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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Alerta: Condições climáticas adversas comprometem doações de sangue


O GSH Banco de Sangue de São Paulo está enfrentando uma situação crítica. Os estoques de bolsas de sangue, que já vinham passando por períodos consecutivos de quedas, estão em níveis abaixo do recomendado. 

Nos últimos meses, as condições climáticas extremas e as queimadas agravaram a poluição do ar em todo o país. O resultado disso tem sido um aumento significativo nas doenças respiratórias crônicas que não só afetam a saúde da população em geral, mas também têm impactado a capacidade de milhares de pessoas em participar do processo de doação de sangue. 

“Muitas pessoas ficam temporariamente inaptas para doar sangue devido a essas condições de saúde. Consequentemente, a diminuição nas doações, combinada com a demanda contínua para procedimentos médicos e emergências, torna a necessidade de doações de sangue mais urgente do que nunca”, explica Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo. 

No momento, todos os tipos sanguíneos são necessários, porém, os tipos O-, O+ e A- são os que estão mais em falta e cujas demandas, por outro lado, são contínuas e crescentes. 

Por isso, o GSH Banco de Sangue de São Paulo convida todos a se juntarem a esta causa vital, se dirigindo à unidade para efetuarem a sua doação de sangue, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso. O atendimento é das 7h às 18h, diariamente, inclusive aos finais de semana e feriados.
 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.


Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.

 

Dia do Doador de Medula Óssea celebra o papel dos ‘heróis anônimos’ na luta contra doenças hematológicas

O procedimento, seguro ao doador, é etapa importante na recuperação de pacientes com doenças graves como linfoma e leucemia 

 

Neste ano, no dia 21 de setembro, celebramos o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, uma data importante para destacar o papel essencial da doação no tratamento de doenças graves como linfoma, leucemia e mieloma. Marca o movimento de conscientização sobre a importância da cultura de doação e ajuda a desmistificar informações sobre esse ato que pode salvar vidas. 

A doação de medula óssea é crucial para pacientes que necessitam de transplantes para combater doenças hematológicas que afetam a produção de células sanguíneas. A medula óssea saudável, que é responsável pela produção de células sanguíneas, pode ser a única chance de cura para muitos desses pacientes.  

Cada doador em potencial tem a chance de ser compatível com alguém que precisa urgentemente de um transplante. Embora o processo de doação possa parecer complexo, ele é relativamente simples e seguro. “A doação de medula óssea é considerada segura. Os riscos são mínimos e os efeitos colaterais são geralmente leves e transitórios. Os procedimentos são realizados com cuidado para garantir a segurança do doador”, afirma a Dra. Camila Gonzaga, hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS). 

A inscrição como doador é feita através de um registro nacional, realizado em um Banco de Sangue - é possível verificar no site do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) os postos disponíveis. Para o cadastramento, é necessário apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue para testes de tipificação HLA – fundamental para averiguar a compatibilidade do transplante. “Mesmo que você não seja compatível agora, pode se tornar um potencial doador no futuro. A diversidade de doadores aumenta a chance de encontrar um match para os pacientes”, afirma a Dra. Camila.

 

Como é feita a doação 

A doação de medula óssea pode ser feita de duas formas: por aspiração da medula ou por coleta de células-tronco do sangue periférico (forma menos invasiva que envolve uma simples coleta de sangue).  

Uma vez coletadas, as células são cuidadosamente analisadas e armazenadas até o momento do transplante. Durante o transplante, o material coletado é infundido no paciente por via intravenosa, similar a uma transfusão de sangue. As células saudáveis viajam através da corrente sanguínea até a medula óssea do paciente, onde começam a produzir novas células sanguíneas saudáveis, substituindo as células doentes e ajudando na recuperação do paciente.

 

Passo a passo até a doação

  • Cadastro e coleta: O primeiro passo é o doador procurar um Banco de Sangue para preencher uma ficha. Neste momento também é feita a doação de uma amostra de sangue.
  • Análise: O sangue coletado passa por um exame de histocompatibilidade e já é feito o cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). 
  • Procura por compatibilidade: O sistema procura algum paciente que possa ter a medula compatível.
  • Coleta: Com a compatibilidade assegurada, é feita a coleta.
  • Transplante: O paciente com compatibilidade recebe o material por via intravenosa. 

“A compatibilidade de medula óssea é altamente específica e depende da diversidade genética. Aumentar a diversidade de doadores registrados é muito importante. No geral, a chave para aumentar o número de doadores é a educação e a criação de uma cultura de solidariedade e conscientização sobre a importância da doação de medula óssea”, enfatiza a especialista do IOS.


