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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Não dominar IA pode ser desvantagem profissional

 Cerca de 62% dos entrevistados concordam que os profissionais que não aprenderem a utilizar IAs podem ficar em desvantagem

 

Uma pesquisa recente realizada pela Opinion Box revelou que a adoção da inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais comum em diversas áreas de atuação empresarial. Os dados indicam que os setores de tecnologia/TI, atendimento ao cliente, marketing, vendas e recursos humanos são os que mais têm se beneficiado dessa inovação tecnológica. 

Conforme o levantamento, 28% das empresas do setor de Tecnologia/TI estão na vanguarda da utilização de IA, seguidas pelo atendimento ao cliente com 24%, marketing com 21%, vendas com 19% e RH/Gestão de Pessoas com 15%. Esses números demonstram uma tendência clara de incorporação da IA para melhorar a eficiência.

 

 Um diferencial no mercado de trabalho

 

A pesquisa também revelou uma percepção crescente sobre a importância de se familiarizar com a inteligência artificial para manter a competitividade no mercado de trabalho. Cerca de 62% dos entrevistados concordam que os profissionais que não aprenderem a utilizar IAs podem ficar em desvantagem. 


O estudo mostrou ainda que cerca de 90% das pessoas já utilizam ou utilizaram algum tipo de inteligência artificial, sendo que 37% fazem uso diário dessa tecnologia. Isso evidencia que a IA não é mais uma novidade distante, mas uma realidade presente no dia a dia de muitos profissionais e consumidores.


 

Benefícios e desafios na Implementação da IA 

 

No setor de Tecnologia/TI, a IA facilita a automação de processos complexos e a criação de soluções inovadoras. No atendimento ao cliente, permite um serviço mais rápido e personalizado. 


Em marketing, ajuda a entender melhor o comportamento do consumidor e a criar campanhas mais eficazes. Nas vendas, a IA contribui para a otimização de processos e aumento de conversões. Já no RH, auxilia na seleção e gestão de talentos de forma mais eficiente.

 

Entretanto, a adoção da IA também traz desafios. A necessidade de infraestrutura tecnológica adequada, a capacitação de profissionais e a gestão dos riscos associados são pontos que precisam ser cuidadosamente planejados. 

 

As empresas devem estar preparadas para investir não apenas em tecnologia, mas também em treinamento de inteligência emocional e em estratégias que assegurem um uso ético e responsável da IA. “A inteligência artificial está revolucionando o ambiente empresarial. No entanto, o uso dessa tecnologia deve ser pautado pela responsabilidade e ética”, diz André.

 

Profissionais e empresas que se adaptarem a essa nova realidade tendem a se destacar, enquanto aqueles que resistirem a essa transformação poderão enfrentar desafios consideráveis. “A chave está em equilibrar a inovação com a prudência, garantindo que a IA seja uma força positiva”, finaliza André.

 

Cientistas pedem ações urgentes para enfrentamento da crise nutricional dos Yanomami

Em 2022, 52,2% dos indivíduos menores de 5 anos
estavam desnutridos, um número muito acima da média global, de 29,1%
 (
foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Em artigo publicado na Nature Medicine, grupo da Unicamp ressalta que as crianças dessa etnia estão enfrentando os déficits nutricionais mais graves entre as populações indígenas da América e alerta para as consequências de saúde no longo prazo

 

 Uma forte denúncia sobre as condições de saúde da população infantil Yanomami foi publicada na revista Nature Medicine por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O artigo, assinado por Thiago dos Reis AraujoAna Paula Davel e Everardo Magalhães Carneiro, revela que as crianças dessa etnia estão atualmente enfrentando os déficits nutricionais mais graves entre as populações indígenas da América; que aproximadamente 570 crianças morreram de fome nos últimos quatro anos; e que, em 2022, 52,2% das crianças menores de 5 anos estavam desnutridas, um número muito acima da média global, de 29,1%.

A Terra Yanomami é a maior reserva indígena do Brasil. Em 2019, seu território sofreu aumentos substanciais de mineração ilegal, incêndios e desmatamento, sem qualquer medida efetiva de controle por parte do então governo federal. O conjunto de problemas acumulados levou o atual governo a declarar uma crise de saúde pública na área. “A ministra do Ministério dos Assuntos Indígenas no Brasil, Sônia Guajajara, destacou que as ações para melhorar o estado nutricional da população Yanomami são uma necessidade imediata. No entanto, a desnutrição, particularmente durante a infância, pode resultar em consequências de saúde de longo prazo e aumentar o risco de doenças na idade adulta. Esse risco persiste mesmo após a reabilitação nutricional”, afirma Davel.

