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sábado, 21 de outubro de 2023

18 mitos sobre nutrição



1. Dieta “low carb” significa "livre de grãos"

Os carboidratos são encontrados em inúmeros alimentos, e não apenas grãos. As principais fontes de carboidratos são cereais, pães, massas, arroz, batata, mandioca, entre outros.

 

2. É preciso queimar as calorias que você consome para perder peso

Embora queimar mais energia do que se consome de modo a criar um déficit calórico seja um dos fatores mais importantes para uma perda de peso bem-sucedida, não é apenas isso que importa.

Uma preocupação excessiva com a ingestão de calorias desconsidera as diversas variáveis que podem impedir a perda de peso, mesmo que a pessoa esteja em uma dieta baseada no consumo de alimentos com baixo teor calórico.

Diferenças no metabolismo, genética, desequilíbrios hormonais, o uso de certos medicamentos, algumas condições de saúde como o hipotireoidismo: esses são apenas alguns dos fatores que podem dificultar a perda de peso para algumas pessoas, mesmo que elas sigam uma dieta restritiva.


3. Carboidratos são ruins porque causam ganho de peso

Carboidratos, assim como proteínas e gorduras, não causam ganho de peso: comer mais do que o necessário é o que provavelmente resultará em ganho de peso. No entanto, vale lembrar que os carboidratos são a principal fonte de energia para o nosso corpo, e cortá-los totalmente da sua alimentação vai provocar uma série de desequilíbrios que até podem levar a uma perda de peso, mas que sem dúvida está longe de ser o melhor caminho para uma vida mais saudável.


4. Você precisa fazer refeições pequenas e frequentes para ter saúde

Fazer refeições pequenas e frequentes regularmente ao longo do dia é um método usado por muitas pessoas para acelerar o metabolismo e a perda de peso. Porém, se você está com boa saúde, a frequência das suas refeições não é o único fator que determina a qualidade de sua alimentação. , desde que suas necessidades energéticas sejam atendidas.


5. Ovo faz mal para o coração

Os ovos contêm colesterol em suas gemas – cerca de 134 miligramas (mg) por ovo grande. O colesterol é a substância gordurosa do sangue que, em excesso, contribui para o entupimento das artérias e ataques cardíacos.

Até aí, ok. Mas a partir disso você rotular os ovos como "ruins para o coração" pode soar um pouco exagerado. A maioria das pessoas saudáveis ​​pode comer um ovo por dia sem problemas, pois o corpo simplesmente compensa a ingestão de colesterol produzindo menos colesterol. Os principais responsáveis ​​pelas doenças cardíacas são as gorduras saturadas e trans, que têm um impacto muito maior no aumento do colesterol no sangue, especialmente em pessoas propensas a essas doenças. Mas também não vá exagerar nos ovos. Equilíbrio, meu filho, equilíbrio.


6. Batata engorda e não é saudável

Muitas pessoas que querem perder peso ou melhorar sua saúde acabam evitando a batata por terem ouvido falar que batata engorda ou faz mal para a saúde.

No entanto, esses tubérculos ricos em amido são altamente nutritivos e podem fazer parte de uma dieta saudável. O que pode ocasionar um ganho de peso é o consumo excessivo, mas isso pode ocorrer com qualquer outro alimento.

Além disso, a batata é uma excelente fonte de nutrientes como o potássio, a vitamina C e as fibras.


7. Pão faz mal

O pão tem sofrido muito nos últimos anos (principalmente o pão branco). Os inimigos do pão geralmente apresentam dois argumentos contra seu consumo:

  • Pão engorda;
  • Pão contém muito glúten, o que é ruim para você.

O pão não vai engordar inerentemente, mas vale o cuidado com o que se coloca nele: manteiga, manteiga de amendoim, geleia ou mel são opções mais calóricas, com excesso de gordura ou açúcar, e que podem fazer desta uma opção não tão equilibrada para seu dia. Isso, sim, pode levar a um excedente calórico e, portanto, a um ganho de peso. Ah, e temos que lembrar que sempre que possível, vale optar pela versão integral, que traz fibras, vitaminas e minerais. Além disso, algumas pessoas optam por evitar o pão totalmente por causa de seu conteúdo de glúten. Os críticos do glúten afirmam que qualquer quantidade de glúten (uma proteína, ironicamente, e não um carboidrato) é um perigo para todos – e isso é um exagero. Na verdade, o glúten só deve ser evitado por pessoas portadoras da doença celíaca, que atinge uma pequena parcela da população.

Portanto, um pãozinho de vez em quando não vai fazer tão mal assim.


8. O micro-ondas é ruim para a comida e é perigoso para a saúde

Vários métodos de cozimento afetam os alimentos que você ingere. Quer você esteja usando um micro-ondas, uma churrasqueira a carvão, uma fritadeira ou um fogão com aquecimento solar, o calor e o tempo de cozimento afetam os alimentos. Então o coitado do micro-ondas não pode levar essa culpa sozinho.

Quanto mais tempo e mais quente você cozinhar um peixe, por exemplo, mais você perderá certos nutrientes sensíveis ao calor e à água, especialmente a vitamina C e a tiamina (uma vitamina B). Na verdade, como o cozimento no micro-ondas costuma cozinhar os alimentos mais rapidamente, ele pode ajudar a minimizar as perdas de nutrientes. Olha aí a gente aprendendo coisas novas.

O outro mito associado ao micro-ondas é que o seu jeito de aquecer deixa a comida “radioativa” (ou coisa assim), o que seria um risco terrível para a saúde. A verdade, porém, é que é impossível que isso aconteça. As micro-ondas que o seu forno emite para aquecer ou cozinhar um alimento são de baixíssima energia e não são absorvidas pela comida. Elas fazem as moléculas de água do alimento vibrarem, e é isso que deixa a comida quente.


9. Suplementos são um gasto desnecessário

Embora o ideal seja focar em uma dieta equilibrada e rica em nutrientes para uma vida saudável, os suplementos alimentares podem ser benéficos de muitas formas se consumidos de forma correta e com acompanhamento profissional.

Tomar suplementos específicos pode ajudar a melhorar a saúde de muitas pessoas, principalmente daquelas com condições adversas como pessoas com diabetes tipo 2 ou pessoas que necessitam de medicamentos variados como anticoncepcionais e estatinas, por exemplo. Por isso, o seu uso supervisionado não faz mal algum ao corpo humano. O importante é ter equilíbrio e não exagerar nos suplementos nutricionais.