Instituto de Oncologia de Sorocaba


Dia Mundial de Segurança do Paciente chama atenção para diagnóstico

Entidade que representa médicos especialistas em diagnósticos de doenças, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) também chama atenção para armazenamento das amostras pelos laboratórios e acesso aos laudos pelos pacientes.
 

O esposo de Michelle (personagem fictícia) realizou uma biópsia de pele em 2017 cujo laudo feito por um laboratório de anatomia patológica indicou um carcinoma, tipo de tumor maligno da pele. Após sete anos, ela procurou o laboratório para buscar uma cópia do laudo e foi informada que não possuíam mais o documento. Michelle procurou orientações de especialistas da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) sobre o armazenamento de laudos e o acesso a eles pelos pacientes. A história de Michelle pode parecer incomum, mas acontece. 

Nesse sentido, o tema da campanha do Dia Mundial de Segurança do Paciente, lembrando em 17 de setembro, é “Melhorando o diagnóstico para a segurança do paciente”. Instituída em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), este ano a data chama a atenção para diagnósticos corretos e oportunos para garantir a segurança do paciente em todos os níveis de cuidados em saúde, da realização dos exames ao armazenamento de laudos, e o envolvimento ativo da população para melhorar os processos diagnósticos. 

Como sociedade médica que representa os médicos especialistas em diagnósticos de doenças, a SBP desenvolve diversas ações visando a segurança do paciente em diagnósticos realizados pelos patologistas em laboratórios de anatomia patológica públicos e privados de todo o Brasil. 

“Nessa data, reiteramos a necessidade da implementação de diretrizes laboratoriais para o diagnóstico voltadas à segurança do paciente. Para isso, estimulamos os laboratórios a participarem do Programa de Acreditação e Controle de Qualidade (PACQ) da SBP, o qual é baseado em requisitos que verificam o cumprimento de processos e procedimentos para garantir a segurança dos pacientes e colaboradores”, diz o Dr. Gerônimo Jr., secretário-adjunto da SBP.

 

Orientações profissionais - Para os patologistas, a SBP também disponibiliza o guia Patologia Brasileira e o Manual de Boas Práticas em Patologia com o mesmo objetivo de orientar os profissionais e garantir a segurança dos pacientes por meio dos diagnósticos. “Seguindo diretrizes de órgãos como a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], desenvolvemos esses materiais que trazem orientações fundamentais”, explica ele. 

Entre as orientações, o guia informa, por exemplo, sobre o pagamento de indenização caso o patologista realize um diagnóstico equivocado de malignidade do câncer, sobre o período de armazenamento das amostras dos pacientes e a devolução de tais materiais em caso de desistência do paciente na realização do exame. Já o manual detalha sobre a disponibilização e as informações básicas em laudos. 

“O arquivamento adequado das amostras após a elaboração do laudo é de extrema importância, uma vez que no acompanhamento do tratamento pode ser necessário resgatá-las, seja para uma avaliação diagnóstica comparativa ou utilização para realização de testes moleculares que podem indicar um tratamento personalizado para a paciente. Em nosso manual, orientamos sobre como melhor armazenar tais amostras”, explica o Dr. Gerônimo Jr. 

Outro tema relevante é que após o envio do laudo impresso para o paciente, a clínica ou o hospital em que o paciente é atendido, a cópia digital deve ser arquivada de forma permanente pelo laboratório por vinte anos, esclarece o especialista. Para ele, o Dia Mundial de Segurança do Paciente deve ser um momento de reflexão nas instituições de saúde. “É necessário adotar essa data no calendário de cada instituição e fazer das ações para segurança do paciente a prática diária”, conclui.

 

SBP - Sociedade Brasileira de Patologia

 

Conitec abre consultas públicas para incorporação de medicamento para psoríase e artrite psoriásica no SUS

 Cerca de 2,5% da população brasileira convive com psoríase; mais de 20% desses pacientes podem desenvolver artrite psoriásica, e conviver com dores e problemas cardíacos e neurológicos [i] [ii] [iii]


A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu, na terça-feira, 17 de setembro, duas Consultas Públicas para avaliar a incorporação do medicamento ixequizumabe para tratamentos de psoríase e artrite psoriásica no SUS.
 

As contribuições para as consultas de número 58/2024 e de número 57/2024 podem ser realizadas pela população até 7 de outubro pela plataforma Participa Mais Brasil. 