E Magalhães Carneiro explica: “Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, propuseram a hipótese do ‘fenótipo poupador’. Esta afirma que indivíduos expostos à desnutrição durante estágios críticos de desenvolvimento, como a vida intrauterina, a lactação e a primeira infância, são suscetíveis à formação e funcionamento prejudicados de vários órgãos, tornando-os mais vulneráveis a desenvolver doenças na idade adulta”.

Tal hipótese foi corroborada por dados da chamada “fome holandesa”, de 1944-1945. Nesse biênio, com os Países Baixos invadidos por tropas da Alemanha nazista, 4,5 milhões de pessoas sofreram de fome extrema. Os bebês nascidos durante o período ou pouco depois exibiram menor peso ao nascer e menor tamanho corporal. E, quando alcançaram a fase adulta, essas pessoas apresentaram propensão a vários problemas de saúde, resultantes de deficiências nutricionais, e maior taxa de mortalidade.

“A desnutrição infantil provoca várias modificações estruturais e funcionais, predispondo o futuro adulto a maiores prevalências de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e distúrbios cognitivos e de personalidade”, afirma Magalhães Carneiro. Essa informação é muito importante, porque existe a falsa ideia de que, uma vez identificado um quadro agudo de desnutrição, basta alimentar bem ou superalimentar as pessoas afetadas para que tudo volte ao normal. “Ao contrário, a reabilitação nutricional deve ser conduzida com muito cuidado, porque os organismos não estão preparados para metabolizar grandes quantidades de nutrientes”, prossegue o pesquisador.

Um agravante é que os danos causados pela desnutrição crônica podem ser transmitidos de uma geração a outra. Estudos realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Manaus e no Rio de Janeiro já mostraram que as crianças Yanomami têm alta prevalência de nanismo associada à redução do tamanho materno.

O artigo afirma que “ações estratégicas são urgentemente necessárias para antecipar e mitigar as consequências de longo prazo da desnutrição para a saúde da população Yanomami”. E conclama governos, universidades, institutos de pesquisa e agências de financiamento a unificar esforços nesse sentido, lembrando que “qualquer intervenção nutricional ou estratégia deve ser planejada e culturalmente adaptada, bem como estendida a áreas e municípios próximos às comunidades Yanomami”.

Além disso, ressalta que as estratégias relativas à saúde da população Yanomami não podem ser desvinculadas da proteção territorial; de uma forte gestão ambiental, com o controle da mineração e da exploração de recursos naturais; e de compensações socioambientais e políticas que protejam os direitos das terras indígenas.

Os três autores integram o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Magalhães Carneiro é um dos pesquisadores principais da instituição e também coordena um Projeto Temático financiado pela FAPESP.

O artigo Life-long health consequences of undernutrition in the Yanomami indigenous population in Brazil pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41591-024-02991-y.



José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/cientistas-pedem-acoes-urgentes-para-enfrentamento-da-crise-nutricional-dos-yanomami/51930


Roubo e furto de carros no estado de São Paulo caem 11% no primeiro trimestre de 2024

Saiba quais são os modelos e horários mais visados por criminosos

 

 

Nos primeiros três meses deste ano, o índice de roubo e furto de carros no estado de São Paulo caiu 11%, foram registrados 18.961 casos, comparados aos 21.354 do mesmo período de 2023. Esses dados são do levantamento da Ituran Brasil, autotech líder em monitoramento veicular, com base nos dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

 

O estudo também apontou que mesmo as cidades com mais ocorrências apresentaram queda em comparação com o trimestre anterior. A cidade de São Paulo lidera o ranking com um total de 8.858 casos primeiro trimestre de 2024, e mesmo assim apresenta uma redução de 3% em relação aos 9.158 casos no mesmo período do ano passado.  

 

“Os bairros da capital paulista com maiores casos estão concentrados na Zona Leste, uma região com alto índice. Entre os bairros mais afetados estão Tatuapé, Itaquera, Vila Matilde e Sapopemba. Um dado relevante é o aumento de 3% na proporção de furtos no trimestre, uma tendência crescente para os carros”, explica Fernando Correia, Gerente de operações da Ituran Brasil.

 

Em relação as outras cidades, Santo André apresenta uma queda de 21%, São Bernardo dos Campos com redução de 13% e Campinas de 4%. Entre as cidades analisadas, Guarulhos foi a única que apresentou um aumento nos casos, com uma alta de 14%, passando de 722 em 2023 para 825 em 2024.

