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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Tripartição do poder e outras ideias iluministas de Montesquieu

Edipro anuncia publicação de "O espírito das leis", obra que serviu de inspiração para os textos das constituições modernas


No século XVIII, o Iluminismo desafiou estruturas sociais e políticas da época e estabeleceu novos princípios de pensamento político. Nesse contexto, as ideias de Montesquieu desempenharam papel fundamental para as bases legais que surgiriam nos próximos anos.

Publicada em 1748, O espírito das leis é considerada a mais importante obra de Montesquieu. Neste livro, que ganha nova edição pelo Grupo Editorial Edipro, o filósofo analisa as naturezas de três tipos de governo: republicano, monárquico e despótico.

Os conceitos estabelecidos pelo escritor sobre os modos de comando e o exercício da autoridade influenciaram desde a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão até as modernas constituições de países como França e Brasil.

A partir de teorias como a tripartição do poder, ou seja, a separação do governo em três poderes - legislativo, executivo e judiciário –, Montesquieu busca estabelecer um modelo de administração baseado em meios legais que impeçam o abuso de poder. O autor discorre sobre como as leis devem ser formuladas para garantir estabilidade, liberdade, equilíbrio e justiça nas sociedades.

É preciso observar que os três poderes podem ser bem distribuídos na sua relação com a liberdade da constituição, ainda que não o sejam tão bem em sua relação com a liberdade do cidadão. Em Roma, detendo o povo a maior parte do poder legislativo, uma parte do poder executivo e uma parte do poder judiciário, tratava-se de um grande poder que era necessário contrabalançar por um outro.
(O espírito das leis, pg. 217)

Outro aspecto levantado por Montesquieu reflete de que forma legislação e educação devem ser estruturadas para que haja sucesso nos diferentes tipos de governo. Conforme aponta, o que leva ao declínio político é a corrupção, definida pelo descumprimento dos princípios.

Em O espírito das leis, o filósofo também relaciona a liberdade política do cidadão com a organização política do Estado. De acordo com ele, é possível identificar como a legislação e o sistema político devem se moldar para atender as necessidades de cada nação.

Por conta disso, mesmo com a proibição em alguns círculos intelectuais e na Igreja Católica, a obra, que é dividida em seis partes, converteu-se em um importante tratado sobre a procura por um governo ideal e faz parte da formação do pensamento político.


Divulgação 
 Grupo Editorial Edipro

 Ficha Técnica:

Título: O espírito das leis
Autor: Montesquieu
Número de páginas: 768
ISBN: 9786556601182
Dimensões: 16x23
Preço: R$ 94,90
Onde encontrar: Amazon

 


Domínio público
Sobre o autor: Político, filósofo e escritor francês, Montesquieu (1689-1755) é conhecido por sua teoria da separação dos três poderes, aplicada até hoje na constituição de muitos países. Ainda que tal separação não fosse uma novidade, já que era aplicada por povos antigos, como os gregos, os acréscimos e contribuições do autor francês à teoria são inegáveis. Aristocrata, nasceu em família nobre no castelo de La Brède. Teve uma formação iluminista com os padres oratorianos e aos 25 anos entrou para o tribunal provinciano de Bordéus.


Grupo Editorial Edipro
Instagram: @editoraedipro


Já pensou nas soft skills de quem protege seu negócio?

Saiba quais são as principais competências comportamentais para atuar no mercado de cibersegurança

 

Entre as 9 tendências do Gartner sobre Cibersegurança, três delas fazem referência direta à Gestão de Pessoas e Competências:

  1. Design de Segurança centrado no ser humano;
  2. Melhoraria da Gestão de Pessoas para a Sustentabilidade do Programa de Segurança;
  3. Expansão da competência dos conselhos para a supervisão de segurança cibernética.

Embora o mercado de cibersegurança aconteça na esfera “B2B” (business to business), ou seja, empresas ofertam soluções para outras empresas, essa relação se estabelece por meio de uma relação de confiança entre pessoas e equipes que monitoram e protegem marcas e dados.

