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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Especialista compartilha 5 dicas de mobilidade ativa para quem trabalha sentado

Fisioterapeuta José Ordenes destaca que as atividades podem ser realizadas várias vezes ao dia para manter a flexibilidade e aliviar a tensão muscular

 

Trabalhar por longas horas em uma mesa pode ser prejudicial para a saúde, especialmente para a região lombar. A falta de movimento pode levar a dores e desconforto nessa área. No entanto, existem maneiras simples de aliviar a tensão e melhorar a saúde da coluna vertebral. O fisioterapeuta e pesquisador  José Ordenes compartilha cinco dicas de mobilidade ativa que podem ser realizadas durante o trabalho para ajudar a aliviar a tensão e prevenir problemas lombares.


1. Mobilidade da Coluna:

- Sentado, mantenha os pés no chão e as costas retas.

- Gire o tronco lentamente para a direita, segurando a parte de trás da cadeira com a mão esquerda até o máximo que conseguir sem sentir desconforto.

- Faça de 5 a 10 repetições de cada lado.

- Este exercício ajuda a melhorar a flexibilidade da coluna.



2. Mobilidade dos Quadris:

- Sente-se na borda da cadeira e cruze a perna direita sobre a esquerda.

- Mantenha a coluna ereta e pressione suavemente o joelho direito para baixo até onde conseguir sem sentir desconforto.

- Repita esse movimento por 15-20 segundos e repita com a outra perna.

- Essa mobilidade ajuda a soltar os músculos dos quadris, que podem ficar rígidos após longos períodos sentados.



3. Mobilidade dos Isquiotibiais:

- Sentado, estique a perna direita para a frente, mantendo o calcanhar no chão e os dedos apontando para o teto.

- Incline o tronco ligeiramente para a perna esticada.

- Repita por 15-20 segundos e troque de perna.

- Isso mobiliza os isquiotibiais, que tendem trabalhar de forma estática quando estamos sentados por muito tempo.



4. Mobilidade do complexo lombopélvico:

- Sente-se no fundo da cadeira, mantenha os pés no chão e entrelace suas mãos atrás da cabeça.

- Estenda o tronco levemente até onde conseguir sem sentir desconforto.

- Repita esse movimento desde neutro até extensão 5 a 10 repetições.

- Esses movimentos simples podem ajudar a aliviar a tensão nos músculos paravertebrais, que podem sobrecarregados após longos períodos sentados.



5. Mudar a sua crença sobre a postura

- É importante se mexer pelo menos a cada meia hora, levantando ou fazendo a mobilidade anterior.


- A melhor postura para trabalhos estáticos é você mudar de postura constantemente, para assim evitar sobrecarregar estruturas

Lembre-se de fazer essa mobilidade de forma suave e controlada. Elas podem ser realizadas várias vezes ao dia para manter a flexibilidade e aliviar a tensão muscular. Além disso, é importante lembrar de consultar um fisioterapeuta ou profissional de saúde se você tiver preocupações sobre sua postura ou dor nas costas.

 

José Ordenes - Fisioterapeuta Chileno formado pela Universidade da Fronteira. Fez intercâmbio no Brasil pela UNESP. Possui mestrado e está cursando doutorado sobre dor lombar. Especialista em terapia manual. Proprietário do Instituto Latino Americano de Reabilitação Física. Ministra aulas no México, Bolívia, Equador, Peru e Uruguai. Criador do método AVT.


Beba água! Confira oito dicas de hidratação para curtir o feriado de Carnava

Crédito: Engin Akyurt para Pixabay
Nefrologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), orienta: ao perder de 1% a 2% de água, corpo já dá os primeiros sinais de desidratação: a sede

 

Embora comece oficialmente nesta sexta-feira (9), o Carnaval já tem dado o ar da graça em muitas regiões brasileiras. O clima festeiro, ao som de bandas, trios elétricos e marchinhas, não deixa ninguém parado. E as altas temperaturas registradas nos últimos tempos deixa um alerta importante aos foliões: a hidratação. A nefrologista Cynthia Simões, que integra a equipe do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), alerta que em torno de 25 pessoas são internadas por dia no estado de São Paulo por conta de desidratação. Ou seja, o assunto é sério. 

O corpo humano é composto 60% por água, substância primordial para a saúde e funcionamento de todos os órgãos. A desidratação acontece quando se perde água corporal, com início dos sintomas a partir de 1% a 2%, quando o corpo começa a sentir sede, e vai se agravando conforme aumenta, podendo até se tornar uma ameaça à vida a partir da perda de 10 a15% do peso corporal. Além da desidratação, o baixo consumo de água é um fator de risco para agravamento dos cálculos renais (pedras nos rins) e infecções de urina”, destaca a médica. 

Por isso, mesmo os fãs de cerveja, coquetéis, ices e refrigerantes não devem abrir mão de alternar tais bebidas com água. Afinal de contas, estar nos blocos faz com que se gaste mais energia e o corpo perca maior quantidade de água com a transpiração. Sendo assim, como prevenir a desidratação e manter os rins saudáveis durante o Carnaval? Basta seguir algumas dicas:

 

1 - Hidrate-se corretamente ao longo do dia. Uma conta fácil é: 35mL de água por quilo de peso, a ser consumida no período de 1 dia. Se você pesa 60 quilos, deve consumir ao menos 2,1 litros de água;

 

2 - Caso vá à algum bloquinho exposto ao sol, ou vá praticar atividade física nas horas de maior calor, lembre-se de tomar água antes da atividade (já iniciar o exercício hidratado), tomar água durante a atividade a cada 20 minutos e também após;

 

3 - Evite aguardar o estímulo da sede para tomar água. Esta sensação já é o primeiro sinal de alarme da desidratação.

 

4 - Vigie a coloração da sua urina. A urina de alguém hidratado tem a cor amarelo clara, ou até próxima à de água mineral. Se a urina se tornar mais amarelo-escura e com odor forte, este pode ser um alarme para ingerir mais água;

 

5 - Para pessoas que não acham a água tão agradável para o paladar, é possível complementar a hidratação com água com gás, água saborizada (acrescentar uma folha de hortelã, limão, laranja, pepino e etc.), chá gelado (não industrializado) ou água de coco. E lembre-se: refrigerante, cerveja e sucos industrializados não substituem a água.

