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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Bioma mais devastado do País, Cerrado conta com lei de proteção aprovada pela Alesp há 15 anos

João Pedro Barreto - Fotos: Divulgação Governo SP e Arquivo Rede Cerrado


Norma foi pioneira para proteção do bioma no País e estabeleceu limites mais rígidos para sua exploração

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Há 15 anos, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou uma lei que protege o Cerrado paulista. Em vigor desde o dia 2 de junho de 2009, a norma foi responsável por estabelecer limites mais rígidos para a exploração e atua para preservação e recuperação do bioma.
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"A lei não proíbe a supressão do Cerrado, mas estabelece limites para a obtenção da licença ambiental. Foi exemplar e pioneira nossa proposta, indicando a liderança paulista nas questões ambientais do País", comenta Xico Graziano, secretário de Meio Ambiente do Estado à época e redator da primeira lei em âmbito estadual para a proteção do bioma.
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Entre outros pontos, a Lei 13.550/2009 proíbe a exploração do Cerrado se a área pretendida abrigar espécies da flora e da fauna silvestre ameaçadas de extinção, exercer função de proteção de mananciais e recarga de aquíferos, formar corredores entre vegetação em estágio avançado de regeneração ou estiver localizada em volta de unidade de conservação de proteção integral.
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O corte da vegetação nativa é permitido apenas em casos de obras de utilidade pública ou de interesse social, desde que seja compensada, ou recuperada, uma área equivalente a quatro vezes a que vier a ser ocupada. No caso da agricultura, só podem ser exploradas as áreas em estágio inicial de recuperação.
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"Percebemos que a Mata Atlântica estava controlada, mas o Cerrado recebia muita pressão do agro e de loteamentos, principalmente na região de Bauru. Com isso, resolvemos ter uma lei específica para defender os remanescentes do bioma no estado. O Governo defendeu o projeto como um interesse maior, realizando a negociação política, que foi relativamente fácil, já que a causa era boa para todos e foi defendida até pelos partidos de oposição", conta Graziano.


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Floresta invertida
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Talvez, quando falamos em Cerrado, você não pense em São Paulo, mas imagine grandes porções de terra nos estados do Centro-Oeste do Brasil. Isso, de certa forma, faz sentido, já que as maiores porções do Cerrado estão localizadas nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Bahia, Minas Gerais e Tocantins.
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Ao todo, o Cerrado cobre entre 20% e 25% do território nacional, com 2 milhões de quilômetros quadrados e está presente em cerca de dez diferentes estados brasileiros. Entre eles está o Estado de São Paulo, um dos que menos possuem vegetação do bioma, o que não reduz a importância do Cerrado Paulista.
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"A principal contribuição do Cerrado para a Humanidade é que ele é uma floresta invertida. O que a Mata Atlântica e os outros biomas crescem para cima, o Cerrado cresce para baixo, multiplicando suas raízes, quebrando as barreiras para alimentar os lençóis freáticos", afirma Lourdes Nascimento, coordenadora-geral da Rede Cerrado, entidade que atua na preservação do bioma há mais de três décadas.
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Por isso, o Cerrado é chamado de berço das águas brasileiras. Lá, estão nascentes de oito das doze bacias hidrográficas do País, como a bacia Amazônica, a do Paraná-Paraguai e a do São Francisco. Em São Paulo, o bioma é responsável por abastecer o aquífero Guarani, a maior reserva subterrânea de água doce da América do Sul e uma das maiores do mundo. Seu tipo de vegetação, com árvores baixas de troncos grossos e retorcidos e raízes profundas, transforma o Cerrado em uma espécie de esponja, que armazena a chuva e libera esse volume nos rios aos poucos, garantindo rios perenes.
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"Se o Cerrado deixar de existir hoje, a Amazônia também deixará, porque é o Cerrado que a abastece, assim como abastece a Mata Atlântica, os Pampas e a Caatinga. Por ele ser um bioma de árvores retorcidas e baixas, as pessoas acham que não é uma mata, mas abaixo do solo é que ela mostra a sua grandeza", explica Lourdes.
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A Ong WWF estima que cerca de 90% da população brasileira consome energia elétrica produzida a partir das águas que nascem no Cerrado. No âmbito da biodiversidade, o Cerrado possui grande importância para a fauna e flora do País, já que abriga mais de 11 mil espécies nativas e cerca de 4,4 mil endêmicas.


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Povos originários
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Para além do patrimônio biológico e ambiental, outra questão importante que envolve a proteção do Cerrado é resguardar o direito dos povos originários que permanecem no bioma e de viverem da forma que sempre viveram, com segurança e qualidade. "A gente fica falando das plantas, da preservação das matas, mas não podemos esquecer das pessoas que vivem nesse bioma e protegem essa vegetação. É uma via de mão dupla, porque eles protegem e são protegidos pelo bioma também", defende Lourdes.
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A Rede Cerrado levanta essa bandeira e busca atuar ao lado dessas comunidades para a preservação do bioma. Em seu site, a Ong traz os principais grupos originários que vivem no Cerrado, como os indígenas, representados por cerca de 80 etnias diferentes, os quilombolas, os ribeirinhos, as quebradeiras de coco, os apanhadores de flores, os vazanteiros, os geraizeiros, entre outros.
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"O pouco que a gente ainda tem de pé, é graças a esses povos. Essa é a nossa luta também, para que esses povos tenham o direito a seu território, que eles possam viver com sua cultura, com seu jeito de viver, seus cantos e suas rezas. É um direito dessa gente viver em paz e feliz, porque lá eles cultivam sua forma de vida", complementa a coordenadora da Rede.


