho de peso, fadiga e agravamento de condições pré-existentes. Mas será que é possível viver o melhor da temporada sem comprometer o bem-estar? A resposta é sim, e o segredo está no equilíbrio.

O aumento no consumo de alimentos calóricos, o excesso de açúcar e bebidas alcoólicas, somados à redução da prática de exercícios físicos, formam uma combinação perigosa para o corpo e a mente. "Não é incomum que as pessoas cheguem ao início do ano se sentindo cansadas, com problemas digestivos ou aumento de peso, o que pode trazer frustrações que acabam sendo projetadas em promessas de mudanças radicais que nem sempre são sustentáveis", explica Caroline Nery, médica da Clínica da Cidade, pioneira em medicina acessível.

É importante lembrar que o cuidado com a saúde vai além de práticas esporádicas. Fazer check-ups regulares, acompanhar a saúde metabólica e contar com orientação médica são passos importantes, especialmente para quem já possui condições pré-existentes. “Fim de ano é uma oportunidade para refletir sobre nossos hábitos e, com o apoio de profissionais, entrar em 2025 com mais energia e disposição”, afirma Caroline.

 

Dicas práticas para um fim de ano saudável

Moderação: aproveite as delícias da época sem exageros. Prefira porções menores e equilibradas, intercalando pratos mais leves com os mais calóricos;

Hidrate-se: o consumo de álcool e alimentos salgados pode aumentar a retenção de líquidos. Beba bastante água para ajudar na desintoxicação e no bom funcionamento do organismo;

Movimente-se: mesmo com a agenda cheia, inclua atividades físicas na rotina, como uma caminhada em família ou dançar na festa de fim de ano. Pequenos movimentos fazem diferença;

Planeje-se: inclua frutas, verduras e alimentos ricos em fibras no cardápio para balancear a dieta e evitar problemas gastrointestinais; 

Descanse: respeite os sinais do seu corpo. Um sono de qualidade é crucial para recuperar as energias e manter o equilíbrio emocional.

 

Clínica da Cidade


SBR e SBPC/ML estabelecem novo limite para níveis de ácido úrico no organismo para portadores de gota


A gota, uma inflamação nas articulações causada por acúmulo de cristais de ácido úrico nas juntas é uma doença que afeta ao menos 2% da população adulta, com maior prevalência em homens acima dos 50 anos. Uma nova diretriz recém-publicada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) aponta um novo limite, ainda mais preciso, para os níveis máximos de ácido úrico no sangue, considerados normais, a fim evitar que o paciente chegue ao ponto de desenvolver a deformação das juntas. 

Os níveis séricos de ácido úrico da população em geral variam de 3,4 a 7 mg/dL, e, com base na literatura científica sobre o tema, a diretriz passa a indicar a marca de 6 mg/dL como o nível a não ser ultrapassado por pessoas com histórico de gota. 

A hiperuricemia é um processo que envolve o metabolismo das purinas, moléculas existentes no DNA e no RNA, e que fazem parte de alimentos, sobretudo carnes vermelhas, miúdos, frutos do mar e refrescos açucarados, além de estarem presentes em bebidas alcoólicas (fermentadas ou destiladas) e em alguns medicamentos, como diuréticos. Em pessoas saudáveis, com uma rotina equilibrada e sem propensão ao quadro, o organismo trata de eliminar o excesso. Nos pacientes com gota, porém, o ácido úrico fica retido e começa a se depositar em tecidos como os rins, a pele e as articulações, onde causa a pane inflamatória e dolorosa. 

Nas crises, a dor se deve ao fato de que a substância se cristaliza como agulhas que atormentam o dedão do pé, o tornozelo ou o cotovelo. Após décadas de estudos, hoje o controle do problema é feito com medidas e remédios para reduzir a produção do ácido úrico ou incentivar sua eliminação. Contudo, ele continua sendo uma dificuldade. 