 

6 - Lembre-se dos idosos, mais sujeitos à desidratação pelo fato de terem o centro cerebral da sede menos responsivo do que o dos adultos. Ofereça-os frequentemente e mantenha água ao alcance, principalmente àqueles com restrição de mobilidade. Para as crianças, também é essencial ofertar água de hora em hora;

 

7 - Evite exposição por longo período de tempo ao sol nas horas mais quentes do dia;

 

8 - Use roupas leves, que permitam a transpiração, porém, lembrando da proteção do filtro solar, bonés e etc.

 

Esses cuidados simples garantirão maior aproveitamento dos dias de folia ou mesmo de descanso, passando longe de problemas renais futuros ou desidratação.

 

Vera Cruz Hospital


Cuidado no carnaval

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo alerta para a combinação perigosa de álcool e medicamentos 


À medida que nos aproximamos do carnaval, muitos foliões já se preparam para celebrar a festa em diversos ambientes, desde blocos de rua até desfiles de escolas de samba e clubes. No entanto, é fundamental conscientizar sobre os riscos associados à combinação de álcool e medicamentos.

Quando álcool e medicamentos entram em contato no organismo, há o potencial de desencadear reações prejudiciais, como toxicidade. Ao ingerir álcool, o fígado ativa enzimas para metabolizá-lo, as mesmas enzimas responsáveis por processar alguns medicamentos. Isso pode sobrecarregar o organismo, comprometendo a eficácia dos medicamentos e impactando a saúde hepática.

Diversos medicamentos, como dipirona, paracetamol, ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, podem ter seu efeito comprometido pela interação com o álcool. Além disso, a combinação de álcool com certos medicamentos pode resultar em efeitos adversos, como hepatite medicamentosa, aumento do risco de úlcera gástrica e sangramentos, toxicidade gástrica e até mesmo desidratação.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo alerta que a educação e a conscientização desempenham um papel crucial na prevenção dessas interações prejudiciais. Recomenda-se evitar o consumo excessivo de álcool, intercalando-o com água ou outros líquidos, além de alimentos, para minimizar os efeitos deletérios. Em casos de dúvida sobre a interação de medicamentos com o álcool, é aconselhável buscar orientação de um farmacêutico.
 

Interações entre medicamentos e álcool:


Álcool e antidepressivos: aumento de reações adversas e efeito sedativo. Diminuição da eficácia dos antidepressivos.


Álcool e ansiolíticos (benzodiazepinas): aumento do efeito sedativo. Risco elevado de coma e insuficiência respiratória.


Álcool e inibidores de apetite: desaconselhado devido ao potencial de efeitos no sistema nervoso central. Possíveis efeitos: tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão.


Álcool e insulina: potencial geração de hipoglicemia. Inibição da disponibilidade de glicose, exigindo atenção à alimentação. Possibilidade de efeito antabuse, que causa náusea, vômito e pode levar a morte. O uso agudo de etanol prolonga os efeitos da insulina e o uso crônico de álcool inibe antidiabéticos.


Álcool e anticonvulsivantes: aumento de efeitos colaterais. Risco elevado de intoxicação. Redução da eficácia contra crises de epilepsia.


Álcool e dipirona: potencialização do efeito da dipirona pelo álcool.


Álcool e paracetamol: aumento do risco de hepatite medicamentosa.


Álcool e ácido acetilsalicílico: elevação do risco de sangramentos no estômago. Potencialização dos efeitos irritativos do ácido acetilsalicílico.


Álcool e antimicrobiano: associação com certos antibimicrobianos pode causar efeitos graves como o antabuse. Exemplos: metronidazol, trimetoprim-sulfametoxazol, tinidazole, griseofulvin. Outros antimicrobianos como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida não devem ser combinados com álcool devido ao perigo de inibição do efeito e potencialização da toxicidade hepática.


Álcool e anti-inflamatórios: aumento do risco de úlcera gástrica e sangramentos.

 

CRF-SP - Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo
www܂crfsp.org.br


Mitos e verdades sobre o ganho de peso na menopausa

Endocrinologista e especialista em obesidade da Mayo Clinic esclarece as principais dúvidas sobre obesidade, menopausa, hormônios e métodos de emagrecimento para as mulheres


À medida que envelhecem, as mulheres podem perceber uma certa dificuldade em manter o peso normal, sobretudo com a chegada da perimenopausa e da menopausa, período no qual o ganho de peso pode chegar até 1,5 quilo por ano.

Considerando as peculiaridades da biologia hormonal feminina e outros aspectos sociais, torna-se desafiador construir um processo de emagrecimento eficaz para elas neste período  e esta especificidade pode gerar muita angústia e dúvidas.

A Dra. Daniela Hurtado Andrade, M.D., Ph.D., endocrinologista e especialista em obesidade na Mayo Clinic em Jacksonville, compartilhou algumas informações valiosas para esclarecer dúvidas sobre esse tema. Abaixo, destacamos alguns mitos e verdades relacionados à relação entre o sobrepeso, obesidade e a chegada da menopausa nas mulheres.


É muito mais difícil perder peso após o início da menopausa

VERDADE. É consideravelmente mais desafiador. As alterações hormonais, por si só, não são a única causa do ganho de peso que também estão relacionados ao envelhecimento, estilo de vida e genética, mas elas contribuem para a mudança corporal. O declínio dos níveis de estrogênio e a queda de testosterona contribuem para a perda de massa muscular. Isso resulta em uma queima de calorias, seja em repouso ou durante o exercício menos eficiente, facilitando o acúmulo de gordura. 

“Muitas vezes a mulher na menopausa acaba utilizando a mesma restrição calórica e o gasto energético que costumava utilizar para emagrecer no passado, mas não obtém o mesmo resultado.” ressalta a Dra. Hurtado.


