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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Diálise peritoneal x hemodiafiltração: quais são as principais características e as vantagens para o paciente renal

 Nefrologista explica quais as terapias podem ser utilizadas no tratamento da doença renal crônica além da hemodiálise convencional 

 

O diagnóstico de doença renal crônica (DRC) afeta profundamente a dinâmica e qualidade de vida dos pacientes, e tem várias causas e fatores de risco. A pessoa portadora da DRC perde de maneira definitiva a função renal e necessita de algum método substitutivo, entre as opções terapêuticas estão disponíveis:  a diálise peritoneal, hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF.  

Presente como alternativa terapêutica há um pouco mais de duas décadas, a hemodiafiltração é uma modalidade que combina duas formas de filtragem: a difusão e a convecção. A HDF utiliza um filtro (dialisador) através de uma máquina capaz de remover toxinas existentes no organismo em um volume maior do que a hemodiálise convencional.  

“Essa terapia se destaca por conseguir retirar substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea de maneira eficaz e em maior quantidade, proporcionando também conforto e menos complicações ao paciente”, destaca Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal. 

Em outro tratamento disponível, a diálise peritoneal, em que consiste a mesma finalidade da hemodiálise que todos nós conhecemos, ela se destaca por ser um processo que ao invés de ser realizado em uma clínica e com ajuda da equipe de enfermagem, a responsabilidade é atribuída ao paciente, familiar ou cuidador. Assim, ela pode ser realizada em casa, conferindo mais dinamismo e flexibilidade à rotina do paciente. 

“Nesta terapia, um cateter flexível é colocado no abdômen do paciente, pelo qual é realizada a infusão da solução de diálise peritoneal, necessária ao processo de filtração do sangue”, explica Zawadzki. “Esse líquido entra em contato com o peritônio – membrana que reveste os órgãos abdominais – e permanece nessa cavidade para que ocorra a troca entre a solução e o sangue, e assim acontece a drenagem, juntamente com as toxinas que estavam acumuladas”, complementa.  

Nesse procedimento, tanto a infusão quando a drenagem da solução peritoneal pode ser realizada manualmente, pelo paciente ou pessoa treinada para a função ou por uma máquina cicladora. Um período de treinamento antes do início da terapia é essencial para que a diálise peritoneal seja de maneira segura e eficaz. 

A terapia de diálise peritoneal possui suas vantagens e garante menos efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e cólicas, assim como menos restrições nutricionais. Ela também não utiliza agulhas e requer menos deslocamento a clínica de diálise. 

É válido ressaltar que todo o tratamento deve ser acompanhado por um médico nefrologista e com uma rotina de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal.  

O paciente deve conversar com seu nefrologista para tirar todas as dúvidas sobre essas terapias, e considerá-la como uma excelente opção de tratamento, principalmente para aqueles que aguardam por um transplante renal.

 

DaVita Tratamento Renal    

  

Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose: 6 mitos e verdades sobre a doença


No Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose, 7 de maio, a Comissão Nacional de Endometriose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) faz um alerta sobre a doença que afeta 1 em cada 10 brasileiras. O Dr. Ricardo Quintairos, ginecologista e presidente da Comissão, destaca que a endometriose é uma condição caracterizada pela presença do tecido que reveste o útero (endométrio) fora do seu local habitual: os implantes de tecido podem ser encontrados nos ovários, bexiga, intestino e até no sistema respiratório. 

A condição, que muitas vezes é silenciosa e também se confunde com outras doenças ginecológicas, causa uma série de dúvidas entre as mulheres. Por isso, o especialista esclarece mitos e verdades relacionados ao tema.

 

1. A endometriose não tem cura 

Verdade. A endometriose é uma condição crônica, ou seja, persistirá ao longo da vida da mulher. Embora comprometa o sistema reprodutor feminino, pode ser gerenciada por meio de diversos tratamentos. Portanto, é essencial que a mulher mantenha consultas regulares com o médico, relate todos os sintomas e siga as orientações recomendadas. Desta maneira, é possível alcançar uma melhor qualidade de vida e minimizar os desconfortos causados pela doença.

 

2. A prática de exercícios físicos pode contribuir para aliviar os sintomas da endometriose. 

Verdade. Incorporar exercícios físicos pode, de fato, complementar os tratamentos para aliviar os sintomas da endometriose. Isso ocorre porque as atividades físicas, especialmente as aeróbicas, promovem a liberação de endorfinas e ajudam a regular a produção excessiva de estrógeno, o hormônio associado à doença. Além disso, os exercícios também contribuem para fortalecer o sistema imunológico, o que é fundamental para prevenir complicações e melhorar o processo de recuperação.