 

“No entanto, quando analisamos a proporção de casos, a região metropolitana apresenta 73% a mais quando comparado com as demais regiões. Isso acontece porque são áreas com mais movimentação de motoristas, e consequentemente mais alvos para os criminosos. O período da manhã segue como o período com maiores ocorrências, enquanto o período da madrugada permanece sendo o de menor incidência de ocorrências”, ressalta Correia.

 

No Ranking dos veículos mais visados modelos Fiat Uno tem queda de 27% nos índices de casos, enquanto Volkswagen Gol redução de 17% e Chevrolet Onix menos 16%. “Os veículos mais antigos seguem sendo os mais visados em decorrência da maior necessidade de manutenção, aumentando a demanda de peças e tendo em vista que muitos consumidores recorrem também ao “mercado paralelo”, finaliza Correia.

 



Ituran Brasil



Aeroporto de Congonhas terá 33% de aumento nas vagas destinadas a carros de aplicativos


  • Vagas para carros de aplicativos passarão das atuais 39 para 52 com a redistribuição dos pontos de parada existentes no piso inferior
     
  • Zona de Embarque será dividida por setores, com letras e cores, para facilitar o encontro entre passageiros e motoristas e agilizar o fluxo de veículos de aplicativos e particulares
     
  • Bolsão para motoristas aguardarem uma nova chamada será inaugurado em julho

 

A Aena irá aumentar, a partir de julho, em 33% o número de vagas da nova Zona de Embarque de Aplicativos do Aeroporto de Congonhas. De acordo com o projeto da administradora do terminal, o total de pontos destinados ao embarque de passageiros em carros de aplicativos e particulares passará das atuais 39 para 52. As mudanças têm como objetivo melhorar o fluxo viário no terminal e aumentar o conforto dos usuários.

Esse aumento será possível com a redistribuição das vagas existentes no piso inferior. Haverá a redução das atuais sete vagas de ônibus para duas. Com isso, serão criadas 13 novas vagas para carros de aplicativos. As mudanças vão aumentar a fluidez e melhorar o trânsito para todos os passageiros que utilizam o Aeroporto de Congonhas.

Além do aumento de vagas, a Aena irá aprimorar a sinalização e orientação do meio-fio com o objetivo de facilitar o encontro entre motoristas e passageiros. Entre as ações previstas, estão a instalação de setores de embarques, com indicações por números e cores, para que os passageiros aguardem no local exato da parada de seus veículos, melhorando a organização do tráfego e reduzindo o tempo de espera. Com a maior agilidade, haverá uma redução no tempo de permanência dos veículos no local e aumento da capacidade de embarque de passageiros.

A Aena também irá reforçar as equipes para atuação no bolsão e áreas de embarque dos passageiros. Serão contratados 23 profissionais para orientação aos passageiros e motoristas na área de embarque. Uma primeira equipe já está em atuação, em caráter de treinamento.

Para melhorar o conforto dos passageiros durante o período de espera dos carros de aplicativos, a Aena irá criar um lounge na parte externa do terminal. O local contará com assentos e pontos de energia para carregamento de equipamentos eletrônicos. Durante a espera, os passageiros também podem se conectar gratuitamente à internet na rede wi-fi da Aena.


Bolsão para carros de aplicativos

Enquanto esperam por uma chamada, os motoristas de aplicativos poderão aguardar, a partir de julho, em um local adequado. O novo bolsão terá uma área total de 4.000 m² e capacidade para 145 vagas para veículos à espera de passageiros. Com o bolsão, os motoristas não precisarão mais circular pelas vias internas e externas do aeroporto enquanto aguardam uma nova chamada. Com a redução de recirculação de veículos no entorno do aeroporto, haverá uma melhora no trânsito local para todos os passageiros.

O novo bolsão de espera para motoristas de aplicativos ficará localizado na entrada do sítio aeroportuário, próximo ao atual bolsão destinado a táxis credenciados e ao estacionamento de uma locadora de veículos. Para os motoristas, o projeto prevê que as empresas de aplicativos organizem filas virtuais para uma melhor organização do fluxo de chamadas.


Táxis

Além disso, a intenção da Aena é que as vagas de táxi fiquem concentradas no piso superior. Dessa forma, das atuais oito posições para táxis do piso inferior, sete passariam a ser dedicadas a carros de aplicativos. Permaneceria no local uma vaga destinada a táxi adaptado para passageiros com necessidades especiais. Essa medida ainda depende de aprovação da Prefeitura de São Paulo. Caso aprovada, o total de vagas para carros de aplicativos no piso inferior subiria para 59.