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Devastação
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O Cerrado em São Paulo já chegou a ocupar 3,7 milhões de hectares no estado, o que correspondia a cerca de 14% do território paulista. Na época da aprovação da Lei, após muita devastação, o bioma ocupava apenas 211 mil hectares, 0,84% do estado.
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"Antes, o Cerrado para São Paulo não era um bioma. Era um lugar que qualquer um poderia chegar, se instalar e tirar aquelas árvores retorcidas dali. As pessoas não achavam que aquelas árvores pequenas tinham valor; devastavam sem nem prestar atenção. A partir do momento em que se começou a fazer o debate sobre a importância do Cerrado, e de que todos faziam parte desse bioma, começou a se trabalhar a lei", explica Lourdes, que disse ter ficado surpresa ao ver que São Paulo tinha saído na frente para criar uma legislação específica em defesa do bioma.
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"A gente achava que, em São Paulo, não se dava atenção para o Cerrado. Então, o estado está de parabéns pela lei, por conseguir estar controlando o desmatamento, por enxergar a biodiversidade e o ecossistema", finaliza Lourdes, que mora no município de Porteirinha, no Norte de Minas Gerais, em uma região de transição entre Cerrado e Caatinga.


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Futuro que preocupa
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Notícias recentes apontam que o Cerrado ultrapassou a Amazônia e se transformou no bioma mais devastado do Brasil. Segundo dados levantados pela rede MapBiomas, o desmatamento no Cerrado cresceu 67,7% e alcançou 1,1 milhão de hectares em 2023.
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O foco do problema está no Matopiba, região entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que é apontada como a nova fronteira agrícola do País e que sofre com o avanço do desmatamento. "O que falta nessa região é vontade política. Precisaria, além de uma lei como a de São Paulo, que ela se cumpra, porque se não for aplicada não adianta muita coisa", argumenta Lourdes Nascimento.
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Para ela, é necessário que se faça uma grande campanha de conscientização para as pessoas entenderem a necessidade de cuidar do meio ambiente. Tragédias como a do Rio Grande do Sul, pontua Lourdes, devem servir de exemplo para compreendermos o papel da natureza no combate a "catástrofes anunciadas".
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"Ninguém come o dinheiro. Se não preservar o nosso meio ambiente, nós não vamos ter nada para sobreviver", destaca a coordenadora-geral da Rede Cerrado. "Se o campo e a cidade se unirem, a ganância não vai resistir. A cidade precisa da produção do campo e o campo precisa da cidade, porque o campo não produz só para ele. Os impactos provocados no campo causam danos na cidade, principalmente para os mais pobres, que moram na periferia, em lugares que acontecem deslizamentos", completa ela.


quarta-feira, 5 de junho de 2024

Dia Mundial do Meio Ambiente: Alesp engajada nas ações em defesa do planeta

Fábio Gallacci - Fotos: Larissa Navarro e Rodrigo Romeo

Com uma legislação ampla sobre o tema e a atuação de Comissões e Frentes Parlamentares voltadas à preservação dos recursos naturais, Parlamento Paulista reforça seu compromisso com a sustentabilidade


O relógio do planeta correu e a hora de agir é agora. Antes tema ligado ao futuro, as mudanças climáticas já afetam diariamente milhões de pessoas ao redor do planeta e, no Brasil, não é diferente. Tragédias como a vista no Rio Grande do Sul exigem uma reflexão mais profunda e ações práticas. No Dia Mundial do Meio Ambiente - celebrado nesta quarta-feira (5) -, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo está presente no esforço conjunto em defesa da preservação dos recursos naturais e de um futuro mais saudável para a população.
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A data foi instituída em 1972, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de alertar sobre os problemas ambientais que já se apresentavam e a necessidade fundamental de preservação da natureza. No Parlamento Paulista, a existência da Comissão de Meio Ambiente e da, até então inédita, Frente Parlamentar de Combate às Mudanças Climáticas reforça o compromisso da Casa com a sustentabilidade.
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"O Dia Mundial do Meio Ambiente serve como um lembrete urgente da necessidade de protegermos nosso planeta. As mudanças climáticas já estão causando impactos devastadores em todo o mundo, e as cidades não são exceção", aponta a deputada Marina Helou (Rede), que coordena a Frente Parlamentar Ambientalista em Defesa das Águas e do Saneamento, outra ação prática mantida pela Alesp. "As enchentes no Rio Grande do Sul e os eventos extremos já vistos aqui no estado de São Paulo são apenas exemplos recentes da vulnerabilidade das nossas cidades a eventos climáticos extremos. É fundamental que adotemos medidas imediatas para adaptar nossas cidades a essa nova realidade e construir um futuro mais resiliente e sustentável", acrescenta a parlamentar.
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Ainda de acordo com ela, apesar de ser o principal estado do País em termos econômicos, São Paulo ainda carece de investimentos e de ações efetivas que garantam o acesso universal aos serviços de saneamento básico, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, além do manejo de águas pluviais urbanas.
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Aquecimento
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A Frente Parlamentar de Combate às Mudanças Climáticas, que tem em sua coordenadoria o deputado Guilherme Cortez (Psol), foi criada para incentivar o debate e a elaboração de políticas públicas de mitigação dos efeitos do aquecimento global e racismo ambiental em todas as regiões paulistas. Tragédias como a ocorrida em fevereiro de 2023 no Litoral Norte, mais precisamente no município de São Sebastião, onde fortes chuvas provocaram o desmoronamento de encostas - matando 65 pessoas -, são provas de que é preciso agir rápido.
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"Segundo o Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, temos essa década como decisiva para conseguir conter as emissões de gases poluentes na atmosfera, a tempo de impedir consequências irreversíveis e que ameacem a vida humana e as de todas as espécies no planeta", alerta Cortez. "O Estado de São Paulo precisa tomar a frente e dar exemplo para o Brasil", acrescenta o deputado.