Desde que trabalho na área de Gente e Cultura cuidando e desenvolvendo equipes que atuam em cibersegurança, tenho estudado sobre a construção da relação de confiança. Aprendi com a Frances Frei, executiva que atuou na Uber, que a construção (ou reconstrução) de uma relação de confiança se dá através de três aspectos.

O primeiro deles é a autenticidade, para que haja um clima de confiança entre as pessoas. O ambiente de trabalho precisa permitir que as pessoas sejam elas mesmas, afinal de contas temos uma propensão maior de confiar em quem é autêntico, humano e que está confortável em seus desafios/responsabilidades. Essa autenticidade, entretanto, vem acompanhada de responsabilidade e do segundo aspecto da tríade: a empatia. Para gerar confiança, não basta ser autêntico. A autenticidade sem empatia pode ser inadequada para qualquer relação, principalmente, as profissionais. O terceiro elemento é a lógica na comunicação. Tendemos a confiar mais nas pessoas que expressam suas ideias, pedidos e perguntas de maneira lógica, clara e objetiva.

As equipes que tratam ameaças ou até incidentes de vazamento de dados sabem que a comunicação precisa ser impecável. Portanto, treiná-la é também uma arte de aperfeiçoamento constante.

Muitas vezes, o desafio da comunicação esconde um aspecto psicológico básico: o medo de desagradar. Todo mundo prefere falar o que o outro quer ouvir, mas quando você atua em um contexto em que é preciso garantir a resiliência cibernética de uma organização, seu trabalho é apontar as vulnerabilidades que devem ser corrigidas e, por isso, a transparência passa a ser essencial nas práticas e comportamentos do time de cyber.

Uma das técnicas de Storytelling que mais gosto são as três verdades: lógica, emocional e factual. Quando deseja enfatizar um posicionamento, utilize-as da seguinte maneira:

Verdade Lógica: “Veja como faz sentido”, demonstrando alguma evidência ou relação de causa e efeito;

Verdade Emocional: “Eu acredito”, demonstrando que possui domínio sobre o tema e que após análise possui um posicionamento firme;

Verdade Factual: “Esses dados comprovam”, demonstrando alguma análise estatística, estudo, pesquisa, entre outros.
Melhorar a comunicação, entretanto, não é apenas melhorar a expressão de ideias. Cabe ao bom comunicador escutar ativamente para comunicar-se melhor! Ouvi recentemente que o mercado está cheio de cursos de oratória, mas não há iniciativas de “Escutatória”.

É escutando que desenvolvemos empatia. É compreendendo o desafio do cliente que passamos a ser mais tolerantes, abertos e pacientes com as interações e demandas. E é nessa relação que a mágica tem potencial de acontecer.

Quando você trabalha em um mercado de tecnologia é impossível saber tudo, por isso cultivar a humildade e o exercício constante de perguntar, estudar e atualizar-se é o que nos aproxima de soluções mais assertivas para nossos clientes.

Assim como escutar é tão importante quanto falar, o poder das perguntas bem-feitas é tão relevante quanto a habilidade de encontrar respostas. Recentemente, em uma reunião de negócios, presenciei um grande líder perguntar para um especialista uma dúvida sobre o mercado. O líder ouviu atentamente e agradeceu. Esse é um exemplo comportamental da humildade em se aprender, em se perguntar e cultivar a curiosidade.

Quando o Gartner aponta a tendência de conselhos ampliarem a competência em se posicionar sobre a segurança cibernética estamos falando de uma grande oportunidade para que os especialistas em cibersegurança traduzam em linguagem de negócios as necessidades e os impactos do setor.

Finalizo fazendo um convite para refletir sobre quanto os conhecimentos técnicos e específicos da nossa área de atuação podem ser potencializados à medida que desenvolvemos competências comportamentais para compartilharmos o que sabemos. E aí, o que você precisa desenvolver?

 

Ana Lígia Bacca - gerente de Gente e Cultura da Stefanini Brasil.

