Pesquisar no Blog

sábado, 21 de outubro de 2023

5 dicas para a vida digital das crianças ser mais positiva

Freepik

Especialista em educação e tecnologia aponta ideias para famílias e educadores melhorarem o tempo gasto pelos pequenos no mundo online


No Brasil, 92% da população com idade entre 9 e 17 anos faz uso de internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online, de 2022. Há quem se assuste com os dados, mas, com a tecnologia já intrínseca no cotidiano adulto, é também mais difícil desassociá-la do dia a dia das crianças. Por isso, o ideal é encontrar meios de tornar essa relação positiva e benéfica. Se alinhada a hábitos e ferramentas que impulsionam a criatividade, o raciocínio lógico e habilidades cognitivas e sociais, a vida digital tem tudo para ser nutritiva de conhecimento para os mais jovens. 

“Existem algumas estratégias e soluções que familiares e educadores, no caso das escolas, podem seguir para trazer propósito e bem-estar no relacionamento dos pequenos com a tecnologia. Jogos que instiguem o aprendizado, equilíbrio entre brincadeiras online e offline, limites no tempo de uso da internet e cursos sobre tecnologia são algumas das diversas alternativas”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes. 

Pensando nisso, o especialista aponta 5 maneiras de tornar a vida online mais vantajosa para as crianças. Confira:

 

Estabelecendo rotinas

Fundamental no dia a dia das crianças, impor horários para cada tarefa é uma forma de exercitar a organização, e com a tecnologia não deve ser diferente. Ao limitar o acesso a videogames e celulares a poucas horas do dia, elas aprendem que há um tempo adequado – e saudável – para se passar em frente às telas. Também é uma maneira de ensiná-las que os dispositivos eletrônicos são apenas uma das inúmeras formas de se divertir, equilibrando a rotina entre o mundo offline e online.
 

Consumindo conteúdos informativos

Familiares e educadores devem garantir que o conteúdo consumido na internet seja proveitoso e agregue conhecimento. Sejam músicas, desenhos, jogos, filmes ou séries, ter o controle sobre o que está sendo absorvido pelos pequenos é importante para seu desenvolvimento, segurança e, claro, para que sua relação com a tecnologia seja construída por meio de algo divertido e lúdico.
 

Jogando em equipe

Exercitar o trabalho em equipe é essencial para estimular a cooperatividade, o foco e o diálogo. Uma opção para tornar a vida online mais benéfica para as crianças é estimular brincadeiras e jogos que precisam ser realizados em conjunto, seja com irmãos, amigos ou responsáveis. Dessa forma, o uso da tecnologia se torna recreativo e também um momento para criar relações, pois promove o companheirismo, a proximidade com a família, a paciência para respeitar o tempo do outro e a comunicação social dos pequenos.
 

Incentivando a criatividade

A internet e a tecnologia não servem apenas para um uso passivo; pelo contrário, ajudam no desenvolvimento ativo, sendo a criatividade dos jovens uma das principais habilidades aperfeiçoadas. Familiares e educadores podem instruir atividades que atiçam a imaginação e criação de ideias. Por exemplo, podem propor projetos de audiovisual para gravar e editar vídeos e áudios, criar animações, fazer desenhos online e outras brincadeiras que encorajem o senso de propósito e a singularidade de cada criança.
 

Aprendendo em aulas de programação

A programação é a linguagem do futuro. Muitos jovens, e até mesmo adultos, não conhecem ou não sabem como são criados a maioria dos jogos, sites, aplicativos, ferramentas e programas que consomem. Ao inserir crianças em aulas de programação, por exemplo, elas passam a construir suas próprias plataformas e, assim, exercitam a autonomia, a inovação, o protagonismo e até mesmo habilidades que podem ajudar no seu futuro profissional. Sobretudo, entendem que podem ser criadores de tecnologia e não apenas consumidores, transformando sua visão sobre esse universo e criando uma relação mais saudável com ele.

 

Ctrl+Play


Contato com a natureza beneficia o desenvolvimento integral da criança em todas as dimensões

 Gerente de Meio Ambiente, Clima e Biodiversidade do Instituto Alana, JP Amaral, e diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, abordam a importância do brincar ao ar livre

 

Em um cotidiano cada vez mais acelerado e digital, as brincadeiras ao ar livre se tornam cada vez mais secundárias para as novas gerações, o que é preocupante, já que o convívio com a natureza é fundamental para o estímulo e para a saúde das crianças. De acordo com o Gerente de Meio Ambiente, Clima e Biodiversidade do Instituto Alana e também coordenador do Programa Criança e Natureza, JP Amaral, o contato com a natureza beneficia o desenvolvimento integral da criança em todas as dimensões- cognitiva, emocional, social, espiritual e física. “Próximas ao meio ambiente, as crianças se sentem mais ativas fisicamente, ficam mais tranquilas, desenvolvem coordenação motora, aprendem sobre os riscos e desafios, estimulam a concentração e o aprendizado, além de se integrar e socializar com maior diversidade, em especial nos espaços públicos urbanos”, salienta.

O contato com a natureza ajudou crianças a enfrentarem a pandemia aponta a pesquisa “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia” realizada pela Rede Conhecimento Social e pelo Programa Criança e Natureza, com a iniciativa do Instituto Alana e apoio do WWF-Brasil e da Fundação Bernard van Leer. O estudo ouviu mais de mil pais, mães, cuidadores e crianças de até 12 anos em todo o Brasil, em 2021. As famílias identificaram que o isolamento e a falta de contato com a natureza levou a um conjunto de efeitos negativos: 24% delas disseram que houve aumento de problemas físicos, como obesidade e falta de vitaminas, por exemplo, e 60% declararam que aumentou o uso de equipamentos eletrônicos pelas crianças. As famílias também perceberam os benefícios que o contato com a natureza trouxe para as crianças quando foi possível propiciar isso a elas: 81% relataram que as crianças tiveram mais saúde e bem-estar ; 93% disseram que os pequenos ficam mais felizes e ativos física e mentalmente; 88% notaram que as crianças dormiram mais e melhor quando brincam ao ar livre e 85% disseram que as crianças ficam menos estressadas e ansiosas.