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Reflorestamento
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Em fevereiro de 2023, o Parlamento Paulista realizou uma importante ação prática em defesa do Meio Ambiente: o reflorestamento do Parque Estadual do Rio do Peixe, uma área de 7,72 mil metros quadrados localizada entre os municípios de Dracena, Ouro Verde, Piquerobi e Presidente Venceslau, no Oeste paulista. Desde o ano passado, estão sendo plantadas ali 221 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, entre ipês amarelo e roxo, figueira, jatobá-da-mata, jacarandá-do-campo e farinha-seca. As mudas de hoje vão contribuir futuramente para o crescimento e fortalecimento da flora e fauna locais, e com a produção de água para abastecimento da região. Ao todo, serão restaurados 143 hectares de vegetação.


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Água
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Outra medida efetiva do Legislativo Paulista foi a diminuição do uso de água em sua sede: o Palácio 9 de Julho. Além de fazer bem ao planeta, também gera economia de dinheiro público. De 2022 até hoje, essa mudança de comportamento já resultou em uma redução anual de R$ 900 mil na conta e uma queda no consumo de 8.787 m³ de água para 4.172 m³ na Casa.
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Isso foi possível com medidas simples. Nos banheiros, por exemplo, as torneiras foram ajustadas para sair uma quantidade de água suficiente para enxaguar as mãos, assim como os vasos sanitários, que operam com uma vazão controlada. A água de chuva também é aproveitada para jardinagem e limpeza dos sanitários.
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A distribuição de copos plásticos reutilizáveis para todos os funcionários, em substituição aos descartáveis, fez diminuir o consumo desse material em 25%.


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Animais
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Defender o bem-estar de todos os demais seres vivos também faz parte da missão de garantir um futuro melhor para o planeta. A Frente Parlamentar de Proteção e Defesa dos Animais no Estado de São Paulo, por exemplo, que tem o deputado Rafael Saraiva (União) na coordenadoria, busca cumprir o trabalho de aprimoramento, avanço e fiscalização da legislação estadual sobre o tema.
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"Temos quatro pilares para desenvolver ações mais efetivas de saúde, respeito e posse responsável: a conscientização, fiscalização, castração e punição", detalha Saraiva. "É preciso lembrar que o Brasil está estagnado em relação aos direitos dos animais e São Paulo precisa estar na vanguarda disso. Para se ter uma ideia, o tráfico silvestre é o terceiro crime mais praticado no País atualmente. Precisamos nos mobilizar contra essa prática", reforça o parlamentar.


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Legislação
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No campo da legislação, os parlamentares aprovaram diversas normas, como a Lei 17.394/2021, que determina a inserção de sistema de coleta de água de chuva nos prédios públicos do Estado de São Paulo. Para mostrar que essa preocupação é algo que vem de longe, também é possível citar a Lei 7.663/1991, que trata da Política Estadual de Recursos Hídricos, algo fundamental para a garantia da vida no planeta.
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Já a Lei 11.878/2005 é outro exemplo de ação ambientalmente responsável da Alesp. Ela instituiu o "Selo Verde Oficial do Estado de São Paulo", outorgado a entidades, empresas, órgãos públicos e autarquias que desenvolvam ações de preservação e respeito ao Meio Ambiente.
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A Lei 17.459/2021 criou o "Agosto Cinza", voltado para a conscientização e combate aos incêndios e queimadas no Estado nesta época do ano, uma ameaça constante à fauna e flora paulistas.
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Seja no papel, com novas leis propostas e aprovadas ao longo das últimas décadas, ou nas constantes discussões no Parlamento que levam a ações cada vez mais eficazes em benefício da natureza em geral, a Alesp está atenta ao tema que não permite mais esperar. A hora é agora.


Dia do Meio Ambiente ressalta importância da preservação ambiental

Crédito: Canva


Dia 5 de Junho, celebra-se a Semana do Meio Ambiente, uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados em relação às mudanças climáticas e da necessidade da preservação ambiental para mitigar seus impactos


As mudanças climáticas têm sido amplamente reconhecidas como uma das maiores ameaças globais enfrentadas pela humanidade. A crescente frequência de eventos climáticos extremos, como furacões, secas e ondas de calor, é apenas um dos muitos sintomas evidentes dessas mudanças. O aumento das temperaturas globais, o derretimento das calotas polares e a acidificação dos oceanos são consequências alarmantes que exigem ação imediata. 