 

3. Infertilidade é sinal de endometriose. 

Mito. É verdade que a infertilidade é um dos sinais mais comuns da endometriose. No entanto, isso não é uma regra absoluta. Algumas pessoas que sofrem com a doença não experimentam problemas de fertilidade. A gravidade dessa infertilidade pode variar dependendo da extensão e das características da doença endometriótica. É fundamental destacar que existem tratamentos e métodos eficazes disponíveis que possibilitam às pessoas com endometriose a chance de engravidar e ter filhos saudáveis.
 

4. A endometriose pode impactar diferentes órgãos do corpo.

Verdade. Embora a endometriose não seja uma condição que se propaga, pode impactar vários órgãos. Sendo mais comum na cavidade pélvica, pode se manifestar também em outros órgãos situados nas cavidades abdominal e torácica. É importante destacar que existem diferentes tipos de endometriose, classificados de acordo com a localização das lesões, bem como o grau de comprometimento dos órgãos afetados e sua profundidade.
 

5. A doença tem prevenção. 

Mito. Infelizmente, ainda não há formas conhecidas de prevenção primária da endometriose, pois sua causa ainda não é totalmente compreendida. No entanto, é possível adotar medidas de prevenção secundária. Uma abordagem eficaz de prevenção secundária é agir precocemente, especialmente em jovens que apresentam suspeita de desenvolver a condição. Uma estratégia fundamental é suprimir a menstruação, evitando assim a estimulação hormonal, que contribui para o crescimento das lesões endometrióticas. Ao inibir a menstruação, é possível reduzir a produção de estrogênio, o que pode retardar o avanço da doença. Embora não seja possível interromper completamente o seu desenvolvimento, essa abordagem pode proporcionar uma evolução mais lenta da endometriose, possibilitando uma vida reprodutiva mais saudável.
 

6. A mulher com endometriose engorda com mais facilidade. 

Mito. O ganho de peso é complexo e multifatorial. A ansiedade e o estresse decorrentes das dores e da redução da qualidade de vida podem contribuir para a falta de atividade física e uma dieta inadequada, o que, em pessoas predispostas, pode resultar em obesidade. O uso de medicações hormonais para o tratamento da endometriose pode contribuir, embora geralmente não seja significativo. A adoção de uma dieta anti-inflamatória e a prática regular de atividade física são pilares no tratamento da endometriose e, ao mesmo tempo, ajudam a combater o ganho de peso.


A importância da colonoscopia como prevenção do câncer colorretal

Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê cerca de 45 mil casos novos de câncer colorretal para cada ano do triênio 2023-2025

 

Mesmo antes dos sintomas e sinais aparecerem, o câncer colorretal pode ser diagnosticado com exame de colonoscopia. Semelhante à endoscopia, o procedimento capta imagens da porção final do intestino delgado, do intestino grosso (cólon) e do reto. Além de tumores, o procedimento pode detectar outras enfermidades, como doenças inflamatórias do intestino. 

No Brasil, estima-se que mais de 45 mil novos casos de câncer colorretal sejam registrados por ano, entre 2023 e 2025, equivalente a 21,10 casos por 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). [i] 

O exame é realizado sob sedação endovenosa, ou seja, permite que o paciente durma e não sinta nenhum desconforto durante o procedimento, que investigará possíveis lesões na superfície interna do intestino.[ii] 

O procedimento dura em torno de 40 minutos e o paciente só deve realizá-lo caso esteja acompanhado, pois o uso de sedativos causa sonolência e alteram atenção e equilíbrio. “É um exame muito importante para o diagnóstico precoce do câncer colorretal. Com a detecção do tumor em fases iniciais, aumentam as chances de sucesso do tratamento”, explica Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Brasil. 

Além de sinais sugestivos do câncer intestinal, o exame identifica doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que também podem apresentar como sintomas diarreias crônicas e sangramentos nas fezes.[iii] 

Entre os fatores que podem aumentar o risco de câncer colorretal estão obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, tabagismo e alcoolismo. É importante enfatizar que apresentar um fator de risco não significa que a doença se desenvolverá. 

Há também fatores de risco que não podem ser alterados, como a idade. O câncer colorretal é mais comum após os 50 anos e entre pessoas com histórico pessoal ou familiar de pólipos adenomatosos ou câncer colorretal, histórico pessoal de doença inflamatória intestinal, síndromes hereditárias e diabetes tipo 2[iv]

O câncer colorretal, quando descoberto precocemente, tem chances de cura entre 90% e 95%[v]. Para pessoas que não apresentam sintomas e não possuem histórico familiar, o recomendado é fazer o exame a partir dos 45 anos e repeti-lo conforme recomendação médica. 