O medicamento já faz parte do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para ambas as doenças.[i] A aprovação pela ANS se baseou em estudos clínicos que demonstraram sua segurança e eficácia rápida e sustentada no alívio das dores articulares e de coluna (melhora significativa nas dores a partir da segunda semana e inibição da progressão radiográfica da doença para 74% dos pacientes em 3 anos), típicas da artrite psoriásica, e na melhora nas lesões de pele dos pacientes com psoríase (entre 87 e 90% do pacientes apresentam melhora significativa nas lesões em 12 semanas, com resultados significativos a partir da segunda semana). [ii] [iii] [iv] [v] [vi] [vii] 

A possibilidade de incorporação do medicamento na rede pública pode favorecer a universalização no acesso a tratamento para essas doenças no país, uma vez que menos de 25% da população, cerca de 50 milhões de brasileiros, têm acesso a planos de saúde privados[viii].

 

Problemas de saúde para além da pele

A psoríase é uma doença autoimune não contagiosa que é caracterizada por lesões de pele que apresentam, geralmente, placas de descamação (eritemato-escamosas). Fatores como o clima, principalmente o frio, picos de estresse, infecções e alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e corticosteroides, podem atuar como gatilhos para pacientes.1 2 

Embora pessoas de todas as idades possam ser diagnosticadas com psoríase, o auge da doença é mais comum em adultos entre 20 e 50 anos. Cerca de 2,5% da população brasileira convive com a enfermidade, que afeta não apenas a saúde física dos pacientes, por conta das crises de coceira e dor, mas a mental, sobretudo por conta de problemas de sono e impactos na autoestima causados por ela. 1 2 

Dados do Ministério da Saúde indicam que 80% dos casos são leves a moderados, com controle efetivo por meios tópicos. Na forma mais comum, por exemplo, as escamas das lesões são simétricas e localizam-se principalmente nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e parte inferior da coluna vertebral. 1 2 

Para além da pele, cerca de 20 a 30% dos pacientes com psoríase podem desenvolver artrite psoriásica (ou psoriática), uma doença inflamatória sistêmica associada à doença de pele3. Essa forma de artrite faz parte do grupo das espondiloartrites e pode afetar pele, unhas, articulações periféricas, ossos da parte central do corpo (esqueleto axial), como crânio, coluna vertebral e caixa toráxica e dedos, causando dores limitantes e que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Cerca de 84% dos pacientes com artrite psoriásica relatam que os primeiros sintomas articulares surgiram após 12 anos do início das lesões de pele da psoríase.3 

Além dos sintomas característicos de cada uma das doenças, ambas estão diretamente relacionadas a outras comorbidades potencialmente graves, como doenças cardiovasculares, obesidade, síndrome metabólica, diabetes, hipercolesterolemia, doenças autoimunes, osteoporose, doenças inflamatórias intestinais, problemas renais, transtornos psiquiátricos, e distúrbios neurológicos e pulmonares1, o que faz do tratamento algo fundamental não apenas para a busca pelo controle das doenças, mas para impedir a evolução para formas mais graves que impactam na qualidade de vida dos pacientes.3 

 

Contribuição popular

As Consultas Públicas são mecanismos de participação social que permitem a contribuição e o engajamento da sociedade civil e de especialistas em decisões importantes acerca de incorporação de novos tratamentos, procedimentos e medicamentos à lista do SUS. 

Por meio delas, pacientes, médicos, organizações não governamentais, familiares e amigos de pessoas impactadas por doenças como a psoríase e artrite psoriásica podem encaminhar suas opiniões e considerações técnicas, no caso de especialistas, para que a Conitec as utilize como subsídios de análise para fechar parecer favorável, ou não, à incorporação de uma nova tecnologia ao sistema público de saúde do país. 

A fim de simplificar a contribuição, todas as Consultas Públicas estão reunidas na plataforma Participa Mais Brasil. 

Ao acessar o site, basta realizar o login na plataforma gov.br, clicar na aba “opine”, localizar a Consulta Pública de interesse por número e seguir com o preenchimento de todos os campos do formulário para enviar suas respostas. 

As Consultas Públicas de psoríase e de artrite psoriásica podem ser encontradas nos links Link e Link, respectivamente. As contribuições podem ser enviadas até 7 de outubro.

 



Eli Lilly do Brasil
Para saber mais, acesse o site da Lilly do Brasil
Instagram, Facebook e LinkedIn.



Referências:

[1] Brasil, Conitec. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Psoríase. Maio de 2021. Disponível em: Link. Acesso em 05/08/2024.