O professor Alexandre Groth, da Plataforma Professor Ferretto, ressalta a importância de abordar a necessidade de preservação ambiental de maneira integrada e colaborativa: "É fundamental que governos, empresas e sociedade civil atuem de forma coordenada para enfrentar esse desafio complexo. Precisamos adotar medidas tanto de mitigação, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, quanto de adaptação, preparando-nos para os impactos inevitáveis ​​das mudanças climáticas", avalia o docente. 

Para ele, eventos climáticos extremos, como o que ocasionou a situação caótica no Rio Grande do Sul, devem acontecer com cada vez com mais frequência e intensidade, inclusive no Brasil. Entre 26 de abril e 5 de maio, em Santa Maria (RS), precipitou 533 milímetros de chuva, onde a média mensal seria de 151mm. Em Porto Alegre, as chuvas atingiram 418 milímetros, onde a média mensal seria de 114mm. Tivemos recorde também na elevação dos rios como o rio Taquari, que ultrapassou mais de 30 metros. 

“As mudanças climáticas são fenômenos complexos que resultam da interação de vários fatores, incluindo atividades humanas e processos naturais. O aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, devido sobretudo à queima de combustíveis fósseis, ao desmatamento e às queimadas, é um dos principais impulsionadores do aquecimento global. Esse aumento da temperatura média do planeta está causando alterações nos padrões de precipitação e na ocorrência de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor intensas. É fundamental compreender e abordar esses padrões climáticos em evolução para mitigar seus impactos e promover a resiliência das comunidades afetadas”, diz.

A Semana do Meio Ambiente simboliza uma oportunidade para conscientizar e mobilizar a sociedade em torno dessas questões cruciais. “Por meio de campanhas educativas, eventos comunitários e iniciativas de sustentabilidade, podemos promover uma maior conscientização sobre a urgência das mudanças climáticas e inspirar ações concretas em prol de um futuro mais sustentável”, finaliza Groth.
 

Plataforma Professor Ferretto

 

Agricultura: São Paulo torna públicos dados de regularização ambiental

Em comemoração ao mês do Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura e Abastecimento desenvolveu painel dinâmico para monitoramento do Cadastro Ambiental Rural

 

Junho é considerado o Mês do Meio Ambiente em todo o mundo. Ele foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e se tornou essencial para o desenvolvimento sustentável.

Em comemoração à data, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, responsável pela regularização ambiental dos imóveis rurais no Estado, lança hoje o Painel da Regularização Ambiental, que impulsiona a agenda da descarbonização para o futuro da agricultura paulista, por meio da conservação de seu território.

Com este novo painel, SP dá mais um passo importante na implementação do Código Florestal Brasileiro no Estado de São Paulo, de forma a permitir que toda sociedade acompanhe, por meio de boletins mensais, os avanços da regularização ambiental dos imóveis rurais paulistas, em cada região e município do Estado de São Paulo.

O Painel da Regularização Ambiental não só cumpre a legislação de acesso à informação, mas presta contas à sociedade paulista sobre a implantação do Código Florestal no Estado de São Paulo e possibilita a qualquer segmento interessado o acompanhamento do compromisso da atual gestão de entregar, até 2026, a validação de 100 % dos cadastro inscritos no SICAR/SP e a plena regularização ambiental dos imóveis rurais do estado, instrumento fundamental para o alcance das metas de recuperação da vegetação nativa.

O painel está disponível no site do SICAR-SP: https://car.agricultura.sp.gov.br

Os Boletins mensais já disponibilizados no Painel da Regularização Ambiental contam com os principais indicadores do processo de regularização ambiental, e deverão, à medida que a SAA avance nas etapas de regularidade dos imóveis, ou mesmo que haja sugestões da sociedade, agregar novas informações. 

Essa é mais uma das frentes de atuação que o Estado de São Paulo desenvolveu para o avanço da regularização. Hoje, São Paulo está em posição destacada, frente aos demais estados brasileiros com um total de 425 mil cadastros ativos e 389 mil cadastros já processados no sistema estadual, sendo que 12% (39.649) já se encontram validados pela SAA.

 

Dia Mundial do Meio Ambiente: empresas e municípios paulistas acessam linhas de crédito da Desenvolve SP para investirem em boas práticas ambientais

 Agência paulista atua com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e financiou mais de R$ 64,5 milhões em projetos de sustentabilidade nos últimos 16 meses 

O crescimento sustentável local e regional das cidades paulistas é um dos objetivos da atuação da Desenvolve SP, a agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de São Paulo. 

A instituição financeira atua com foco também no atendimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Hoje, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída pela ONU em 1972. 

Nos 16 primeiros meses da atual gestão do governo do estado, de janeiro de 2023 a maio de 2024, foram liberados mais de R$ 64,5 milhões por meio das linhas Economia Verde, Municípios Sustentáveis, Água Limpa e Desenvolve Mulher Sustentável. 

No setor público, neste mesmo período, foram financiados projetos ligados à gestão de resíduos sólidos, tratamento de água e esgoto, além de energia limpa, que inclui, por exemplo, a compra de painéis fotovoltaicos para instalação de usinas solares. Já no setor privado, empresas de 21 cidades de 10 Regiões Administrativas tiveram crédito aprovado por meio das linhas Economia Verde e Desenvolve Mulher Sustentável. 