Ferring
Link



[i] Câncer de cólon e reto. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Disponível em: Link

[ii] Tudo sobre colonoscopia. A.C.Camargo Cancer Center. Disponível em:

Link. Acesso em 14 de novembro de 2023.

[iii] Exame de colonoscopia: entenda o que é, para que serve e como é feito. Doctoralia. Disponível em:

Link. Acesso em 14 de novembro de 2023.

[iv] Fatores de risco para o Câncer Colorretal. Oncoguia. Disponível em:

Link


Acesso em 14 de novembro de 2023.

[v] COLONOSCOPIA: POR QUE FAZER ESSE EXAME? Hospital Badim – Blog Oficial. Disponível em:

Link

Maio Bordô: quando sua dor de cabeça muda de padrão e merece uma atenção do especialista

Neurologista da Rede Mater Dei de Saúde chama a atenção para campanha da Sociedade Brasileira de Cefaleia 2024 e cuidado com a automedicação

 

São mais de 200 tipos de dor de cabeça mapeados pela medicina, mas a maioria das pessoas não tem informações sobre como lidar com eles, e abusam da automedicação para se livrar deste mal que chega a acometer, ao longo da vida, 94% dos homens e 99% das mulheres, segundo pesquisa divulgada no Congresso 2023 da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC). Neste Maio Bordô, quando a SBC faz uma campanha de conscientização no Brasil sobre as cefaleias e sinais de alerta em que a população deve procurar ajuda médica, o mote é “Três é demais” – quando a ingestão de mais de três analgésicos em uma semana é considerada abusiva.

“Os médicos não recomendam a automedicação e o alerta é neste sentido: se tomou mais de três comprimidos na semana, é preciso acender seu alerta sobre algo no seu organismo que não está bem. Para se ter ideia do impacto das dores de cabeça na vida das pessoas, elas são o quarto motivo mais frequente de consulta em pronto-atendimentos hospitalares. As cefaleias impactam a rotina da pessoa, a memória, a atenção, a produtividade no trabalho e merece atenção especializada”, diz a médica Deborah Dayane Cordeiro Martins, neurologista do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde, unidade Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

Conscientizar as pessoas sobre quando a dor de cabeça é aquela já conhecida ou merece uma atenção maior é o objetivo do Maio Bordô. Segundo explica a médica, as mais de 200 cefaleias estão distribuídas em dois grandes grupos: a cefaleia primária, cuja origem é do nosso próprio sistema de dor; e a cefaleia secundária, ligada a outros fatores, como uma pancada na cabeça, sangramento, tumor ou  acidente vascular cerebral (AVC).


Cefaleias primárias - Conforme Deborah Martins, no grupo de cefaleia primária, onde estão as enxaquecas e as cefaleias tensionais, a pessoa já conhece a dor. Ela geralmente é semelhante durante os episódios. “Nesses casos, a dor pode surgir após gatilhos, como tensão, estresse, preocupação, excesso de trabalho, falta de ingestão de água. A cefaleia tensional pode durar até uma semana, todos os dias, mas sua dor é mais constante”, diz.


Enxaquecas - Aqueles que sofrem de enxaqueca geralmente têm uma predisposição genética para a condição. As dores podem ser mais intensas do que as associadas à cefaleia tensional, caracterizando-se por uma sensação pulsante na região frontal, ao redor dos olhos e nas têmporas.“Barulho e movimentos como caminhara e subir escadas incomodam. Há pessoas com enxaqueca que têm vômito, não toleram movimentos do carro e têm fobia à luz forte. Lembro que as dores de cabeça primária também podem aparecer após a ingestão de alimentos proalgésicos, que alteram o sistema de inflamação do corpo, causando dor: geralmente são doces, café, refrigerantes, alimentos ultraprocessados e chás com cafeína. A cafeína pode atuar como neutralizadora da dor, em alguns casos, mas a gente sempre abusa de cafezinhos ao longo do dia, o que em alguns pacientes pode piorar o quadro”, esclarece a neurologista.

A enxaqueca geralmente tem duração de 4h a 72h, depende de cada pessoa. Muitos pacientes precisam parar de fazer tudo, ir para um quarto escuro até a dor passar. “A diferença da enxaqueca para a cefaleia tensional é que ela tem bases orgânicas complexas, pois mexe com várias estruturas cerebrais. Uma crise pode ser desencadeada pelos gatilhos mais gerais e também por cheiros fortes, como perfumes, ficar muito tempo no sol, enfim, ela é multifatorial”, acrescenta Deborah.