10. Magreza é sinal de saúde

Essa é uma frase frequente e perigosa. De fato, a obesidade está associada a uma série de condições fisiológicas que podem ser prejudiciais à saúde, no entanto, isso não quer dizer que ser magro é a mesma coisa que ser saudável.

A busca pela magreza de forma compulsiva pode gerar problemas psicológicos e físicos que podem acabar sendo mais prejudiciais à saúde do que estar acima do peso, sobretudo quando se adota um estilo de vida saudável. O ideal é sempre buscar uma dieta nutritiva e manter uma rotina ativa de exercícios. E, claro: quem quer emagrecer, deve procurar a ajuda de um especialista.


11. Suco verde é a melhor opção para você

O fato de transformar o produto em suco remove a fibra, tornando o suco uma fonte mais concentrada de açúcar. O resultado é uma carga glicêmica mais alta, o que significa que o açúcar no sangue aumentará depois de beber o suco. E qual é a solução? Consumir frutas e vegetais inteiros. Simples, não?


12. Suplementos de cálcio são necessários para a saúde óssea

Muitas pessoas tomam suplementos de cálcio acreditando que assim vão manter os seus ossos saudáveis. Entretanto, esses suplementos só são recomendados para quem precisa, ou seja, para quem recebeu essa recomendação de um especialista.

O uso indevido de suplementos de cálcio pode ocasionar um risco maior de adquirir doenças do coração, por exemplo, para quem já tem essa propensão. Uma boa forma de ingerir mais cálcio de modo saudável é procurar alimentos ricos em cálcio, como leite, queijos, iogurte integral, sardinha, e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, etc.).


13. Uma taça de vinho tinto é necessária para um coração saudável

Isso vai frustrar muita gente – mas a verdade é que a maioria das pessoas não obteria benefícios em ingerir uma taça de vinho todas as noites. Se você gosta de vinho, consegue seguir as recomendações de consumo moderado, mantém um estilo de vida saudável e tem histórico familiar de doenças cardiovasculares, você até pode se beneficiar. Caso contrário, não há razão para começar a beber na esperança de proteger seu coração.


14. Suplementos de fibras substituem alimentos ricos em fibras

Muitas pessoas se preocupam em obter a quantidade certa de fibras, e por isso os suplementos de fibra costumam ser bastante populares. Embora esses suplementos possam fazer bem para a saúde, regulando o fluxo intestinal e o controle glicêmico no sangue, eles não servem como substitutos de alimentos que já são ricos em fibras.

Alimentos integrais ricos em fibras – como vegetais, leguminosas e frutas – também contêm outros nutrientes importantes para a saúde do corpo que não estão presentes nos suplementos.


15. Existe um único plano de dieta perfeito para todos

É a famosa fórmula mágica. Todos querem te vender, mas se você ainda não sabe, a gente te conta: ela não existe. Portanto, não caia nesse mito feito, principalmente, para pegar o seu dinheiro. Lembre-se que para perder peso com saúde, o acompanhamento de um profissional nutricionista, que vai entender certinho todas as suas necessidades é essencial!


16. Emagrecer é sempre fácil

Não sabemos quem inventou esse mito, mas com certeza foi alguém que nunca precisou emagrecer. A dica é não se deixar enganar pelas fotos de antes e depois que se veem na internet, nem por histórias sobre perdas de peso muito rápidas obtidas com pouco ou nenhum esforço.

Perder peso nem sempre é fácil. É preciso constância, paciência, trabalho árduo e, acima de tudo, amor próprio. A perda de peso não acontecerá da mesma maneira para todas as pessoas; é preciso respeitar as características do corpo e seguir uma dieta adequada ao seu metabolismo e à sua fisionomia; fatores genéticos podem tornar a perda de peso mais fácil para alguns do que para outros e, por isso, é sempre recomendável o acompanhamento com um nutricionista.


17. Todas as gorduras fazem mal

Não é verdade. Existem muitos tipos diferentes de gorduras – alguns deles são uma parte essencial da sua dieta, outros devem ser completamente banidos do seu carrinho de compras. A dica é saber diferenciá-las.

As gorduras insaturadas, por exemplo, podem proteger nossa saúde diminuindo o colesterol LDL (mau) no sangue. Porém, as gorduras saturadas de carnes e laticínios aumentam os níveis de colesterol total e LDL (ruim). Enquanto isso, as gorduras trans, não só aumentam o colesterol total e LDL (ruim), mas também reduzem o colesterol HDL (bom).

Resumindo: algumas gorduras afetam positivamente a sua saúde, enquanto outras aumentam o risco de doenças cardíacas. A chave é substituir as gorduras ruins por gorduras boas em nossa dieta.


18. Só mulheres têm distúrbios alimentares

Quem pensa isso está completamente equivocado. Muitas pessoas acreditam erroneamente que os transtornos alimentares e as tendências alimentares desordenadas afetam apenas as mulheres – quando na realidade os homens, sejam adolescentes ou adultos, também estão em risco.

Além do mais, segundo pesquisas, mais de 30% dos adolescentes do sexo masculino nos Estados Unidos, por exemplo, relatam insatisfação com seu corpo e procuram tentar usar métodos não convencionais – sem desenvolver o hábito de praticar exercícios nem adotar uma dieta saudável – ​​para atingir o tipo de corpo ideal de maneira imediata.

Esses foram apenas 18 dos inúmeros mitos que cercam a nutrição. Quer tirar todas as dúvidas? Procure um(a) especialista: essa é a pessoa mais indicada para explicar melhor o que é mito e o que é verdade e, principalmente, fazer uma dieta específica para você. Não caia no conto do vigário.

 

Perguntas Frequentes

 

  • Carboidratos causam aumento de peso?

Carboidratos, assim como proteínas e gorduras, não causam ganho de peso. Comer mais do que o necessário é o que provavelmente resultará em ganho de peso.

 

  • Suco verde é a melhor opção?

O fato de transformar o produto em suco remove a fibra, tornando o suco uma fonte mais concentrada de açúcar. O resultado é uma carga glicêmica mais alta, o que significa que o açúcar no sangue aumentará depois de beber o suco. O melhor é consumir frutas e vegetais inteiros.

 

  • Todas as gorduras fazem mal?