Nos 15 anos de existência da Desenvolve SP, financiamentos de projetos de estações de tratamento de água e esgoto apresentados pelas prefeituras paulistas já melhoraram a vida de mais de 1 milhão de pessoas. 

“A Desenvolve SP apoia projetos que promovam a redução de emissões de gases de efeito estufa, a geração de energias renováveis e a eficiência energética. Essas práticas deixaram de ser um luxo e se tornaram necessidade nos negócios. Ao buscar reduzir os impacto negativos no planeta, as empresas criam novos mercados e agregam valor aos seus produtos e à sua marca”, afirma Stefano Gatti, Superintendente de Sustentabilidade e Impacto da Desenvolve SP.

 

Dia Mundial do Meio Ambiente – O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído pela ONU há 52 anos. A data visa promover a conscientização e a ação global em prol da proteção ambiental. A denominação ocorreu durante o primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, sediada em Estocolmo, na Suécia.


Dia Mundial do Meio Ambiente: a importância do descarte correto de medicamentos



Roche Farma Brasil vê aumento de interesse da população pelo tema em plataforma de busca por postos de coleta em parceria com eCycle

 

Para aumentar a conscientização da população para o descarte correto de medicamentos, a Roche Farma Brasil, em parceria com o eCycle, disponibiliza no site uma ferramenta de busca que ajuda a população a identificar os postos de coleta de medicamentos para descarte mais próximos, de acordo com a localização fornecida.

 

A partir de dados colhidos na ferramenta, Roche constatou que a população está cada vez mais interessada no tema: o número de buscas por postos de coleta no site da farmacêutica saltou de 41.787 em 2022 para 79.120 em 2023, um aumento de mais de 90% na procura por locais para descarte. Dados preliminares da plataforma eCycle sugerem que em 2024 o número de buscas deve chegar a 85 mil. 

 

Farmácias e outros estabelecimentos também estão cada vez mais engajados na causa: o número de postos de coleta mapeados pelo eCycle e ativos no sistema cresceu 48% de 2022 para 2023 - atualmente, há 4.506 postos ativos na plataforma. No buscador do ambiente da eCycle, os medicamentos também são um item de destaque na pesquisa por informações sobre descarte e responde atualmente por 26% do interesse dos usuários, dentre mais de 120 itens (como vestuário, plástico, eletrodomésticos, entre outros).

 

O aumento de interesse, assim como a preocupação da população sobre o tema, é fundamental para mudar hábitos no Brasil: cerca de 14 mil toneladas de medicamentos perdem a validade todos os anos no país, de acordo com um relatório da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal. E uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, mostra que 70% dos entrevistados utilizam maneiras incorretas para a destinação final destes resíduos.

 

“A Roche acredita que a solução de geolocalização de postos de coleta eCycle é um passo fundamental para aumentar a conscientização sobre a importância de não descartar o medicamento no lixo comum ou no esgoto, evitando o risco à saúde e ao meio ambiente e contribuindo para a preservação dos recursos ambientais e para a construção de uma sociedade mais consciente”, afirma Rogerio Nakamura, SHE Officer da Roche Brasil.

 

 

Perguntas e respostas sobre descarte de medicamentos

 

Onde devem ser descartados medicamentos e frascos?

 

Farmácias fazem a coleta adequada dos medicamentos vencidos, frascos e materiais cortantes e pontiagudos, assim como algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e supermercados indicados na ferramenta de busca da Roche/eCycle. Caso não tenha um local próximo, a pessoa deve procurar a Vigilância Sanitária.

 

Onde devem ser descartadas bulas e caixas?

 

As caixas de papel e as bulas, geralmente, não têm contato direto com o medicamento, não são tóxicas ao meio ambiente e podem ser descartadas no lixo reciclável. Mas os medicamentos devem ser mantidos no blister ou frasco para descarte nos postos de coleta. Materiais cortantes devem ser guardados dentro de embalagens resistentes, como latas e plástico, para eliminar o risco de acidentes e só devem ser descartados nos postos de coleta.

 

E o blister (embalagem primária) usado? Posso encaminhar para a reciclagem?

 

As embalagens primárias, como blisters e recipientes plásticos ou de vidro, não devem ser considerados como material para a reciclagem. Isso ocorre porque não é possível assegurar que eles estejam totalmente descontaminados dos medicamentos utilizados. Desta forma, qualquer tipo de embalagem que entra em contato com os medicamentos deve ser destinado aos mesmos coletores de medicamentos. Por outro lado, caixas, bulas e outros materiais que são considerados secundários podem ser encaminhados para a reciclagem.

 

Quais os impactos ambientais e sociais de descartar medicamentos em lixo comum?

 

Os medicamentos têm substâncias que podem se tornar tóxicas após a sua decomposição. Quando jogados em locais inadequados, como lixo comum ou sistema de esgoto, os medicamentos contaminam a água e o solo, podendo afetar peixes e outros organismos vivos, além de pessoas que bebem dessa água e consomem ou se alimentam desses animais. O procedimento também coloca em risco pessoas que entram em contato direto com o resíduo, como garis e catadores.

