Controle sobre o compartilhamento de dados financeiros oferece
transparência, segurança e condições mais favoráveis para quem busca essa
modalidade de crédito
O Open Finance, ou sistema bancário aberto,
está revolucionando o setor financeiro ao permitir o compartilhamento dos dados
de clientes entre as instituições autorizadas pelo Banco Central, como bancos e
fintechs. Este conceito também está oferecendo um acesso mais transparente aos
produtos bancários, redefinindo a maneira como as pessoas lidam com os serviços
que lhes são oferecidos — inclusive os empréstimos.
De acordo com a pesquisa
"Endividamento", conduzida pelo Serasa em colaboração com o Instituto
Opinion Box, uma estatística preocupante vem à luz: 44% das solicitações de
serviços financeiros, incluindo empréstimos pessoais, são negadas aos cidadãos
de baixa renda. Esses números refletem uma realidade desafiadora para muitos
brasileiros, onde a obtenção de crédito se torna uma tarefa árdua.
A falta de acesso ao crédito é ampliada pela
percepção limitada de risco das instituições financeiras. Essas
descobertas destacam a importância do Open Finance, que busca oferecer soluções
mais inclusivas e acessíveis, proporcionando transparência e oportunidades
equitativas no sistema financeiro.
Diferentemente do sistema tradicional, em que
os dados estão fragmentados e muitas vezes isolados em uma instituição, o Open
Finance permite que os consumidores tenham controle sobre seus próprios dados e
decidam com quem desejam compartilhá-los. Assim, os bancos e fintechs têm
acesso ao perfil desse usuário com base no seu histórico, e podem oferecer
serviços mais adequados e até personalizados, combatendo a dificuldade
apresentada pelos números.
“Ao aderir ao sistema aberto, os clientes
podem autorizar o acesso às suas informações financeiras por várias
instituições ao mesmo tempo, facilitando a comparação das melhores condições de
empréstimos. Isso significa menos papelada, menos tempo gasto e uma experiência
mais conveniente no geral, facilitando a avaliação e permitindo que o usuário
tome uma decisão estratégica com muito mais clareza”, explica Rogério Cardozo,
diretor-executivo da Simplic.
Por outro lado, o acesso a dados tão
completos permite que uma instituição financeira vá além da recusa de um banco
tradicional quando o cliente não se adequa aos padrões exigidos, oferecendo um
serviço alternativo mais compatível com a situação do solicitante.
“Ele possibilita uma análise mais precisa
desse perfil, o que pode resultar em taxas de juros mais competitivas e
condições de empréstimo mais favoráveis. Ao ter acesso a um panorama completo
das finanças do cliente, as instituições são capazes de fazer uma avaliação
mais precisa de sua capacidade de pagamento e oferecer soluções sob medida. O
sistema aberto pode revelar que mesmo aquela pessoa que não atende os
requisitos para obter um empréstimo tradicional tem potencial de se tornar um
cliente”, continua Cardozo.
Abaixo, o especialista traz as principais
vantagens de aderir ao sistema financeiro aberto:
Mais
transparência
A escolha pelo compartilhamento dos dados
financeiros está sob o controle dos próprios usuários; então, eles têm total
visibilidade de com quem estão compartilhando suas informações. Esses dados
compartilhados também permitem que as instituições tenham uma visão mais ampla
e clara dos hábitos e do histórico financeiro dos clientes, resultando em uma
análise de risco mais precisa. Para os clientes, isso se traduz em mais
segurança no processo e melhores ofertas de crédito.
Mais
eficiência
O compartilhamento de dados facilita o
processo de solicitação de empréstimos, reduzindo a burocracia e o tempo
necessário para obter aprovação.
O compartilhamento de dados facilita o processo
de solicitação de empréstimos, reduzindo a burocracia e o tempo necessário para
obter aprovação. Com menos documentos físicos para enviar e menos etapas para
seguir, assim os clientes podem obter respostas mais rápidas das instituições
financeiras.
Mais
competitividade e personalização
Como diversas instituições têm acesso aos
dados compartilhados, isso incentiva a competitividade entre elas. Com uma
análise mais precisa do perfil do solicitante, as companhias podem prever
riscos com muito mais precisão e entender as necessidades individuais e
capacidades financeiras.
Assim, o Open Finance viabiliza taxas de
juros personalizadas — que podem ser mais baixas do que as oferecidas ao
público geral —, com condições de empréstimo mais favoráveis.
“Aqueles que optam por aderir ao sistema
financeiro aberto estão colhendo os benefícios de uma abordagem mais moderna e
conectada às necessidades de cada brasileiro, de forma exclusiva”, finaliza
Cardozo.
Simplic
Nenhum comentário:
Postar um comentário