Presença descontrolada da
substância no sangue nem sempre é causada pelo estilo de vida pouco saudável. Conheça
exames e tratamentos
As altas taxas de colesterol e triglicerídeos nem sempre são motivadas por fatores externos, como sedentarismo e alimentação rica em gordura e açúcares. Tais índices, no entanto, são um dos principais fatores para a ocorrência de doenças cardiovasculares. É o caso da hipercolesterolemia familiar, causa genética comum de doença coronariana prematura, especialmente de infarto do miocárdio, devido à exposição ao longo da vida a concentrações elevadas de colesterol, mais exatamente da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c).
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais, no contexto em que 40% da população brasileira possui colesterol elevado. “Na hipercolesterolemia familiar, mesmo com a mudança alimentar e de estilo de vida, não há melhora dos níveis de colesterol total e de LDL. Esta condição genética confere risco cardiovascular, aumenta o risco para diabetes, pancreatite e outros problemas”, explica a endocrinologista Claudia Schrieber, do Sabin Diagnóstico e Saúde.
A
médica esclarece que, principalmente quando há histórico familiar de eventos
cardiovasculares (infarto e derrame), a periodicidade do exame de sangue deve
ser anual. Antes de se confirmar quais fatores congênitos afetam as altas taxas
de LDL e colesterol total no sangue, a recomendação é mudar o estilo de vida.
“Deve se tentar a mudança alimentar, retirada de álcool e de medicações que
possam estar provocando a alteração, no período de um a três meses, para
averiguar a possibilidade de hipercolesterolemia familiar”, indica a médica do
Sabin.
Crianças
podem ter colesterol alto
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a primeira dosagem de colesterol em crianças deve ser feita entre os 9 e 11 anos de idade. No entanto, crianças com problemas de obesidade ou doenças cardíacas podem fazer o exame antes. O colesterol alto não costuma apresentar sintomas, sendo a forma mais efetiva de diagnosticá-lo por meio de exame de sangue em laboratório. Quanto mais cedo o problema for detectado, mais chances de se iniciar o tratamento.
Em todos os casos, independentemente da idade, a primeira opção é pela mudança na alimentação e a prática de exercícios físicos: restrições dietéticas específicas, redução do consumo de gordura saturada e de gordura trans, abstenção de álcool e realização de atividade física. O uso de estatina para reduzir as taxas é a opção seguinte para os casos em que a mudança de estilo de vida não gera resultados na redução de LDL e do colesterol total. “Nas formas graves e pouco responsivas às mudanças de estilo de vida e ao uso de fármacos convencionais, pode ser indicado o tratamento com terapia dupla (estatina com ezetimibe) ou ainda inibidores da PCSK9, anticorpos monoclonais que reduzem o colesterol do tipo LDL no sangue”, conclui a médica.
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