Não é verdade. Existem muitos tipos diferentes de gorduras, e alguns deles são uma parte essencial da sua dieta, enquanto outros devem ser completamente banidos do seu carrinho de compras. A dica é saber diferenciá-las.

 

 



https://qbemqfaz.com.br/alimentacao/mitos-sobre-nutricao


Fontes:
https://www.healthline.com/nutrition/biggest-lies-of-nutrition
https://www.csuohio.edu/recreationcenter/7-popular-myths-about-nutrition
https://examine.com/nutrition/awful-nutrition-myths/#summary7
https://www.everydayhealth.com/diet-nutrition/popular-food-and-nutrition-myths-you-shouldnt-believe/
https://www.healthhub.sg/live-healthy/294/debunking_10_nutrition_myths
https://grow.cals.wisc.edu/deprecated/five-things/the-top-five-myths-about-microwave-cooking


Entidade médica emite alerta e traz recomendações para o uso de telas entre crianças e adolescentes

 

Departamento de Foniatria da ABORL-CCF publica nota técnica aos profissionais de saúde e reforça a importância das experiências sociais e sensoriais para o desenvolvimento cognitivo e linguístico na infância

 

A exposição excessiva às telas pode resultar em atrasos no desenvolvimento da fala e linguagem em crianças. Esse é o principal alerta que o Departamento de Foniatria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) faz em nota técnica publicada nesta segunda-feira (09/10), no site da entidade médica. 

No documento, que também pode ser acessado pelo link, especialistas trazem recomendações sobre o uso de dispositivos eletrônicos, como celular, tablets, televisão e equipamentos afins, durante a infância e a adolescência. 

A Fonitaria é uma sub-área da Otorrinolaringologia responsável por diagnosticar distúrbios de linguagem humana e comunicação. De acordo com os especialistas da área, a linguagem, considerada o sistema mais complexo dos seres humanos, é moldada desde os primeiros anos de vida por padrões universais de percepção e produção de fala, por exemplo. Além disso, as experiências sociais e sensoriais também ajudam a formar o desenvolvimento cognitivo e linguístico de bebês e crianças. 

As crianças observam, rastreiam, imitam e analisam as pistas sensoriais, quanto a forma como os pais ou cuidadores interagem, incluindo a quantidade e a qualidade da fala, das brincadeiras e da leitura para a criança. Tudo isso afeta diretamente o desenvolvimento da linguagem nos primeiros três anos de vida. 

Diante das telas, as crianças têm menos oportunidades de interagir com as pessoas. Isso reduz o tempo que deveria ser dedicado a brincadeiras e a atividades físicas, seja em casa, na escola ou ao ar livre. Essas atividades, quando realizadas sozinhas, com pais, amigos ou na escola, são fundamentais e estão de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“A percepção auditiva das crianças menores de cinco anos difere dos adultos, devido à imaturidade do sistema auditivo. Este período inicial é crítico para o desenvolvimento da linguagem, sendo fundamental a exposição sem ruídos de fundo para a construção eficaz de "mapas" cerebrais dos sons das palavras”, informa a coordenadora do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF, Dra. Mônica Elisabeth Simons Guerra. 

A nota técnica ressalta que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a luz emitida pelas telas podem acarretar em uma série de problemas de saúde e no desenvolvimento, incluindo sedentarismo, obesidade, isolamento social, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e afeto à produção de melatonina, provocando problemas de concentração e memória.

 

Adolescência 

Os adolescentes que ficam em exposição prolongada às telas têm interferência na fase de desenvolvimento crítico, influenciando comportamentos como busca por sensações, aumento da sexualidade e impulsividade. As recomendações da Associação Americana de Psiquiatria (APA) e outras organizações destacam a necessidade de equilíbrio no uso de telas nesta fase. 

O que começa como uma distração na tela ou simples experimentação de um jogo de videogame pode interferir no sono, na atividade física, no desempenho escolar e nas interações sociais presentes, além de levar a frustrações, isolamento, distorções da realidade e sentimentos perturbadores com os quais os adolescentes ainda não conseguem lidar, podendo ser gatilhos para transtornos psíquicos mais graves. 

“Até os 2 anos de idade, não é recomendado o uso de telas. Entre 3 e 6 anos de idade, esse tempo não deve exceder 1 hora por dia e deve ser reservado para atividades que envolvam interação com os pares, pais e cuidadores. E acima de 6 anos de idade e no caso dos adolescentes, deve-se pôr limites para garantir um equilíbrio saudável entre o tempo gasto em atividades físicas, sociais, sono e educacionais”, finaliza Dra. Mônica.

 

Semana da Foniatria

Para conscientizar sobre os efeitos negativos do uso excessivo de tela na infância e adolescência, o Departamento de Foniatria da ABORL-CCF promoverá na 2ª Semana da Foniatria de 16 a 20 de outubro. A iniciativa reunirá médicos instruindo a população sobre o assunto e respondendo dúvidas em bate-papos ao vivo pelo Instagram @otorrinoevoce, canal mantido pela ABORL-CCF para a promoção da educação em saúde.

 

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial - ABORL-CCF


Sistema brasileiro de normalização voltado à segurança alimentar é reconhecido internacionalmente pela ISO

 ABNT possui sistema ágil para acesso de normas que garantem a qualidade e a segurança dos alimentos

 

Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 780 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo. No momento em que o mundo se volta a discutir o aumento significativo no número de pessoas afetadas pela escassez de alimentos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) contribui com cadeia produtiva do setor de Alimentação oferecendo Normas Brasileiras para o gerenciamento de processos, do campo à mesa. 

A ABNT foi recentemente reconhecida pela Organização Internacional de Normalização (ISO), como organismo de normalização que oferece melhores soluções para o acesso às normas, com agilidade, atendendo ás exigências da ONU. 

Dentre as normas voltadas ao tema estão a ABNT NBR ISO 22000:2019 – Sistemas de gestão da segurança de alimentos – Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos é uma delas. O documento tem como objetivo auxiliar as organizações integrantes da cadeia produtiva de alimentos no gerenciamento de processos seguros. 

Para tanto, a norma atende desde os fabricantes de alimentos para animais e produtores primários, até processadores de alimentos para consumo humano, operadores de transporte e estocagem, distribuidores varejistas e serviços de alimentação, incluindo organizações inter-relacionadas, tais como fabricantes de equipamentos, materiais de embalagem, produtos de limpeza, aditivos e ingredientes. 