Quando a dor muda do padrão - O alerta dos neurologistas para dores de cabeça é quando o padrão da dor mudar. De acordo com a médica, esses episódios podem indicar a cefaleia secundária, que pode ser sinal de algo mais grave, como um aneurisma, tumor ou AVC. Segundo ela, nem toda dor de cabeça é tensional, nem toda dor é enxaqueca.

“Quando sua dor de cabeça mudar de padrão do que você está habituado, o ideal é procurar um médico, que fará a avaliação clínica e pode solicitar exames de imagem. Essa mudança de padrão é quando a pessoa tem a sensação de pior dor da vida, tem um episódio de dor que a acorda no meio da noite e ela percebe que mudou da dor que conhecia. Todo mundo que tem dor de cabeça frequente, mesmo a dor já conhecida, deve procurar um especialista para esclarecer a origem dessa dor e adotar hábitos para evitá-la”, esclarece Deborah.

Na maioria das vezes, as cefaleias são tratadas por neurologistas, que podem acionar especialistas de áreas multidisciplinares, como a medicina do sono e a cardiologia, pois uma dor de cabeça pode ser reflexo de uma pressão arterial descontrolada, por exemplo. “Na Rede Mater Dei de Saúde temos equipes preparadas para esses diagnósticos e tratamentos, que não são apenas medicamentosos, mas que devem passar pelo cuidado com o sono, a alimentação, atividade física, ingestão de líquidos. Além disso, indicamos tratamentos adjuvantes, como acupuntura, alongamento, psicoterapia, mindfulness para melhorar o quadro geral do(a) paciente”, complementa a neurologista.

 

Rede Mater Dei de Saúde 


Santo Antônio do Pinhal recebe Projeto 'Mulheres de Peito', com exames gratuitos de mamografia

FIDI


Projeto, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, permanece na cidade até 18 de maio

 


A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, chega na cidade de Santo Antônio do Pinhal, e permanece entre os dias 07 e 18 de maio, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. 

Localizada na Avenida Ministro Nelson Hungria s/n, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 50 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1)  Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).  

 

Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas. 

 

Programa Mulheres de Peito em Santo Antônio do Pinhal 

Período: 07 a 18 de maio  

Endereço: Avenida Ministro Nelson Hungria s/n 

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 

Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS.  



FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Poupatempo recebe doações em solidariedade ao povo gaúcho

Fundo Social e Defesa Civil de SP arrecadam itens de limpeza e de higiene pessoal, que poderão ser entregues nos 241 postos do Estado

 

Os postos do Poupatempo de todo o Estado começam a receber a partir desta segunda-feira, dia 6 de maio, donativos para ajudar vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.  

A ação do Governo paulista ocorre através do Fundo Social de São Paulo (Fussp) e da Defesa Civil e tem como objetivo arrecadar água mineral, itens de higiene pessoal e de limpeza, conforme lista abaixo.

As entregas poderão ser feitas nas 241 unidades, da capital, Grande São Paulo, Baixada Santista, Litoral Norte e interior.  

Todos os itens recebidos no Poupatempo serão destinados ao Fundo Social para distribuição no Rio Grande do Sul.

 

Lista de produtos prioritários para doação:

 

Água

Água sanitária

Balde

Desinfetante

Detergente

Detergente em pó

Escova para lavar

Esponja para limpeza

Esponja de aço

Limpador multiúso

Luva de látex

Pano de chão

Rodo

Sabão em barra

Sacos de lixo

Saponáceo

Vassoura

Aparelho de barbear

Creme dental

Escova de dente

Fio dental

Sabonete

Shampoo e condicionador

 

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul alerta para a saúde mental das crianças em meio à crise

 

Canva

Em meio à tragédia que assola o Rio Grande do Sul desde o início da semana, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) ressalta a importância de os pais estarem atentos não apenas à saúde física, mas também à saúde mental de suas crianças


Desde o início da semana, foi possível testemunhas imagens de resgaste no interior do estado e na capital de famílias inteiras, onde muitas crianças estavam visivelmente abaladas, chorando e confusas diante da situação caótica. O sentimento é compreensível. As cenas já são difíceis para adultos, mas para crianças são ainda mais duras porque muitas não conseguem compreender totalmente a dimensão do que está acontecendo. O presidente da SPRS, José Paulo Ferreira, faz um apelo aos pais e responsáveis.

“Dediquem um momento para conversar com seus filhos. Expliquem de forma clara e tranquila o que está acontecendo, assegurando-lhes que estarão ao lado deles durante todo o processo. Esta simples ação pode trazer um pouco mais de conforto e segurança às crianças, ajudando-as a lidar com a angústia e a ansiedade provocadas por esta situação extraordinária", afirmou.

