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segunda-feira, 13 de maio de 2024

SAL é a solução para o bullying

Tênis para Todos Paraisópolis - Instituto CADES
Divulgação

 Segurança, Amor e Limite são os itens que compõem a cesta para conter a violência, seja com o agressor ou com a vítima 


Como forma de celebrar o Dia da Família, o Instituto CADES por meio de seu trabalho de Rede de Proteção Social implantado nas escolas que atua, promoveu uma palestra aos pais dos alunos da EMEF Dom Veremundo Toth em Paraisópolis sobre bullying e cyberbullying, seguida de atividades esportivas entre eles e seus filhos.

Com o tema “Estratégias para prevenção e combate do bullying” - ministrada pela Professora de Educação Física Ana Lucia H. M. C de Almeida que há 26 anos atua como professora de natação, é mãe de um filho com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e há cinco anos trabalha com AEE (Atendimento Educacional Especializado), tendo se tornado, assim, uma PAEE (Professora de Atendimento Educacional Especializado) – os presentes receberam a aula que partiu do princípio que o bullying pode começar desde a creche, mas ele vai se tornando mais aparente conforme a criança cresce.

Segundo ela, as violências podem ser de quatro tipos: psicológica, física, patrimonial e em ambiente virtual, o cyberbullying, mas, para identificar o fato, é preciso entender o real significado do termo, a partir do momento que são “ações repetitivas no sentido de humilhar, ofender com o uso de violência. Além disso, ele acontece entre pares, ou seja, entre crianças e jovens da mesma faixa etária”.


Ações e reações das vítimas e dos agressores 

Com 16 anos de existência, o Instituto CADES resolveu ir além de seu trabalho com atividades esportivas nas escolas públicas e, desde a pandemia, implantou a Rede de Proteção Social. Dentro deste contexto, com a atuação de psicólogas e apoio de outros órgãos, como UBS dentre outros, a saúde mental dos alunos passou a ser uma das prioridades. Sendo assim, formou-se uma rede multisetorial entre o CADES, as Escolas, os órgãos/serviços públicos e os atores sociais do território.

E, com o intuito de mostrar aos pais a importância de saber identificar ações e reações com seus filhos. “Quanto mais fortalecermos a relação escola-família, melhor, e, com a dinâmica da vida familiar hoje em dia, muitas vezes os pais não percebem o que está acontecendo”, explica a professora. “Vimos que o trabalho das aulas realizadas no Projeto Tênis para Todos podia ir além”, diz Joaquim Lima Calmon de Almeida, professor de Educação Física e Coordenador Responsável dos projetos do Instituto CADES. “Com isso, começamos a atuar em outras frentes, nos preocupando com a formação das crianças e jovens como um todo”, completa.

Sendo assim, conforme diz a professora, há alguns itens que precisam ser reparados no comportamento das crianças e jovens, se eles tiveram uma mudança repentina no humor, na alimentação, nos estudos. Já como forma de ajudar, ela aconselha a ficar atento aos sinais, não culpar a vítima, não agir de cabeça quente e buscar ajuda profissional. “Não é para recriminar, bater nem tampouco dizer para se defender ou questionar o motivo da pessoa estar permitindo ser vítima. Ela já está passando por ofensas, humilhações, a última coisa que ela precisa é ser julgada. Usar da violência, bater é uma regra inegociável, também”, diz.

Por outro lado, há, ainda, a criança que é a agressora e precisa de tantos cuidados quanto as que estão sofrendo o bullying. Às vezes identificar quem está realizando o bullying também não é fácil. Ela é aquela mais madona, que quer ser a dona da razão e que, para tal, se sobrepõe, ofende, humilha, realiza atos pejorativos com o outro. Neste caso, é preciso prestar atenção em alguns sinais como falta de empatia, atitudes egoístas, arrogância, valorização de relações baseadas em poder e dinheiro. “Muitas vezes são casos de serem muito protegidos ou de terem muita cobrança por resultados, ser ensinado desde pequeno a ser muito competitivo”.

Quando questionada sobre o bullying ser algo mais praticado por meninas ou meninos, foi respondido que com o empoderamento que as mulheres vêm tendo, as cobranças também aumentam, resultando em uma competitividade não-saudável, que pode gerar a agressividade, então, mediante este cenário, pode-se dizer que ele vem sendo praticado por todos os sexos de forma igualitária. 


Como solucionar? 

A professora Ana Lucia sugere algumas formas não só para solucionar, mas também para evitar que a criança se torne uma agressora, tais como: estimular e empatia, ensinar educação solidária, não tentar negar a realidade e buscar ajuda, dialogar para tentar entender o que está acontecendo, expor a reprovação sem recriminação, julgamento ou violência e buscar estratégias com a escola.

“SAL é a solução para o bullying. É preciso Segurança, Amor e Limite. No fim, todos precisam de ajuda, tanto os que sofrem o bullying quanto os que o praticam”, finaliza.

Como forma de um trabalho completo em todo âmbito socioeducativo, o CADES disponibiliza para a escola a psicóloga Audevânia, que fica duas vezes por semana na EMEF, e toda uma equipe que atua de forma total, auxiliando também em encaminhamentos para fonoaudiólogas, clínicas de tratamentos psicológicos e psiquiátricos.

Além disso, com as atividades físicas do Projeto Tênis Para Todos Paraisópolis que conta com o patrocínio do Banco Itaú e Cavan e que já está no sexto ano de existência pela Lei de Incentivo ao Esporte, eles aprendem a compartilhar, ganhar, perder e, principalmente, respeitar os colegas e adversários nos jogos. Tudo isso não fica só não quadra, mas passa a fazer parte do dia a dia, nas relações.