[1] Sociedade Brasileira de Dermatologia. Doenças. Psoríase. Disponível em: Link. Acesso em 05/08/2024.

[1] Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. PORTARIA CONJUNTA Nº 09, DE 21 DE MAIO DE 2021. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Artrite Psoríaca. Acesso em: Link. Acesso em 05/08/2024.

[1] Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Resolução Normativa. Disponível: Link. Acesso em 23/05/2024.

[1] Bula do produto Taltz (exequizumabe). Disponível em: Link. Acesso 23/08/2024.

[1] Van der Heijde D, et al. POS0918. ARD 2021;80(Suppl1):720.

[1] Orbai AM, et al. Rheumatol. Ther. 2021;8(1):199217

[1] Mease P, et al. Ann Rheum Dis. 2017: 76: 79-87

[1] Nash M, et al. Lancet. 2017:289:2317-2327

[1] Chandran V, et al. Rheumatology (Oxford). 2020:59(10):2774-2784

[1] Brasil, ANS. Setor fecha 2023 com 51 milhões de beneficiários em planos de assistência médica. Disponível em: Link. Acesso em 23/08/2024.


Coalizão Vozes do Advocacy e Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde da Unimed

A Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade em parceria com a Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético promovem o Projeto Educar para Salvar, para os profissionais de saúde da Unimed Botucatu. A iniciativa visa capacitar os colaboradores em diabetes, no dia 11 de outubro, às 8h, na Unidade II do Hospital Unimed, localizado Emílio Cani, 1178, na Vila Moreira - Botucatu/SP.

A última Pesquisa Vigitel constatou que 12% da população da cidade de São Paulo têm diabetes. A Secretaria de Saúde publicou que em 2023, houve 17.857 atendimentos ambulatoriais e hospitalares a pessoas com diabetes. Esse número tem crescido nos últimos três anos. Em 2021, os atendimentos somavam 43.106, um crescimento de 20,9% em relação aos 35.627 atendimentos realizados em 2020. Em 2022, foram registrados 50.191 atendimentos, o que representa um crescimento de 16,4% em relação ao ano anterior. O cenário de gastos relacionados com a condição no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*.

Uma complicação importante foi diagnosticada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no ano passado. Embora o crescimento de amputações realizadas entre 2012 e 2022 esteja estabilizado no país, em São Paulo houve um aumento expressivo de 4.025 de 2012 para 6.990 em 2022, boa parte devido ao diabetes mal controlado.

De acordo com a Adriana Barretto, Presidente da Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético, “precisamos trabalhar continuamente com a atualização do conhecimento dos profissionais de saúde, para que possam transmitir as informações corretas e dar o suporte necessário a fim de que as pessoas realizem o autocuidado de forma eficiente. Dessa forma, a população com a condição apresentará menos internações, hospitalizações, complicações e ganhará mais qualidade de vida.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio da empresa Roche.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 

Vamos proteger os olhinhos das crianças do Retinoblastom

Fonte: https://www.flickr.com/

Este tipo de câncer ocular geralmente surge dos 6 meses aos 5 anos de idade e tem como principal sintoma o reflexo branco na pupila

 
O Retinoblastoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos olhos e que tem mais de 90% de chances de cura quando diagnosticado no estágio inicial. A prevenção é reforçada este mês pelo Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, cuja data é 18 de setembro. Apesar de rara, a doença é o tumor maligno intraocular mais frequentemente encontrado nas crianças, com 200 a 300 casos novos por ano no Brasil. 

Uma das prevenções é o Teste do Reflexo Vermelho em recém-nascidos, também chamado de Teste do Olhinho. É um exame simples, rápido e indolor, que utiliza um feixe de luz. O Teste do Olhinho é realizado pelo pediatra na maternidade e pode diagnosticar várias doenças, dentre elas, o retinoblastoma. O exame pode ser repetido pelo pediatra até os 5 anos e, em caso de suspeita de retinoblastoma, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista para realizar exames e confirmar o diagnóstico. 

A oftalmologista especialista em Oncologia Ocular Priscilla Ballalai, do H.Olhos, Hospital de Olhos, esclarece que "o principal sinal do Retinoblastoma é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, popularmente chamado de reflexo do olho do gato”. O sintoma pode ser identificado pelo Teste do Olhinho, por exames como o de fundo de olho ou até mesmo em imagens fotográficas feitas com uso do flash. 