Apesar das atividades manuais prevaleceram durante o período, 64% dos entrevistados realizaram passeios em parques e áreas ao ar livre ou adotaram práticas de contato com a natureza dentro de casa, como o cultivo de plantas. Segundo a diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, a convivência com o meio ambiente é um importante aliado para o desenvolvimento das crianças. “Explorar ambientes naturais traz vários benefícios que irão repercutir até a vida adulta, além de promover uma maior conscientização sobre a preservação ambiental e o respeito aos seres vivos”, enfatiza. Nessa mesma linha de pensamento, Amaral reforça que o contato com a natureza é uma excelente ferramenta de educação climática. “É uma forma eficaz para os pequenos se encantarem com o meio ambiente e aprenderem a lidar com os desafios que a crise climática traz no dia a dia”, complementa Amaral.

No geral, nas cidades há certa dificuldade com espaços públicos e áreas verdes urbanas, questão que deve ser considerada no planejamento urbano para a garantia de que as cidades sejam melhores para as crianças. “É importante a criação e renovação de locais destinados ao brincar ao ar livre. Seguros, verdes e adptados às mudanças climáticas preparados para toda a população”, afirma o especialista.

Estimular a conexão entre as crianças e a natureza dentro do cotidiano ainda é um desafio. Amaral acredita que a melhor forma de iniciar o acesso dos pequenos ao meio ambiente é por meio da escola, onde a criança passa a maior parte do dia. “É imprescindível que as escolas estejam mais alinhadas a ações que remetam ao meio ambiente, sejam “mais verdes”, com mais elementos naturais e preparadas para o clima local. Isso passa por soluções baseadas na natureza, medidas simples que buscam regenerar os ecossistemas locais e ao mesmo tempo oferecer serviços ambientais e climáticos para a cidade”, avalia.

Heloisa reforça que integrar brincadeiras com a natureza na escola é ótima forma de promover a ligação das crianças com o meio ambiente e proporcionar experiências de aprendizado significativas. “Os pequenos precisam de mais contato com o meio ambiente, deixando de lado a dependência da tecnologia, e aprendendo a sentir a natureza”, finaliza.

 



Programa Criança e Natureza
O Instituto Alana criou o Programa Criança e Natureza que atua na defesa do direito de toda criança ao acesso à natureza e a viver em um meio ambiente saudável. O projeto tem o intuito de promover políticas nas escolas e nas cidades, gerando conhecimento para a sensibilização e engajamento de atores estratégicos no desenvolvimento integral das crianças. Mais informações no portal.

INSTITUTO ALANA

Instituto Opy de Saúde


Guerra de Israel é assunto que os pais e professores precisam conversar com as crianças

 Conflito no Oriente Médio domina as conversas e redes sociais; adultos devem explicar causas da guerra e transmitir valores pacíficos, diz educadora parental Stella Azulay


Pela ampla repercussão diária nos noticiários, redes sociais e até nas conversas dos adultos, o conflito armado em Israel envolvendo judeus e palestinos certamente é acompanhado pelas crianças. Essa é a razão pela qual os pais e professores devem tomar a iniciativa de conversar sobre o assunto com elas, argumenta a educadora parental Stella Azulay, CEO da Juntos Educação.

“A fala dos pais vai ser muito importante para os filhos no direcionamento final sobre o que é uma guerra e as suas consequências, e isso também serve para os professores. Com filhos pequenos, é importante verbalizar que existe uma guerra e o que ela é”, disse. Nessa fase, a educadora explica que é importante transmitir às crianças os conceitos que elas entendam.

Por exemplo, a guerra é um momento em que duas nações não se entendem e ocorrem muitas mortes. “Uma guerra normalmente é uma disputa por algo, nem que seja poder, e pode ser somente por causa do ódio a outro povo ou uma guerra racial. É importante explicar as diferenças de forma lúdica, se possível usando livros e bonecos”, sugere.

Quando as crianças são mais velhas, Stella chama a atenção para que a conversa seja feita com base em informações confiáveis. “A questão do Oriente Médio é extremamente complexa, então os pais não devem falar sobre aquilo que não sabem. A conversa com os filhos e alunos não pode ser feita com base em achismos”, reforça.

Para falar do tema, os pais precisam buscar as informações corretas, continua a educadora. “Leiam a respeito, busquem entender. Se os pais sentirem que não entendem o assunto com profundidade ou que não possuem ferramentas suficientes para explicar alguma coisa, escolham o silêncio. Digam apenas o que acham de uma guerra. Expliquem o que é terrorismo, porque tudo o que vem acontecendo no Oriente Médio é uma grande oportunidade de se explicar o que é terrorismo, racismo e ódio a um povo.”

Além de conceitos, é preciso transmitir valores, acrescenta Stella. “Queremos que eles levantem bandeiras? Que tenham suas próprias ideologias? Se os nossos filhos serão os cidadãos do futuro, eles é que vão promover a guerra e a paz. Então, o que queremos que os filhos sejam, enquanto cidadãos do futuro? Os que promovem a guerra ou a paz?”, indaga.

Aproveitando o tema, a educadora sugere mencionar alguns temas relacionados, como racismo, homofobia, xenofobia, feminicídio, cidadania, empatia. Essa é uma reflexão importante para os pais, uma vez que eles influenciam os filhos por meio do exemplo. “Podemos refletir como anda a guerra dentro de casa, a empatia e o amor ao próximo. E o que nós, pais, trazemos de valores éticos para os filhos na mesa de jantar.”

Mais importante do que defender um lado ou outro do conflito, é preciso considerar que as crianças estão desenvolvendo a sua visão de mundo e a orientação dos pais é um fator decisivo. “É muito importante entendermos quem serão os cidadãos do futuro que estamos influenciando hoje, em um momento delicado e triste para todos. Quando nos comunicarmos com crianças e adolescentes sobre o que está acontecendo no Oriente Médio, vamos pensar no mundo que a gente quer que eles construam.”

 

Stella Azulay - Educadora Parental, Fundadora e CEO da Juntos Educação Parental. Jornalista, com especializações em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental. Sua carreira inclui passagens por emissoras como SBT e TV Record, tendo sido também correspondente em Jerusalém/Israel pelo SBT, onde viveu por 4 anos. Teve seu escritório de desenvolvimento humano por mais de uma década. Ministrando também cursos, workshops e palestras para milhares de pessoas nos últimos 20 anos. Além disso, hoje Stella é palestrante TEDx e escritora best seller.