Mais informações podem ser conferidas em https://www.institutocades.org.br/rede-de-protecao-social 


APAS SHOW 2024

 


Presença feminina no setor de data centers é discreta, mas com grande perspectiva de evolução

Freepik
Diretora da área compartilha anseio para ampliar o segmento e práticas para aumentar as oportunidades para mulheres


Conforme pesquisa realizada pela Serasa Experian, a representação feminina no setor de tecnologia, no Brasil, é de apenas 0,07% - correspondendo a 69,8 mil profissionais. Quando falamos no segmento de data centers, no mundo, as mulheres representam 10% de sua força de trabalho, segundo a Global Data Centers Survey 2021.    ‌  

Diante de um cenário discrepante, majoritariamente masculino por sua natureza, mulheres encaram um desafio constante para expandir e conquistar espaços no mercado tecnológico brasileiro. Para Paula Barbaresco Fernandes, diretora da cadeia de suprimentos da MODULAR, empresa especializada no desenvolvimento e produção de Data Centers Modulares, o mercado sempre foi comandado por homens em sua maioria, mas está se abrindo para o feminino.    ‌  

“Eu vim do ramo de energia, hydro, eólica e solar, e hoje em tecnologia, data centers. Já vivi e presenciei muitas situações, onde a mulher tem que provar sua capacidade por diversas vezes, diferenças salariais com homens ocupando as mesmas posições, mas acredito que isso vem mudando ao longo dos anos e podemos encontrar muitas aberturas neste meio. A mulher vem para somar, em qualquer área que ela seja inserida, homens e mulheres juntos, perspectivas diferentes, abordagens distintas, só tendem a trazer benefícios às organizações, e no segmento de tecnologia não é diferente”, comenta Paula.    ‌  

À medida que a demanda por capacidade de data centers continua a crescer exponencialmente, a diversidade de talentos, incluindo uma representação equilibrada de mulheres, torna-se ainda mais crucial. Empresas visionárias estão reconhecendo este fato e adotando medidas para trabalhar isso em suas equipes.    ‌  

Segundo a diretora, programas de mentoria, redes profissionais específicas para mulheres, políticas de recrutamento inclusivas, iniciativas de conscientização e ações para desenvolver e reter talentos femininos dentro da empresa são caminhos importantes para traçar uma jornada de mais oportunidades e espaços para mulheres no mercado tech.    ‌  

De acordo com o Índice Global de Lacuna de Gênero de 2023, nenhum país alcançou ainda a paridade de gênero plena. No entanto, nove países, incluindo Islândia, Noruega, Finlândia, Nova Zelândia, Suécia, Alemanha, Nicarágua, Namíbia e Lituânia, fecharam pelo menos 80% da sua lacuna.   

“É um mercado em crescimento, relativamente novo, e eu vejo, sim, que tende a aumentar a presença feminina no setor de tecnologia. Aqui na Modular, por exemplo, tem um grande exemplo de COO mulher, temos engenheiras trabalhando no desenvolvimento de nossos projetos, mulheres no marketing, gestoras em compras, logística e produção, além de inúmeras montadoras. Então, internamente já ficamos muito felizes de ver essa representatividade em tantos espaços e assim enxergo para o setor como um todo também”, finaliza a diretora.


Energia solar nos telhados e pequenos terrenos atinge 29 gigawatts e mais de R$ 142,5 bilhões em investimentos no Brasil

 

Segundo a ABSOLAR, desde 2012, geração própria fotovoltaica gerou mais de 870 mil empregos verdes, com cerca de 3,7 milhões de unidades consumidoras atendidas no País

A geração própria solar acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil. Com isso, mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
 
Segundo mapeamento da entidade, o País possui mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram cerca de R$ 142,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 870 mil empregos verdes acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, contribuindo com uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 42,3 bilhões.
 
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios e em todos os estados brasileiros. A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no País.
 
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento exponencial da geração própria de energia solar é sinal claro da popularização da tecnologia no território nacional. “Analistas de mercado apontam que, apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores brasileiros de diferentes perfis”, comenta.
 
“Portanto, trata-se do melhor momento para se investir em sistemas solares em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, complementa.
 
Já o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição energética global. “A tecnologia fotovoltaica também fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros”, esclarece.
 
“Ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a geração própria solar reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, conclui Sauaia.
 
Diretrizes do governo reforçam benefício da geração própria
 
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou as diretrizes de cálculo dos custos e benefícios da geração distribuída, conforme constam na Resolução nº 2/2024. As determinações sinalizam à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criação de um mecanismo de tarifação justa, completa e transparente aos brasileiros.
  
Segundo a ABSOLAR, as diretrizes do CNPE atendem a uma determinação da Lei nº 14.300/2022, que estabelece que todos os benefícios da GD sejam corretamente identificados, calculados e incorporados no segmento, conforme defendido pela própria associação durante as negociações do marco legal da modalidade.
 
A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no País. Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída (GD), estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.
 
De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh (fonte: Aneel, 2023) no País.
 
O estudo também foi feito para apoiar a Aneel na construção dos cálculos da GD. Nos últimos meses, a ABSOLAR esteve reunida com a diretoria e com a equipe técnica do órgão regulador e apresentou os resultados deste trabalho.


domingo, 12 de maio de 2024

Mãe de peito ou leito: nutrir é um ato de amor e cuidado

 Labutin.Art | Shutterstock

No Dia das Mães, nutricionista explica como a nutrição pode ser uma forte aliada para a mãe e o bebê


A maternidade é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher, carregada de emoções e algumas complexidades, como a amamentação, que pode ser vista como um desafio para muitas delas. 