Futura praça de integração

Para 2025, a Aena prevê uma segunda fase do projeto com a criação de uma praça para o embarque de passageiros em carros de aplicativos. Com cerca de 70 vagas de parada, o local ficará na cobertura do atual edifício garagem, com acesso facilitado logo após a saída do desembarque de voos. Para aumentar o conforto dos passageiros, serão criadas áreas comerciais e lounges de espera.

A entrada e a saída dos carros de aplicativos na praça serão feitas por dois novos viadutos de acesso, desviando esses veículos do tráfego das vias do aeroporto. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre deste ano.

Os estudos para os diversos projetos de melhoria do tráfego no Aeroporto de Congonhas estão sendo feitos em colaboração com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito. A Aena também está em constante contato com todos os atores envolvidos, como demais órgãos públicos, empresas de transporte por aplicativo e cooperativas de táxi.


Aumento dos Custos Médicos Pressiona Empresas e Impacta Folha de Pagamento

Estudo da Aon destaca que a demanda reprimida pós-pandemia e novas regulamentações impulsionam o aumento dos custos de saúde, pressionando o orçamento

 

A Aon plc (NYSE: AON), líder global em serviços profissionais, revelou recentemente os resultados da sua Pesquisa de Benefícios 2023, que destacou um aumento expressivo nos custos médicos e hospitalares, pressionando as finanças das empresas no Brasil. Entre 2020 e 2021, o benefício de assistência médica representava, na maioria das empresas, entre 5% e 10% do total da folha de pagamento. Em 2023, para quase 32% das organizações, os custos médicos representavam entre 5% e 10% da folha de pagamento, e para 25,8% das empresas, a representatividade da assistência médica estava entre 10% e 20%.


Conforme o Relatório das Tendências Globais dos Custos de Saúde para 2024, também da Aon, os custos médicos neste ano devem aumentar significativamente, mantendo um patamar elevado de 14,1%, similar aos 14,4% observados em 2023. Este aumento é influenciado por diversos fatores, incluindo a alta inflação, a crescente complexidade dos tratamentos médicos, e a inclusão de novas tecnologias e medicamentos​​​​. "Os custos médicos estão aumentando significativamente devido à demanda reprimida pós-pandemia e à inclusão de novas coberturas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), explica Leonardo Coelho, Vice Presidente de Health & Talent na Aon Brasil. 

Para mitigar esses impactos, a recomendação é de que as empresas adotem estratégias de gestão de saúde mais eficazes, investindo em programas de bem-estar e prevenção que podem ajudar a controlar os custos e melhorar a saúde geral dos colaboradores. "A administração eficaz dos custos médicos é crucial para a sustentabilidade das empresas", comenta Coelho. "Programas de prevenção e bem-estar não apenas reduzem os custos a longo prazo, mas melhoram a qualidade de vida dos colaboradores, resultando em um ambiente de trabalho mais produtivo e saudável."


Relatório de Tendências Globais de Custos Médicos 2024 da Aon


Os dados da Aon destacam que a gestão de saúde corporativa deve ser personalizada, promovendo o autocuidado individual. A implementação de estratégias baseadas em dados robustos pode ajudar as empresas a identificar tendências e implementar medidas preventivas de forma mais eficaz, reduzindo assim, os custos operacionais e melhorando os resultados para os colaboradores.

Além disso, o uso de modelos de contrato adequados ao perfil de cada empresa, seja pré-pagamento ou pós-pagamento, é essencial para uma gestão eficaz dos custos de saúde. No modelo de pós-pagamento, por exemplo, a empresa paga os custos dos eventos efetivamente ocorridos, absorvendo a oscilação do custo assistencial mensal, o que requer uma reserva técnica para enfrentar possíveis oscilações de risco​​.

Para acessar o estudo completo, acesse: www.aon.com/insights/reports/pesquisa-de-beneficios-aon-2023

 

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Médicos Sem Fronteiras detecta índice alarmante de infecção por hepatite C entre refugiados Rohingya em Bangladesh

De acordo com pesquisa feita pela organização, 20% das pessoas testadas nos campos de Cox's Bazar têm a infecção ativa 

 

Quase 20% dos refugiados Rohingya testados nos campos de Cox's Bazar, em Bangladesh, têm uma infecção ativa causada pela hepatite C. Esta é a descoberta de um estudo recente realizado por Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Epicentre, centro de epidemiologia e pesquisa médica da organização internacional. Este número alarmante destaca as consequências de décadas de assistência médica inadequada e condições de vida difíceis, caracterizadas por violência, discriminação e insegurança.