A médica cita outros sinais que podem estar relacionados ao Retinoblastoma e devem ser investigados: 

- desvio ocular (estrabismo), quando os olhos apontam para posições diferentes;

- alterações que simulam inflamação ocular;

- mudança de coloração da íris, área colorida do olho que circunda a pupila;

- movimentos involuntários e repetitivos dos olhos (nistagmo);

- baixa de visão, em que a diminuição da capacidade visual não pode ser corrigida com óculos, lentes, medicamentos ou cirurgia;

- protrusão do globo ocular, condição que faz com um ou ambos os olhos fiquem salientes. 

De acordo com a oftalmologista Priscilla Ballalai, "o Retinoblastoma é um tumor de origem genética, que ocorre devido a uma mutação no gene RB. A doença pode ser herdada (RB hereditário) ou ocorrer ao acaso ( RB esporádico), sendo que em 60% dos casos o tumor acomete um olho e em 40% das vezes os dois olhos são afetados".

"A incidência de Retinoblastoma em crianças é estimada de 1 caso a cada 16 mil a 18 mil nascidos vivos e geralmente o diagnóstico ocorre entre os seis meses e os cinco anos de idade. Este tipo de câncer ocular também pode surgir em crianças maiores, mas é mais raro em adultos", complementa a especialista em Oncologia Ocular. O tratamento é individualizado e depende do estadiamento da doença. O objetivo é a cura do tumor, preservando o olho e a visão da criança, quando possível.


Setembro em Flor: A.C.Camargo Cancer Center reforça a importância dos exames preventivos ginecológicos

As taxas de sobrevida de mulheres com cânceres ginecológicos saltaram de 60,9%, em 2000, para 83,6% em 2017, segundo a pesquisa do Cancer Center
 

Os cânceres ginecológicos costumam atingir a população feminina independentemente de predisposição genética. Diante disso, a campanha Setembro em Flor foi criada com o objetivo da conscientização sobre os sintomas, formas de prevenção, descoberta precoce e meios de tratamento contra tumores no colo do útero, ovário, endométrio (camada mais interna do útero), vagina e vulva. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 30 mil mulheres recebem anualmente diagnósticos de câncer ginecológico, sendo mais de 16 mil casos apenas de câncer de colo uterino. 

Uma das principais dificuldades na detecção precoce do câncer de colo do útero é a ausência de sintomas. Por isso, consultas regulares ao ginecologista e a realização de exames preventivos são fundamentais para reduzir os casos diagnosticados tardios e melhorar as chances de sucesso no tratamento. “Abordar a prevenção é fundamental. É preciso fazer exames preventivos como o Papanicolau, especialmente porque alguns tipos de câncer, como o do colo do útero, podem ser evitados com o rastreamento adequado”, alerta o Dr. Glauco Baiocchi Neto, Líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo Cancer Center. 

O especialista ainda destaca a importância da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), infecção viral transmitido sexualemente que está associado a quase todos os casos de câncer de colo do útero, além de outros tipos de câncer, como o anal (95% dos casos), orofaringe (73%), vagina (65%) e vulva (50%). O Ministério da Saúde, por meio do SUS, disponibiliza gratuitamente a vacina quadrivalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, aplicada em duas doses com intervalo de seis meses. O órgão também fornece o imunizante, com indicação de três doses, para mulheres e homens com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas de tumores sólidos ou hematológicos e pacientes oncológicas de 9 a 45 anos. “Além da vacina, é fundamental adotar outras estratégias de prevenção, como o uso de preservativos nas relações sexuais, a realização de exames de rastreamento regulares e o tratamento das lesões precursoras", ressalta Glauco. 

O médico também chama a atenção para sinais de alerta, como sangramentos vaginais anormais após relações sexuais, entre os ciclos menstruais ou na pós-menopausa. Caso a mulher tenha esses sintomas, é recomendado buscar uma avaliação, pois dentre as possíveis causas estão as neoplasias de colo do útero, endométrio e vagina. 

Outro tumor ginecológico de destaque é o câncer de ovário, que muitas vezes está associado a um histórico familiar de câncer de mama ou ovário. Esta neoplasia, que ainda não tem formas eficazes de prevenção e costuma ser silenciosa, é uma das mais letais. “Estar alerta ao histórico médico familiar, também é uma das formas de cuidado. O câncer de ovário é uma doença que pode estar associada a predisposição genética”, finaliza o especialista. Diante de sintomas inespecíficos como desconforto abdominal, sensação de digestão incompleta, aumento do volume abdominal ou alterações urinárias e intestinais, é recomendada a procura imediata por avaliação médica. 