Muitas mães enfrentam um obstáculo durante o nascimento do bebê, do sonho de amamentar ao diagnóstico médico de que o aleitamento materno não poderá ser uma opção. A amamentação é vista como um ato de amor, de conexão entre mãe e filho, que começa a ser formado desde o momento da descoberta da gravidez. A mãe nutre o bebê durante toda a gestação e ao nascer a oferta de nutrientes via placentária é interrompida e a nutrição passa a ser feita através do leite materno, ao não conseguir amamentar, ela pode passar por um constrangimento e se sentir incapaz. 

O leite materno é rico em nutrientes essenciais e anticorpos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico do bebê e promover um crescimento saudável, porém, quando o bebê não pode usar a via digestiva, a nutrição parenteral é uma forte aliada. "A nutrição parenteral é uma alternativa segura, especializa e projetada para fornecer os nutrientes necessários para promover o crescimento, ganho de peso e desenvolvimento do bebê", informa Priscilla Barreto, nutricionista especialista em nutrição parenteral e enteral e Medical Science Liaison da Baxter. 

Existem dois tipos de nutrição, a enteral (NE), que precisa da via digestiva, e a parenteral (NP), inserida no bebê diretamente pela veia (via endovenosa). “Em casos de bebês prematuros ou de extremo peso, a nutrição parenteral muitas vezes se torna necessária e exerce um papel fundamental para garantia da saúde, como em recém-nascidos com condição clínica grave ou quando o intestino do bebê ainda não está preparado para absorver o volume grande de nutrientes. Existem alguns casos em que o prematuro possui menor capacidade de absorção do leite materno, e a NP pode ser feita para garantir o aporte ideal, enquanto o bebê é amamentado, evitando a subnutrição”, relata Priscilla.

Para Priscilla nutrir faz parte dos atos de cuidado e é importante que a mãe seja engajada pela equipe a participar durante todo este processo de alimentação artificial. “A mãe deve ser incluída, acolhida, ter a possibilidade de fazer parte da assistência ao bebê e a segurança de que, enquanto ela nutre de amor, a alimentação venosa está garantindo os nutrientes necessários ao seu bebê e que isto não impede o início do aleitamento materno assim que possível”, finaliza.


Presente de mãe é filho presente?

@ DesignUni

Sem entrar no mérito de minha idade, venho dizer que sou da época em que utensílios domésticos como ferro de passar roupas, fogão e máquina de lavar eram considerados lindos candidatos a presentes de dia das mães. Recordo perfeitamente das atividades escolares (imagine!) em que crianças como eu eram incentivadas a recortar imagens desses apetrechos de revistas velhas, para depois colar em uma folha em branco, compondo as sugestões daquilo que seria a dádiva desejada pela mamãe em sua data comemorativa. Para finalizar, acrescentavam-se frases clichês e desenhavam-se flores e corações. Quem viveu, lembra.

Passados alguns anos, superado (ufa) esse hábito temerário, observamos a publicidade - que geralmente reflete tão bem a sociedade - tentando escapar do apelo aos presentes do passado, passando a “celebrar as diferenças” e “desconstruir estereótipos acerca da maternidade”. Estaríamos prontos para isso? O oportuno olhar de Vera Iaconelli em “Manifesto antimaternalista” nos recorda que persiste uma armadilha ideológica que busca fazer crer que a mulher é a principal (quando não a única) responsável pela criação e educação da descendência, e, pior, que seu maior prazer da vida consiste nisso. Assim, de acordo com esse viés, o maior presente da mãe, que deveria completá-la e conduzi-la à plenitude, seria exatamente a existência do filho.

Em uma cultura que ainda exalta o sacrifício como condição necessária à maternidade (ao amor até), propaga-se que a boa mãe seria a que sofre na gravidez e no parto, que abdica de sua vida profissional e sexual pela doação aos filhos e que aceita alegremente cada uma destas contingências como consequências naturais da maternidade. Felizmente, existem cabeças pensantes que vêm reivindicar a maternidade enquanto um trabalho como outro qualquer, que deve ser livremente escolhido e está potencialmente cheio tanto de delícias quanto de dificuldades, sendo o sofrimento algo socialmente construído. Essa ótica traz alguma esperança para a proposta de “desconstrução dos estereótipos acerca da maternidade”.

Diante dos supostos progressos que levaram a sociedade a, em questão de alguns anos, deixar de considerar utensílios domésticos como presentes de dia das mães, fica o convite a refletir, na mesma esteira dos debates sobre o dia da mulher, que presentes as mães de hoje merecem receber em homenagem a “seu dia”.




Paula Dione - Psiquiatra na Holiste Psiquiatria


Mãe de primeira viagem? Saiba quais exercícios podem ajudar no seu pré e pós-parto


Especialista do CEJAM ressalta a importância de praticar exercícios físicos para um bom parto e recuperação

 

A chegada de um bebê é um momento de grande alegria na vida de uma mulher e traz consigo uma série de mudanças físicas e emocionais. Durante a gravidez e após o parto, é essencial cuidar da saúde e do bem-estar com alguns exercícios que desempenham um papel fundamental nesse processo, se realizados da maneira correta. 

De maneira geral, a maioria das grávidas podem e devem manter-se ativas durante esse período, sempre seguindo as recomendações médicas adequadas e com moderação. 

Segundo pesquisa conduzida no último ano em Israel pelo Rambam Health Care Campus de Haifa, do Centro Médico Shaare Zedek, o indicado é que mulheres grávidas mantenham uma rotina com cerca de 150 minutos de exercícios físicos por semana, distribuídos ao longo de três dias, ou seja, 50 minutos por dia. 

A prática regular de atividade física nesse momento da vida traz diversas vantagens, incluindo aumento e manutenção da força muscular, flexibilidade, equilíbrio, melhora da capacidade cardiorrespiratória e controle da respiração por meio de exercícios específicos. 