As mudanças podem começar bem mais cedo do que se imagina

VERDADE.  "As variações no peso não estão limitadas à meia-idade ou à menopausa. Estudos indicam que o aumento de peso começa a ocorrer já na fase inicial da idade adulta", esclarece a Dra. Hurtado. "Por volta dos 30 anos, a massa muscular começa a diminuir de forma gradual como parte do processo natural de envelhecimento, intensificando-se durante a meia-idade devido à menopausa." A redução da massa muscular resulta em um metabolismo mais lento, um fator de risco para o ganho de peso. 

A médica ressalta que é importante para a mulher reconhecer estas mudanças físicas antecipadamente para o monitoramento dos futuros sintomas e o desenvolvimento de um plano eficaz para reduzir o aumento de peso. "Estar ciente de que as mudanças físicas relacionadas ao peso começam antes da meia-idade pode ajudar as pessoas a compreender a importância de estabelecer e manter um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação adequada e exercícios."


A terapia hormonal pode ajudar no emagrecimento

EM PARTES.  A terapia hormonal não serve exatamente para frear a perda de peso; é geralmente usada para tratar sintomas vasomotores, que são episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte superior do tronco, geralmente acompanhados de rubor facial, sudorese, palpitações cardíacas, vertigens e fadiga muscular. No entanto, esses sintomas podem impor limitações nas tarefas do dia a dia, como fazer exercícios e ter uma boa noite de sono, fatores essenciais para o emagrecimento. O tratamento hormonal também pode ajudar a redistribuir a gordura que se acumula no centro do corpo ou no abdômen que costuma aumentar durante a menopausa; 


Deve-se aumentar o tempo de exercícios aeróbico

MITO. Quando uma mulher chega à menopausa, a perda de estrogênio tende a alterar a distribuição da gordura, que passa a se acumular mais na região abdominal. Diante deste aumento, é comum que algumas mulheres tentem aumentar o tempo de exercícios aeróbicos para reverter este processo, no entanto, essa pode não ser a estratégia mais indicada. 

Exercícios aeróbicos são importantes para a manutenção da saúde cardiovascular e para o aumento do gasto calórico, mas diminuir o impacto da perda de massa muscular gerada tanto pela menopausa quanto pelo envelhecimento deve ser prioridade.  Por isso é necessário adotar uma rotina de exercícios que envolva treinamento de resistência combinados se possível com treinamento intervalado de alta intensidade que tende a preservar mais os músculos. 

“Isso pode ter um impacto significativo nos resultados da perda de peso", explica ela. "Uma das razões pelas quais chegamos a um platô durante o processo de emagrecimento é a perda de massa muscular, levando a uma desaceleração do nosso metabolismo."ressalta a endocrinologista.


O uso de medicamentos como Ozempic são a solução mais rápida e eficaz

EM PARTES. Medicamentos como o Ozempic diminuem a fome e proporcionam mais saciedade, o que acaba auxiliando pacientes a perder cerca de 15 a 20% do peso corporal; entretanto, eles têm indicações específicas. “São tratamentos que devem ser prescritos para pessoas com índices de massa corporal (IMC) superiores a 30 ou pacientes já com enfermidades decorrentes do sobrepeso” diz Hurtado.

No caso das mulheres na menopausa, a medicação pode ser interessante para pacientes em que se observa um ganho muito rápido de peso, como 5 quilos por ano, pois o aumento drástico de peso pode acarretar outras enfermidades graves como diabetes, hipertensão e outros problemas cardiovasculares. No entanto, mesmo com a prescrição, devemos estar atentos às reações adversas, alerta a Dra. A endocrinologista ressalta que 30-50% dos pacientes sofrem algum tipo de reação, como distúrbios gastrointestinais, náuseas, refluxo e também problemas vesiculares, reações que podem eventualmente prejudicar a absorção de nutrientes essenciais para a saúde. Além disso, existem relatos de pacientes que utilizaram o medicamento e, após a interrupção do uso, notaram uma mudança no apetite e na saciedade, ocasionando o retorno ao peso anterior ou mesmo aumento dele. 


É impossível reverter o ganho de peso de forma natural.

MITO. As mudanças corporais decorrentes do envelhecimento são inevitáveis; no entanto, com a adoção de alguns hábitos, é possível diminuir seu impacto. Adotar uma dieta de restrição calórica (entre 1400 a 1500 calorias), mas rica em proteínas, cerca de 1 a 1,2 gramas por peso corporal, pode ajudar a frear a perda drástica de massa muscular. Além disso, adotar um plano alimentar com menos açúcares, gorduras e alimentos processados e adicionar mais fibras e produtos naturais nas refeições auxilia comprovadamente a saúde feminina. 

Também é importante adotar tratamentos que diminuam possíveis sintomas da menopausa e que podem interferir não só no sono como na disposição e na saúde mental da mulher. Reduzir o consumo de álcool e tabaco, suplementar nutrientes e vitaminas como: magnésio, zinco, vitamina K, vitaminas A, C e E, e os ácidos graxos saturados e até adotar terapias com fitoterápicos e fito hormônios  podem auxiliar melhorar o bem-estar da mulher nesta fase da vida. 


Fevereiro Laranja: mês da conscientização sobre a leucemia

Hematologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece dúvidas sobre leucemia, tipo de câncer que afeta as células sanguíneas na medula óssea


 Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o número estimado de casos novos de leucemia no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 11.540, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres. Em 2020, a doença foi responsável por 6.738 mortes no país. A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas na medula óssea, podendo ser aguda ou crônica, dependendo da velocidade de evolução. 

A primeira progride rapidamente e produz células que não estão maduras e não conseguem realizar as funções normais, com transportar oxigênio e nutrientes, defender o organismo de infecções, coagular o sangue e regular a imunidade. A leucemia crônica, entretanto, normalmente progride lentamente e os pacientes têm um número maior de células maduras, mas anormais. 

De acordo com Dr. Phillip Bachour, hematologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, quadros de leucemia são curáveis, para isso, é importante o diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento especializado. 

Dentre os dois tipos principais, existem ainda diversos subtipos de leucemia, que são definidos de acordo com as células sanguíneas afetadas. Os principais subtipos de leucemia são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfoblástica aguda (LLA), leucemia mieloide crônica (LMC) e leucemia linfocítica crônica (LLC). Cada um tem características próprias, que devem ser consideradas no diagnóstico e no tratamento. 