O médico acrescenta que mesmo diante das preocupações com a segurança da casa e a busca por pertences, é essencial priorizar o bem-estar emocional das crianças.

“Juntos, podemos oferecer o suporte necessário para atravessarmos este momento desafiador”, finalizou.



Marcelo Matusiak


Molécula produzida no intestino pode ter efeito protetor contra gripe, indica estudo


Em imagem obtida por técnica de imunofluorescência, setas
indicam presença de vírus influenza H3N2 (em verde) no pulmão
de camundongos. À esquerda, animal que não recebeu suplementação de IPA.
À dir., quantidade de vírus reduzida após tratamento com a molécula
(
imagens: Heumel, S. et al., 2024)

Em experimentos com camundongos, pesquisadores da Unicamp e do Instituto Pasteur de Lille, na França, observaram que animais infectados por influenza que receberam suplementação da substância tiveram concentração de vírus e inflamação reduzidas

 

Uma molécula produzida naturalmente no intestino pode ajudar a prevenir e mesmo tratar a gripe. É o que aponta um estudo publicado na revista Gut Microbes por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Pasteur de Lille, na França.

Experimentos com camundongos mostraram uma queda nos níveis da molécula conhecida como ácido indol-3-propiônico (IPA, na sigla em inglês) durante a infecção pelo vírus influenza, variante H3N2.

Ao suplementar os animais infectados com uma versão sintética do IPA, os pesquisadores observaram uma redução na carga viral e na inflamação dos pulmões.

“Esses resultados são promissores e sugerem que o IPA, no futuro, poderá ser usado para ajudar a prevenir ou tratar a infecção pelo vírus influenza, responsável por grandes epidemias. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esses achados em humanos e para entender melhor como o IPA funciona”, esclarece Marco Vinolo, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.

O estudo ocorreu no âmbito do projeto “Análise dos mecanismos moleculares envolvidos na interação de metabólitos da microbiota e células do hospedeiro durante a inflamação”, coordenado por Vinolo e apoiado pela FAPESP.

Os resultados foram possíveis depois de uma série de experimentos com camundongos conduzidos na França, sob coordenação de François Trottein, do Pasteur. Posteriormente, foram feitas análises usando ferramentas de bioinformática, na Unicamp, que inspiraram novos experimentos com animais no Instituto Pasteur.

“Usamos três camadas de dados: a primeira foi a de metagenômica, que mostrou quais bactérias estavam alteradas no intestino depois de 7 e 14 dias da infecção. Foi avaliado todo o DNA desses microrganismos, quando nesse tipo de estudo normalmente só se avalia um trecho de um gene que identifica as bactérias. Nossa análise mostra não apenas as espécies bacterianas, mas os genes mais presentes e suas respectivas funções”, explica Vinicius de Rezende Rodovalho, um dos autores principais do trabalho, realizado durante seu pós-doutorado no IB-Unicamp.

As outras camadas de dados foram obtidas a partir das técnicas de metabolômica, que avaliaram os metabólitos secretados pela microbiota presente no intestino e os marcadores clínicos da doença, como carga viral e marcadores inflamatórios.

“Analisamos esses dados de forma integrada, construindo uma rede de correlações que mostrou um importante papel para o IPA. A partir disso, novos experimentos foram realizados. Neles, suplementamos os animais com uma versão sintética da molécula, produzida em laboratório, o que diminuiu a carga viral e a inflamação. Isso traz um grande potencial para uma nova terapêutica da gripe”, conta Vinolo.


Suplemento

O IPA é produzido por bactérias presentes na microbiota intestinal a partir do processamento do triptofano, um aminoácido essencial presente em alimentos como soja, trigo, milho, cevada, centeio, girassol, peixe e carne.

Trabalhos de outros grupos já haviam mostrado efeitos do IPA para a melhora de distúrbios metabólicos, regulando a glicemia, aumentando a sensibilidade à insulina e inibindo a síntese de lipídios e fatores inflamatórios no fígado.

Outros estudos mostravam ainda evidências da ação do triptofano e do IPA no equilíbrio energético e no sistema cardiovascular, assim como potencial na prevenção de inflamação, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão, doenças neurodegenerativas e osteoporose.

Por conta do potencial do IPA como um suplemento no combate e prevenção da gripe, os pesquisadores depositaram uma patente na União Europeia para esse uso do ácido indol-3-propiônico. A expectativa é realizar novos estudos que possam subsidiar testes clínicos no futuro.