"Os exercícios estão associados a uma gestação favorável, reduzindo o risco de ganho de peso excessivo, prevenindo complicações como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, além de diminuir desconfortos relacionados a queixas como dor lombar, pélvica e incontinência urinária, independentemente do tipo de parto escolhido", afirma Anatália Basile, coordenadora-geral da Maternidade Segura do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

Entretanto, para mães que buscam especificamente o parto normal, é recomendada atividades como caminhadas, a fim de aumentar a flexibilidade e a cadência das contrações. Para obter bons resultados, sugere-se realizar a atividade 3 vezes por semana por cerca de 50 minutos, ou manter os exercícios que já realiza e que são aprovados pelo seu pré-natalista. 

"O agachamento também é frequentemente recomendado durante a gravidez para fortalecer os músculos utilizados durante o parto e auxiliar na mobilidade da pelve, se não for contraindicação, ele pode ser realizado apoiando as costas em uma parede e agachando, mantendo isometria por 10 segundos, cerca de 05 a 10 vezes ao dia." 

A famosa "borboleta" é bem-vinda, já que o movimento também fortalece e alonga os músculos da pelve, costas e coxas, auxiliando em bons resultados no parto. Isso ocorre porque ao melhorar o fluxo sanguíneo na parte inferior do corpo, esse exercício pode contribuir para uma gravidez mais confortável e um parto mais suave. 

Além disso, exercícios de mobilidade utilizando bola de pilates e a prática de exercícios respiratórios podem potencializar bons resultados na hora do nascimento do bebê, ao mesmo tempo em que ameniza dores na mãe. Da mesma forma, manter uma vida sexual ativa enquanto se está grávida é uma ótima ação, devido à estimulação hormonal produzida. 

"Além dessas atividades físicas, é importante preparar a mulher para o momento do parto a partir de outros pilares. Principalmente na reta final da gravidez, aspectos como sono e repouso adequados, alimentação balanceada, ingestão hídrica, assim como o acompanhamento do pré-natal, demandam atenção e orientações médicas", reforça.
 

E o pós-parto?

No pós-parto, a partir da sexta semana e após a liberação do obstetra, é possível retomar a rotina de atividades físicas, porém, em formatos mais leves. Durante esse período, recomenda-se a realização de caminhadas, ginástica hipopressiva, alongamentos e exercícios de postura.
 

A caminhada, novamente, contribui para a sensação de bem-estar e deve ser gradual, começando com voltas curtas no quarteirão e aumentando progressivamente a distância percorrida. 

“Os exercícios de Kegel também são indicados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, que sustentam a bexiga, intestino e útero. Eles podem ser realizados pelo menos três vezes ao dia nesse período pós-parto e, continuamente, para manutenção dos músculos do assoalho pélvico”, ressalta Anatália. 

Para fortalecer a coluna, abdômen e região lombar após o parto, podem ser realizados exercícios leves, como sentar-se em uma cadeira com as costas retas e os ombros relaxados. 

Além disso, recomenda-se a prática de elevação pélvica, levantamento lateral da perna e a técnica hipopressiva. Esta última consiste em uma sequência de exercícios de postura e alongamento projetados para diminuir a pressão dentro do abdômen, ao redor do períneo e no peito. “Ele é feito por meio de contrações musculares mantidas por um certo tempo, combinadas com respirações profundas e períodos em que se prende a respiração depois de expirar completamente o ar”, finaliza. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
Cejamoficia
site da instituição.


Dia das Mães: licença-maternidade ampliada estimula amamentação e vínculo materno

Iniciativa promove a equidade de gênero nas empresas, mas ainda é pouco adotada no Brasil

 

A chegada de um bebê é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher. É quando o apoio do núcleo familiar, dos amigos e no ambiente de trabalho se torna mais necessário à saúde psicológica, física e emocional de mãe e filho. Prevista na legislação brasileira, a licença-maternidade assegura às trabalhadoras o direito ao afastamento das atividades por 120 dias, sem prejuízo da remuneração. Por meio da adesão ao programa Empresa Cidadã, do Governo Federal, as companhias podem estender a licença por mais 60 dias e oferecer um período de 180 dias para que as empregadas possam lidar com a intensa rotina de cuidados com o recém-nascido.

Apesar da existência do programa desde 2008, as empresas que ampliaram a licença-maternidade ainda fazem parte de um grupo seleto no Brasil. De acordo com um levantamento da Receita Federal em 2023, pouco mais de 26 mil empresas fazem parte do Empresa Cidadã, que também prorroga por mais 15 dias a licença-paternidade para os empregados. O número é pouco expressivo, se comparado a um universo de mais de 20,8 milhões de empresas cadastradas no país.

A Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, aderiu ao programa para contribuir com o bem-estar e com uma maior participação de colaboradoras e colaboradores no desenvolvimento saudável de seus filhos recém-nascidos. Porém, no estado do Pará, onde está instalada a usina, apenas 540 empresas aderiram ao programa.

“Estamos comprometidos em adotar as melhores práticas de diversidade e inclusão e de valorização das mulheres, seja no seu desempenho profissional na empresa, como provedora da família, seja no seu papel de mãe. Além disso, o benefício da licença-maternidade estendida também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, com os quais estamos compromissados”, afirma Isabel Lela, superintendente de Gente e Gestão da Norte Energia.

 

Vantagens para mães e bebês

Tassia Estevão é mãe de ‘primeira viagem’ e está à espera da Valéria. A analista socioambiental destaca o quanto é importante ter seis meses de licença-maternidade. “Com a licença estendida, a gente tem a possibilidade de criar laços afetivos com o bebê, amamentando e aprendendo a lidar com essa nova realidade. Eu agradeço imensamente a Norte Energia por ser uma empresa cidadã, por possibilitar à mãe também ter uma boa recuperação física e mental podendo, assim, retornar às atividades com calma e tranquilidade”, enfatiza. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida.