 

Conheça 8 benefícios de usar o Pix no seu negócio

Estudo do Banco Central mostra que o Varejo é o campeão de operações com essa forma de pagamento

 

O Pix pode ser um bom aliado dos donos de pequenos negócios e a grande maioria já percebeu isso. Relatório de Gestão do Pix, publicado pelo Banco Central do Brasil, mostrou que, até dezembro de 2022, quase 12 milhões de empresas de todos os setores da economia já haviam feito ou recebido pelo menos um Pix, o que equivale a aproximadamente 67% das instituições com relacionamento bancário e as empresas do varejo têm se destacado como o segmento da economia que concentra o maior volume de operações realizadas por meio do Pix, seja para recebimento de valores ou para realizar pagamentos.

As empresas varejistas representaram 33% dos empreendimentos que receberam por meio da transferência eletrônica e totalizaram 23% das empresas que pagaram despesas com o Pix. No total, mais de 71 milhões de pessoas foram incluídas financeiramente com o método de pagamento, até dezembro de 2022. O número total de operações saltou de 1,4 bilhão, em dezembro de 2021, para 2,9 bilhões, em 2022.

A grande utilização do PIX como forma de pagamento nos pequenos negócios já havia sido apontada na 3ª edição da Pesquisa Pulso, realizada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou o pix como a principal forma de pagamento usada pelas MPE. Nos negócios comandados por mulheres essa proporção chega a 45% do total, enquanto nas empresas chefiadas por homens era de 37%.

De acordo com a analista da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Cristina Vieira Araújo, ainda há espaço para avanço das pequenas empresas no recebimento via Pix. “Este modelo de pagamento aumenta a eficiência, o recebimento dos recursos é imediato e pode melhorar a gestão do fluxo de caixa”, comenta. A analista avalia que a ferramenta ainda tem o desafio de gerar, de forma eficiente, cobranças em lote e adaptar os sistemas internos dos emissores de cobrança, para a automatização dos processos.

"O Pix disponibiliza a facilidade de integração de sistemas, mas o processo exige desenvolvimento tecnológico por parte das empresas de soluções e de gestão empresarial", explica a analista.“Outra questão está relacionada aos pagamentos nos pontos de venda, tanto físicos quanto eletrônicos, que envolvem a necessidade de desenvolvimentos tecnológicos por parte de empresas de software de automação comercial, o que também demanda tempo de adaptação”, completa.

 

Conheça os 8 benefícios de usar o Pix, segundo o Sebrae:

1.   Velocidade de disponibilização dos recursos na conta do recebedor: os recursos são creditados em até 10 segundos, em 99% das transações.

2.   Custo baixo: Pix chega para reduzir custo de transação, beneficiando pequenos negócios.

3.   Disponibilidade: o Pix pode ser feito 24 horas por dia, em todos os dias do ano, incluindo sábados, domingos e feriados.

4.   Multiplicidade de casos de uso: o Pix atende a todo e qualquer pagamento ou transferência feita hoje no Brasil, incluindo transferências entre pessoas, entre empresas, quitação de faturas e pagamentos ao governo.

5.   Conveniência: o Pix pode ser usado com cadastramento de chave de número de aparelho celular, CPF ou leitura de um QR Code.

6.   Melhoria da gestão do fluxo de caixa da empresa

7.   Pagamento da DAS (Simples Nacional) por meio do Pix. Acesse o passo a passo aqui.

8.  O potencial do Pix para o comércio eletrônico é de aumento da eficiência, recebimento imediato dos recursos, melhor gestão do estoque e agilidade no envio dos produtos.

 

5 dicas para fidelizar clientes

 Saiba aproveitar o real potencial do Dia do Cliente para se destacar em meio à enxurrada de promoções

 

 

De acordo com o relatório da All iN | Social Miner, o faturamento do varejo atingiu R$5,8 bilhões no Dia do Cliente, em 2022. Para este ano, a data, comemorada no dia 15 de setembro, promete ser uma edição memorável para as empresas. No Brasil, é muito comum que o comércio realize promoções durante a semana ou ao longo do mês inteiro, dando início à Semana do Cliente, utilizando de uma estratégia bastante similar à Black Friday.

 

Com isso, muitas marcas acabam se perdendo em suas campanhas de marketing de relacionamento, focadas em descontos e promoções. Para muitas, realizar promoções, dar um pequeno desconto ou frete grátis já bastam para atrair e fidelizar clientes. Contudo, com o consumidor cada vez mais exigente, é preciso se atualizar com as novas tendências de consumo e comportamento.