Outra norma voltada à Segurança Alimentar é a ABNT NBR 15635:2015 – Serviços de alimentação. Esta norma especifica os requisitos de boas práticas e dos controles operacionais essenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar e documentar que produzem alimentos em condições higiênico-sanitárias adequadas para o consumo. 

A coletânea de normas também pode ser adquirida no serviço ABNT Catálogo, por meio do link

 


Sobre a ABNT

A ABNT é o único Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo Governo Federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais diversos setores. A ABNT participa da normalização regional na Associação Mercosul de Normalização (AMN) e na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da normalização internacional na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC). Desde 1950, atua também na área de certificação, atendendo grandes e pequenas empresas, nacionais e estrangeiras. Possui atualmente mais de 400 programas de certificação, destinados a produtos, sistemas e verificação de gases de efeito estufa, entre outros. A sociedade identifica na Marca de Conformidade ABNT a garantia de que está adquirindo produtos e serviços em conformidade, atendendo aos mais rigorosos critérios de qualidade. A ABNT Certificadora tem atuação marcante nas Américas, Europa e Ásia, realizando auditorias em mais de 30 países.


Neurociência aponta os caminhos da educação


É interessante observar como a Neurociência vem ganhando espaço no nosso cotidiano. Disciplina recente, ela agrupa conhecimentos sobre Neurologia, Psicologia e Biologia em estudos que relacionam a estrutura do sistema nervoso central e como ele afeta a área cognitiva e, logo, a aprendizagem. 

 

A Neurociência tem se preocupado em analisar de quais maneiras as percepções, as emoções, a afetividade, o movimento, a inteligência e até mesmo a memória e a formação do ‘eu’ como pessoa interferem no processo de aprendizagem. Como os seres humanos são sociáveis e aprendem de forma voluntária ou involuntária, podemos notar que nosso cérebro adquire conhecimento mesmo das maneiras mais estranhas e inesperadas: apenas focando em uma imagem, observando uma ação, ou mesmo num inesperado flash da mente, que traz informações armazenadas ao longo da vida. Ou seja, muitos fatores interferem nas questões de aprendizagem independente do potencial de capacidade de raciocínio. 

 

Perceba que algumas crianças, mesmo que estimuladas e prontas para desenvolver a leitura, podem não alcançar tal objetivo. Isso pode ocorrer por questões sociais, emocionais e até pela falta de uma alimentação saudável, que consequentemente não municiará o cérebro com as vitaminas básicas para o seu pleno funcionamento. 

 

Diante de todas essas informações, podemos considerar que já estamos vivendo um novo momento no processo de construção dos saberes na infância. Avalio, que precisamos construir um processo educativo capaz de trazer à criança a autonomia e a identidade. Aliás, não só para as crianças, mas para a sociedade na qual ela está inserida. 

 

Hoje não é possível mais se dedicar apenas à Pedagogia para resolver as questões inerentes à sala de aula. O pedagogo também precisa ser um neuropesquisador, visto que as emoções têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e vontades. Em geral, são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino. 

 

Note, que o estado emocional geralmente impede o indivíduo de exercer determinadas atividades cognitivas. O cérebro humano, embora pareça uma massa única, possui divisões - as chamadas áreas cerebrais - que são as grandes responsáveis por atitudes e comportamentos humanos, como ver, ouvir, sentir fome, entre outras, além de realizas várias tarefas incríveis, como controlar a temperatura corpórea, a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração. Isso significa que o cérebro aceita milhares de informações vindas dos nossos sentidos e faz as interconexões destas informações. 

 

Apesar de toda essa capacidade, ainda nos surpreendemos quando uma criança ou mesmo um adulto, com alta capacidade de raciocínio, não consegue desenvolver seu potencial cerebral. Não seria o nosso cérebro capaz de reproduzir, nas ações diárias, tudo que lá está armazenado? 

 

Precisamos entender que os estímulos externos ajudam o cérebro a trabalhar na área específica que desejamos. Se conseguirmos conciliar um ambiente agradável com ajuda psicológica e valores morais, o cérebro pode reagir de maneira mais eloquente e transformar o que antes eram apenas funções cerebrais em ações, pois irá transmitir ao corpo toda a aprendizagem que está armazenando quando estabelece as relações entre as atividades cerebrais. 

 

Para que haja aprendizagem, todo o exterior irá contribuir. É por isto que a Neurociência não se propaga apenas como um estudo cerebral, mas trata o indivíduo como um todo, incluindo suas relações familiares e sociais. 

 

Sendo assim, conhecer o papel do hipocampo na consolidação de nossas memórias, responsável pelas nossas emoções, desvendar os mistérios que envolvem a região frontal sede da cognição, linguagem e escrita, poder entender os mecanismos atencionais e comportamentais das crianças com TDAH, terão papel fundamental para despertar a mente humana e ajudar a nortear os passos para a conquista da leitura e da escrita. 

 

O cérebro ainda é um grande e complexo mistério, porém somente através dos estudos das reações das crianças e adolescentes aos estímulos da região temporal ligada à percepção é que poderemos ter um diagnóstico mais preciso e encontrar as causas das deficiências de aprendizagem e ajudar a conquistar esta parte do cérebro que está parada, como num estado de letargia, sem querer atender aos estímulos. 

 

É imprescindível e de fundamental importância tomar posse desses novos e fascinantes conhecimentos para praticar uma pedagogia moderna, ativa, contemporânea, que se mostre atuante e voltada às exigências do aprendizado em nosso mundo globalizado, veloz, complexo e cada vez mais exigente. 

 



Sueli Conte - Psicóloga, Psicopedagoga, Doutoranda em Neurociências, Mestre em Educação, aplicadora e facilitadora da Barra de Access e ThetaHealing, além de fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte, localizado na Zona Sul de São Paulo.
www.instagram.com/saudeintegrativa_oficial
www.instagram.com/sueliconteoficial


Como lidar com a ansiedade pré-Enem: ebook gratuito traz alternativas para controle socioemocional

Conteúdo desenvolvido pela Academia Soul discute como tornar mais proveitoso o período de estudos

 

A angústia do ano vestibular afeta diversos adolescentes durante o Ensino Médio. Os estudos necessários podem acabar comprometidos pela ansiedade de um período decisivo para o futuro de cada um. Foi pensando nessa apreensão entre os jovens, que a Academia Soul acaba de lançar o ebook gratuito, a menos de um mês para a prova mais importante do ano, o Enem. O ebook “Adolescentes em época de vestibular: um guia para cuidar da saúde mental” é direcionado tanto a educadores, quanto a familiares de vestibulandos que desejam dar maior apoio aos jovens numa fase tão tensa e decisiva. 