Uma das vantagens da licença estendida é favorecer a adaptação da mãe e a transição mais suave para a nova rotina profissional e pessoal. “Ter a possibilidade de se recuperar e cuidar do seu bem mais precioso ali durante esse tempo, sem dúvidas, é reconfortante para a gente, como mãe, que precisa trabalhar fora também, e poder voltar com a cabeça mais tranquila, sabendo que você preparou ali, direitinho para deixar o seu bebê quando precisar retornar da atividade de trabalho. Sem dúvidas, é muito bom fazer parte da equipe e ver que a empresa tem essa sensibilidade de olhar para as mulheres”, detalha Jennifer Ferreira, analista socioambiental da Norte Energia, que está à espera da Sofia.

Naiana Ramos é mãe da Isabella, de 4 anos e está contando os dias para a chegada de Isac. A analista de segurança do trabalho relembra como foi a licença-maternidade da primeira gravidez. “Eu trabalhava em uma empresa em que a licença era de 4 meses. Na época estourou a pandemia e eu acabei ficando em casa por mais tempo, mas atuando em home office. Agora eu vou ficar os seis meses me dedicando 100% aos meus filhos e a minha recuperação”, comemora.

 

O Benefício

A ampliação do benefício também se aplica em casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, pelos seguintes períodos: 60 dias, quando se tratar de criança de até 1 (um) ano de idade; 30 dias, quando se tratar de criança a partir de 1 (um) até 4 (quatro) anos de idade completos; 15 (quinze) dias, quando se tratar de criança a partir de 4 (quatro) anos até completar 8 (oito) anos de idade. Além de licença-paternidade estendida de cinco para 20 dias.  


4 dicas de autocuidado para as mamães colocarem em prática e investirem em si mesmas

 Especialista sugere hábitos que podem ser adotados em casa e são capazes de elevar a autoestima, promovendo a saúde e o bem-estar


O Dia das Mães chegou, e não tem nada melhor para toda mãe do que ver os filhos felizes e bem cuidados. Só não deveríamos nos esquecer de que para cuidarmos do outro, é importante estarmos bem nós mesmas. Ter um tempo de qualidade para si, praticar o autocuidado, é um investimento que afeta de forma positiva a sua saúde física, mental e emocional.
 

Não à toa fala-se cada vez mais em “self care”, que é esse processo de cuidar de si mesmo, através de comportamentos e escolhas que promovam qualidade de vida e bem-estar. Cuidar de si não é um ato de egoísmo, mas sim um ato de amor para consigo mesma, que reverbera e se multiplica nos filhos, familiares e amigos próximos. 

Thainara Porto consultora clinica e comercial da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos, autocuidado é tudo o que uma pessoa faz para se sentir bem, desde descansar, se exercitar, ler um livro e dançar, até manter rotinas de cuidados específicos para o corpo. 

“O importante é que seja algo feito com carinho, de você para você. E manter uma rotina de self care pode ser mais simples do que muitas pessoas imaginam. Existem cuidados que podem ser adotados até mesmo em casa e que fazem bastante diferença para a autoestima e o bem-estar”, garante a especialista. 

Para ajudar quem busca construir esse hábito, Thainara sugere quatro rotinas de autocuidado para colocar em prática e investir em si mesma:

 

1. Alimentação saudável e exercício físico

Uma alimentação saudável, com inclusão de frutas, legumes e verduras, contribui para o bom funcionamento do organismo, melhora o rendimento físico, a memória e a concentração, além de fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças. Junto à alimentação saudável, é importante inserir exercícios físicos na rotina, ainda que seja uma simples caminhada, dança ou alguma modalidade de luta. Isso vai aumentar a flexibilidade e a força muscular além de melhorar a qualidade do sono.

 

2. Qualidade de sono

A quantidade de horas dormidas não traduz necessariamente em qualidade do sono. Ela é percebida quando, ao acordar no dia seguinte, tem-se a certeza de realmente ter descansado. Para isso, crie uma rotina saudável para dormir, com um ambiente em meia luz, música tranquila do seu gosto, além daquela roupa de cama macia e cheirosa. O uso de óleos essenciais é super bem vindo nesse momento para ajudar ainda mais a separar o ambiente de descanso do resto da casa. Tente também se afastar das telas luminosas, como celular, tablet, computador ou TV, ao menos meia hora antes de ir para a cama. É importante ainda ter travesseiro e colchão que atendam às suas necessidades, compatíveis com seu corpo.

 

3. Rotina de skincare e bodycare

Cuidados específicos para a pele também são parte do autocuidado. Pode-se começar pelo rosto. O primeiro passo do skincare é retirar toda a maquiagem e limpar qualquer resíduo de produto, poluição e outras impurezas que atingem a pele ao longo do dia. Esse acúmulo de sujidades atrapalha a regeneração da pele e impede a absorção dos produtos. Com o rosto limpo, esse é o momento ideal para uma hidratação facial, usando produtos de acordo com o seu tipo de pele, preferencialmente orientados por um profissional. 

Depois, é a vez do resto do corpo. O bodycare pode incluir cremes hidratantes, clareadores, autobronzeadores, esfoliação e outros produtos que atendam aos seus objetivos. Além dos benefícios para a saúde da pele, essa rotina, junto com o cheirinho dos produtos, traz uma sensação de conforto que influencia positivamente na autoestima e no bem-estar.

 

4. Home care após tratamentos estéticos

Os tratamentos estéticos profissionais sempre têm seus resultados potencializados e prolongados adotando-se um home care em casa. Os produtos certos complementam os tratamentos feitos em clínicas, como o peeling de diamantes e ultrassônico, que estimula a renovação das células da pele, e a vacuoterapia, que melhora a circulação sanguínea e linfática, controlando a celulite, reduzindo o acúmulo de gordura e tratando a flacidez. 

