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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Cuidado no carnaval

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo alerta para a combinação perigosa de álcool e medicamentos 


À medida que nos aproximamos do carnaval, muitos foliões já se preparam para celebrar a festa em diversos ambientes, desde blocos de rua até desfiles de escolas de samba e clubes. No entanto, é fundamental conscientizar sobre os riscos associados à combinação de álcool e medicamentos.

Quando álcool e medicamentos entram em contato no organismo, há o potencial de desencadear reações prejudiciais, como toxicidade. Ao ingerir álcool, o fígado ativa enzimas para metabolizá-lo, as mesmas enzimas responsáveis por processar alguns medicamentos. Isso pode sobrecarregar o organismo, comprometendo a eficácia dos medicamentos e impactando a saúde hepática.

Diversos medicamentos, como dipirona, paracetamol, ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, podem ter seu efeito comprometido pela interação com o álcool. Além disso, a combinação de álcool com certos medicamentos pode resultar em efeitos adversos, como hepatite medicamentosa, aumento do risco de úlcera gástrica e sangramentos, toxicidade gástrica e até mesmo desidratação.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo alerta que a educação e a conscientização desempenham um papel crucial na prevenção dessas interações prejudiciais. Recomenda-se evitar o consumo excessivo de álcool, intercalando-o com água ou outros líquidos, além de alimentos, para minimizar os efeitos deletérios. Em casos de dúvida sobre a interação de medicamentos com o álcool, é aconselhável buscar orientação de um farmacêutico.
 

Interações entre medicamentos e álcool:


Álcool e antidepressivos: aumento de reações adversas e efeito sedativo. Diminuição da eficácia dos antidepressivos.


Álcool e ansiolíticos (benzodiazepinas): aumento do efeito sedativo. Risco elevado de coma e insuficiência respiratória.


Álcool e inibidores de apetite: desaconselhado devido ao potencial de efeitos no sistema nervoso central. Possíveis efeitos: tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão.


Álcool e insulina: potencial geração de hipoglicemia. Inibição da disponibilidade de glicose, exigindo atenção à alimentação. Possibilidade de efeito antabuse, que causa náusea, vômito e pode levar a morte. O uso agudo de etanol prolonga os efeitos da insulina e o uso crônico de álcool inibe antidiabéticos.


Álcool e anticonvulsivantes: aumento de efeitos colaterais. Risco elevado de intoxicação. Redução da eficácia contra crises de epilepsia.


Álcool e dipirona: potencialização do efeito da dipirona pelo álcool.


Álcool e paracetamol: aumento do risco de hepatite medicamentosa.


Álcool e ácido acetilsalicílico: elevação do risco de sangramentos no estômago. Potencialização dos efeitos irritativos do ácido acetilsalicílico.


Álcool e antimicrobiano: associação com certos antibimicrobianos pode causar efeitos graves como o antabuse. Exemplos: metronidazol, trimetoprim-sulfametoxazol, tinidazole, griseofulvin. Outros antimicrobianos como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida não devem ser combinados com álcool devido ao perigo de inibição do efeito e potencialização da toxicidade hepática.


Álcool e anti-inflamatórios: aumento do risco de úlcera gástrica e sangramentos.

 

CRF-SP - Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo
www܂crfsp.org.br


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