Entenda os principais desafios da maternidade e paternidade atípica

Excesso de autocobrança e sentimento de culpa fazem parte da vida de pais atípicos

 

Ser pai ou mãe é sempre um grande desafio, não importa se é de primeira viagem ou não. Os pais a todo momento estão preocupados com seus filhos em todos os aspectos da sua vida, mas esse desafio é ainda maior para a maternidade e paternidade atípica, que acontece de diversas formas, sendo uma delas quando a criança tem algum transtorno do neurodesenvolvimento.  

Dentro do espectro dos transtornos neurodivergentes ou neurocomportamentais, os mais comuns são: TEA - Transtorno do espectro autista, TOD - Transtorno opositivo desafiador e TDAH - Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Com o diagnóstico feito a partir dos 4 anos de idade, é vivida uma fase de incertezas e negações. Com a chegada do laudo, os pais precisam passar pela fase do luto do filho idealizado, que é comum após o diagnóstico. É preciso entender que não há cura para estes transtornos, mas sim, tratamentos que irão variar de caso para caso e é aí que começa o verdadeiro desafio, aprender como se comunicar, relacionar, educar, conviver e entre outros aspectos da vida, além de lidar com a sobrecarga mental, exaustão e a pressão social pela qual os pais passam nessas situações.

“O impacto do diagnóstico é muito forte para os pais. Entender tudo que está acontecendo, como será a vida da criança, reconhecer a singularidade do seu filho e entre outros aspectos, pode causar muito estresse e cansaço, por conta da grande exaustão física e mental pela qual os pais passam neste momento”, comentou Andreia Rossi, educadora parental, especialista e mãe de uma adolescente com TOD. “Mas é uma tarefa feita com muito amor, que após se adaptar a rotina e as demandas do cotidiano, a situação tende a melhorar e o cansaço físico e mental diminuir”, completou.

Os pais atípicos podem se sentir também de certa forma excluídos da sociedade em alguns momentos ou até mesmo solitários. Por exemplo, crianças com TOD podem ter uma dificuldade de comunicação e de se relacionar, fazendo com que a socialização na escola e em outros ambientes seja um desafio. Casos assim,  levam os pais a enfrentarem diversas demandas com as demais famílias e passam a sentir uma grande pressão social.

Para Andreia, o ideal é procurar uma rede de apoio. “Nunca devemos passar por estes problemas sozinhos, mesmo que os pais se ajudem e sejam companheiros, uma rede de apoio é de extrema importância. Ela envolve, claro, familiares e amigos, mas o profissional não pode ser deixado de fora. A rede de apoio trará um acolhimento e pertencimento para a família, por meio de relatos do cotidiano, compartilhamento de experiências e das orientações passadas pelo profissional”, aconselhou.

É totalmente comum que os pais sintam culpa e se cobrem em muitas situações, afetando a sua saúde física e mental. Mas é possível superar esses problemas com informação, se desprendendo dos padrões de convivência e de como educar o filho. Entendendo que a criança com algum transtorno do neurodesenvolvimento tem uma necessidade específica e precisa de um outro olhar, que seja ampliado sobre a necessidade dela e não do outro.


Andreia Rossi - psicopedagoga e educadora parental, especializada em Transtorno Opositivo Desafiador e em relações entre pais e filhos. Sua especialização se deu pelo fato de sua filha adolescente, receber o laudo de TOD aos 8 anos. Hoje, ela é fonte de informação nas redes sociais, contando com mais de 50 mil seguidores em seu perfil @tod_tecontotudo, além de ministrar cursos, palestras e participar de entrevistas na imprensa.


Saúde mental e planejamento

Vivemos cenários existenciais marcados pelo aceleramento dos processos, muitas vezes prescindindo das pessoas, do tempo, dos projetos que cada um de nós carrega em si. E, em um movimento automático, esse modus operandi é passado às novas gerações, acelerando os processos também de nossas crianças e adolescentes. Cenários, pessoas, velocidade, ansiedade, resultados... precisamos respirar e nos perguntar sobre saúde mental.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade”. E, nessa miríade de possibilidades, há algumas situações em que as pessoas, inclusive as mais jovens, se sentem bem o suficiente para lidar com as adversidades e imprevisibilidades de seu cotidiano, onde potência e fragilidade se encontram e diante das quais a arte de planejar pode fazer sentido e trazer benefícios.

Não se tem aqui pretensão alguma de estabelecer um modo de vida ideal. Pelo contrário, trata-se apenas do registro de um ponto de partida, entre tantos possíveis, para a reflexão sobre essa questão sob a perspectiva de sua dimensão social. Pensada, portanto, com base no estar bem consigo mesmo e com outros, na habilidade de discernir e contemporizar as exigências da própria vida, lidando de forma proativa com suas emoções nos contextos existenciais desafiantes em que vive e reconhecendo suas potencialidades e limites diante dessas situações.

Nesse contexto, podemos falar sobre a importância do planejamento como “ferramenta” de busca de equilíbrio, de “bússola” a apontar direções que contribuam com esse estado de bem-estar. Entendemos que planejar, com base no propósito e no essencial, implica colocar-se em dinamismos intra e intersubjetivos que demandam processos de ruptura e comprometimento. Mas, também, em processos objetivos e pragmáticos de escolha, foco e comunicação assertiva.

É fundamental saber de onde se está saindo, qual caminho tomar e para onde se vai. E, para isso, é preciso romper com o estar disponível para tudo, a qualquer momento. Essa é uma condição imprescindível para estar disponível para o que é essencial e necessário. Perdido nas teias criadas por todos os “sim” apressados, perde-se o foco e o cansaço é inevitável. Ruptura é um passo essencial para reconectar-se consigo mesmo e com os que estão à sua volta. É condição para “contribuir com a sua comunidade”.

Comprometer-se com o essencial implica ainda simplificar as narrativas e entregas de tal forma que se torne possível escutar e ser escutado por seus interlocutores habituais e por outros, novos. Comprometer-se é prometer juntos, criar cumplicidades, estabelecer vínculos, pactuar. Foco, simplicidade e compromisso permitem caminhar juntos, acolher diversidades, “recuperar-se do estresse do rotineiro”, compartilhar, sem sobrecarga.