Os profissionais responsáveis por esses procedimentos indicam esses cuidados e o importante aqui é ter disciplina para realizar em casa o que foi sugerido, e assim aproveitar ao máximo os benefícios dos tratamentos.

 

Maternidade tardia pode trazer dilema do óvulo doado

 Gestação em idade madura precisa ser bem planejada


O desafio de ter filhos fora da idade reprodutiva, como por volta dos 40 anos, pode trazer algumas implicações psicológicas, principalmente quando o caso envolve a necessidade de utilizar óvulos doados. “As mulheres que não se planejam quanto à maternidade nessa faixa etária se deparam com um dilema. Por um lado, existe o desejo de ser mãe, mas por outro, o fato do filho não ter a mesma constituição genética, pode ser motivo de grande sofrimento”, diz a Dra. Helena Loureiro Montagnini, psicóloga do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva, especialista em atender casos como esses.  

A psicóloga ainda lembra que essas pacientes demonstram grande preocupação quanto às características da doadora uma vez que a semelhança física com os pais é um traço bastante valorizado culturalmente, como sinal de um pertencimento a um núcleo familiar. Outras preocupações frequentes referem-se à importância e necessidade dos pais  contarem ou não aos filhos sobre sua história, quando estes forem crescidos, e até mesmo se ele será amado da mesma maneira que seria , se fosse um filho biológico. “É comum verificarmos mulheres que se decidem pela doação de óvulos impulsivamente em um primeiro momento e no meio do tratamento começam a manifestar grande preocupação sobre a questão. Deve-se enfatizar o acompanhamento psicológico desde o começo quando o procedimento virar uma possibilidade a ser realizada”, alerta.

O que fazer?

Dra. Helena deixa claro que, apesar do sofrimento, o casal pode se preparar psicologicamente lidando com essas questões, de forma a levar a experiência com o que realmente é preciso: uma noção de família, que se sobreponha a continuidade do parentesco genético quebrado pela necessidade da ovodoação. Nesse processo é necessário renunciar ao desejo e possibilidade de ter um filho biológico e elaborar essa perda.

Para que a ovodoação não seja necessária, é importante considerar, se possível, a maternidade mais cedo. Muitas mulheres superestimam a capacidade reprodutiva sem evidências médicas de que ainda possuem óvulos viáveis para a concepção. “Algumas mulheres que têm que recorrer à ovodoação se sentem culpadas por terem priorizado aspectos profissionais sem dar a devida atenção ao que a falta de conhecimento das funções reprodutivas em idade tardia poderiam lhes trazer”, observa.

Quando decidem pela reprodução assistida, descobrem que a única solução é utilizar células de terceiros, o que evidencia a recomendação de muitos especialistas para que as mulheres em casos como esse congelem seus óvulos. Assim, quando chegar o momento, poderão utilizá-los e não terão que recorrer à doação.

O congelamento, recomendado para antes do 35 anos, preserva o óvulo jovem considerado de boa qualidade. “Quando bem planejada e acompanhada, a gravidez tardia tem aspectos positivos. A maturidade também traz maior segurança e paciência ao encarar as novas responsabilidades que virão com a criança”, explica a especilista. Segundo ela, uma gravidez nesse período da vida, também pode proporcionar mais conforto, consciência e qualidade de vida para a família inteira, já que a mulher nesse estágio teria maior disposição e tempo para se dedicar ao projeto da maternidade.



Grupo Huntington
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Maio roxo e Dia das Mães: relação e riscos da gestação em pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)

Inflamação crônica demonstra cenário preocupante: 66% das pacientes que engravidam com a doença ativa podem apresentar piora, e a situação pode ser grave. Médica especialista explica!


Estima-se que as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) afetem mais de 5 milhões de pessoas no mundo, e são representadas principalmente por dois tipos – Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. No entanto, para as mulheres, a relação entre a gravidez e as doenças inflamatórias intestinais é um tema complexo que requer cuidados especiais, pois pode apresentar desafios adicionais durante a gestação, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Nesta perspectiva, segundo a gastroenterologista da Imuno Brasil, Fernanda Nunes, as mulheres devem se atentar à importância do diagnóstico precoce, principalmente porque a apresentação das DIIs podem se confundir com doenças mais comuns, como as infecciosas que acometem o trato gastrointestinal.  Entre os sintomas mais frequentes estão diarreia, emagrecimento e dor abdominal, sobretudo quando têm duração superior a 3 meses.

A inflamação crônica presente demonstra um cenário preocupante: 66% das pacientes que engravidam com a doença ativa irão permanecer desta forma ou apresentarão piora durante o período gestacional. Por outro lado, cerca de 80% das mulheres que ficam grávidas com a doença em remissão mantêm-se assintomáticas.

Engravidar com a doença em atividade confere riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mulher, embora ela possa, na maioria das vezes, seguir a indicação obstétrica usual, as chances de conversão em parto cesariano são maiores, bem como de desenvolver tromboses. Já para o bebê os riscos são mais sérios, pois pode não sobreviver devido a um aborto ou morte fetal, ter maior taxa de internação em UTI, estar sujeito até quatro vezes mais à prematuridade e a nascer com baixo peso e comprimento.

A doutora também considera relevante ressaltar que as doenças inflamatórias intestinais, embora não estejam diretamente associadas à infertilidade, podem afetar a capacidade reprodutiva de maneiras indiretas devido a fatores como inflamação, cirurgias e uso de certos medicamentos. 

“Para uma gestação mais segura, idealmente a paciente deve estar livre de medicação corticosteróide por pelo menos 3 meses e com a doença em remissão, confirmada por exame clínico, endoscópico, laboratorial e de biomarcadores.  É importante também estar em boas condições nutricionais e realizar suplementações conforme orientação médica. Fazer um planejamento gestacional, realizar a rotina pré-natal e não interromper ou iniciar medicações sem orientação é essencial”. Pontua a doutora.