 

Os medicamentos que ainda não estão vencidos, mas não serão usados, devem ser descartados?

 

Acumular muitos medicamentos em casa não é um bom hábito. Quando há sobras, o melhor a fazer é descartá-las nos postos de coleta, evitando guardá-las para uso posterior, principalmente no caso de líquidos cuja embalagem já foi violada. Isso porque, mesmo estando dentro do prazo de validade, o produto pode ter sido guardado de forma inadequada e não estar em boas condições para o consumo. Nunca tome medicamentos que mudaram de cor, textura ou cheiro.

 

 Quais os cuidados para armazenar medicamentos e não ter que descartá-los antes do prazo?

 

É preciso ter alguns cuidados na hora de armazenar medicamentos em casa. Os cuidados de conservação dependem de cada medicamento e estão descritos na bula e no cartucho. É preciso seguir essas recomendações para manter as características do medicamento. Além disso, é importante não guardar medicamentos vencidos junto com outros e nunca os deixar ao alcance de crianças.



Entenda como evitar e tratar as dores de garganta durante o inverno

As infecções podem ser virais ou bacterianas, mas seus sintomas podem ser muito semelhantes


Com a chegada dos dias mais frios, muitas pessoas se queixam de dores na garganta que podem ser muito incômodas. Mas quais são as causas dessas dores e o que fazer para evita-las? O médico otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ronaldo Américo responde algumas dessas dúvidas.

O especialista explica que as dores de garganta são processos inflamatórios ocasionados em aproximadamente 80% por infecções virais, porém a origem bacteriana deve ser sempre considerada. Ronaldo detalha que, por serem transmitidas através do ar, o período de inverno acaba favorecendo a disseminação dessas infecções. “Neste período do ano há maior circulação de vírus que ocasionam infecções do Trato Respiratório Superior. No inverno as pessoas buscam ambientes fechados e com menor circulação de ar, favorecendo a transmissão destes patógenos”, detalha ele.

Os sintomas de dor de garganta, de diferentes causas, podem ser bastante semelhantes. O médico afirma que a dor pode ser de intensidade variável e pode estar associado a outros sinais e sintomas como mialgia (inflamação que gera dor muscular), astenia (perda ou diminuição da força física), febre, obstrução nasal, coriza, otalgia (dor de ouvido) e irritação ocular. Segundo ele, a presença de pus nas amígdalas pode indicar uma infecção bacteriana, embora também possa estar presente em infecções virais.

“As faringites podem apresentar uma variabilidade muito grande na intensidade e duração de seus sintomas. A maior parte dos casos são autolimitados, de curta duração e apresentam resolução espontânea. No entanto, em alguns casos mais graves elas podem evoluir para dor intensa, náuseas e vômitos, queda do estado geral e desidratação, necessitando inclusive internação hospitalar para tratamento, entre estes dois espectros, porém, pode haver uma infinidade de outras possibilidades. ”, destaca Ronaldo Américo.

O especialista indica que parte dos casos de infecções virais pode evoluir de forma desfavorável para uma infecção bacteriana secundária, evoluindo com complicações como as sinusites agudas, tonsilites agudas (amigdalites e adenoidites), otites médias e agudas, laringites e traqueítes. 

Para todos os pacientes que apresentem este tipo de afecção as principais recomendações são: dietas mais leves, incremento na hidratação, repouso, além de evitar a ingestão de alimentos muito gelados durante este período. O consumo de chás quentes também pode contribuir para amenizar o desconforto. “Em relação aos medicamentos, o uso de anti-inflamatórios e analgésicos ajuda a diminuir a intensidade dos sintomas. Mas, caso o diagnóstico seja de uma provável infecção bacteriana, o uso de um antibiótico será requerido”, detalha.

Para além deles, alguns medicamentos específicos também podem contribuir com o tratamento das dores de garganta: os colutórios (para gargarejo), que diminuem o desconforto para engolir favorecendo a manutenção da alimentação e hidratação; os nutracêuticos, os lisados bacterianos e outros imunoestimulantes como a Timomodulina que são capazes de estimular o sistema imunológico e auxiliar na cura e/ou recorrência das infecções do Trato Respiratório Superior.

Ronaldo Américo recomenda que os usos de medicamentos sejam feitos sob supervisão médica. “A intensificação dos sintomas, como aumento exagerado da dor, febre alta, intensa dor no corpo, náuseas e vômitos persistentes, falta de apetite e dificuldade para engolir são sinais de alerta para uma evolução desfavorável destes quadros de dor de garganta. Procure atendimento médico”, finaliza.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


Câncer de pulmão: combinação de terapia-alvo e quimioterapia revoluciona o tratamento de casos avançados

 Apresentado no principal congresso global de oncologia, o estudo fase 3 LAURA mostra avanços no tratamento de tumores pulmonares de células não pequenas, o mais comum entre a população

 

O tipo de tumor que mais mata no mundo, o de pulmão, mereceu especial atenção da comunidade médica nas últimas décadas e, nesta edição da ASCO, principal congresso global de oncologia, estudos com avanços serão apresentados em diferentes painéis. Uma das pesquisas de maior impacto, apresentada nesta segunda-feira (03/06) durante a plenária, trouxe dados que acenam para novas frentes de adoção do osimertinib, uma medicação que atua no chamado receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), para casos de câncer de pulmão estadio 3. 