O estudo, realizado com 680 famílias em sete campos de refugiados entre maio e junho de 2023, ainda revela que pelo menos um em cada três adultos Rohingya foi exposto ao vírus e que quase um em cada cinco tem hepatite C crônica ativa. Desde outubro de 2020, MSF ofereceu cuidados médicos a mais de 8 mil pacientes, mas mesmo esse número de consultas não é suficiente para atender às necessidades.

Nos campos, as pessoas têm opções muito limitadas de diagnóstico e tratamento. MSF está pedindo um esforço humanitário conjunto para combater a doença entre essa população apátrida já privada de direitos básicos e fortemente dependente de ajuda para sobreviver.

“Nossas equipes têm que recusar pacientes todos os dias, porque a necessidade de cuidados excede a capacidade de atendimento da nossa organização. Quase não há outras alternativas disponíveis e acessíveis para esses pacientes fora de nossas clínicas nos campos. Este é um beco sem saída para uma população apátrida privada dos direitos mais básicos ", continua Sophie Baylac, chefe do projeto de MSF em Bangladesh.

Os refugiados não têm permissão legal para trabalhar ou deixar os campos. Para aqueles que MSF não pode tratar ou pagar por testes de diagnóstico e medicamentos caros, obter cuidados adequados fora dos campos não é uma possibilidade. “A maioria dos refugiados simplesmente não pode ser curada e recorre a métodos alternativos de tratamento, que não são eficazes”, diz Sophie Baylac.

“Acolhemos com satisfação o anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da Save The Children de que 900 pacientes com hepatite C serão tratados em dois centros de saúde nos campos. Este é um passo importante na direção certa. No entanto, uma campanha de prevenção em larga escala para ‘testar e tratar’ é necessária para limitar efetivamente a transmissão do vírus e evitar complicações hepáticas graves e mortes. Para isso, será necessário o envolvimento e a determinação daqueles que coordenam a resposta humanitária nos campos de Cox's Bazar. Cada geração de refugiados que vivem nos campos é afetada pela hepatite C. Eles correm o risco de complicações hepáticas graves – que não são tratáveis em ambientes de campo – e podem morrer por causa disso, apesar da existência de um tratamento muito eficaz, bem tolerado e amigável ao paciente (um comprimido por dia durante três meses) que pode ser barato.”

As diretrizes da OMS e os modelos simplificados de tratamento usados por MSF em contextos semelhantes provaram ser eficientes para ampliar o tratamento da hepatite C com resultados muito bons em cenários humanitários de poucos recursos.

Nos últimos dois anos, MSF também apoiou o Ministério da Saúde de Bangladesh na elaboração de diretrizes clínicas nacionais para o tratamento da hepatite C. MSF está pronta para continuar trabalhando com autoridades nacionais, organizações intergovernamentais e não governamentais para implementar atividades de prevenção e promoção da saúde em larga escala, bem como uma campanha em massa de testagem e tratamento em todos os campos de Cox's Bazar para limitar a transmissão do vírus e tratar o máximo de pacientes o mais rápido possível.


Nota aos editores:

Desde outubro de 2020, MSF oferece triagem, diagnóstico e tratamento gratuitos para identificar o vírus da hepatite C na população de refugiados em duas de nossas unidades de saúde nos campos (Clínica Jamtoli e Hospital on the Hill), em Cox's Bazar, Bangladesh. De outubro de 2020 a maio de 2024, mais de 12 mil indivíduos com suspeita de infecção ativa causada por hepatite C foram testados por MSF com a máquina de diagnóstico GeneXpert. Mais de 8 mil pacientes com infecção ativa confirmada receberam tratamento nas unidades da organização. Devido ao alto número de pacientes, logo após o início do programa, nossas equipes tiveram que limitar e estabelecer critérios de admissão baseados principalmente em pacientes com mais de 40 anos, pois nossa capacidade de absorver as necessidades de cuidados de pessoas com hepatite C atingiu rapidamente a sua capacidade. O programa de tratamento de MSF tem uma capacidade máxima de 150 a 200 novos pacientes por mês. Por meio de sua campanha "Time for $5", MSF vem pressionando a fabricante de testes médicos Cepheid e sua empresa controladora Danaher para reduzirem o preço do teste de carga viral de hepatite C GeneXpert usado para diagnosticar a doença. O teste é atualmente vendido para países de baixa e média renda por US$ 15 cada — isso é mais de três vezes o que a pesquisa encomendada por MSF mostrou que os testes poderiam custar. Após pressão da campanha, em setembro de 2023, a Danaher anunciou que reduziria o preço do teste padrão de tuberculose de US$ 10 para US$ 8 cada. No entanto, a Danaher continua cobrando pelo menos o dobro desse preço por testes para outras doenças, incluindo hepatite C. MSF está pedindo à Cepheid e à Danaher que reduzam o preço de todos os testes para US$ 5 para que mais pessoas possam acessar. O diagnóstico e tratamento salvam vidas, especialmente de pessoas vulneráveis, como os refugiados nos campos em Bangladesh.