Para a maioria dos adolescentes, o desafio de passar no vestibular vem acompanhado de uma carga significativa de pressão psicológica. De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pela empresa de treinamento CMOV, 82% dos jovens participantes afirmaram não saberem o que desejam fazer profissionalmente. Ainda indecisos, muitos vestibulandos enfrentam a disputa por uma vaga na universidade com determinação e esperança, mas a jornada pode se transformar em uma verdadeira batalha emocional, levando a crises de ansiedade e outros sofrimentos relacionados à saúde mental. 

“A rotina pesada de estudos é uma constante na vida desses adolescentes que buscam ingressar numa instituição de ensino superior, no curso desejado. Além disso, muitos alunos têm ainda que lidar com a pressão familiar por resultados e a inevitável comparação com outros alunos que tiveram os resultados desejados mais cedo”, conta Fernando Gabas, CEO da Academia Soul. 

A obra destaca métodos para tornar todo o processo uma fase mais proveitosa e agradável. Fornecer apoio psicológico profissional, criar espaços de diálogo, incentivar a prática de atividades físicas e flexibilizar a carga horária de aulas são alguns dos assuntos discutidos no material.  

“A vida após a escola é repleta de desafios, e a pressão para passar no vestibular é apenas o começo. Portanto, é nossa responsabilidade coletiva preparar as gerações mais jovens, não apenas com conhecimento acadêmico, mas também com as ferramentas emocionais e mentais necessárias para enfrentar o que está por vir”, conta Gabas.  

O ebook está disponível gratuitamente para download no site da Academia Soul. Para acessar o material basta acessar o link, realizar um pequeno cadastro e o material será enviado via email: Link


A poderosa soneca da tarde

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Não, não me refiro ao urso da foto, mas a nós, os humanos! Sim, agora você já pode tirar aquela sonequinha deliciosa a tarde, seja num dia de sol, chuva ou no trabalho, e sem se sentir culpado ou pensar que é preguiçoso! Bem, se você não se sente ou sentia intimidado, melhor ainda!

 

Hoje, estudiosos e especialistas do sono garantem que é saudável tirar uma soneca. Maravilha! Mas vale o lembrete: coloque o despertador para 20 ou 30 minutos depois, pois mais do que isso você não somente corre o risco de interferir no sono da noite, como também entrará numa fase de sono profundo, e acordar desse sono pesado deixará você um pouco atordoado. Portanto, embora alguns estudiosos defendam a soneca de 20 minutos e outros falem em 30 minutos, todos concordam que além dos 30 não é aconselhável.

 

A soneca poderosa nos energiza pelas próximas quatro a seis horas e assim tendemos a realizar mais tarefas, explica o especialista em doenças do sono, o médico Javaad Khan. Ainda de acordo com o médico, as sonecas rápidas são de grande benefício para a saúde, e estes incluem: reduz a fadiga, você se sente mais relaxado, aumenta o estado de alerta, melhora o humor e o desempenho.  

 

Com relação ao sono noturno, a médica especialista do sono Shanon Makekau alerta e discute vários sintomas ligados ao sono interrompido, incluindo problemas respiratórios, como ronco, falta de ar e respiração interrompida. Ela ainda observa que esses sintomas podem estar ligados à apneia do sono e podem causar sonolência diurna, dor de garganta ou garganta seca, dores de cabeça matinais, depressão e problemas de memória. O ideal é você consultar um especialista nesses casos. No entanto, a soneca poderosa pode ajudar a restaurar o sono insuficiente da noite.

 

Mas os benefícios não param por aí, e a soneca poderosa também pode estimular o sistema imunológico e reduzir o estresse, ajudando, assim, os portadores de doenças autoimunes. Além do quê, as sonecas também podem ajudar a manter o coração saudável, foi o que mostrou um estudo em que os participantes cochilavam uma ou duas vezes por semana. Eles apresentaram um risco menor de sofrer um evento cardiovascular.

 

Naturalmente que nem todo mundo precisa das sonecas poderosas. Caso você durma as recomendadas sete a nove horas de sono por noite, acorde bem-disposto e tenha energia suficiente ao longo do dia todo, é bem provável que não precise se preocupar com a soneca poderosa. Mas para compensar uma noite mal dormida a soneca poderosa é tudo de bom!

 

Dicas da Fundação do Sono americana:

 

Programe breves sonecas à tarde:  a soneca poderosa é uma maneira eficaz de pessoas privadas de sono recuperarem a cota diária. Sonecas que duram entre 10 e 20 minutos são consideradas ideais, pois geralmente são longas o suficiente para ajudá-lo a se sentir revigorado, sem permitir que você entre nos estágios de sono profundo.

 

Não cochile muito perto do sono noturno: uma boa regra é cochilar no meio do caminho entre a hora de acordar e a hora de ir para a cama.

 

● Para melhorar o sono noturno limite à exposição: aos smartfones, tablets, televisão e computadores, pois todos estes aparelhos têm telas que emitem luz azul, o que pode interferir no ritmo circadiano que orienta o ciclo de sono. Estudos demonstraram que reduzir a exposição à dispositivos com tela pode nos ajudar a adormecer com mais facilidade.

 

Encontre o local certo para descansar: o melhor ambiente para tirar uma soneca é o mesmo da noite: um lugar fresco, escuro, silencioso e confortável. Seu quarto é o ideal. E tampões para os ouvidos e uma máscara para os olhos podem ajudar, diz Makekau.

 

Mas se nada disso for viável... improvise! Boa soneca! 



Florence Rei - formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. www.florencerei.com / email: florence.rei.florence@gmail.com


Eclipses de 2023 jogam luz ao tema das Relações Humanas

Quarto Eclipse do ano de 2023 acontece em outubro


A astróloga Virginia Gaia destaca: "O ano de 2023 terá, ao todo, quatro eclipses: um solar total, um lunar penumbral, um solar anular e um lunar parcial. Destes, dois deles acontecem no eixo formado pelos signos de Áries e Libra e outros dois, no eixo entre Touro e Escorpião. Os eclipses acontecem sempre em pares e seguem um ciclo bem definido e conhecido desde a Antiguidade, chamado de Ciclo de Saros. Os temas regidos pelos signos do eixo eclipsado ficam em evidência no período."  