No Brasil, a LMA é o subtipo mais comum, representando cerca de 40% dos casos de leucemia, seguida pela LMC (25%), pela LLA (20%) e pela LLC (15%). As leucemias agudas (LMA e LLA) são mais frequentes do que as crônicas (LMC e LLC), correspondendo a cerca de 60% dos casos de leucemia.

 

Sintomas e diagnóstico

Segundo o médico, os sintomas da leucemia podem variar de acordo com o tipo e o estágio da doença, mas alguns sinais comuns são: sangramento gengival frequente, petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele), febre alta sem razão aparente, mal-estar, astenia (perda de força muscular) e fraqueza. "Em geral, as leucemias, especialmente a aguda, são dificilmente rastreáveis por meio de exames preventivos devido à sua instalação rápida. Diante desses sintomas, recomenda-se que o paciente busque imediatamente atendimento hospitalar”, completa. 

O exame inicial indicado para iniciar a investigação diagnóstica de leucemias é o hemograma, que avalia a quantidade e a qualidade das células sanguíneas, que pode indicar precocemente a presença da forma aguda da doença e possibilitar sua prevenção efetiva. Se houver alterações, o médico pode solicitar exames complementares, como mielograma (coleta de amostra da medula óssea), imunofenotipagem (identificação das características das células leucêmicas) e cariótipo (análise dos cromossomos das células leucêmicas). 

Além desses, outros exames são cruciais para um diagnóstico preciso a fim de orientar o tratamento adequado e identificar mutações específicas, como o Sequenciamento de Nova Geração (técnica que permite sequenciar o DNA e o RNA de forma rápida e com alto rendimento).

 

Causas e fatores de risco

As causas da leucemia não são totalmente conhecidas, mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como: tratamentos anteriores com quimioterapia ou radioterapia, exposição a derivados de benzeno e agrotóxicos. 

No entanto, o Dr. Phillip Bachour ressalta que esses fatores não são determinantes, e que na maioria dos casos a leucemia ocorre de forma aleatória, sem causa aparente. "São mutações genéticas indeterminadas, sem uma associação hereditária claramente definida. Na maioria dos casos, essas mutações são esporádicas, ocorrendo durante o desenvolvimento celular. Uma vez que a célula sofre mutação, o sistema imunológico muitas vezes não reconhece a célula como doente, permitindo seu desenvolvimento e gerando a leucemia”, explica.

 

Tratamento e cura

O tratamento da leucemia depende do tipo, do subtipo, do estágio e das características individuais de cada paciente. O objetivo é eliminar as células leucêmicas e restaurar a produção sanguínea normal na medula óssea. O tratamento mais comum é a quimioterapia, que consiste na administração de medicamentos que destroem as células cancerígenas. Em alguns casos, a quimioterapia pode ser associada à terapia-alvo, que utiliza medicamentos específicos para bloquear as mutações das células leucêmicas. 

Em casos de prognóstico mais agressivos, pode ser indicado o transplante de medula óssea, que consiste na substituição da medula doente por uma saudável, proveniente do próprio paciente (autólogo) ou de um doador compatível (alogênico). O transplante de medula óssea é um procedimento complexo e que envolve riscos, mas que pode aumentar as chances de cura em cerca de 40 a 50% dos casos. 

O Dr. Phillip Bachour reforça que a leucemia, mesmo sendo uma doença desafiadora, tem boas chances de cura, e salienta a relevância do diagnóstico precoce, enfatizando a necessidade de identificação dos sintomas dentro do prazo e a realização de exames específicos para iniciar um tratamento eficaz. Além disso, Bachour destaca a importância dos cuidados especializados, sustentando que uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais experientes, é vital para otimizar o prognóstico e promover a qualidade de vida dos pacientes ao longo do tratamento da leucemia.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Link


Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica reforça sua posição contra a regulamentação dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar

 Consulta pública da ANVISA sobre o tema se encerra nesta sexta-feira

 

Está aberta até a próxima sexta-feira, 09 de fevereiro, uma consulta pública proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com o objetivo de coletar opiniões de especialistas e representantes da sociedade civil sobre a regulamentação dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). Neste contexto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reforça sua posição contra a disponibilização, distribuição ou comercialização de DEFs, seja de maneira recreativa ou como método terapêutico para redução de tabagismo, e encara com imensa preocupação o consumo desses produtos no país. 

De acordo com o estudo Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise, conduzido pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) e publicado em 2022, o uso de cigarros eletrônicos aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro tradicional. 

Além de servir como uma porta de entrada para o consumo de tabaco, o coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC e oncologista clínico, Dr. William Nassib William Junior, alerta sobre a presença de nicotina nos dispositivos, considerada uma substância altamente viciante: “Além de não ser um método seguro para quem quer parar de fumar, os cigarros eletrônicos também causam dependência e outros problemas de saúde”, comenta. 

Segundo o especialista, diversas pesquisas demonstram que o uso de tais dispositivos está associado ao risco aumentado para doenças pulmonares e cardiovasculares, exacerbação de asma, tosse, dispneia e inflamações pulmonares perigosas. 

Dr. William esclarece que até o momento não existe ligação comprovada entre o uso de cigarros eletrônicos e o desenvolvimento de câncer porque o hábito ainda é recente, portanto, não houve tempo suficiente para os estudos detectarem esta relação. No entanto, o fato de não haver essa comprovação não significa que ela não exista. O especialista explica que no caso do cigarro tradicional foram necessárias décadas de estudos e a morte de milhares de pessoas por câncer antes que esta associação fosse estabelecida. 

Ele ainda destaca que diversas substâncias presentes nos dispositivos são conhecidas por serem cancerígenas. “Embora a quantidade dessas substâncias seja aparentemente menor em comparação com os cigarros tradicionais, isso não significa que os cigarros eletrônicos sejam seguros”, enfatiza o oncologista.

Em 9 de maio de 2022, representantes de 49 entidades médicas, dentre elas a SBOC, assinaram documento contra a liberação dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), disponível no link: Link  

A SBOC espera que o governo federal adote medidas eficientes contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos em respeito à saúde da população, e enxerga a possível liberação da comercialização dos dispositivos como um retrocesso de décadas de esforços da política de controle do tabaco.
 