Planejar implica também discernir e escolher. Sem discernimento corremos o risco de continuar fazendo muito do mesmo, com pouca ou nenhuma efetividade. Isso nos faz sentir assoberbados de tarefas, presos ao ordinário das rotinas.

Discernir nos permite escolher e a escolha brota da priorização, da concentração de energias no essencial. Isso nos dá o direito à ausência, o exercício da arte de estar indisponível para tudo aquilo que não é o essencial. Planejar, discernir e escolher nos permitem desenvolver e ser produtivos.

Enfim, buscar o estar bem e o bem-estar implica engendrar as condições subjetivas e objetivas que permitam-nos engajar na realização de projetos enquanto possibilidades de chegar onde queremos, com consciência das condições de onde estamos partindo, do porquê estamos nos colocando a caminho, da bagagem essencial que decidimos carregar e da escolha dos melhores trajetos para atingir nossos objetivos, juntos e bem.

 

Flávio de Souza - coordenador pedagógico do Sistema Positivo de Ensino

 

Câncer e a solidão feminina: Quando os parceiros se vão

Psicóloga Ana Streit comenta a importância da rede de apoio e da psicoterapia em momentos frágeis como o abandono na doença


O amor e o compromisso representam pilares de apoio para qualquer pessoa, especialmente para mulheres que enfrentam a dolorosa batalha contra o câncer. Ensinadas desde a infância a cuidar e contar com o apoio dos seus parceiros em momentos frágeis, é desolador quando isso não acontece. Foi o caso da cantora Preta Gil, diagnosticada com câncer de intestino, que precisou lidar com a traição e o término do casamento, durante o seu tratamento.  Essa é a realidade de muitas outras mulheres, prova disso são os dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, que revela 70% das mulheres diagnosticadas com câncer lidam com o abandono do parceiro durante o tratamento.

Quando a gente olha para essa porcentagem de mulheres que são deixadas sozinha para enfrentar um câncer, é chocante e entristecedor pela gravidade. De acordo com a psicóloga Ana Streit isso acaba deixando explícito o papel da mulher de servir, de cuidar e revela o contexto machista, que ainda, vivemos. “A maioria das vezes não há reciprocidade desse cuidado por parte do parceiro e isso traz à tona a má qualidade da relação, que talvez antes estivesse camuflada. Em momentos difíceis da vida temos a oportunidade de reavaliar as relações e identificar quem pode ser verdadeiramente confiável, cuidadoso e companheiro”, diz.

Ana Streit revela que o diagnóstico de câncer desencadeia diversas reações e, em muitos casos, pode resultar em efeitos traumáticos que vão além da enfermidade. “A doença causa ansiedade e baixa autoestima, já que muitas mulheres em tratamento perdem o cabelo, sobrancelha, e às vezes até o seio, como acontece em alguns casos com o câncer de mama. Nesse momento, o que a mulher mais precisa é de apoio, principalmente do parceiro. O bem-estar emocional dessa paciente pode, inclusive, minimizar quadros depressivos e ajudar na adesão ao tratamento”, explica.

A rede de apoio é um fator que não pode faltar em um tratamento de câncer. E ela pode ser composta por amigos, parentes, grupos de apoio e profissionais de saúde. Essa rede não vai oferecer apenas suporte emocional, mas também prático, ajudando as mulheres a lidar com os desafios físicos mentais da doença. “Essa rede de apoio pode ajudar a reduzir o sentimento de solidão, fortalecer a resiliência das mulheres e auxiliá-las na jornada da recuperação. A troca de experiências e apoio mútuo nesse contexto pode ser um catalisador para o enfrentamento do câncer. A psicoterapia também pode fazer parte desse apoio, com ajuda profissional de um psicólogo a paciente pode se reerguer, reestruturar as suas forças e de fato reconstruir a sua história, e construir novas relações”, finaliza Ana, Mestre em Psicologia e Saúde.

 

Ana Streit - psicóloga clínica, Mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Além disso, a profissional é professora, supervisora e terapeuta do esquema, já em processo de Certificação Internacional em Terapia do Esquema pela International Schema Therapy Society (ISST). A profissional gaúcha escreve e fala sobre essência e conexões saudáveis no Instagram (@anacstreit) e no Youtube (AnaStreit).


“Não gostei, asmei!”: esses foram os memes mais buscados na internet nos últimos seis meses

 

Do “suquinho de maracujá” ao “lá ele”, a Preply reuniu os conteúdos virais  que mais vêm despertando a atenção dos internautas de Norte a Sul



Se você tem o costume de navegar pelas redes sociais, provavelmente se deparou com um tal de Zé da Manga nas últimas semanas. Mais do que isso, aliás: é possível que não tenha apenas escutado algo sobre ele, mas ficado com a música que leva seu nome (Ah, Zé da Manga/ Zé da Manga...) na cabeça.

Não é por acaso: nos últimos seis meses, esse foi um dos memes mais procurados da internet brasileira, com mais de 400 mil pesquisas nos mecanismos de busca de Norte a Sul do país.

Nesse caso, a música foi postada originalmente pelo canal de Youtube Sr. Nescau, conhecido por montar remixes de canções aleatórias em batida de funk. Só que, aos poucos, o que antes era um meio de trollar alguém — já que a frase é cantada de forma parecida com o clássico “gemidão do zap” — viralizou pela Web, sobretudo após o streamer Nobru cair na trollagem e passar a usá-la à exaustão.

Mas, afinal, ao lado do Zé da Manga, que outros conteúdos virais estiveram por trás dos picos de buscas online em todo o país nos últimos seis meses? Quem traz a resposta é a plataforma Preply, cujo novo levantamento revela os memes que mais fizeram as pessoas recorrerem aos mecanismos de pesquisa de março a agosto deste ano. Confira!





Fake Natty

Um dos canais mais engraçados do Brasil hoje é, sem dúvida, o do nutricionista Rodrigo Góes. Uma verdadeira fábrica de memes — ele criou "Pope Francis", por exemplo —, é dele a expressão "fake natty" (fake néri) para "denunciar" pessoas que postam fotos com o corpo sarado, mas, desconfia-se, usam hormônios sintéticos para chegar ao resultado.