Enquanto Áries e Libra tocam especialmente no equilíbrio entre a individualidade e o que realizamos junto ao outro, Touro e Escorpião falam exatamente sobre reter e transformar em conjunto. 

 Os eclipses têm repercussão tanto individualmente, dependendo de onde acontecem em relação ao mapa astral, como também afetam a coletividade. Globalmente, temas como a diplomacia e as relações comerciais entre diferentes países devem passar por profundas mudanças ao longo de 2023.  

Vale lembrar também que os eclipses de 2023 ativam importantes movimentações celestes que dão o tom dos próximos meses, como a passagem de Júpiter pelos signos de Áries e Touro. Assim, ademais das questões relacionais e materiais, a simbologia dos eixos afetados pelos eclipses é também bastante rica no que tange aspectos imateriais, como estética e justiça, além de tocar em assuntos tabu como a relação com o poder, a morte e a sexualidade. Com os eclipses acontecendo nessa área do céu, cuja simbologia toca profundamente as relações humanas, 2023 inspira muitas reflexões sobre o que está na dimensão entre o eu e o outro. 

Os dois primeiros eclipses de 2023 aconteceram em 20 de abril, no signo de Áries (solar total) e em 5 de maio, no signo de Escorpião (lunar penumbral). 

Confira detalhes do último eclipse de 2023, lembrando que mapas astrais com planetas pessoais a até 5 graus de distância de onde acontece cada um dos eclipses são diretamente afetados por eles, por um período que pode chegar a até seis meses. Para calcular gratuitamente o mapa astral e saber o ponto exato onde acontece cada um dos eclipses, pode-se ir a este link: www.virginiagaia.com.br/mapa-astral-gratuito

 

- 28 de outubro: Eclipse Lunar Parcial – Lua aos 05°09’ do signo de Touro

De mãos dadas com o planeta Júpiter, também em Touro, a Lua Cheia taurina será parcialmente encoberta pela sombra da Terra projetada em em nosso satélite natural. Levando atenção a todos os temas econômicos de maneira geral, a Lua Cheia remeterá à prosperidade e à expansão de riqueza. Alinhada e, portanto, na mesma longitude da Lua Cheia eclipsada parcialmente, estará Sheratan, a estrela Beta da Constelação de Áries. Sinalizando o meio da cabeça do carneiro que homenageia o rico e mítico Velocino de Ouro, Sheratan simboliza a força de realização, o ímpeto da geração de riqueza e da fertilidade. 

 

Virginia Gaia - Astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas. Com presença constante como especialista em diversos meios de comunicação, é colaboradora fixa de conteúdo na Istoé. Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada há mais de 20 anos, Virginia é também sexóloga profissional e, em sua abordagem terapêutica, une conceitos das áreas de desenvolvimento da espiritualidade, da afetividade e da sexualidade para estimular o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos melhores. www.virginiagaia.com.br


"Muitos psicopatas não são criminosos", alerta psiquiatra do CEUB

Embora exista forte correlação com o comportamento criminal, o transtorno de psicopatia deve ser visto pelo que é: um atraso no desenvolvimento emocional


Diferente de personagens de filmes e séries, a psicopatia é um distúrbio psicológico comum na sociedade, que se manifesta por meio de características de personalidade como egocentrismo, ausência de empatia e remorso, comportamento antissocial que envolve dificuldade em inibir ações prejudiciais às outras pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 pessoas apresenta psicopatia. Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) fala sobre as características do transtorno.

 

Como uma pessoa se torna um psicopata?

LB: A etiologia da psicopatia não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais. Alguns estudos sugerem que existem anormalidades cerebrais associadas à psicopatia. Além disso, experiências traumáticas durante a infância e outros fatores ambientais podem contribuir para o desenvolvimento deste transtorno.

 

Quais são os sinais que um psicopata demonstra?

LB: Os psicopatas muitas vezes são charmosos e manipuladores, mas também podem demonstrar falta de remorso, culpa, incapacidade de empatia, mentira patológica, impulsividade e irresponsabilidade. Além disso, eles podem ter uma percepção grandiosa de si mesmos e necessidade de estímulo constante. No entanto, diferente do que é difundido pelas peças de ficção, a maioria das pessoas que apresenta comportamento psicopático demonstra ter algum grau de comprometimento cognitivo.

 

 

Quais são os tipos de psicopatias? E quais as principais diferenças entre eles?

LB: Existem debates sobre como classificar a psicopatia, mas uma abordagem comum divide os psicopatas em dois tipos principais: não-grupalizados e grupalizados. Os não-grupalizados ou psicopatas verdadeiros parecem ter uma predisposição biológica ou genética para o comportamento psicopático e não conseguem estabelecer relação de confiança com comparsas.

 

Qual é a diferença entre os psicopatas e os sociopatas?

LB: Enquanto os sociopatas conseguem estabelecer vínculos do tipo tribal e respeitar o grupo, os psicopatas afrontam as regras estabelecidas pela sociedade, mas respeitam a regras do crime. Os sociopatas tendem a ser mais impulsivos e voláteis, podendo formar laços emocionais, embora sejam muitas vezes frágeis. Já os psicopatas geralmente são vistos como mais calculistas, manipuladores e com uma falta de emoção mais acentuada.

 

A psicopatia é considerada uma doença ou um transtorno? E por quê?

LB: A psicopatia é considerada um transtorno de personalidade, especificamente um subtipo do Transtorno da Personalidade Antissocial. Não é classificada como uma doença no sentido tradicional porque é uma condição crônica e estável ao longo do tempo. É considerada um atraso no desenvolvimento emocional, assim como o retardo mental é um atraso no desenvolvimento cognitivo.

 

Considerar um criminoso como psicopata pode influenciar na pena dele?

LB: Sim, em alguns sistemas jurídicos, se um criminoso é diagnosticado com o transtorno de personalidade antissocial, isso pode influenciar na avaliação da sua responsabilidade criminal ou na determinação da sentença, geralmente sob a justificativa de que ele apresenta um risco maior de reincidência.

 

Existe cura para a psicopatia?