Acesse a pesquisa de MSF na íntegra aqui.


Vestibular online: 5 dicas para melhorar seu desempenho

Saiba como eliminar os empecilhos e garantir uma experiência mais produtiva em provas à distância com as recomendações do Pravaler


Você já conhece o vestibular online? Há algum tempo, as universidades têm se adaptado às novas demandas do mercado, e o vestibular online foi um método de ingresso que chegou para ficar! Boa parte das instituições de ensino superior contam com essa alternativa de acesso e que, inclusive, pode te ajudar a dar início no curso de graduação dos seus sonhos. Primeiro, vamos entender um pouco mais sobre essa modalidade de acesso ao ensino superior? 

 

O vestibular online nada mais é do que uma prova tradicional de faculdade, só que com um toque de modernidade. Imagine poder fazer a avaliação de onde você quiser, sem precisar sair de casa? Mas, fique atento que as regras aplicadas em um vestibular presencial também valem para essa alternativa, como o tempo limite para responder todas as questões. A grande vantagem dessa forma de ingresso realizada à distância é que você não precisa se preocupar com o trânsito ou mesmo com atrasos, já que a prova é 100% virtual e você poderá realizá-la no conforto do seu lar, o que pode aumentar ainda mais a sua concentração para conseguir uma excelente nota, além da praticidade, é claro! 

 

Caso você ainda tenha dúvidas a respeito de como se preparar para um vestibular online, calma! O Pravaler separou cinco dicas essenciais para ter em mente antes de fazer a prova. Confira abaixo:

 

  • Tenha um bom equipamento

Sabemos que isso pode não ser tão barato, mas por outro lado é bastante necessário garantir um equipamento que o candidato consiga terminar a prova sem perrengues, além de ser imprescindível para os estudos prévios à realização. É importante pesquisar sobre requisitos técnicos mínimos, isso vai facilitar muito a vida de quem busca um computador para fazer a prova de forma simples e prática, sem problemas técnicos dificultando o processo.

 

  • Verifique seus arredores antes de iniciar a prova

Lembre-se de que é muito importante checar a conexão da internet e quaisquer outros detalhes que podem comprometer o seu desempenho durante o exame antes de começá-lo. Isso porque, uma vez iniciada, a prova não poderá ser pausada e você não poderá deixar a frente de sua webcam! Por isso, um local livre de distrações e tranquilo é ideal para a realização da prova. Dessa forma, separe uma cadeira confortável, um espaço e uma mesa com uma boa altura e com espaço suficiente para o seu material e claro: uma conexão à internet estável!

 

  • Atenção ao cansaço ocasionado por telas

O brilho das telas de computadores e dispositivos provocam cansaço nos olhos quando utilizados por longos períodos. O ideal, portanto, é que você  evite consumir conteúdo na internet nas horas antecedentes à prova, combatendo não apenas o cansaço dos olhos, mas também o mental.

 

  • Atente-se ao tempo de prova

Apesar de muitos vestibulares online oferecerem maior flexibilidade em relação a quando começar a avaliação, o tempo de duração se mantém fixo e equivalente à modalidade presencial. Portanto, fique atento aos prazos e horários estabelecidos pelo exame. Não é ideal relaxar mesmo com a prova sendo realizada em um horário confortável, ou seja, fique atento e prepare-se para a realização da mesma forma que faria caso fosse uma avaliação presencial.

 

  • Familiarize-se com o teste antes

Uma das maiores vantagens do vestibular online é a familiaridade com seus arredores, então porque não estender essa vantagem à própria prova? Tente fazer as avaliações anteriores e, se a universidade disponibilizar simulados no software do vestibular para teste prévio, faça-os como se fosse a prova pra valer! Assim, você poderá corrigir os problemas e evitar quaisquer erros que possam acontecer no dia do vestibular real.