Fake natty é, no canal de Góes, uma espécie de julgamento — e não à toa ele o faz com um martelo de juiz batendo sobre a mesa —, em que a pessoa avaliada é definida como "falsa natural" enquanto ele explica suas motivações.

Já entraram no crivo do "fake natty" famosos como o apresentador Marcos Mion, Hulk, atacante do Atlético-MG, e o cantor Gusttavo Lima.



Suquinho de maracujá

Esse é mais um daqueles memes fofinhos: filmado pelos pais no carro, em maio, um garoto apareceu no Instagram expressando prazer enquanto tomava um suco de maracujá (ou "murucujá", como ele diz).

Ao fundo, se ouvia a música "Caiu No Meu Papinho Já Era", de Kevin o Chris e MC Caja (O iPhone no suporte ela avistou/ Brisou no cabelinho do menor/ Passou cinco minuto, ele arrastou/ Mexeu com os pitbull/ é um papo só), cantada e dançada pelo garotinho em questão.

A identidade do menino logo foi descoberta: trata-se de Arthur Pires, de 6 anos, que mora em um bairro na periferia de São Paulo. Publicado há quatro meses, o post já soma cerca de 80 milhões de visualizações no Instagram, o que lhe rendeu mais de um milhão de seguidores na plataforma.



Não gostei, asmei

Em junho, o podcast super popular PodPah recebeu o cantor angolano Príncipe Ouro Negro para uma conversa com o comediante Diogo Defante no quadro Rango Brabo. Tudo ia bem até que, durante a prova de um doce, ele lançou a frase que se tornaria meme: "Não gostei... asmei!".

Durante o encontro, o próprio Defante não aguentou e caiu na risada, enquanto Ouro Negro permaneceu comendo o doce.

O meme, porém, se explica por outro motivo: a multidão de influencers angolanos que arrancam risadas dos brasileiros pelo sotaque com que falam português.

O próprio Ouro Negro, em uma música bastante popular nas redes, pronuncia a palavra "macaco" como "masqueicos", canção composta depois da viralização de um vídeo seu procurando pelos animais em uma floresta. Vale lembrar que o cantor é chamado, na Angola, de "Rei do Kuduro".



Attenzione pickpocket

Até o momento, é provável que este seja o meme mais viral do Brasil em 2023.

Tudo começou quando, em julho, ganhou repercussão mundial o vídeo de uma mulher italiana alertando, exasperada, os turistas a se protegerem dos batedores de carteira em Veneza. Para se ter uma ideia, somente no post original, no canal "Cittadini Non Distratti", mais de 10 milhões de pessoas já deram o play.

O áudio da mulher berrando pelas ruas da cidade enquanto filma os ladrões (ela também grita "attenzione, borseggiatrici", o equivalente a “cuidado com os batedores de carteiras”, em português) foi usado para produzir uma variedade de outros memes, o que não foi visto com bons olhos pela italiana.

Em meio à ampla divulgação de seu vídeo, Monica Poli, o nome por trás do alerta engraçado, usou suas redes sociais para se defender da zoação e dizer que ela só estava tentando ajudar os desavisados.



Fui ao mossar

Quando o assunto são os memes, as brincadeiras envolvendo a língua portuguesa são aquelas que as redes sociais mais gostam. Ainda mais se o erro é gritante e público ao mesmo tempo.

Pois foi exatamente o que aconteceu com um desconhecido de uma loja que, ao sair do trabalho, resolveu deixar uma placa na porta do estabelecimento com a frase: "Fui ao mossar" ("Fui almoçar").

Postado pela primeira vez no perfil do Facebook Gramaticando em 2015, o meme ganhou vida nova neste ano, sobretudo após o famoso canal South America Memes (SAM) publicar a foto para seus 4 milhões de seguidores.

O interessante é que, de lá para cá, muitas pessoas têm publicado conteúdo nas redes defendendo o autor da frase — e chamando atenção para os preconceitos linguísticos que envolvem as risadas em torno da famosa frase.



Apocalíptico

Outro meme que brinca com o português. No começo do ano, o influencer Estevão Ferreira, de Recife, viralizou nas redes sociais com um bordão que ele criou de propósito, nada ao acaso: dizer "apocalíptico".

É um jeito particular de enfatizar que algo é polêmico, que chama atenção, fazendo barulho onde chega.

Ferreira também é famoso nas redes por publicar vídeos em que ele corrige as pessoas sobre seu nome, quando não o assina aleatoriamente. No fim das produções, o pernambucano sempre repete o nome inteiro como uma forma de marcar quem está falando.

Caso o nome não soe tão desconhecido por aí, talvez seja porque Estevão Ferreira já é famoso desde 2020, quando criou outro bordão clássico: o "beijos de luz". Realmente, uma fábrica de memes!



Lá ele

Não é novidade que os memes com gírias regionais ou sotaques sempre dão o que falar. Por esse motivo, não causa surpresa que outro dos mais buscados na internet em 2023 seja, na verdade, algo sobre o jeito baiano de conversar.

"Lá ele" é uma maneira popular, especialmente em Salvador, de negar uma frase de duplo sentido que foi dita antes por outra pessoa. Um exemplo são as ocasiões em que alguém diz: "Vou dar tudo de mim" e, como resposta, ouve de um amigo: "Lá ele".

Embora já seja bastante conhecido na Bahia, vale dizer que o bordão cresceu na Copa do Mundo de 2022, quando o nome da mascote do torneio (La'eeb) era pronunciado de forma parecida com a gíria em questão.

A viralização foi tamanha que, no começo desse ano, o cantor Tierry aproveitou a febre para compor uma música chamada "Lá ele" ao lado de outro fenômeno: o cantor (e meme!) Manoel Gomes.



Metodologia

Para desvendar as expressões de maior interesse no país, a pesquisa da Preply teve como ponto de partida os termos em ascensão relacionados ao tema “meme” na ferramenta Google Trends, cujo período de análise abarcou pesquisas realizadas entre março e agosto deste ano nos mecanismos de busca. Compreendidas as frases virais de maior relevância, uma segunda análise girou em torno da quantidade total de buscas de cada meme no período — o que possibilitou a criação de um ranking com base no comportamento digital dos brasileiros nos últimos seis meses.



Preply
https://preply.com/pt/


Conheça o “conversante”, novo termo usado nos relacionamentos!