Proibição no Brasil 

Desde 2009, a ANVISA proibi a fabricação e a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil, o que torna o produto ilegal no país. Sem a regulamentação, não há fiscalização sobre a composição, procedência ou até mesmo a segurança para o uso de cigarros eletrônicos. 

De acordo com pesquisa recente apresentada pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), mais de 2 milhões de brasileiros afirmaram ter usado o dispositivo com o objetivo de deixar o cigarro tradicional, e outros 6 milhões de pessoas fumantes disseram já ter experimentado o cigarro eletrônico em algum momento.
 

Alergia a maquiagem - como evitar e tratar a condição

Escolher os produtos ideais e realizar testes na pele são ações essenciais para garantir a saúde cutânea


Com a ascensão de plataformas de mídias sociais, como o TikTok, o público tem se aventurado cada vez mais na experimentação de diversas tendências de maquiagem. No entanto, a busca por looks inovadores e criativos exige uma atenção cuidadosa não apenas à escolha dos produtos utilizados, mas também à possibilidade de reações alérgicas adversas. A aplicação direta desses compostos no rosto pode resultar em sintomas indesejados.

“A facilidade de acesso a tutoriais de maquiagem e a rápida disseminação de tendências incentivam a exploração, mas é crucial que os entusiastas da beleza estejam cientes dos ingredientes presentes nos produtos e realizem testes de contato antes da aplicação completa”, explica Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede de cosméticos hipoalergênicos. A profissional esclarece que, com a amplificação das mídias sociais, a beleza tornou-se mais acessível, mas a conscientização sobre a saúde da pele e a escolha criteriosa de produtos permanecem essenciais para garantir uma experiência de maquiagem segura e agradável.

 

Como identificar sintomas de alergia?

“Primeiramente, é importante observar qualquer sinal de irritação, como vermelhidão, coceira ou inchaço na área aplicada. Esses sintomas geralmente surgem minutos ou horas após a aplicação do produto”, indica Lazaretti. Além disso, a presença de descamação, erupções cutâneas ou bolhas pode indicar uma reação alérgica mais grave. Caso ocorram sintomas como ardência ou sensação de queimação, é preciso remover imediatamente a maquiagem e lavar a área afetada com água morna.

“É recomendável observar a persistência desses indicativos. Se eles se agravarem ao longo do tempo, é fundamental procurar a orientação de um dermatologista ou profissional de saúde especializado em alergias para avaliação e aconselhamento adequados”, conclui.

 

Existe tratamento?

Embora não exista um tratamento específico para a alergia a maquiagem, é possível gerenciar crises e sintomas quando surgem. O primeiro passo é interromper imediatamente o uso do produto que desencadeou a reação alérgica e higienizar a área afetada com água para remover completamente o produto. A aplicação de compressas frias pode ajudar a aliviar a irritação e reduzir o inchaço.

Para sintomas como coceira intensa ou erupções cutâneas, é necessário procurar orientação médica para a prescrição de anti-histamínicos tópicos ou orais. No entanto, Julinha reforça que a abordagem ideal é a prevenção, optando por produtos de maquiagem hipoalergênicos e testando novos itens em pequenas áreas antes da aplicação completa. Escolher cuidadosamente os cosméticos e estar atento à composição pode ser a chave para evitar reações alérgicas recorrentes e assegurar a saúde cutânea a longo prazo.

 

Como escolher produtos seguros?

Ao fazer compras, é essencial examinar cuidadosamente os rótulos dos itens de maquiagem, procurando por ingredientes conhecidos por desencadear reações alérgicas. Optar por marcas reconhecidas e confiáveis que destacam sua preocupação com a formulação hipoalergênica é uma estratégia inteligente, pois essas empresas geralmente submetem seus produtos a testes dermatológicos rigorosos, como é o caso da Alergoshop.

“Desenvolvemos uma linha completa de maquiagens, todas com fórmulas seguras e caracterizadas por serem livres de 95 substâncias nocivas à saúde humana”, conta Andre Sobanski, CEO da marca.

Vale ressaltar que é aconselhável realizar testes de patch, ou seja, testes realizados na pele para determinar se há reação alérgica a uma determinada substância, antes de aplicar qualquer novo produto de maquiagem. Colocar uma pequena quantidade do produto em uma área discreta da pele, como a parte interna do antebraço, e observar possíveis reações ao longo de 24 horas pode ajudar a identificar potenciais alergias. Essa abordagem proativa permite que os consumidores façam escolhas informadas, evitando reações adversas e garantindo uma experiência de maquiagem segura e agradável. 



Alergoshop
https://alergoshop.com.br/


5 dicas de como aproveitar o carnaval de forma segura e consciente

Especialistas oferecem recomendações para aproveitar a data ao máximo e sem grandes preocuações


O Carnaval é uma das festas mais populares do Brasil e tem uma enorme importância cultural, social e econômica. A celebração atrai milhões de pessoas todos os anos, que se entregam à alegria, à descontração e à diversidade cultural. Além de ser uma manifestação que valoriza a criatividade e a expressão do povo brasileiro, por meio de diferentes ritmos, danças, fantasias e tradições. Segundo dados do Ministério do Turismo, o Carnaval movimenta cerca de R 8 bilhões por ano no país, gerando empregos e renda para muitas pessoas. 