Apesar de não ser uma sentença, ou seja, não são todas as pacientes com essas enfermidades que apresentarão algum problema durante a gestação, no mês das Mães e de conscientização às DIIs é muito importante destacar que portadoras de doenças autoimunes devem manter uma comunicação aberta com seus médicos, seguir um plano de tratamento com um planejamento gestacional adequado a fim de evitar qualquer complicação potencialmente grave. 

A médica Fernanda Nunes aborda essas informações e outras mais abrangentes sobre as DIIs, tais como: distribuição da doença no Brasil e no mundo;  acesso e escolha da medicação e tratamento não farmacológico ou cirúrgico no e-book gratuito “Doenças Inflamatórias Intestinais”, que será lançado dia 19/05 no site da Imuno Brasil, grupo de saúde que atua efetivamente na área de doenças imunomediadas. 

O livro virtual é o sexto de uma coleção destinada a entregar conhecimento de forma segura, elaborado em parceria com a KPMO Cultura e Arte – editora especializada em publicações personalizadas há 10 anos. 


Dia das Mães: conheça o projeto Mãe Solo, em Uruaçu

Iniciativa que começou para apoiar mulheres que cuidam sozinhas dos lares hoje se estende a pais e até avós solo


O Dia das Mães é uma data especial para honrar e celebrar o amor incondicional. É um momento para expressar gratidão e apreço por tudo o que elas fazem, desde nutrir e cuidar de suas famílias até serem fontes de apoio emocional. Nessa data, a importância da caridade se destaca ainda mais, pois muitas mães enfrentam dificuldades financeiras e emocionais para sustentar suas famílias. E para elas nasceu em Uruaçu o Projeto Mãe Solo.

O projeto existe desde 2021 para apoiar as mulheres que cuidam sozinhas do lar: responsabilizando-se por tudo, desde o cuidado com os filhos até a geração de renda para sustento da família. No Centro Espírita Paz, Amor e Caridade (CEPAC), voluntárias se reuniram com o intuito de dar assistência às mães solo, disponibilizando um kit com cestas básicas reforçado com ovos e leite. Junto com a doação elas oferecem apoio emocional, com conversas que acontecem nas visitas mensais.

“Nas visitas compartilhamos com essas mulheres não só experiências, mas também oportunidades de nos ajudarmos mutuamente, enriquecendo nossas vidas com histórias de lutas e também de inspiração. Acolher essas mulheres-mães é uma oportunidade de nos olharmos de frente e nos colocarmos no lugar do outro. É um trabalho inspirador, em quem creio, quem mais recebe somos nós”, diz a presidente do CEPAC, Suzivane de Freitas Feitosa.

O projeto, até o momento, conta com 6 equipes de voluntários e está distribuindo mensalmente 25 kits. As famílias recebem ajuda até o momento em que se observa a melhora econômica, a partir deste momento procuram-se novas famílias para serem auxiliadas, continua Feitosa.

 

Mães, pais e avós solos

A triagem das famílias que recebem o auxílio do projeto é feita junto às escolas de Uruaçu, priorizando crianças cuidadas e sustentadas por mães solos. “Com o decorrer do projeto, passamos a assistir também pais, avós e avôs solo, pois o nosso principal objetivo é ajudar quem tem sob sua responsabilidade crianças e que, por razões diversas, não tem um ganho que permita ter autonomia para garantir o sustento da família”, explica a presidente do centro espírita.

 

Censo do cuidado

O número de mães solo cresceu 17,8% na última década. Uma pesquisa realizada pelo IBRE-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) mostrou que, até o final de 2022, havia mais de 11 milhões de mães solo no Brasil.

Quase 15% dos lares brasileiros são chefiados por mães solo. A maioria, 72,4%, vive só com os filhos e não conta com uma rede de apoio próxima. O estudo também apontou o aumento de 1,7 milhão de mães que criam seus filhos de forma independente no período de 2012 a 2022, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões.

 

Desafios urgentes

As mães solos enfrentam um conjunto único de desafios onde quer que estejam. No topo da lista está a questão financeira, mas não existe somente esse desafio, por isso toda e qualquer forma de apoio é importante, especialmente nesse mês que celebramos as mães de todo o mundo.

Portanto gestos como doar recursos, alimentos, roupas ou tempo voluntário, podem fazer diferença significativa na vida de mães que precisam de ajuda.


Acompanhamento psicológico perinatal ajuda mães e pais a lidarem com a ansiedade, depressão pós-parto, fadiga extrema e adaptação à parentalidade

 Danilo Suassuna, doutor em psicologia, destaca que um ambientes saudável é essencial para o pleno desenvolvimento do bebe


As emoções associadas a todas as etapas de concepção do bebê, da gravidez, parto e pós parto impactam muito a saúde mental da mulher (muitas vezes devido à mudanças hormonais, ajustes de vida e pressões familiares e sociais), do seu parceiro e da sua família.  E a psicologia perinatal é o campo da psicologia dedicado a esse acompanhamento, essencial para entender sobre como lidar com os desafios psicológicos que podem surgir durante a gravidez e após o nascimento da criança.

Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, os profissionais da área desempenham papel essencial em apoiar a saúde mental de mulheres grávidas, parceiros e famílias durante este período. “A intervenção e o suporte psicológicos nesse contexto visa também promover um ambiente saudável para o desenvolvimento do bebê e a adaptação familiar, ajudando ainda a lidar com ansiedade, depressão pós-parto, adaptação à parentalidade, trauma de parto, e a perda e luto perinatal”, explica Danilo. 