“Estamos avaliando o papel do IPA durante a infecção pelo SARS-CoV-2, causador da COVID-19, e os resultados, até agora, são parecidos. Queremos testar ainda como ele atua em infecções bacterianas. Existem poucos estudos mostrando como a microbiota intestinal atua na resistência sistêmica a antibióticos e esse pode ser um caminho”, encerra Rodovalho.

O estudo teve ainda apoio da FAPESP por meio de bolsa de doutorado para Patrícia Brito Rodrigues, com estágio no Instituto Pasteur de Lille, na França.

O artigo Shotgun metagenomics and systemic targeted metabolomics highlight indole-3-propionic acid as a protective gut microbial metabolite against influenza infection pode ser lido em: www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19490976.2024.2325067.
 


André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/molecula-produzida-no-intestino-pode-ter-efeito-protetor-contra-gripe-indica-estudo/51569

 

Realização de mamografias na região Sudeste está 48,9% abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde

A região é responsável por metade do percentual nacional de óbitos por câncer de mama entre 2015 e 2022

 

A cobertura de mamografias para rastreio do câncer de mama no Sudeste foi de apenas 22,1% entre 2021 e 2022, apresentando uma queda de 6,2% em comparação ao período de 2015 a 2016. Os dados foram divulgados pelo Panorama do Câncer de Mama, levantamento realizado pelo Instituto Avon em parceria com o Observatório de Oncologia com base em informações do DATASUS, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS). O indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a cobertura mamográfica alcance pelo menos 70% da população-alvo para realização dos exames – no caso do Brasil, mulheres entre 50 e 69 anos. 

O estado com maior taxa de cobertura na rede pública da região foi São Paulo (26,6%), seguido por Espírito Santo (21%), Minas Gerais (20%) e Rio de Janeiro (13,1%). Apesar dos índices também estarem muito abaixo do recomendado pela OMS, o Sudeste foi a segunda região do Brasil com os melhores indicadores em termos de cobertura de exames de rastreio para câncer de mama, ficando atrás apenas da região Sul (24,3%). A região Norte apresentou o menor índice com 10,1%, seguida do Centro-Oeste (12,7%) e do Nordeste (19,9%). 

“Dados como esses são fundamentais para compreender onde a rede pública de saúde desses estados deve investir esforços para ampliar e aprimorar o atendimento à população feminina de cada local, contribuindo, também, para expandir a conscientização sobre saúde das mamas e a importância da detecção precoce da doença. De acordo com a OMS, 35% das mortes pela condição podem ser reduzidas se os exames de rastreio forem realizados regularmente. Além disso, quando o diagnóstico é obtido ainda em estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%, o que também melhora a qualidade de vida da paciente”, explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon. 

Entre 2015 e 2022, o Sudeste apresentou o maior número de casos novos de câncer de mama do país, com 168.637 registros – correspondente a 45% do total nacional, o que pode estar relacionado ao fato da região ter a maior população do país. São Paulo foi o estado com mais casos novos do território brasileiro, com 12.613 notificações, seguido por Minas Gerais, com 7.333. No mesmo período, a região também liderou no número de internações e pacientes diagnosticados com a doença com 50,2% do total nacional. São Paulo é responsável por 25,4% desse número – o que corresponde a 135.130 mil procedimentos e cerca de 90.986 pacientes estimadas. Em segundo e terceiro lugar, estão Minas Gerais (12,1%) e Rio de Janeiro (10%). 

Em relação aos procedimentos para tratamento da doença, São Paulo (25,4%) e Minas Gerais (11,9%) foram os estados que mais realizaram quimioterapia nas pacientes de câncer de mama em comparação ao restante do Brasil. Ambos os estados também encabeçaram a lista nacional com o maior número de radioterapias feitas durante o período, com percentuais de 24,2% e 13,7% do total nacional de procedimentos realizados, respectivamente. 

Além disso, o maior percentual nacional de óbitos pela doença também foi concentrado no Sudeste (49,6%) entre 2015 e 2022. São Paulo é o estado com o maior número de notificações do país, com 25,6% dos óbitos, seguido por Minas Gerais (13%) e Rio de Janeiro (9,3%). Em contraponto, São Paulo empatou com o Rio Grande do Sul com o menor percentual de diagnósticos em estadiamento 3 ou 4– os níveis mais graves da doença – com 33% dos resultados entre 2015 e 2021. 

“O Brasil é um país continental e diverso, por isso a atenção oncológica em cada região precisa ser planejada e executada de maneira direcionada às necessidades loco regionais. Precisamos, com urgência, trabalhar intensamente para que todas as brasileiras, independentemente de raça, classe social, local de residência e questões econômicas, tenham acesso à informação sobre a importância de realizar os exames preventivos e, sobretudo, que possam ter garantia de acesso igualitário à cobertura de mamografia, diagnóstico precoce e tratamento adequado e oportuno de qualidade”, diz Dra. Catherine Moura, médica sanitarista e líder do Observatório de Oncologia.
 