A linguagem do amor é atualizada o tempo todo,
saiba como se comunicar com seu parceiro
Saiba o que é conversante e outros termos do diálogo moderno dos relacionamentos

 

O termo “conversante” é apenas mais uma palavra que parece inventada para organizar as relações afetivas, mas o que isso significa não é novidade, pois antes do termo surgir, existe a prática. A diferença é que agora tem um nome, e significa uma pessoa com quem se pode conversar sobre tudo; o tipo de companhia que faz o outro se sentir à vontade. Pode até ser que no passado tenha havido um relacionamento, mas a intenção não é ficar, mas apenas ter alguém para conversar sobre a vida. 

Esse é mais um dos conceitos criado para organizar as relações, ajudando a definir o status de cada “contatinho”. Para algumas pessoas pode parecer um conceito novo, ou estranho, talvez desnecessário em certa medida, mas, considerando que todos vivem em um mundo onde antes de tomar qualquer decisão, as pessoas têm a disposição várias opções. 

Segundo Maicon Paiva, Fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar, a criação de rótulos é uma prática que conversa muito com a forma com que a vida em sociedade se moldou nos últimos anos. “Diferente do que acontecia nos relacionamentos no passado, onde uma única pessoa deveria servir para todas as necessidades afetivas, atualmente, com a facilidade de encontrar parceiros, as pessoas buscam por duas coisas: liberdade e fluidez. Isso leva o relacionamento para vários caminhos, onde é possível ter uma pessoa que ofereça conforto, uma outra experiência da vida de casal, ou apenas prazer, e o conversante pode ter uma dessas utilidades. Em meio a essa grande quantidade de opções, pessoas que já tem um relacionamento sólido com um parceiro que já confiam, podem optar pela Amarração Amorosa, pois poucas coisas na vida são mais valiosas do que encontrar quem te completa totalmente”, diz o especialista. 

Classificar relações é algo feito não apenas no amor, mas com qualquer pessoa que encontramos na vida. Mas, falando de relacionamentos amorosos, é comum começarem como amizade. Uma pesquisa publicada na revista Social Psychological and Personality Science, mostra um estudo feito com 1900 pessoas dos Estados Unidos e Canadá, entre universitários e adultos de todas as idades, descobrindo que 66% dos casais começaram a se relacionar apenas como amigos, antes de se tornarem parceiros amorosos. 

Socialmente, a criação de rótulos sempre serviu para nomear as coisas e através deles os explicar para os outros, e para si mesmo, sentimentos e ideias. Quando se trata de relacionamentos, o status é muito importante para saber o que esperar de cada pessoa, como, por exemplo, de um conversante não criar expectativa de um grande convite, por não ser um “ficante premium”. Para evoluir a relação, e ajudar as pessoas que estão enroladas em relações e querem evoluir, Maicon Paiva especialista do Espaço Recomeçar, fala sobre como evoluir cada status de relacionamento em algo sólido:
 

1.Conversante: Uma pessoa que é uma boa ouvinte, sabe dos problemas da sua vida, e geralmente é quem você pede ajuda em situações que precisa tomar decisões importantes. 

2.Ficante comfort: Essa é a pessoa que está sempre disponível para você quando bate o sentimento de carência; é alguém por quem nutre um sentimento de afeto, mas não chega a ser um sentimento forte como a paixão, mas fornece a sensação de conforto. 

3.Ficante premium: É a pessoa que você mais gosta, quem deseja investir sério para solidificar a relação, porém, ela pode não estar com a mesma intenção. A pessoa até pode parecer demonstrar interesse, mas não se esforça muito, responde às mensagens com poucas palavras, é bem direta. Eventualmente, até pode acontecer algo entre vocês dois, mas nunca é nada muito sério, ela não dá indícios de que vocês tem um futuro juntos. 

4.Ficante versão remixada: Aquela pessoa que aparece e do nada some, mas sempre volta diferente. Toda vez parece que está mudado e sempre que isso acontece, parece que “agora vai ser diferente”, mas é tudo sempre igual.
 

Saber os termos das relações nos dias de hoje é importante para entender qual caminho seguir no amor e para algumas pessoas isso pode ser muito complexo. É comum que, ao se deparar com um termo novo no mundo do amor, exista confusão, mas, na verdade, antes de receber um nome e criar rótulos, ajuda na organização da narrativa da vida. Outra grande questão é saber se o ficante tem futuro com você, e para responder isso, pode ser necessário fazer uma consulta no Espaço Recomeçar. Para saber mais, clique aqui!


5 regrinhas de convivência indispensáveis para todo casamento

Muitos casais buscam caminhos para um casamento duradouro
 Unsplash 
O mapa para uma jornada conjugal bem-sucedida


O casamento é muito mais do que um contrato legal ou uma celebração. É uma aliança sagrada que une duas vidas em um compromisso profundo e compartilhado. Esta união se transforma em uma jornada eletrizante e repleta de desafios, moldando-se de acordo com as experiências e com os esforços feitos por ambos na construção de uma relação madura e de confiança . Ao longo desse trajeto, desafios e alegrias se entrelaçam, exigindo uma base sólida para resistir às adversidades da vida a dois. 

"A convivência, rotina e outros fatores da vida, se não encarados com maturidade, respeito e honestidade, podem deteriorar o casamento. Com esse movimento, nem sempre os casais conseguem manter seus equilíbrios, sobretudo quando enxergam no parceiro uma relação de posse, deixam de criar tempos de qualidade, não renovam o amor e acabam, consequentemente, entrando em um ciclo vicioso, onde se enxerga a outra pessoa de uma só forma”, disse Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa. 

Existem, contudo, algumas regras simples que são verdadeiros pilares de relacionamentos duradouros. Essas regrinhas, apesar de serem subestimadas por muitos, não são só apenas alicerces, como também a sinfonia que embala uma história de amor profundo e significativo. Comunicar-se abertamente, praticar a empatia, dedicar tempo de qualidade, manter o respeito mútuo e alimentar a paixão são as notas que compõem a melodia de um relacionamento harmonioso que resiste ao teste do tempo e das adversidades. 