Além disso, o método pode desempenhar um papel fundamental no fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, durante o período de gravidez, parto e pós parto. “A este momento tão especial chamamos de vínculo, frequentemente chamado de apego, e é crucial para o desenvolvimento emocional e físico saudável da criança, visando seu bem-estar e desenvolvimento, pois uma rede de apoio (familiares, amigos e profissionais da saúde, por exemplo) será um diferencial para este processo, uma vez que ambos precisarão de forma contínua desse suporte”, complementa Suassuna.

Importante ressaltar que há sinais de alerta tanto durante a gravidez quanto após o nascimento do bebê, que demandam o acompanhamento profissional. “Ansiedade excessiva, mudanças de humor, isolamento social, pensamentos obsessivos, tristeza, distúrbios de sono, depressão ou ansiedade pós parto, sentimentos de tristeza e instabilidade nas primeiras semanas após nascimento do bebê e fadiga extrema compõe um cenário de alerta. Um tratamento adequado nesses casos pode  melhorar significativamente a saúde mental da família como um todo”, ressalta o doutor em psicologia.

Há pessoas que são fundamentais para apoiar a mãe durante o período de gravidez, como parceiro e seus familiares, que podem proporcionar suporte emocional (empatia, compreensão, compartilhamento de experiências), suporte prático (divisão de tarefas, participação ativa), suporte informativo (promoção de recursos profissionais e educação sobre gravidez), além de fortalecimento de vínculo (vínculo com bebê e suporte pós parto). “Eles desempenham papéis essenciais na promoção da saúde mental da gestante e no bem-estar geral do bebê, contribuindo significativamente para um ambiente mais positivo e saudável”, detalha.

A boa saúde mental da mãe não pode ser ignorada, pelo contrário, é importantíssimo que seja tratada com cuidado e zelo, principalmente se for percebido algum dos sintomas citados, visando assim a saúde da criança. “Vários estudos relevantes têm mostrado que o bem-estar emocional e psicológico maternal pode influenciar diretamente o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional do bebê”, finaliza Danilo Suassuna. 



Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.

Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site
instagram e canal no youtube.


Mês das Mães: 5 dicas para potencializar lideranças femininas nas organizações

De acordo com o GPTW 2024, mulheres são a maior força de atuação em prol da diversidade e inclusão


 

No atual panorama corporativo, a busca pela equidade de gênero é mais do que uma aspiração, mas uma necessidade urgente, já que dados indicam que as mulheres ocupam menos de 40% dos cargos de liderança no Brasil. Contudo, elas estão à frente quando se trata de impulsionar ações de Diversidade e Inclusão nas organizações, representando 69,8% do esforço, conforme apontado no relatório "Tendências de Gestão de Pessoas", divulgado pelo Great Place To Work, em 2024.

 

As vantagens da liderança feminina vão além das fronteiras corporativas, influenciando positivamente desde os resultados em práticas de ESG até a distribuição de renda no país. Pensando nisso, a Maternidade nas Empresas, consultoria especializada em equidade de gênero pela valorização da parentalidade e suas interseccionalidades no ambiente corporativo, lista cinco dicas de como potencializar lideranças femininas.


 

Envolver homens na pauta do cuidado


Reconhecer que a responsabilidade pela criação dos filhos e filhas não deve recair exclusivamente sobre a mulher é o primeiro passo e, para isso, é importante incentivar a igualdade de participação das figuras parentais e uma divisão equitativa de tarefas, para superar os estereótipos de gênero e abrir oportunidades de carreira para as mulheres. Isso pode incluir a implementação de políticas de licença parental igualitárias e programas de suporte à família que valorizem o equilíbrio entre trabalho e demanda pessoal.



Diversidade e letramento de liderança no processo seletivo


Priorizar a diversidade nos processos seletivos é outro ponto que visa garantir que o recrutamento e seleção sejam inclusivos, buscando ativamente candidatos qualificados e promovendo a representatividade feminina em todos os níveis da empresa. Além disso, o letramento da liderança é imprescindível para garantir que haja uma abordagem justa no momento da entrevista, de maneira que não sejam feitas perguntas discriminatórias e preconceituosas, que reforcem estereótipos de gênero.


 

Cultura organizacional focada na humanização


É importante cultivar uma cultura baseada em valores como empatia, colaboração e inclusão, que também são desenvolvidos e exercitados por meio da parentalidade, a fim de inspirar equipes e promover um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo. Nesse sentido, a segurança psicológica permite às pessoas dividirem suas necessidades e construírem caminhos que favoreçam o equilíbrio.


 

Investimento no desenvolvimento profissional


Estabelecer programas formais de mentoria é uma estratégia que funciona de forma efetiva. Líderes femininas podem orientar e serem orientadas por outras mulheres em ascensão na carreira, compartilhando experiências, conhecimentos e oferecendo suporte mútuo. Também é possível viabilizar oportunidades específicas de desenvolvimento profissional, como workshops, cursos e palestras focados em habilidades de liderança, negociação, comunicação e gestão de equipe, além de programas de mentoria voltados para o acolhimento no retorno da licença maternidade, que vão impactar no crescimento e empoderamento das profissionais.


 

Promoção da autenticidade e construção de redes de apoio


Incentivar as mulheres a serem autênticas e valorizar suas características individuais é um meio de criar ambientes onde elas se sintam confortáveis para expressar suas opiniões e ideias. Além disso, é importante fomentar a criação de espaços para gerar conexões reais, promovendo não só o networking, mas também a rede de apoio, que torna-se uma forma de empoderamento e consequentemente da permanência desse grupo nos cargos de liderança. Nesse sentido, investir no fortalecimento da presença feminina na alta gestão não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para impulsionar o crescimento e a inovação nas organizações. 

 

 

Maternidade nas Empresas



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