 

Para identificar quais são as estratégias essenciais para se destacar nesta importante data comercial, Cleison Dará, analista de marketing da Gofind, plataforma de IA da indústria que aumenta o fluxo de pessoas nas lojas que tem seus produtos, lista algumas dicas:


 

1. Respeite o direito do consumidor

Certifique-se de que o Código de Defesa do Consumidor seja uma leitura obrigatória para a cultura organizacional da sua empresa, difundindo-a entre todos os colaboradores, parceiros e fornecedores.


 

2. Pratique a empatia

Entender o seu público é o primeiro passo para um bom atendimento, mas uma estratégia só é capaz de gerar os melhores resultados quando compreendemos que, mais do que observar as necessidades do público enquanto consumidores, é preciso captá-los e tratá-los como pessoas antes, durante e após o atendimento.


 

3. Conheça e utilize o melhor de cada canal

Canais digitais são cada dia mais assertivos para a definição de públicos específicos e possuem formas de mensuração de resultados mais acessíveis e em tempo real. Já canais tradicionais costumam ter uma abrangência maior, atingindo diversos tipos de público. Mesclar os dois canais pode ser uma boa ideia, mas tudo dependerá da verba e do objetivo a curto, médio e longo prazo.


 

4. Promova integração entre marketing e vendas

Nada pior do que fazer uma campanha certeira, que traga para a empresa diversos leads qualificados e engajados que acabam não sendo abordados pela sua equipe comercial, desvirtuando todos os conceitos de funil de vendas e jornada do consumidor. A sinergia entre estas duas áreas é indispensável para um planejamento bem executado que entregue resultados satisfatórios.


 

5. Esteja próximo do seu consumidor

Colocar o cliente no foco da sua estratégia mostrará o quanto a sua empresa se importa com a experiência do consumidor, aumentando a confiança depositada por ele nos seus produtos ou serviços e potencializando as suas chances de sucesso.

 

 



Gofind

DIA DO CLIENTE

 

ECONOMIA PRATEADA

Os 10 princípios para se comunicar com o consumidor 50+


A Economia Prateada já movimenta 22 trilhões de dólares anualmente no mundo e, na América Latina, 2 trilhões de dólares – segundo pesquisas da Data8; no Brasil, são R$ 2 trilhões por ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seremos, em 2050, o sexto país com mais idosos no mundo. Embora mais de 30% da base de clientes de todos os setores do país tenha mais de 50 anos, uma onda antagonista tem operado para negar a força dessa Revolução Prateada. O nome desse vilão é etarismo – um preconceito que atrapalha o desenvolvimento da sociedade e do comércio.

O Relatório Global sobre Etarismo, conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que uma em cada duas pessoas no mundo pratica o etarismo, ou seja, o preconceito contra pessoas mais velhas. Atuando de forma cruzada com outros tipos de discriminação, essa modalidade de preconceito atinge, regularmente, quase duas em cada três mulheres com mais de 50 anos nos Estados Unidos – de acordo com o levantamento da American Association of Retired Persons (AARP). Na prática, uma mulher negra e madura – uma consumidora – sofre mais com o etarismo do que um homem branco com a mesma idade.

Diante das demandas e das oportunidades apresentadas pela Economia Prateada (ou Economia da Longevidade), os gestores das empresas são instados a associar as práticas de ESG à leitura de uma nova moldura social, questionando qual é o papel das marcas e das companhias na transformação de um ambiente propício a stakeholders com mais de 60 anos. Para se ter uma ideia do impacto do envelhecimento da população, basta pensar que entre 2012 e 2021, mais de 12 milhões de brasileiros ingressaram nesse grupo de pessoas que soma, hoje, mais de 37 milhões de indivíduos.

Com o cenário posto, cabe às empresas assimilarem o conceito de Letramento em Longevidade dentro da perspectiva de melhor trabalhar as demandas dos consumidores maduros. Esse entendimento do universo do cliente 50+ deve permear as relações das companhias. Não basta combater o etarismo dentro da corporação; mais do que isso, torna-se essencial disseminar conhecimentos mais profundos sobre essa novidade demográfica. Um dos pontos de partida desse letramento são 10 princípios que são a base de todas as ações empreendidas por marcas e empresas que desejam melhor se comunicar com o consumidor maduro.