Pensando nisso, Henri Fesa, Médium especialista em relacionamento, lista 5 regrinhas indispensáveis de convivência para todo casamento: 

01. Compreensão e empatia

Coloque-se no lugar um do outro e pratique a empatia. Compreender as necessidades e sentimentos do parceiro fortalece a conexão e cria um ambiente de apoio mútuo, até com situações que parecem não fazer sentido, mas que são, naquele momento, incômodos ao parceiro;


02. Honestidade

Seja sempre honesto. Nenhum casamento pode prosperar sem comunicação aberta. Compartilhem seus pensamentos, sentimentos, desejos e preocupações. A comunicação é a base sólida sobre a qual um relacionamento duradouro é construído. É possível encontrar novos caminhos para a relação com essas conversas;


03. Cuide da energia da relação

A vida agitada frequentemente nos mantém ocupados, mas reservar um tempo exclusivo para o parceiro é fundamental. Planejem momentos especiais e criem memórias juntos para fortalecer o vínculo. Mantenham a faísca viva com gestos carinhosos, surpresas românticas e demonstrações regulares de amor e carinho;


04. Não desrespeitar

O respeito é o alicerce de qualquer casamento sólido. Valorizem as opiniões, crenças e espaço pessoal um do outro. Evitem críticas destrutivas e cultivem um ambiente de respeito constante;


05. Liberdade não é só para solteiros

Com diferente perspectiva, a liberdade também deve fazer parte dos casamentos. Entender o momento do outro, ou se reservar, são ações que devem ser mantidas na convivência, até porque nem sempre estamos dispostos ou bem para se doar a outra pessoa. Além disso, não é errado que a outra pessoa saia sem você. Com uma boa confiança e respeito, os casais conseguem praticar a liberdade sem perder a conexão amorosa.



Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa.
Saiba mais aqui!

Henri Fesa – Médium, auxilia pessoas com problemas espirituais, principalmente, no campo amoroso. Especialista em relacionamentos, possui mais de 30 anos de experiência, criando soluções efetivas com um trabalho de qualidade e sem enrolação. A Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa recebe pessoas de todas as religiões e, dentro da crença de cada um, realiza os Trabalhos, atuando com segurança e seriedade, sem a utilização de magias de baixa vibração. Saiba mais aqui!


Neuropsicopedagoga explica como superar desafios da adolescência, para um futuro adulto autônomo e consciente de si

Reprodução
A adolescência, muitas vezes descrita como uma fase de transição tumultuada e complexa, é um período repleto de desafios, descobertas e oportunidades de crescimento. É nessa jornada de autoconhecimento e mudança que os jovens enfrentam uma série de desafios que podem moldar profundamente seu futuro. Desde as transformações físicas e hormonais até as complexidades da tomada de decisões e da busca de identidade, a adolescência é um território desconhecido que exige coragem, orientação e compreensão.

Nesse sentido, pensando nos desafios característicos dessa fase da vida e as estratégias para enfrentá-los com resiliência e positividade, a renomada bióloga e neuropsicopedagoga Viviana Palou lança uma visão esclarecedora sobre a organização interna e externa na vida dos adolescentes em seu capítulo “Organização” no livro "Soft Skills Teens" (Literare Books International). A especialista explora a interligação entre caos e organização, revelando como esses elementos inseparáveis podem dar forma à essência de um indivíduo, moldando a jornada da adolescência em direção a um futuro adulto autônomo e consciente de si.

De acordo com Viviana, a adolescência é frequentemente percebida como um período caótico, repleto de incalculáveis oportunidades e desafios. “No entanto, se essas experiências forem bem direcionadas e gerenciadas, elas têm o potencial de lapidar jovens em adultos resilientes e preparados para a vida”, afirma.

Viviana mergulha em uma série de tópicos essenciais relacionados à organização interna e externa dos adolescentes, oferecendo insights valiosos sobre como navegar pelas complexidades dessa fase da vida. Alguns dos temas abordados no capítulo sobre organização incluem: Mudança de Foco: a importância de direcionar a atenção para objetivos e prioridades, ajudando os adolescentes a concentrar seus esforços de maneira eficaz; Transformação do Corpo: explora as mudanças físicas que os adolescentes enfrentam e fornece orientações sobre como lidar com essas transformações de forma saudável e equilibrada; Fatores hormonais, genéticos e hábitos alimentares: como a compreensão desses elementos pode ajudar os adolescentes a organizar sua saúde e bem-estar; Cérebro em transformação: como os adolescentes podem organizar seus pensamentos e desenvolver habilidades cognitivas importantes durante essa fase crucial de desenvolvimento; Organizando critérios de escolha para a tomada de decisão: orientações práticas sobre como os adolescentes podem tomar decisões informadas e alinhar suas escolhas com seus objetivos pessoais; O quarto do adolescente: a organização do espaço pessoal também é discutida, mostrando como um ambiente bem organizado pode afetar positivamente a mente e as emoções dos adolescentes.

"Aceite os desafios e transforme-se em cada um deles sempre", assegura a neuropsicopedagoga. Ela ainda destaca a importância da flexibilidade diante das mudanças que a vida oferece como uma habilidade fundamental para a organização bem-sucedida da vida de um adolescente.

Enfrentar os desafios da adolescência pode ser uma jornada complexa e às vezes tumultuada, mas é importante lembrar que também é uma fase de crescimento, aprendizado e oportunidades únicas. À medida que os adolescentes buscam sua identidade e encontram maneiras de lidar com os desafios que a vida lhes apresenta, eles estão desenvolvendo habilidades valiosas que os prepararão para um futuro mais maduro e consciente.

“A adolescência, com todos os seus altos e baixos, é uma parte vital da jornada da vida, moldando indivíduos resilientes e capazes de enfrentar o mundo com confiança. Ao oferecer apoio, orientação e compreensão durante essa fase crítica, podemos ajudar os adolescentes a crescer e prosperar, transformando os desafios em oportunidades de autodescoberta e crescimento pessoal”, conclui Viviana Palou.


Como a atividade física beneficia a saúde neurológica

 

Crédito: Canva
Prática regular de exercícios ajuda desde a prevenção de doenças até o alívio de sintomas, mas é importante consultar um médico especialista

 

As doenças neurológicas impactam diretamente na vida das pessoas, afetando diversas funções cognitivas e motoras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de problema, como é o caso de Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Epilepsia, entre outras, é responsável pela morte de cerca de seis milhões de indivíduos anualmente. Além disso, crises de enxaqueca, depressão e até mesmo ansiedade entram na lista de malefícios que afetam a população em geral. 