LB: Até o momento, não há uma "cura" para a transtorno de personalidade antissocial. O tratamento é desafiador, pois muitas vezes eles não reconhecem que têm um problema ou não sentem necessidade de mudança. No entanto, em alguns casos, terapias e intervenções podem ajudar a gerenciar comportamentos principalmente dos sociopatas.

 

Os psicopatas têm alguma tendência a cometer crimes?

LB: Nem todos as pessoas com transtorno de personalidade antissocial são criminosos, embora exista uma forte correlação com comportamento criminal. Devido à sua impulsividade, falta de remorso e outras características, eles têm maior probabilidade de envolvimento em atividades criminosas. No entanto, muitos criminosos não são psicopatas e muitos psicopatas não são criminosos.

 

5 dicas para substituir o uso de telas por crianças

Hoje mais comuns do que nunca, as telas e aparelhos eletrônicos têm graves efeitos no desenvolvimento infantil; psicóloga comenta os principais pontos sobre o assunto



Outubro é o mês das crianças e esse é um ótimo momento para tirar os pequenos das telas. Celulares, computadores e televisões estão sempre presentes em nosso cotidiano, acostumando nossas mentes às informações rápidas e excessivas emitidas por esses dispositivos. Embora já seja parte de nosso cotidiano, não nascemos preparados para lidar com tanta informação durante a infância, podendo afetar o desenvolvimento infantil quando a introdução a telas não é feita com esmero.

 

Os riscos de expor crianças às telas é tanto fisiológico quanto psicológico. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a exposição a telas eletrônicas, por qualquer período, não é recomendada para crianças menores de 2 anos. Caso aconteça, pode acarretar problemas no futuro para os olhos, comportamento, aprendizado e sociabilidade dos pequenos. Porém, embora não seja recomendado, o uso de telas tende a ser frequente. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, mostrou que o uso de aparelhos eletrônicos por crianças aumentou de 15% para 59% nos últimos dois anos.

 

O mais importante para o desenvolvimento infantil é manter a criança com estímulos que impulsionam o aprendizado. “Os pais devem se envolver com a rotina dos filhos, é importante ter momentos de qualidade e vivências. Trazer ideias de brincadeiras, jogos e interações é essencial”, mostra a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP.

 

Para ajudar os pais que têm dificuldades na hora de gerenciar o tempo de tela dos filhos, a especialista lista as principais dicas sobre o assunto. Confira:

 

1. Comunicação é essencial: a principal dica para manter o desenvolvimento infantil dos filhos em dia é sempre ter um diálogo com os pequenos. “É necessário dar o exemplo, não adianta tirar o tablet da criança se os pais estão o dia todo com os celulares em mãos. O grande problema é o uso excessivo e não o uso, então o desafio é encontrar um equilíbrio que seja bom para todos. E, para encontrar isso, a melhor forma é sempre manter um diálogo aberto com seus filhos”, aconselha Vanessa.

 

2. Estabeleça regras: ter uma rotina definida, momentos para brincar, conversar e gradualmente apresentar as telas é uma boa alternativa. “Delegar as tarefas aos pequenos, incentivar as descobertas, ensinar a lidar com frustrações, deixar a criança errar e mostrar que isso é natural, ajudar a guardar os brinquedos, jogar as roupas no cesto, também pode ajudar a criar senso de responsabilidade”, complementa. 

 

3. Evite deixar a criança muito independente: é ideal que as crianças tenham autonomia para se tornarem adultos mais autossuficientes, no entanto, deve haver restrições. “Ficar exposta por muito tempo nas telas pode causar problemas emocionais, como depressão, ansiedade, falta de conexão com a família e amigos, euforia exagerada, que vêm do excesso de estímulos dos aparelhos”, alerta a psicóloga.

 

4. Incentive a saída das telas: é importante manter o lúdico na vida das crianças, com o intuito de protegê-las dos efeitos colaterais das telas. “Existem muitos benefícios de deixar as crianças longe das telas, como redução de estresse e ansiedade, por permitir um momento de relaxamento e concentração, fazer coisas diferentes que saiam da rotina é muito saudável. Criar novos hábitos como brincar, viajar, ter algum hobbie especial, esportes e, principalmente, rotina. É preciso ter um horário estabelecido para o uso dos equipamentos. Assim, a criança começa a entender que há uma vida fora das telas”, diz Gebrim.

 

5. Eduque e divirta: a primeira infância é um processo de aprendizagem, mas também é o momento de aproveitar a infância dos pequenos, sem telas e aparelhos no meio. “Os bebês precisam de estímulos aplicados de forma certa. A falta ou o exagero podem ser negativos. Além disso, o uso elevado de telas como “recurso pedagógico” não é recomendado. É preciso evitar o excesso de estímulos com o propósito apenas de passar o tempo e não o de educar”, finaliza Vanessa Gebrim. 

 

Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20 anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, orientação de pais, distúrbios de aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.


Infância acelerada: dicas para proteger crianças da "adultização"

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Processo "rouba" etapas importantes da infância e traz consequências negativas no desenvolvimento social e emocional; hábitos simples que colocam as crianças como protagonistas devem ser incentivados

 

Rotinas sobrecarregadas, agendas lotadas de atividades, uso de roupas, acessórios e equipamentos eletrônicos inadequados para a faixa etária, além da exposição excessiva a vocabulários e conteúdos impróprios para a idade, são situações cada vez mais comuns na vida de crianças. Elas muitas vezes são estimuladas pelos pais e pela sociedade a adotarem hábitos e comportamentos que não são apropriados para a idade que possuem. Esse fenômeno é conhecido como adultização infantil e traz preocupação, pois implica em sérios riscos e pode acarretar enormes prejuízos para o desenvolvimento da criança.

De acordo com especialistas, a antecipação de experiências e responsabilidades próprias da vida adulta acaba afastando as crianças de exercícios naturais e essenciais para o desenvolvimento de processos cognitivos, habilidades motoras e linguísticas, além de comprometer as relações afetivas da criança. Para a psicóloga do Colégio Positivo - Londrina (PR), Renata Moraes Constante, o processo de adultização da infância tira da criança um importante espaço, colocando-a no papel de "mini adulto". Isso resulta em consequências negativas que podem afetar toda a vida da criança, como transtornos depressivos e ansiedade. "Tudo isso prejudica a socialização, estimula o materialismo e consumo excessivo, promove a baixa autoestima, sentimentos de inadequação e até mesmo o amadurecimento sexual precoce", alerta. 