Porém, toda essa curtição pode trazer alguns riscos para quem quer se divertir. Para você curtir a folia com responsabilidade e cuidado, Priscila Bernardes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Newton Paiva, instituição que é referência em Ensino Superior em Minas Gerais, traz algumas importantes recomendações. Veja a seguir cinco dicas para aproveitar o Carnaval de forma segura:

  • Alimente-se bem: se prepare antes para curtir os bloquinhos com uma boa alimentação. Para dar energia, faça uma refeição rica em carboidratos, como um sanduíche de pão com frango, tapioca com queijo e tomatinho, batata doce, macarrão, mandioca ou uma granola com salada de frutas;
  • Hidrate-se: sempre ande com garrafinha d’água durante os bloquinhos. Sucos, isotônicos, melancia, abacaxi e água de coco são excelentes opções. Além disto, prefira alimentos leves como barras de cereais, mix de castanhas ou frutas;
  • Como curar a ressaca: vale abusar da hidratação e consumir alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja, tomate e acerola, que ajudam o fígado a eliminar as toxinas do álcool. Além disto, vale a pena investir no chá de boldo que é bastante diurético e ajuda a eliminar o álcool mais rapidamente;

Fora os cuidados necessários com alimentação, no Carnaval as temperaturas altas e o sol forte também são pontos importantes a serem considerados na hora da folia, já que todos sabem que o cuidado com a pele é essencial. Paula Mota Vasconcelos, coordenadora dos cursos de Estética e Fisioterapia da Newton Paiva também traz algumas dicas de cuidados com a pele:

  • Use protetor solar: como diz o famoso texto lido por Pedro Bial, use sempre protetor solar. O ideal deve ser no mínimo FPS (Fator de proteção solar) 30 e que tenha também proteção de raios UVA (ultra violeta) - aparece com + ou número FP UVA 26, por exemplo). Além de que, com o suor, água, calor, esse tempo de proteção diminui. Diante disso, torna-se necessário reaplicar a cada 2 horas. Uma boa sugestão é ter um protetor em bastão para o rosto. Ele é pequeno e prático de levar numa pochete. Caso não consiga, opte por chapéus, bonés, roupas com fator de proteção, ou seja, mecanismos de proteção física também.
  • Bastante água no corpo = pele mais hidratada: quando estiver em casa, procure realizar uma skincare bem hidratante, conforme o seu tipo de pele. São recomendados ativos como o esqualano, aquaporines e ácido hialurônico para ajudar na hidratação da pele. Caso ocorra uma queimadura solar, é muito importante procurar atendimento médico. Bolhas por exemplo, são um sinal de queimadura de 2º grau.

“Seguindo essas dicas, você pode aproveitar o Carnaval de forma segura, saudável e divertida. Lembre-se que o Carnaval é uma festa de todos, e que o respeito, a solidariedade e a cidadania são essenciais para garantir a paz e a harmonia”, conclui a nutricionista Priscila.

 

Centro Universitário Newton Paiva


Vacinar Crianças e Adolescentes: Uma Medida Vital para Prevenir Complicações e Transmissão de Doenças nas Escolas

 

O início de um novo ano letivo é sempre repleto de expectativas, especialmente para os alunos mais jovens, para quem pode representar a primeira incursão em um ambiente escolar. No entanto, é também um período em que as preocupações com a saúde das crianças são amplificadas, já que o retorno ao convívio escolar aumenta o risco de transmissão de doenças. Em meio a essas preocupações, é fundamental destacar a importância de manter o cartão vacinal das crianças e adolescentes atualizado como parte essencial dos cuidados preventivos.

O Dr. Marco Cesar, Diretor Clínico Da Salus Imunização, ressalta que a volta às aulas coincide com um aumento significativo e intenso no contato entre as crianças, o que facilita a propagação de doenças. Ela destaca que muitas dessas doenças, especialmente as infecciosas, são preveníveis por meio da imunização. "Devido ao sistema imunológico ainda em desenvolvimento nas crianças, elas têm uma maior suscetibilidade a doenças infecciosas, especialmente aquelas transmitidas por gotículas, como as presentes na saliva, disseminadas pelo ar e pelo compartilhamento de objetos e brinquedos levados à boca", explica o Dr.

O avanço científico no campo da vacinação tem sido fundamental para controlar a propagação de várias doenças infecciosas, garantindo a proteção das crianças. "Graças à vacinação, muitas doenças que causavam sofrimento no passado, como a poliomielite e a difteria, já não são mais uma ameaça cotidiana. Para mantermos esse progresso e evitar que a história se repita, é crucial não negligenciarmos a importância da vacinação. As vacinas salvam vidas e mudaram o curso da história".

Neste contexto, é fundamental que os pais e responsáveis estejam cientes da importância de manter as vacinas das crianças e adolescentes em dia, não apenas para proteger a saúde individual de cada criança, mas também para contribuir para a saúde coletiva, reduzindo a propagação de doenças dentro das comunidades escolares e além.

Para garantir a saúde das crianças ao ingressarem em ambientes escolares ou de creche, a recomendação primordial é manter o calendário vacinal atualizado. Embora seja inevitável que ocasionalmente as crianças contraiam viroses, aquelas que estão vacinadas tendem a apresentar sintomas menos severos. É importante ressaltar que crianças que apresentarem qualquer sintoma devem permanecer em casa.

O Dr. destaca a importância de que, ao manifestar sintomas, a criança deve permaneçer em repouso em casa, mantendo uma alimentação adequada, hidratação e realizando lavagem nasal conforme necessário. A volta às atividades escolares deve ocorrer somente após a resolução completa do quadro infeccioso. Seguindo essas medidas, contribuímos para conter a disseminação dos vírus, prevenindo sua transmissão para outras crianças e promovendo uma recuperação mais rápida.

Além da vacinação, cuidados com a alimentação desempenham um papel fundamental na manutenção da imunidade das crianças. Manter uma dieta equilibrada e saudável é a melhor maneira de fortalecer a imunidade infantil. Ademais, a lavagem nasal adequada é uma prática que pode auxiliar no controle de quadros respiratórios, desde que realizada corretamente, respeitando a técnica indicada para cada faixa etária.

Portanto, diante do início do ano letivo, é imprescindível que a vacinação seja encarada como uma prioridade, uma medida essencial para garantir a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes, bem como para manter a segurança e a tranquilidade nas escolas e comunidades. Afima Dr Marco Cesar, Diretor Clínico da Salus Imunização.


Clínica de Vacinas Salus Imunizações


Saiba como evitar lesões no joelho e quadril durante a folia de Carnava

 

O carnaval está chegando e alguns cuidados devem ser tomados pelas pessoas que irão desfilar nas escolas de samba, curtir os trios elétricos e participar dos bloquinhos na rua ou nos clubes. Além de se manter bem hidratado nesses dias de calor intenso, é preciso ter atenção redobrada com as articulações do joelho e quadril durante as festas de desfiles. 