Impacto da pandemia na cobertura mamográfica da região 

Entre 2020 e 2022, 50,2% do total de mamografias realizadas no Brasil foi na região Sudeste. São Paulo foi o estado que apresentou o maior número de mamografias aprovadas nessa época no país, o equivalente a 29,5% do total nacional, seguido por Minas Gerais com 12,5%. 

No entanto, no auge da pandemia de Covid-19, em 2020, a região apresentou uma queda de 41% na realização dos exames para rastreio de câncer de mama em comparação a 2019. O Rio de Janeiro foi o estado mais impactado do Sudeste, com uma redução de 47,2%, seguido do Espírito Santo (46,4%), Minas Gerais (44,1%) e São Paulo (36,8%).
 

A pesquisa 

Para a construção do Panorama do Câncer de Mama, foi realizado um estudo observacional transversal com informações públicas dos Sistemas de Informação Ambulatorial (SIA), Hospitalar (SIH) e Mortalidade (SIM) do DATASUS e de Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Originalmente lançada em 2022, a plataforma agora conta com dados atualizados e melhor funcionalidade. Além disso, ela deve ser alimentada anualmente com novas informações fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Saiba mais no site.

  

Instituto Avon


Observatório de Oncologia
Uma iniciativa do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, o Observatório de Oncologia é uma plataforma online e dinâmica de monitoramento de dados abertos e compartilhamento de informações relevantes da área de oncologia do Brasil e visa influir na tomada de decisão e no planejamento de políticas de saúde baseadas em evidências. Com metodologia descritiva, os estudos do Observatório de Oncologia buscam determinar a distribuição da doença e condições relacionadas à saúde. Todos os estudos utilizam dados governamentais abertos (DGA) e abrangem quatro dimensões: demográfica, epidemiológica, procedimentos de assistência à saúde e estrutura da rede assistencial. A produção de informação está baseada em atendimentos ambulatoriais, internações hospitalares, incidência e mortalidade do câncer.


10 de Maio – Dia Mundial de Conscientização sobre o Lúpus

 

Sociedade Brasileira de Reumatologia chama atenção para o Lúpus, uma doença que pode afetar mulheres jovens

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que o Lúpus afeta entre 150 mil a 300 mil pessoas no Brasil, principalmente mulheres jovens. É também uma das principais causas de internação hospitalar entre as doenças reumáticas, ainda que não exista nenhum mapeamento oficial nacional que revele os números da doença no país.  

 

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ou simplesmente Lúpus é uma doença inflamatória, autoimune e crônica, cuja principal característica é a ampla variedade de suas manifestações clínicas. Frequentemente, se manifesta em mulheres jovens, com idade entre 20 e 45 anos, podendo comprometer também adolescentes. Embora a maioria das pessoas apresentem manifestações cutâneas e articulares, os sintomas podem surgir em diversos outros órgãos, de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. 

Por ser uma doença complexa e por vezes de difícil diagnóstico, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) alerta, nesta Semana Mundial de Conscientização e Combate ao Lúpus, que o controle e o tratamento começam pela conscientização do paciente sobre a doença e seus sintomas. 

“A precocidade do diagnóstico é extremamente importante para um tratamento adequado, e pode determinar uma melhor resposta clínica”, afirma o reumatologista Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). No Brasil, não há números exatos da prevalência da doença. A SBR estima que o Lúpus já afeta entre 150 mil e 300 mil pessoas no país. 

São reconhecidos dois tipos principais de Lúpus: um exclusivo de pele ou Lúpus cutâneo, que tem como sintomas manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e braços) e o outro Lúpus sistêmico, no qual múltiplos órgãos podem ser acometidos, além de quadros cutâneos e articulares. Alguns sintomas gerais do Lúpus são febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, são específicos de cada órgão acometido, como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação na pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins. 

O tratamento do Lúpus depende muito do tipo de manifestação apresentada pela doença e deve ser individualizado, esclarece Rocha Loures. “A pessoa com Lúpus tem, habitualmente, fases em que apresenta mais sintomas, chamados de `períodos de atividade´ da inflamação e, outros momentos, nos quais a pessoa fica sem nenhum tipo de manifestação da doença, chamado de `período de remissão´, ressalta o especialista.