A.C.Camargo
Cancer Center do Brasil
www.accamargo.org.br


DIABETES NÃO É CAUSADO POR VERMES

POSICIONAMENTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDO DA OBESIDADE E CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO


Em virtude da repercussão a respeito da pretensa informação acerca do diabetes ser causado por vermes, as três Sociedades Científicas – SBEM, SBD e ABESO, bem como o CFN - observaram a necessidade de dar esclarecimentos e orientações sobre o tema, dada sua relevância e impacto na vida da população.

O diabetes é uma doença altamente prevalente, atingindo mais de 537 milhões de indivíduos no mundo segundo a Federação Internacional de Diabetes, sendo 20 milhões de brasileiros acometidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Trata-se de uma condição clínica, crônica e sem cura, que pode ser acompanhada de complicações impactantes, como cegueira, insuficiência renal, amputações de membros inferiores, doenças cardiovasculares, entre outras, levando à mortalidade precoce sobretudo naquelas pessoas com controle inadequado da doença. Portanto, é de suma importância que essas pessoas estejam totalmente engajadas no tratamento adequado.

Têm sido veiculadas matérias na mídia sobre profissionais que defendem a ideia de que vermes estariam envolvidos no surgimento do diabetes, inclusive defendendo e, eventualmente, oferecendo tratamento antiparasitário para suposta cura da doença. Isso é um completo absurdo, sem qualquer embasamento científico. Além de ludibriar a população com informações enganosas, expõem as pessoas com diabetes à possibilidade de abandono dos tratamentos adequados, colocando-as em risco, inclusive de morte.

As Sociedades e o Conselho que aqui assinam este posicionamento reforçam a necessidade de buscar profissionais sérios e comprometidos com a ciência para o tratamento adequado das pessoas com diabetes, evitando práticas oportunistas e equivocadas, muitas vezes visando exclusivamente o lucro em detrimento da saúde desses indivíduos.


Ruy Lyra - Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes

Paulo Miranda - Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Bruno Halpern - Presidente da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade

Élido Bonomo - Presidente do Conselho Federal de Nutrição


Hereditariedade pode ditar altas taxas de colesterol ruim

 Presença descontrolada da substância no sangue nem sempre é causada pelo estilo de vida pouco saudável. Conheça exames e tratamentos 

 

As altas taxas de colesterol e triglicerídeos nem sempre são motivadas por fatores externos, como sedentarismo e alimentação rica em gordura e açúcares. Tais índices, no entanto, são um dos principais fatores para a ocorrência de doenças cardiovasculares. É o caso da hipercolesterolemia familiar, causa genética comum de doença coronariana prematura, especialmente de infarto do miocárdio, devido à exposição ao longo da vida a concentrações elevadas de colesterol, mais exatamente da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c). 

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais, no contexto em que 40% da população brasileira possui colesterol elevado. “Na hipercolesterolemia familiar, mesmo com a mudança alimentar e de estilo de vida, não há melhora dos níveis de colesterol total e de LDL. Esta condição genética confere risco cardiovascular, aumenta o risco para diabetes, pancreatite e outros problemas”, explica a endocrinologista Claudia Schrieber, do Sabin Diagnóstico e Saúde. 

A médica esclarece que, principalmente quando há histórico familiar de eventos cardiovasculares (infarto e derrame), a periodicidade do exame de sangue deve ser anual. Antes de se confirmar quais fatores congênitos afetam as altas taxas de LDL e colesterol total no sangue, a recomendação é mudar o estilo de vida. “Deve se tentar a mudança alimentar, retirada de álcool e de medicações que possam estar provocando a alteração, no período de um a três meses, para averiguar a possibilidade de hipercolesterolemia familiar”, indica a médica do Sabin.

 

Crianças podem ter colesterol alto 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a primeira dosagem de colesterol em crianças deve ser feita entre os 9 e 11 anos de idade. No entanto, crianças com problemas de obesidade ou doenças cardíacas podem fazer o exame antes. O colesterol alto não costuma apresentar sintomas, sendo a forma mais efetiva de diagnosticá-lo por meio de exame de sangue em laboratório. Quanto mais cedo o problema for detectado, mais chances de se iniciar o tratamento. 