 

Pravaler


Open Finance nos empréstimos: saiba como funciona e as vantagens de aderir ao sistema financeiro aberto

Controle sobre o compartilhamento de dados financeiros oferece transparência, segurança e condições mais favoráveis para quem busca essa modalidade de crédito

 

O Open Finance, ou sistema bancário aberto, está revolucionando o setor financeiro ao permitir o compartilhamento dos dados de clientes entre as instituições autorizadas pelo Banco Central, como bancos e fintechs. Este conceito também está oferecendo um acesso mais transparente aos produtos bancários, redefinindo a maneira como as pessoas lidam com os serviços que lhes são oferecidos — inclusive os empréstimos.

 

De acordo com a pesquisa "Endividamento", conduzida pelo Serasa em colaboração com o Instituto Opinion Box, uma estatística preocupante vem à luz: 44% das solicitações de serviços financeiros, incluindo empréstimos pessoais, são negadas aos cidadãos de baixa renda. Esses números refletem uma realidade desafiadora para muitos brasileiros, onde a obtenção de crédito se torna uma tarefa árdua. 

 

A falta de acesso ao crédito é ampliada pela percepção limitada de risco das instituições financeiras. Essas descobertas destacam a importância do Open Finance, que busca oferecer soluções mais inclusivas e acessíveis, proporcionando transparência e oportunidades equitativas no sistema financeiro.

 

Diferentemente do sistema tradicional, em que os dados estão fragmentados e muitas vezes isolados em uma instituição, o Open Finance permite que os consumidores tenham controle sobre seus próprios dados e decidam com quem desejam compartilhá-los. Assim, os bancos e fintechs têm acesso ao perfil desse usuário com base no seu histórico, e podem oferecer serviços mais adequados e até personalizados, combatendo a dificuldade apresentada pelos números.

 

“Ao aderir ao sistema aberto, os clientes podem autorizar o acesso às suas informações financeiras por várias instituições ao mesmo tempo, facilitando a comparação das melhores condições de empréstimos. Isso significa menos papelada, menos tempo gasto e uma experiência mais conveniente no geral, facilitando a avaliação e permitindo que o usuário tome uma decisão estratégica com muito mais clareza”, explica Rogério Cardozo, diretor-executivo da Simplic.

 

Por outro lado, o acesso a dados tão completos permite que uma instituição financeira vá além da recusa de um banco tradicional quando o cliente não se adequa aos padrões exigidos, oferecendo um serviço alternativo mais compatível com a situação do solicitante. 

 

“Ele possibilita uma análise mais precisa desse perfil, o que pode resultar em taxas de juros mais competitivas e condições de empréstimo mais favoráveis. Ao ter acesso a um panorama completo das finanças do cliente, as instituições são capazes de fazer uma avaliação mais precisa de sua capacidade de pagamento e oferecer soluções sob medida. O sistema aberto pode revelar que mesmo aquela pessoa que não atende os requisitos para obter um empréstimo tradicional tem potencial de se tornar um cliente”, continua Cardozo.

 

 

Abaixo, o especialista traz as principais vantagens de aderir ao sistema financeiro aberto:

 

Mais transparência

A escolha pelo compartilhamento dos dados financeiros está sob o controle dos próprios usuários; então, eles têm total visibilidade de com quem estão compartilhando suas informações. Esses dados compartilhados também permitem que as instituições tenham uma visão mais ampla e clara dos hábitos e do histórico financeiro dos clientes, resultando em uma análise de risco mais precisa. Para os clientes, isso se traduz em mais segurança no processo e melhores ofertas de crédito.


 

Mais eficiência

O compartilhamento de dados facilita o processo de solicitação de empréstimos, reduzindo a burocracia e o tempo necessário para obter aprovação.

 

O compartilhamento de dados facilita o processo de solicitação de empréstimos, reduzindo a burocracia e o tempo necessário para obter aprovação. Com menos documentos físicos para enviar e menos etapas para seguir, assim os clientes podem obter respostas mais rápidas das instituições financeiras.


 

Mais competitividade e personalização

Como diversas instituições têm acesso aos dados compartilhados, isso incentiva a competitividade entre elas. Com uma análise mais precisa do perfil do solicitante, as companhias podem prever riscos com muito mais precisão e entender as necessidades individuais e capacidades financeiras. 

 

Assim, o Open Finance viabiliza taxas de juros personalizadas — que podem ser mais baixas do que as oferecidas ao público geral —, com condições de empréstimo mais favoráveis. 