A infância é um período essencial na vida de um indivíduo, pois é quando ele adquire concepções psicológicas e morais que o acompanharão pelo resto da vida. Introduzir elementos do universo adulto nessa fase, sem a maturidade emocional para compreender plenamente o que está acontecendo, torna esse indivíduo vulnerável. Renata ressalta que a mídia tem desempenhado um papel influenciador nesse processo. "O estímulo às vezes ocorre de forma sutil e quase imperceptível, portanto, é fundamental que os pais estejam atentos a essa questão", destaca a psicóloga. Para ela, o papel da família é crucial nesse momento. "É preciso observar com atenção o comportamento, o vocabulário, a forma como a criança se veste, analisar se a quantidade de atividades na agenda da criança é apropriada para sua idade e verificar se há uso excessivo de dispositivos eletrônicos e isolamento social", detalha.

Renata também oferece algumas dicas para os pais. "Procurem retomar hábitos e costumes que permitam à família aproveitar a infância dos filhos de maneira  saudável. Invistam em brinquedos adequados para a idade, aqueles que são simples e permitem que a criança seja a protagonista. Tentem diminuir o uso de telas e eletrônicos e incentivem o convívio com outras crianças, frequentando espaços lúdicos, como parques e praças. E, acima de tudo, dediquem tempo de qualidade em família, conversando e orientando os filhos", sugere a psicóloga. 

A coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Centro Pedagógico do Colégio Positivo, Hannyni Mesquita, observa que a adultização ocorre quando se diminui o tempo dedicado ao brincar, ao faz de conta, ao tédio e aos conflitos próprios da infância. "Não podemos subestimar a importância do brincar e do exercício da imaginação na vida de uma criança. A brincadeira é a ferramenta mais poderosa para que ela reinterprete o mundo, crie enredos, vivencie um espaço seguro e se prepare para os desafios que enfrentará na vida real, descobrindo e desenvolvendo-se em todas as áreas. Essa é a linguagem da infância", explica Hannyni. A coordenadora também faz um alerta sobre o uso excessivo de telas nessa fase da vida. "É fundamental que os pais definam limites claros para o uso de tecnologia. Isso não é fácil, mas é possível. O ideal é começar com pequenos acordos e mudar a cultura da própria família. Os pais devem aproveitar e dedicar tempo de qualidade para atividades em família que permitam uma conexão mais profunda, incluindo tempo para ouvir as preocupações da criança", completa.

Em um mundo tão acelerado, a pedagoga lança uma reflexão: "Que pressa é essa que nos impulsiona a acelerar o processo de amadurecimento das crianças?" Hannyni afirma que é preciso com urgência repensar as prioridades e desacelerar. A humanidade avança de forma notável nas áreas da tecnologia, ciência e saúde, a fim de prolongar a vida e a velhice de maneiras inimagináveis. No entanto, em meio a essa busca incessante por estender o tempo de vida, o valor intrínseco e inestimável da infância está sendo negligenciado. "Estamos roubando de nossas crianças a fase mais importante do desenvolvimento humano. A infância é o solo fértil onde as sementes da imaginação, da solidariedade, da criatividade florescem; é um período de descobertas e aprendizado que não pode ser estendido artificialmente. Precisamos reservar tempo para nutrir e proteger essa preciosidade, pois a verdadeira riqueza de uma sociedade reside na capacidade de suas crianças explorarem e viverem plenamente essa fase única da vida", completa.

 

Colégio Positivo


Como ensinar seus filhos a lidar com vulnerabilidades

Unsplash - Annie Spratt

Ensinar crianças e adolescentes a lidar com vulnerabilidades emocionais, como vergonha de falar em público e assumir erros, é essencial para o desenvolvimento emocional e social deles. Essas habilidades não apenas os ajudarão a enfrentar os desafios presentes, mas também serão valiosas ao longo de toda a vida e construção do adulto que serão no futuro. Dificuldades como medo de rejeição ou vergonha são comuns para a maioria dos pequenos, porém é essencial que sejam trabalhados para garantir que tenham um futuro saudável. 

Para ajudá-los a lidar com essas vulnerabilidades, você, pai ou mãe pode valorizar seus filhos e reforçar a autoestima deles, não apenas elogiando o que fazem bem ou com facilidade, mas também aquilo que seus esforços e qualidades pessoais representam. Auxiliá-los e incentivá-los a desenvolver habilidades sociais como comunicação, é favorável inclusive ao estabelecimento de um ambiente onde seus filhos se sintam à vontade para expressar sentimentos, emoções e preocupações. Incentive-os a falar sobre as experiências que vivem, medos, preocupações e frustrações. Nesse processo, é recomendado sempre estar atento para validar e respeitar as emoções e sentimentos deles, ouvindo-os calmamente e trazendo um direcionamento. 

A frustração faz parte da vida de todo ser humano, portanto, é necessário que crianças e adolescentes aprendam a lidar com ela. Ajude-os a entender que a rejeição e o fracasso são partes naturais da vida e podem desenvolver habilidades para superá-los. Eles precisam entender que não são super-heróis, que ninguém é. Está tudo bem ser vulnerável e abrir suas dificuldades e aceitá-las. Ensine seus filhos a aceitar suas imperfeições e a desenvolver uma imagem positiva de si mesmos e que, dependendo da forma que lidamos com elas, nos ensinam e nos fazem crescer. 

Um profissional da área, psicólogo ou psicóloga, pode apoiar seus filhos a desenvolver estratégias saudáveis como técnicas de relaxamento, de resolução de problemas ou para lidar com vulnerabilidades. Pode ensinar, por exemplo, que quando se sentirem nervosos antes de uma apresentação, podem respirar profundamente algumas vezes para ajudar a acalmar os nervos.  

Na medida do possível, busque ser um modelo positivo para seus filhos, mostrando como lidar com as vulnerabilidades e inseguranças de uma forma construtiva e saudável. Esteja sempre disponível para oferecer apoio emocional quando seus filhos se sentirem vulneráveis e mostre que você os ama incondicionalmente, pelo que eles são.  É importante que os responsáveis fiquem atentos aos seus filhos e suas vulnerabilidades, apoiando-os sempre que necessário. Seja a principal referência de apoio e aconselhamento. 

 

Helen Mavichian - psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de leitura e escrita. https://helenpsicologa.com.br/

 

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