 

Sintomas do LES 

O Lúpus pode apresentar sintomas em vários órgãos, sendo esses decorrentes de uma inflamação, ocasionada por um desequilíbrio no sistema imunológico da paciente, fazendo com que ela produza uma quantidade aumentada de anticorpos. O aparecimento da doença depende de uma herança genética, isto é, existe uma predisposição genética, mas que pode ser desencadeada por fatores ambientais como a irradiação ultravioleta, dentre outros. 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), desencadeia sintomas, que podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (em semanas). Nas fases iniciais do LES, os sintomas que mais incomodam são desânimo, cansaço e perda de apetite. A maioria das pessoas com LES na sua fase inicial apresentam dor nas juntas, às vezes, também com inchaço. Além disso, podem também apresentar quadros cutâneos da doença, principalmente no rosto e em áreas expostas ao sol, que agravam sobremaneira as lesões. Na pele do rosto, a pessoa pode ficar com marcas e por isso, estigmatizada, o que determina diminuição da autoestima, principalmente para as mulheres. 

O reumatologista chama atenção que qualquer outro órgão ou tecido pode ser envolvido pela inflamação que ocorre no Lúpus, mas alguns são particularmente preocupantes. Um grande problema da doença, que afeta aproximadamente 50% dos pacientes, é a inflamação nos rins, que não determina dor, mas leva a uma perda da sua função, com perda de proteínas na urina, inchaço nas pernas e no rosto, hipertensão arterial e, nos casos mais graves levar a insuficiência renal com necessidade de hemodiálise.

 

 Diagnóstico e Tratamento 

O diagnóstico do LES é feito pelo reconhecimento dos sintomas e sinais da doença pelo médico, em associação com alguns exames laboratoriais. É importante a avaliação de alguns exames gerais como hemograma e os que medem a função renal além de alguns exames mais específicos que confirmam a possibilidade de lúpus como a identificação dos distúrbios imunológicos próprios da doença, como a presença de autoanticorpos no sangue. Neste sentido, é extremamente importante a avaliação do reumatologista para ajudar e confirmar a possibilidade da doença. 

O tratamento medicamentoso do Lúpus depende do tipo de manifestação apresentada e deve ser individualizado. O objetivo, de acordo com o especialista, é reequilibrar o sistema imunológico, além de controlar dor e inflamação. E o tratamento começa pela conscientização da doença pelo paciente e manter a aderência aos medicamentos prescritos – “etapas fundamentais” para o sucesso na avaliação do especialista. 

São fundamentais para o reequilíbrio imunológico da pessoa com Lúpus medidas de proteção da irradiação solar (com o uso de fotoprotetores) ou calor, suspensão do tabagismo quando presente, afastamento de condições de estresse, alimentação balanceada, repouso adequado e atividade física regular. 

Na atualidade, ainda não é possível falar em cura do Lúpus, mas em controle da doença. A maioria dos portadores irá precisar de um acompanhamento regular, a cada três ou seis meses com um reumatologista, pois, em caso de uma reativação dos sintomas da doença, esses devem ser controlados logo no início, permitindo que a pessoa rapidamente reequilibre o seu sistema imunológico e recupere sua saúde. “Hoje, já podemos afirmar que a maioria das pessoas com Lúpus pode levar uma vida relativamente normal”, desde que tenha um acompanhamento adequado por um especialista, destaca o reumatologista Marco Antônio Rocha Loures. 

É consenso entre os especialistas da SBR que quanto mais se conhece sobre os mecanismos envolvidos no desenvolvimento do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), maior a chance de controle da doença e maior a chance de se ter medicamentos com maior eficácia e menos efeitos adversos. 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) disponibiliza gratuitamente uma cartilha com foco no esclarecimento e orientação sobre a doença Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), com linguagem simples e informativa para leigos. O material para download está disponível no site: www.reumatologia.org.br 

 

Cenário da doença: 

• Estima-se que entre 150 mil a 300 mil pessoas no Brasil têm Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).

• A prevalência da doença é mais alta em mulheres, principalmente, na faixa etária entre 20 e 45 anos. Porém pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e raça.

• São reconhecidos dois tipos principais de Lúpus: exclusivo de pele ou Lúpus cutâneo, que tem como sintomas o de manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas) e Lúpus sistêmico, no qual múltiplos órgãos podem ser acometidos.

• O diagnóstico do LES é feito pelo médico reumatologista, que reconhece os sintomas característicos da doença, com associação a exames específicos, principalmente os distúrbios imunológicos próprios da doença.

• O melhor controle da doença depende da conscientização do paciente e sua aderência ao tratamento proposto.

• O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) não é contagioso.

 

Sociedade Brasileira de Reumatologia - SBR
www.reumatologia.org.br
@sociedadereumatologia
@reumatologinsta


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