Em todos os casos, independentemente da idade, a primeira opção é pela mudança na alimentação e a prática de exercícios físicos: restrições dietéticas específicas, redução do consumo de gordura saturada e de gordura trans, abstenção de álcool e realização de atividade física. O uso de estatina para reduzir as taxas é a opção seguinte para os casos em que a mudança de estilo de vida não gera resultados na redução de LDL e do colesterol total. “Nas formas graves e pouco responsivas às mudanças de estilo de vida e ao uso de fármacos convencionais, pode ser indicado o tratamento com terapia dupla (estatina com ezetimibe) ou ainda inibidores da PCSK9, anticorpos monoclonais que reduzem o colesterol do tipo LDL no sangue”, conclui a médica. 



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Melhorando a segurança do paciente: diagnóstico correto, aceso a medicamentos seguros e uso controlado de antibióticos


Todo dia 17 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Segurança do Paciente, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma data de saúde pública que tem o objetivo de promover maior conhecimento sobre o tema, além de ampliar a conscientização e a participação da sociedade em ações conjuntas focadas na redução de riscos para os pacientes e na proteção da saúde1. 

Para este ano o tema da campanha é ‘Melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente’, a partir do slogan ‘Faça certo, torne seguro!’, que reforça a importância do diagnóstico correto e oportuno, considerando que o volume de erros de diagnósticos é expressivo, representando quase 16% dos danos evitáveis ​​no âmbito dos sistemas de saúde1. 

Em linha com as orientações da OMS, a executiva Caroline Gabriel Mendes (diretora de Investigação de Segurança de Produtos/Corporate Compliance da Pfizer para América do Sul) enfatiza a necessidade de tomar medidas para priorizar a segurança do paciente, adotando uma abordagem multidimensional que permita diagnósticos seguros e decisões corretas, favorecendo o bem-estar dos pacientes2. 

“Trata-se de garantir que ninguém seja prejudicado e que todos os pacientes recebam atendimento seguro e respeitoso, em todos os momentos e em qualquer lugar3”, afirma a executiva. “É fundamental fomentar a colaboração entre o setor público, os profissionais de saúde, as organizações de pacientes e outros agentes envolvidos no ecossistema de saúde para avançar em direção à relevância da segurança diagnóstica em todos os níveis de atendimento”, complementa Caroline.

 

Medicamentos seguros: um fator crítico para a segurança do paciente 

Os danos causados ​​aos pacientes pela falha em garantir a segurança são generalizados, problemáticos e podem ocorrer em todos os ambientes e níveis de cuidados 3. Nesse cenário, um problema importante a considerar é a falsificação de medicamentos, uma ameaça à saúde pública mundial, visto que esses medicamentos podem não ser eficazes ou causar danos graves à saúde, com possível comprometimento de fígado, rins, cérebro, entre outros4. 

A definição de medicamento falsificado ou adulterado é qualquer medicamento cuja apresentação seja falsa em relação a4:

  • Identidade: inclui o envase, etiquetas, o nome ou composição em relação a qualquer um dos componentes e dosagem.
  • Origem: inclui o fabricante, o país de fabricação, o país de origem e a empresa autorizada a comercializar.
  • História: inclui os registros e documentos relativos aos canais de distribuição utilizados.

De acordo com a OMS, 1 em cada 10 produtos médicos em circulação nos países em desenvolvimento é de qualidade inferior ou falsificado, o que significa que os pacientes estão expostos a medicamentos inadequados para tratar ou prevenir a doença, um problema que não só representa uma perda de dinheiro para as pessoas e para os sistemas de saúde que os adquirem, como também tem o potencial de causar graves consequências para a saúde, ou até mesmo a morte5. 

Na maioria dos países, as agências reguladoras dispõem de mecanismos para aplicar medidas contra a falsificação e os seus autores, embora os métodos usados pelos falsificadores para realizar a imitação dos produtos e evitar a descoberta dessas infrações venham se diversificando6. 

Dessa forma, as medidas para evitar a fabricação, o fornecimento e a distribuição de medicamentos falsificados são essenciais, a partir de uma estreita cooperação entre os vários órgãos de controle de medicamentos e de aplicação da lei para garantir que essas medidas sejam efetivamente aplicadas4. “Embora esse seja um fenômeno crescente, até mesmo um único caso de falsificação deve ser considerado inaceitável6”, comenta Caroline. 

Além dos riscos para a saúde que os medicamentos de qualidade inferior ou falsificados representam para os pacientes e suas famílias, também existe uma preocupação associada à resistência antimicrobiana, agravando uma tendência preocupante em que diferentes medicamentos podem acabar perdendo sua eficácia5. 