“Esses pacientes faziam habitualmente quimioterapia e radioterapia, mas agora temos no horizonte um estudo mostrando que para pacientes com mutação no gene EGFR, a terapia-alvo também melhora a eficácia do tratamento”, explica William Nassib William Jr., líder nacional da especialidade tumores torácicos da Oncoclínicas. 

Chamado de LAURA, a pesquisa fase 3 liderada por Suresh S. Ramalingam, da Emory University School of Medicine, de Atlanta (Eua), mostra resultados de sobrevida global encorajadores, trazendo perspectivas de grandes benefícios da combinação a longo prazo. 

“Os dados apresentados indicam uma descoberta revolucionária. O estudo revelou que o uso do inibidor da tirosina quinase EGFR, osimertinib, melhora significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (NSCLC) estágio III, irressecável, após quimiorradioterapia. Os resultados indicam que a medicação oferece uma taxa de sobrevida de 39,1 meses, em comparação com apenas 5,6 meses com placebo. Esses resultados oferecem esperança renovada para pacientes com mutações EGFR e consolidam o osimertinib como uma nova referência em terapias direcionadas”, explica o oncologista.
 

Avanço notável

O estudo envolveu 216 pacientes de 17 países, divididos aleatoriamente para receber osimertinib ou placebo. A maioria dos participantes eram mulheres e de origem asiática, com idades médias de 62 e 64 anos, respectivamente. 

“O osimertinib demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa e clinicamente relevante nas taxas de sobrevida livre de doença,” afirmou o autor principal da análise, destacando que o tratamento deve se tornar o novo padrão de cuidado para casos com mutação EGFR nesta fase. Suresh Ramalingam enfatizou ainda a importância dos testes de mutação EGFR no estágio III da doença para garantir os melhores resultados possíveis para todos os pacientes. 

“O benefício foi consistente em todos os subgrupos predefinidos, incluindo sexo, idade, histórico de tabagismo e estágio do câncer. Os resultados do LAURA redefinem o paradigma de tratamento, demonstrando que o osimertinib supera significativamente a imunoterapia para pacientes com mutação EGFR, estabelecendo um novo padrão de cuidado”, diz William William. 

Segundo o líder nacional da especialidade tumores torácicos da Oncoclínicas, esses achados marcam um avanço de grande impacto no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células avançado, uma condição que afeta de 20% a 30% dos 2 milhões de novos casos de câncer de pulmão diagnosticados anualmente ao redor do mundo. “Com aproximadamente 60% a 90% desses pacientes apresentando doença irressecável, a introdução do osimertinib pode melhorar as perspectivas de uma grande parcela de pacientes”, frisa.

 

Novos horizontes para tumores torácicos

William William cita ainda duas análises relevantes baseadas no uso de imunoterápicos e drogas alvo direcionadas que mereceram destaque na programação da ASCO 2024. “Uma avaliação relevante aborda uma imunoterapia que é dada para pacientes com câncer de pulmão de pequenas células, com doença limitada. Neste caso, já usávamos imunoterapia para doença extensa e agora teremos dados apresentados de que em casos potencialmente curáveis a imunoterapia pode ser uma opção viável”, diz o oncologista, que participou da sessão de resumo oral sobre o tema “Podemos aumentar o benefício da imunoterapia no câncer de pulmão de células não pequenas?”, parte da agenda de sessões orais do dia 31/05. 

Não menos importante, segundo ele, são os dados de uma pesquisa na linha de diagnóstico precoce, sobre tomografia de rastreamento baseado em histórico familiar. “Tradicionalmente, este exame é feito baseado no histórico de tabagismo dos pacientes, mas uma pesquisa feita em Taiwan sugere a possibilidade de avaliarmos um novo protocolo de indicação, baseado na história familiar, independentemente do tabagismo, ou seja, a recomendação de tomografia de screening para pacientes que têm parentes próximos com câncer de pulmão”, finaliza William William.



Oncoclínicas&Co.
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Cirurgia de escoliose: três tecnologias que melhoram a qualidade de vida do paciente

Operar a coluna costuma ser motivo de preocupação para muitas pessoas, principalmente, devido a medos relacionados a riscos que prejudiquem a mobilidade e tragam outras consequências ao corpo. Apesar de compreensível, é importante ressaltar que, hoje, existem recursos tecnológicos robustos que elevam a assertividade deste procedimento garantindo uma maior qualidade de vida ao paciente – os quais precisam ser melhor conhecidos para desmistificar estes receios aos que precisarem passar por esta cirurgia.

A escoliose é uma doença de coluna que afeta cerca de 2% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Seus casos cirúrgicos são indicados em pacientes cuja curvatura da coluna ultrapassa os 45 graus, uma vez que um possível tratamento com o colete para escoliose ou fisioterapia específica não melhoram sua progressão.

É claro que, assim como qualquer procedimento, esta cirurgia apresenta seus riscos, principalmente em termos neurológicos, de infecção e hemorragias. Por isso, além dos cuidados usuais que precisam ser seguidos no pós-operatório – incluindo treinos de mobilidade, andar e demais movimentos em prol do alinhamento da coluna – a incorporação dos avanços tecnológicos pelos profissionais do ramo também é algo que vem contribuindo cada vez mais para uma maior precisão e eficácia na cirurgia, assim como uma melhor recuperação ao paciente.