Os médicos do Instituto Fuchs, Rogério Fuchs e Thiago Fuchs, ortopedistas e especialistas em cirurgia do joelho e quadril, alertam sobre a importância de algumas medidas para prevenir lesões durante os bailes e desfiles de carnaval. 

“A primeira coisa para não se machucar nos blocos ou piorar algum problema no joelho e quadril é escolher o sapato adequado, especialmente para aquelas pessoas que vão andar bastante ou ficar atrás do trio elétrico. O tênis é a opção mais indicada por ser um sapato mais confortável e ainda amortecer o impacto”, explica Thiago Fuchs.



Joelho suporta de 2 a 7 vezes o peso do corpo 

Segundo os especialistas, o joelho suporta de 2 a 7 vezes o peso do corpo em uma caminhada, corrida ou descida de escadas, e o quadril recebe de 2 a 3 vezes a carga corporal por passo. Ao pular ou sambar na folia, o impacto nas articulações pode ser ainda maior. “O joelho e o quadril são responsáveis por sustentar todo o nosso corpo, e as irregularidades do solo e também do calçado podem prejudicar e até machucar essas articulações. As mulheres gostam de usar salto que combina bem com samba, mas o salto alto é um sapato muito instável especialmente na rua onde podem ocorrer quedas e entorses que podem machucar o tornozelo e o joelho”, afirma Rogério Fuchs, especialista em cirurgia do joelho há 44 anos. 

Para quem vai cair no samba, sejam foliões que apreciam a música típica carnavalesca ou para os sambistas profissionais, a dica é fazer uma preparação muscular prévia, para que os joelhos e quadris suportem a exigência da dança . No caso das mulheres, que utilizam sapatos de salto, o cuidado deve ser redobrado, explica o médico. 

"O samba possui movimentos repetitivos de flexão e rotação do quadril e joelho durante os passos e as coreografias. Por isso, o preparo muscular prévio é fundamental, assim como o cuidado com pisos irregulares e escorregadios, para evitar quedas e torções", enfatiza o cirurgião especialista em quadril, Dr. Thiago Fuchs.

 

Respeitar os limites 

Outra orientação importante é respeitar os limites do corpo. Permanecer longos períodos em pé, caminhando e dançando, exige bastante da musculatura e da articulação do joelho e do quadril. O médico ortopedista reforça a importância de descansar, independente se a pessoa vai curtir ou trabalhar no carnaval como segurança, organizadores de festas, policiais, animadores, músicos, vendedores, jornalistas, e tantos outros profissionais que continuam ativos nos próximos dias. 

Para um bom trabalho, precisamos de horas de sono e alimentação adequada. Roupas leves e calçados confortáveis, bem como proteção contra o sol, o calor e a desidratação devem ser priorizados. E, claro, controlar e respeitar os limites, cuidando sempre do corpo", finaliza Fuchs.


É possível passar o Carnaval sem menstruar e sem medo de engravidar?

 Ginecologista Ricardo Bruno explica o que pode ser feito para evitar ficar menstruada durante os dias de folia, mas, ainda assim, manter a eficácia dos métodos contraceptivos

 

Sempre que o Carnaval está chegando muitas mulheres se perguntam sobre como elas podem evitar que a menstruação desça justamente durante o feriado, para que possam curtir a folia sem ter que se preocupar com questões como cólicas e absorventes. 

Uma sugestão muito comum de ouvir é a emenda das cartelas de pílulas anticoncepcionais, mas será que traz consequências para a eficácia da contracepção? Segundo o ginecologista Ricardo Bruno (que é Mestre e Doutor em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Chefe do Serviço de Reprodução Humana do Instituto de Ginecologia da UFRJ e Diretor Médico da Exeltis Brasil), não! “Essa situação de emendar a cartela, para retirar o sangramento da menstruação, é na realidade uma questão mais de previsibilidade, ou seja, se você não quer ter o período menstrual durante o Carnaval você pode, sim, fazer a emenda de cartela. Esse procedimento não traz nenhum prejuízo em termos de contracepção e da eficácia do método, mas o que pode acontecer é trazer um sangramento inesperado a qualquer momento, que pode ser até dentro do próprio Carnaval, apesar de ser mais difícil de acontecer”, explica o especialista. 

Bruno também faz questão de ressaltar que para que essa emenda dê certo, a mulher precisa fazer o procedimento da forma correta. “O certo é, assim que acabar os comprimidos ativos, você despreza os que são placebo, a depender da cartela usada, que pode ser de 21 ativos e 7 placebos ou 24 ativos e 4 placebos, e começa uma nova cartela com os comprimidos ativos, que são os que têm realmente o hormônio da contracepção”, conta Bruno. 

Além disso, o ginecologista esclarece que a possibilidade de emenda não é exclusiva das pílulas, também é possível emendar o anel vaginal e o adesivo. Para isso, após completar os 21 dias de uso do anel, em vez de fazer uma pausa de 7 dias, a mulher deve retirar o anel e, logo no dia seguinte, começar um novo. Já com o adesivo, após tirar o terceiro adesivo que vem na caixa, no dia seguinte é preciso colocar um novo adesivo, de uma nova caixa. 

Para as mulheres que usam métodos contraceptivos de longa duração (LARCS), como implantes e DIUs (hormonais e não hormonais), também há uma forma de evitar a menstruação durante o Carnaval. “Quem utiliza esses métodos pode associar o DIU ou o implante com a pílula anticoncepcional durante esse período específico. Porém, é importante que toda a cartela seja tomada, independentemente de ser de 21 ou 24 comprimidos, mesmo que o feriado já tenha acabado”, aclara Bruno. 

O especialista também destaca que é essencial consultar um ginecologista antes de fazer qualquer um destes procedimentos, para que ele possa avaliar seu caso especificamente, com base em seu histórico. Além disso, Bruno também enfatiza que é fundamental usar camisinha, mesmo utilizando outros métodos contraceptivos. “A camisinha é um método contraceptivo que pode ter muitas falhas, mas ainda assim é um excelente método de proteção individual para ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis), principalmente em festas como o Carnaval, nas quais há um aumento nas relações casuais e no sexo casual, própriamente dito”, conclui o doutor.
 