“Essa estratégia é teoricamente perfeita. Mas no dia a dia o resultado é péssimo”, afirma o reumatologista Geraldo Castelar, membro da SBR e um dos autores do documento. Para piorar, a maioria dos pacientes é do sexo masculino, população conhecida por ir menos aos consultórios e não aderir com afinco a tratamentos e mudanças no estilo de vida. Apenas a crise aguda é tratada, e não a causa da gota. O ideal é que haja controle antes que os ataques prejudiquem as juntas. A meta será descrita no laudo dos exames de sangue nos laboratórios. Apesar de seus efeitos serem retratados há milênios, a hiperuricemia está diretamente relacionada a condições e hábitos típicos da vida moderna, como obesidade, sedentarismo, dieta inadequada, colesterol alto. O metabolismo da população piorou muito e o valor do ácido úrico reflete isso”, diz Castelar. 

As crises de gota, que chegam a durar dez dias, podem também trazer prejuízos à saúde renal e cardiovascular. Ter noção do índice a ser mantido pode mudar a rotina de profissionais, pacientes e familiares, que terão ao alcance das mãos um marcador de quando será necessário intervir e iniciar as medicações antes de penar com os sintomas. 

“Os exames podem ser feitos entre cada 4 a 6 meses para medir o ácido úrico no paciente que possui a gota. É um monitoramento importante e necessário, mas para quem tem a doença. A população em geral não precisa medir com frequência, sobretudo se tem o histórico de ácido úrico normal, não precisa nem fazer todos os anos, como outros exames como glicose colesterol. E as mulheres, após a menopausa, devem acompanhar, porque o hormônio feminino traz uma proteção extra que se vai. Mulheres com mais de 60 anos são as mais afetadas pela gota”, afirma o patologista clínico Luis Eduardo Coelho Andrade. 

De acordo com o reumatologista da SBR, Henrique Sampaio, sobre a periodicidade de solicitar o ácido úrico, em pacientes com gota, o exame pode ser feito a cada 4 a 6 meses, mas depende muito de cada caso. No início do tratamento, precisa chegar no alvo de ácido úrico, aí pede-se, às vezes, a cada 4 ou 8 semanas, depois espaça pra 4 meses, 6 meses, quando fica estável. A população em geral, que não tem risco pra gota, que não tem manifestação clínica, não tem uma indicação, um protocolo de que se deva solicitar o ácido úrico, não há necessidade de fazer esse exame rotineiramente.

"Quando há necessidade de solicitar o ácido úlico? Quando o paciente tem algum dos fatores de risco, principalmente cardiovasculares, então hipertensão, problemas cardíacos, é coronaropata, ou paciente diabético, com síndrome metabólica, paciente com colesterol alto, assim como um conjunto de fatores de risco cardiovasculares mais importantes, além da doença renal crônica. Nesses pacientes vale a pena porque sabemos que o ácido úrico alto nesses pacientes tem correlação com o pior prognóstico, pior evolução. Mas na população em geral, não haveria necessidade de estar pedindo na rotina como exame geral", explicou.
 

Assinam a diretriz: Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro; Marco Antônio Araújo da Rocha Loures; Luís Eduardo Coelho Andrade; Fabiano de Almeida Brito e Leonardo de Souza Vasconcellos. 

Confira o posicionamento neste link.


SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial


Descubra dicas eficazes para criar um ambiente mais seguro para os idosos em casa

Considerada a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos, as quedas mataram 70.516 idosos, entre 2013 e 2022, no país

 

Cerca de 63 idosos todos os dias procuram atendimento hospitalar no Brasil após serem vítimas de queda. Desse total, 19 não resistem e vêm a óbito. Os últimos dados do Ministério da Saúde também mostram que esse tipo de acidente tem aumentado de forma acelerada no país. Em 2013, 4.816 idosos morreram vítimas de queda da própria altura.  