No Brasil, especificamente, algumas das grandes tendências tecnológicas que temos visto neste sentido é a introdução da navegação e robótica associadas a métodos de visualização 3D, como forma de possibilitar um melhor posicionamento dos implantes e, consequentemente, uma maior segurança na cirúrgica. Veja detalhes de cada um deles:

#1 Navegação: o uso desta técnica é algo extremamente importante para que o especialista tenha informações visuais mais precisas ao longo da cirurgia. Considerando que, no caso da escoliose, este procedimento é algo extremamente delicado e pode durar de duas a seis horas até sua finalização, a navegação auxiliará a proteger áreas anatômicas importantes da coluna como a medula, nervos e tecidos, elevando a precisão em tudo que for feito.

#2 Robótica: apesar se não ser algo relativamente novo, cada vez mais as instituições de saúde estão investindo na robótica em procedimentos diversificados em prol desta maior assertividade. Nas cirurgias de escoliose, esta tecnologia permite que os cirurgiões obtenham imagens mais precisas sobre o paciente e consigam planejar o posicionamento da instrumentação visando uma maior precisão – algo essencial por ser uma cirurgia que envolve os nervos e a medula espinhal. Com ela, o procedimento se torna menos invasivo e mais veloz, preservando os músculos, tendões e ligamentos.

#3 Visualização 3D: também já bastante incorporada, a visualização tridimensional (3D) e em tempo real oferece, além de uma imagem única da área operada, a demonstração exata do ângulo, profundidade e direção que o cirurgião está inserindo os parafusos, ganchos e hastes normalmente utilizados na correção da coluna. Na prática, ela melhora consideravelmente o desempenho destes especialistas, junto à uma melhor recuperação e maior qualidade de vida ao paciente.

Todas essas tecnologias já se mostraram fortemente benéficas para a melhora da função pulmonar, cardíaca, e do alinhamento da coluna, evitando compensações patológicas e, claro, aperfeiçoando a estética que, inevitavelmente, não fica de fora dentre as preocupações dos pacientes.

Atualmente, vemos uma intensificação dos treinamentos na introdução dessas técnicas, assim como um maior número de hospitais introduzindo tais métodos considerando essas vantagens proporcionadas – o que eleva as expectativas de aprofundamento nessas tecnologias e seus impactos positivos naqueles que apresentam tal curvatura.

No final, a maior divulgação e consciência sobre a existência da doença é essencial para que tenhamos um maior número de casos diagnosticados e, por consequência, a introdução do tratamento precoce, de forma que as cirurgias sejam direcionadas apenas aos pacientes que realmente precisam delas e que possam contar com o apoio de tecnologias robustas que assegurem sua saúde.

 

Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. Com mais de 19 anos de experiência na área, é um dos poucos profissionais do país a realizar intervenções de alta complexidade, principalmente na correção de escoliose.


Injúria Renal Aguda: causas, sintomas e diagnóstico

Nefrologista explica como prevenir e diagnosticar precocemente

 

A injúria renal aguda (IRA) é uma condição em que os rins perdem rapidamente a capacidade de realizar suas funções básicas, como eliminar resíduos e líquidos do corpo. Essa condição pode surgir subitamente e é diferente da doença renal crônica (DRC), que é uma perda progressiva e irreversível da função renal. 

A IRA pode ser causada por vários fatores, incluindo:

  • Choque circulatório: redução severa do fluxo sanguíneo para os rins;
  • Sepse: infecção generalizada que pode comprometer os órgãos;
  • Desidratação severa: falta de líquidos no corpo que afeta o funcionamento renal;
  • Obstrução renal: bloqueios que impedem a passagem da urina;
  • Insuficiência cardíaca: o coração não bombeia sangue adequadamente, afetando os rins.

“Além disso, certos medicamentos podem ser tóxicos para os rins, como anti-inflamatórios, antibióticos e alguns quimioterápicos”, explica Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal.
 

A condição pode apresentar sintomas como:

  • Diminuição da produção de urina;
  • Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés;
  • Sonolência e cansaço;
  • Perda de apetite, náuseas e vômitos.

No entanto, a IRA muitas vezes não apresenta sinais claros e pode ser diagnosticada durante uma internação por outros motivos. Para o diagnóstico é importante procurar um nefrologista se houver sintomas ou suspeita do acometimento do rim baseado no contexto do paciente. 

“É fundamental que o paciente realize exames simples como urina, sangue e dosagem de creatinina, que ajudam a rastrear a condição”, destaca Zawadzki.

 

Prevenção e Tratamento

A recuperação da IRA depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente e a presença de outras doenças. Em alguns casos, quando os rins não conseguem remover resíduos do corpo, a diálise pode ser necessária. Esse processo utiliza uma máquina para filtrar o sangue, substituindo temporariamente a função dos rins.
 

Dicas de Prevenção

  • Hidratação adequada: manter-se hidratado é crucial para o bom funcionamento dos rins;
  • Cuidado com medicamentos: sempre consulte um médico antes de usar medicamentos que possam afetar os rins;
  • Acompanhamento médico: realize check-ups regulares para monitorar a saúde renal.
     


DaVita Tratamento Renal
www.davita.com.br


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