 Exeltis


País tropical: identidade nacional ou risco à saúde?

Hidratação adequada previne problemas de saúde como
desidratação, infarto e AVC, causados pelo calor excessivo 
 Créditos: Envato

Altas temperaturas podem gerar danos, desde desidratação até infarto; cuidados redobrados são necessários para crianças, idosos e pessoas com comorbidades


O aumento de temperatura no Brasil entre os anos de 2000 e 2018 resultou na morte de aproximadamente 48 mil pessoas, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores de sete instituições brasileiras e portuguesas, incluindo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa.  

Embora as ondas de calor sejam por vezes subestimadas em relação a outros eventos climáticos, elas podem acarretar sérias consequências para a saúde, sendo associadas a problemas como insolação, desidratação e um aumento nos casos de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante as épocas mais quentes.


Doenças do calor

A clínica médica dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Larissa Hermann, destaca que a maioria dos problemas de saúde relacionados ao calor excessivo está ligada à tentativa do organismo de manter a temperatura corporal adequada em relação ao ambiente. “Essa compensação térmica pode resultar em desequilíbrio térmico, levando a complicações como desidratação, exaustão e insolação. Em casos extremos, pode até causar infarto e agravar algumas condições  específicas, como o lúpus, que tende a piorar devido à exposição ao sol”, esclarece.

A alta temperatura também impacta diretamente na saúde cardiovascular. “O calor afeta a saúde do coração, porque causa desidratação, o que pode resultar em uma série de problemas. Além disso, temperaturas muito elevadas podem alterar os vasos sanguíneos, afetando a pressão arterial, especialmente em pessoas que têm  quadros de variações de pressão, podendo ocorrer uma queda mais significativa durante esse período”, exemplifica o cardiologista dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Gustavo Lenci.


Faixas de risco

Algumas faixas etárias têm a saúde especialmente afetada pelas altas temperaturas e podem sofrer com casos mais graves por serem mais sensíveis aos efeitos de mudanças bruscas do clima. “Grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças, têm de tomar cuidados redobrados, justamente porque eles têm uma sensibilidade maior à perda de água, e isso acaba facilitando o desenvolvimento de problemas causados pelo aumento excessivo das temperaturas”, expõe a médica.

Mas o alerta vale para todas as pessoas com condição prévia de saúde. “Não só pacientes cardíacos, mas todas as pessoas com comorbidades sofrem mais risco em temperaturas elevadas. Isso porque uma pessoa saudável tende a se adaptar melhor às variações climáticas, tanto para o frio extremo quanto para o calor”, complementa o cardiologista Gustavo Lenci.


Cuidados a serem tomados

Para se proteger dos efeitos do calor, a hidratação é fundamental. Recomenda-se ingerir pelo menos dois litros de água ao longo do dia. Além disso, é aconselhável proteger-se ao máximo do sol utilizando protetor solar e barreiras físicas, como boné, chapéu e roupas com proteção solar. “Perdemos muita água ao tentar regular a temperatura do corpo, então, é muito importante manter a hidratação. Se possível, também é ideal evitar atividades físicas mais intensas, principalmente nos horários mais quentes ou em ambientes abertos com exposição ao sol”, finaliza Larissa Hermann.

 



Hospital São Marcelino Champagnat

Hospital Universitário Cajuru

 

Período carnavalesco acende alerta para a importância da prevenção às ISTs

Relação sexual desprotegida continua sendo o principal meio de transmissão; médica dá dicas para curtir a folia sem descuidar da saúde

 

Alegria, diversão e muita paquera. O período carnavalesco já chegou e, para muitas pessoas, essa é a melhor época do ano. Em alguns estados brasileiros, como Alagoas, a folia começa ainda em janeiro com a realização das tradicionais prévias de Carnaval. Mas é preciso ficar atento para não descuidar da saúde, já que essa é uma época propícia às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

As ISTs são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros microrganismos que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, são contabilizados mais de 1 milhão de casos entre pessoas de 15 a 49 anos de idade.  

“As festas de Carnaval, muitas vezes, trazem componentes de forte apelo sexual associado ao excesso de bebidas alcoólicas. O comportamento permissivo faz com que as pessoas se descuidem da prevenção”, comenta a alergista e imunologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Gisele Casado.

 

Conheça as principais ISTs e sintomas 

A médica afirma que existe uma variedade de ISTs, mas as principais são: Aids (HIV), herpes, hepatites virais, sífilis, clamídia, gonorreia, tricomoníase, cancro mole, condiloma acuminado (HPV) e Doença Inflamatória Pélvica (DIP).  

“Os sintomas podem variar de acordo com cada paciente e o tipo de patologia apresentada, mas, os quatro mais comuns são: corrimento, lesões, úlceras e verrugas. Eles podem acometer os órgãos genitais, a região anal e também outras áreas do corpo, como lábios e mão”, alerta a especialista.  

Além do sexo sem camisinha, as infecções sexualmente transmissíveis também podem ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas.

 

Prevenção 

Gisele Casado explica que o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais – oral, anal e vaginal – é o principal método de prevenção às ISTs.  

“É importante lembrar que quem tem uma vida sexual muito ativa, com vários parceiros, também pode fazer uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que são comprimidos que protegem contra a infecção pelo vírus HIV, mas que precisam ser utilizados de forma combinada com o preservativo para evitar infecção pelas outras ISTs”, complementa.

 

Confira outras dicas da médica para evitar ISTs e cuidar da saúde durante o Carnaval: 

• Evite usar trajes de banho úmidos por períodos longos. Essa medida evita doenças causadas por fungos, como a candidíase; 

• Não compartilhe objetos pessoais como instrumentos de manicure, pinças, aparelhos de depilação entre outros;

 • Se você teve relação sexual desprotegida, buscar atendimento médico até 72h após o ocorrido pode ajudar a evitar a contrair HIV, pois existe a PEP – Profilaxia Pós-Exposição, que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir ISTs.


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