De acordo com o Dr. Antônio Araújo, médico neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito e do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês, o hábito de se exercitar contribui diretamente para a saúde, inclusive na prevenção e tratamento de doenças neurológicas. “A atividade física é benéfica para a função cognitiva, equilíbrio, força, o que ajuda tanto na prevenção de doenças neurológicas como no alívio de sintomas”, explica o especialista, que ressalta também a importância de procurar um especialista. “Os exercícios ajudam e são importantes, mas não substituem o tratamento ou a orientação de um médico”. 

Pensando nisso, o Dr. Araújo listou motivos para deixar o sedentarismo de lado: 


Melhoria da Função Cognitiva 

Ao realizar atividades físicas regulares, o hormônio irisina é liberado em nosso corpo. Entre diversos benefícios, ele auxilia na memória. “Estamos falando de um hormônio que melhora o funcionamento dos neurônios e reduz o esquecimento, ou seja, importante para demências como o Alzheimer”, comenta o neurocirurgião.

 

Manutenção da Mobilidade

A prática de exercícios de impacto é muito recomendada para pacientes com Parkinson. De acordo com o Dr. Araújo, eles ajudam na produção de dopamina, neurotransmissor que atua de diferentes formas no sistema nervoso, estando relacionada, por exemplo, com o humor e o prazer. 

“Este hormônio atua no sistema nervoso central para facilitação do movimento, do equilíbrio e da destreza, além de ser importante para o circuito de emoções do cérebro”, comenta ele.

 

Melhora da força e equilíbrio 

Como já se sabe, determinados exercícios ajudam na força e no equilíbrio, entre eles, musculação, caminhada e corrida. Esse tipo de prática pode ser muito benéfica para pacientes com esclerose múltipla.  

“O hábito pode auxiliar na diminuição da fadiga, pois é associado a um treino aeróbico, podendo melhorar na força e equilíbrio dos pacientes”, explica. “Vale lembrar que trata-se de uma doença que não tem cura, assim como muitas outras, mas a prática de exercícios contribui para uma melhor qualidade de vida e até mesmo o retardo da condição”, complementa.

 

Redução de crises epiléticas 

Os pacientes que sofrem com epilepsia podem obter uma melhora significativa nas crises ao realizar exercícios físicos diariamente. “O aumento dos níveis de noradrenalina e endorfina auxiliam como protetores do sistema neurológico, ajudando na diminuição de episódios epiléticos”, explica.

 

Efeito anti-inflamatório e analgésicos naturais 

Casos de enxaquecas, depressão e ansiedade podem ser amenizados com exercícios físicos. “A liberação de endorfina e serotonina é a principal aposta para auxiliar nas fortes dores de cabeça, pois os hormônios atuam como analgésicos naturais. O cortisol - hormônio do estresse - pode ser reduzido através da prática saudável, gerando um efeito anti-inflamatório para o tratamento das doenças”, finaliza. 

É importante lembrar que todas as atividades físicas devem ser indicadas e realizadas com acompanhamento de profissionais, como médico e educador físico.

 

Clínica Araújo e Fazzito


Para os pet lovers: Corrida 5K ANIMAL, inédita na cidade, e quinta edição do Evento de Adoção de Cães e Gatos acontecem no São Bernardo Plaza

 Ambos os eventos acontecem no dia 22 de outubro 


O São Bernardo Plaza, em parceria com a União de Proteção Animal do Grande ABC, realiza esse domingo (22) a última edição de 2023 do Evento de Adoção de Cães e Gatos. O evento faz parte do calendário fixo do shopping e acontece mensalmente, recebendo pets que estão em busca de um novo lar. A quinta edição da ação social acontecerá este domingo, dia 22 de outubro, das 8h às 16h, no Acesso A – Piso L0.  

Para realizar a adoção e garantir um novo amigo de quatro patas, basta o adotante comparecer ao shopping com comprovante de endereço e documento original com foto. Ao ser adotado e receber um novo lar, o pet ganha alguns mimos disponibilizados por parceiros do shopping e da ONG. São eles: 

  • Imoogi: 30 dias de academia para o tutor + 30 dias de adestramento
  • Dr. Hato: 1° Dose de Vacina
  • Ei my care: Vale 1 dia na creche
  • Lovet: Vale 1° consulta com direito a retorno
  • Dr. Carlayle: Vale 1 consulta no oftalmologista
  • Intensi Prime: Vale desconto para 2° dose de vacina + desconto em vacina de raiva
  • Internacional PET: desconto de 20% em produtos de toda a loja.


Corrida 5K ANIMAL 

O São Bernardo Plaza recebe a 5K ANIMAL, corrida inédita na cidade, para tutores e seus pets. O evento, que acontece no domingo, está com os últimos ingressos disponíveis para interessados. A largada da corrida está prevista para às 8h. São duas opções disponíveis para os interessados: 5K Humanos e 2K Eu e meu Pet. Ambos os percursos acontecem no empreendimento e possuem trechos indoor pelos corredores do shopping e outdoor pela área externa. A cada inscrição realizada, a organização do evento irá doar 1kg de ração para uma ONG parceira. 

Todos os corredores inscritos recebem um kit exclusivo. No caso da 5K Humanos: camiseta alusiva ao evento, medalha e kit cronometragem; na 2K Eu e meu Pet: camiseta alusiva ao evento, medalha, número de peito e bandana para o pet. Quem completa as provas também ganha medalha. A retirada dos kits será realizada em 21 de outubro, das 13h às 19h, no São Bernardo Plaza Shopping.

 

Praça de Alimentação Pet 

Abraçando ainda mais a causa pet friendly, o São Bernardo Plaza disponibiliza espaço para os apaixonados por seus amigos de quatro patas. A Praça Pet é uma praça de alimentação dentro do empreendimento para os pets e seus tutores. O espaço dispõe de mesas, cadeiras e potes para água e ração, para total conforto dos tutores e seus melhores amigos.  

É necessária a permanência dos tutores junto de seus pets durante todo o período de permanência no espaço. Localizada no Piso L3, a Praça Pet funciona de segunda a sábado, das 10h às 23h, e aos domingos e feriados, das 11h às 21h.


Posts mais acessados