 

“Aqueles que optam por aderir ao sistema financeiro aberto estão colhendo os benefícios de uma abordagem mais moderna e conectada às necessidades de cada brasileiro, de forma exclusiva”, finaliza Cardozo.

 

 

Simplic

 

Sebrae oferece orientação aos microempreendedores individuais que não declararam faturamento em 2024

 

Segundo dados da Receita, cerca de 47% dos MEIs deixaram de enviar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) dentro do prazo


Mais de 7,2 milhões de microempreendedores individuais (MEI) de todo o país não entregaram a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) dentro do prazo, que terminou no dia 31 de maio – ou seja, quase metade dos MEI brasileiros, 47%, estão em falta com a Receita Federal. Agora, os contribuintes terão que pagar multa de, no mínimo, R$ 50 ou de 2% do total de faturamento por mês atrasado até o limite de 20%.

“A multa é emitida automaticamente assim que houver o envio da declaração. O sistema gera Notificação de Lançamento de MAED e o DARF é gerado para pagamento”, explica a analista de Políticas Públicas do Sebrae Giovana Tonello. “Além do valor a ser pago, o microempreendedor individual que não entregar a DASN ficará com pendência na Receita Federal, correndo o risco de ter seu CNPJ suspenso ou inativo, não conseguindo movimentar a empresa”, completa.

Proporcionalmente, os estados que mais entregaram as declarações foram Santa Catarina (62%), Minas Gerais (61%), Paraná (60%), Paraíba (57%) e Rio Grande do Norte, Goiás e Espírito Santo (todos com 55%). Já na lista dos estados que menos enviaram a DASN, cinco estão na região Norte – Amazonas (36%), Amapá (36%), Pará (41%), Acre (43%) e Roraima (44%) –, acompanhados pelo Rio de Janeiro (44%) e Maranhão (44%).

Devido às enchentes que causaram destruição no Rio Grande do Sul, desalojando milhares de pessoas e impactando a realidade das empresas gaúchas, a data para envio da DASN-SIMEI no estado foi prorrogada para 31 de julho. Mesmo assim, mais de meio milhão de contribuintes (52%) gaúchos já enviaram as informações para a Receita Federal.

A Central de Atendimento do Sebrae (0800 570 0800) e as mais de 3 mil Salas do Empreendedor espalhadas pelo país estão disponíveis para ajudar os donos dos pequenos negócios a preencherem as informações para que estejam em conformidade com a Receita Federal.


Saiba como fazer

Após acessar a página gov.br/mei e selecionar a aba “Já sou MEI”, escolha a opção “Declaração Anual de Faturamento” e clique em entregar a declaração. Na sequência, o CNPJ do MEI será solicitado. Depois, o empreendedor deve escolher o ano que deseja declarar e preencher os dados com as receitas obtidas.

Em seguida, ele será apresentado a um resumo dos valores dos impostos pagos naquele ano. Por último, é só clicar em transmitir. Nos casos de não movimentação ou não faturamento, os campos de Receitas Brutas, Vendas e/ou Serviços devem ser preenchidos com o valor de R$ 0,00 – indicando que, de fato, não houve rendimentos.


Fique atento!

O limite de faturamento anual do MEI em 2023 foi de R$ 81 mil. Caso tenha ultrapassado esse valor, o empreendedor deverá pagar tributos sobre o excedente. É necessário preencher o valor total da Receita Bruta obtida no ano anterior com a venda de mercadorias ou prestação de serviços e indicar se houve ou não o registro de empregado.

A média de faturamento do MEI é de R$ 6.750 ao mês e deve ser proporcional ao período entre o mês de abertura e o fim do ano. Por exemplo, se você formalizou a sua empresa em maio de 2023, o seu limite de faturamento até o final do ano a ser declarado é de R$ 54 mil.

 

Saiba mais

 

MEI Inapto

É quando há alguma irregularidade fiscal ou omissões de informações fiscais da empresa. A Receita Federal pode alterar a situação do CNPJ de Ativo para inapto, até que a regularização seja feita.

 

MEI suspenso

O CNPJ pode ser suspenso por diversas razões: a falta de atualização cadastral; atraso na entrega de declarações fiscais e débitos tributários; pendências junto à Receita Federal; decisões judiciais ou administrativas. Se a situação não for corrigida, a empresa fica impossibilitada de dar continuidade às suas operações.

 

Em ambas as situações, um dos prejuízos pode ser que a empresa não consiga emitir NF.



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