Já em 2022, esse número saltou para 9.592 óbitos. Considerada a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos, as quedas mataram 70.516 idosos, entre 2013 e 2022, no país. “Para evitar esse tipo de ocorrência, separamos as melhores dicas de prevenção de quedas para os idosos”, explica a presidente da Ambec - Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos, Marilisa Moran Garcia. Confira abaixo: 

 

Assegure um ambiente seguro para caminhar

Os trajetos que levam os idosos aos diferentes cômodos da casa são, sem dúvida, os principais riscos à sua segurança, pois podem ser influenciados pela iluminação, pela ausência de apoio e pelos obstáculos no piso. Portanto, é fundamental adaptar os corredores do lar para facilitar a locomoção sem grandes dificuldades. 

A primeira medida a ser implementada é a instalação de corrimãos em todas as paredes que conduzem aos cômodos. Assim, o idoso terá sempre um suporte para caminhar com mais firmeza, reduzindo o risco de quedas. 

Além disso, a iluminação dos corredores deve ser aprimorada: utilize lâmpadas que melhoram a visibilidade, evitando áreas ou cantos escuros que possam causar confusão. Também é recomendável instalar sensores de presença, permitindo que as luzes se acendam automaticamente, sem a necessidade de procurar o interruptor no escuro. 

A terceira e última adaptação tem como objetivo prevenir escorregões, tropeços e colisões. Remova tapetes, móveis, cômodas ou quaisquer outros obstáculos que possam dificultar a locomoção.

 

Cuidado redobrado com escadas

Se até adultos podem tropeçar e se machucar, para os idosos, que possuem menor resistência, coordenação e força, as escadas podem representar um risco ainda maior.

Se houver a possibilidade de reformar o imóvel, considere a construção de rampas com corrimãos e pisos antiderrapantes. Caso isso não seja viável, utilize sinalizadores nos degraus para melhorar a visibilidade, mantenha a área bem iluminada e nunca se esqueça de instalar um corrimão para apoio.

 

Banheiro também precisa de adaptações

O banheiro é outra área de risco, pois os azulejos lisos e molhados aumentam as chances de quedas inesperadas.Para evitar acidentes graves — já que o espaço é pequeno e uma queda pode resultar em colisões com a pia, o vaso sanitário ou o vidro do boxe — utilize tapetes de borracha que possam ser fixados ao chão, evitando que o piso fique escorregadio. 

Além disso, faça as adaptações necessárias para garantir um uso mais seguro do banheiro: instale barras de apoio dentro do boxe, ao lado da pia e do vaso sanitário. Outra alteração benéfica é elevar o assento do vaso sanitário, pois isso facilita a movimentação do idoso, proporcionando mais estabilidade ao se levantar.

 

Móveis devem ter bordas arredondadas

Objetos com arestas em ângulo reto não são adequados para lares de idosos. Para prevenir lesões, opte por móveis com bordas arredondadas ou adicione proteções nas extremidades de mesas, criados-mudos e outros itens que possam representar risco.

 

Fios devem ser fixados às paredes

É comum que, principalmente em escrivaninhas com computadores ou em móveis com televisões, os fios e cabos fiquem espalhados pelo chão. O problema é que, com a visão reduzida e menor controle dos movimentos, é fácil se enroscar nesses cabos e acabar tropeçando. Sempre que possível, fixe os fios nas paredes com canteiras ou fitas isolantes. O essencial é manter o chão livre de obstáculos.

 

Substitua as maçanetas por modelos de alavanca

Facilite o acesso e opte por maçanetas do tipo alavanca, que exigem menos esforço para serem acionadas.

 

Cuidados pessoais

·         Use calçados que estejam bem ajustados e que não tenham solados escorregadios. Evite aqueles que estejam desamarrados;

·         Evite roupas longas que possam arrastar no chão;

·         Realize exames físicos e oftalmológicos com frequência;

·         Adote uma alimentação equilibrada, rica em cálcio e vitamina D;

·         Pratique exercícios físicos com a orientação de um profissional. 

Se ainda houver dúvidas sobre como criar um ambiente seguro para conviver com um idoso, consulte um médico para obter orientações adicionais. 




AMBEC - Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos
https://www.ambec.org/


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