Investir na segurança dos pacientes permite obter resultados de saúde melhores e reduzir custos associados a possíveis danos causados aos pacientes, contribuindo para aumentar a eficiência dos sistemas de saúde e confiança que as pessoas têm neles3. Por isso, é importante projetar e estabelecer comunicações de risco associadas a produtos falsificados, além de educar e capacitar as pessoas a respeito desses produtos. A entrega de informações confiáveis e oportunas, juntamente com uma atuação alinhada às normas de compliance e legais, são necessárias para combater a falsificação7. 

Considerando que a OMS tem observado um aumento na procura por versões falsificadas de medicamentos, que podem fazer mal à saúde das pessoas, é fundamental a tomada de medidas preventivas, como a aquisição de medicamentos indicados pelos médicos e não por fontes desconhecidas ou não verificadas. Da mesma forma, é fundamental verificar sempre a embalagem e o prazo de validade, bem como seguir as instruções da prescrição8. 

“Embora mais pesquisas sejam urgentemente necessárias para determinar a proporção e o impacto da venda de produtos médicos abaixo do padrão ou falsificados, é preciso prestar muita atenção aos modelos modernos de compra, tais como as farmácias on-line, para garantir que eles estejam em conformidade com os controles regulatórios”, conclui Caroline. 



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Dia de Conscientização do Retinoblastoma: Tumor é mais comum em crianças até 5 anos e chega a 400 casos por ano no Bras

Especialista explica que o câncer é frequentemente detectado por sinais como leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece em fotos com flash


O retinoblastoma é um tumor ocular considerado raro, ainda que seja o mais comum do tipo entre crianças. O Ministério da Saúde estima que ele represente cerca de 4% dos cânceres infantis, tendo maior incidência até os 5 anos de idade ou em lactentes, chegando a uma média de 400 casos por ano no Brasil.

Esse câncer infantil ficou mais conhecido quando os jornalistas Tiago Laifert e Daiana Garbin descobriram em 2022 que sua filha, Lua, aos 8 meses, portava a doença e iniciaram uma grande campanha de informação.

O Dia Nacional da Conscientização do Retinoblastoma, celebrado na próxima quarta-feira (18), nos lembra da importância de conhecermos detalhes sobre a doença, seu diagnóstico e tratamento.

De acordo com o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), o retinoblastoma é frequentemente detectado por sinais como leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece em fotos com flash. "O reflexo branco é o sintoma mais notável do retinoblastoma", comenta. Ele ressalta que é crucial que pais e responsáveis fiquem atentos a esse sinal e busquem orientação médica imediatamente.

A doença pode ser hereditária ou surgir esporadicamente. "Cerca de 25% dos casos são bilaterais e sempre têm uma base genética", explica o médico. "Nos outros casos, onde o tumor afeta apenas um olho, 15% também têm uma origem hereditária, enquanto os restantes são esporádicos, muitas vezes com mutações que ocorrem somente na retina."

Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. "Utilizamos uma combinação de exames, como oftalmoscopia, ultrassonografia e ressonância magnética, para confirmar a presença do tumor e avaliar sua extensão. A oftalmoscopia é especialmente importante, pois permite visualizar diretamente as características do tumor na retina", detalha Henrique.

O tratamento do retinoblastoma depende do estágio e da gravidade da doença. "Para tumores iniciais ou menos avançados, preferimos tratamentos conservadores como fotocoagulação, crioterapia e radioterapia", afirma o médico. "Em casos mais avançados, onde o tumor compromete significativamente a visão, pode ser necessário realizar uma enucleação, que é a remoção do olho afetado."

Henrique também destaca a importância do Teste do Reflexo Vermelho, ou Teste do Olhinho, realizado logo após o nascimento. "Este exame simples é uma ferramenta vital para detectar problemas oculares precocemente. A detecção precoce permite iniciar o tratamento o mais rápido possível, o que é fundamental para aumentar as chances de cura”, ressalta.



Taxa de Cura

Com tratamento adequado, a taxa de cura do retinoblastoma é superior a 90%, especialmente quando a doença é identificada nos estágios iniciais. "A nossa meta é sempre preservar a visão do paciente, mas em casos avançados, o tratamento pode focar na remoção do tumor e, se necessário, do olho afetado", diz o oftalmologista.

O acompanhamento contínuo é crucial para a detecção de possíveis recidivas. "Mesmo após o tratamento, é importante monitorar regularmente a saúde ocular da criança. O acompanhamento rigoroso ajuda a garantir que qualquer sinal de recidiva seja detectado o mais cedo possível”, destaca Henrique.


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