#1 | As pessoas 50+ precisam ser vistas e representadas como são, ou seja, as diversidades e individualidades devem ser respeitadas. Na prática, precisamos direcionar o conhecimento adquirido sobre a maturidade e inclusão para inovações que atuem em favor de uma longevidade com qualidade de vida.

#2 | As marcas e empresas precisam entender que os maduros são livres para tomar as próprias decisões com autonomia e independência; elas precisam respeitar as capacidades cognitivas deles. E isso inclui contratar, efetivamente, mais profissionais (funcionários e terceiros) com 50 anos ou mais.

#3 | Na publicidade da empresa, a imagem do envelhecimento deve ser representada de maneira realista, positiva e construtiva, com a pessoa madura exercendo o papel de protagonista. Portanto, a relação de marcas e pessoas com os maduros deve ser de apoio e respeito.

#4 | Os conteúdos das marcas para o público 50+ precisam ser úteis, profundos e não ter o mero intuito de vender. A construção de um conteúdo relevante passa por trazer histórias e pessoas reais. Essa conduta promove, para ambos, melhores resultados.

#5 | A linguagem dos conteúdos deve ser humanizada e verdadeira – sempre baseada no conhecimento que o público maduro já traz como bagagem adquirida ao longo da vida. Esse público aprecia mensagens de especialistas, ou seja, conteúdo com endosso.

#6 | A linguagem adotada pelas marcas deve ser simples, direta e objetiva, além de transparente e livre de enrolação. É importante lembrar que a mensagem está sendo dirigida a alguém que já tem bastante conhecimento sobre a vida.

#7 | O design deve ser inclusivo. O maduro é digital e se existir alguma dificuldade de navegação, é aconselhável que a marca reveja a usabilidade da plataforma, pesquisando, ouvindo e testando com os maduros.

#8 | Os ambientes virtuais devem ser seguros, confiáveis e oferecer apoio/ajuda. As interfaces precisam ser funcionais, levando em consideração as características de um público que não é nativo digital. E, mais: as marcas precisam respeitar e atender as características típicas do envelhecimento que incluem declínio nas áreas biológicas como visão, audição, motricidade e memória, entre outras. Vale pensar em letras grandes, cores fortes, contrastes, acessibilidade, baixo número de cliques para encurtar caminhos, áudio limpo e clareza na mensagem.

#9 | O consumidor maduro precisa ser ouvido em pré-testes de qualquer produto, antes do lançamento. Os resultados de pesquisas e inputs dos dados de performance do marketing digital devem ser utilizados como guias nas tomadas de decisão, da mesma forma como são usados para os demais públicos-alvo. Vale reforçar que o público 50+ está digitalizado e envia sinais poderosos de seus hábitos e suas preferências.

#10 | Em vez de ressaltar as diferenças entre as gerações, as marcas e empresas devem falar sobre os pontos em comum. Fotos e conteúdos de interesse intergeracional tendem a apresentar ótimos resultados com o público maduro, ou seja, eles não precisam ser isolados em ambientes nos quais só tenham consumidores 50+.

Embora muitos dos princípios pareçam falar sobre marketing ou relação com clientes, eles são aplicados essencialmente para a comunicação com todos os  stakeholders. Vale ressaltar que a Máquina de Vendas Marketing criou dois conteúdos gratuitos para apoiar a disseminação de informação qualificada sobre a temática. A primeira é o Guia de Letramento em Longevidade – com download no link  https://info.mvmarketing.com.br/guia-de-letramento-em-longevidade – e o Checklist UX Consumidor 50+: https://info.mvmarketing.com.br/checklist-de-ux-para-consumidor-50mais

 


Camilla Alves - Cofundadora da MV Marketing, a empreendedora atua desde 2018 na Economia Prateada. Graduada em Administração de Empresas, atualmente é mestranda em Data-Driven Marketing, com especialização Data Science para Marketing na Nova Information Management School (Nova IMS), em Portugal. Antes de fundar a MV Marketing, Camilla teve experiência na Endeavor Brasil, onde aprendeu na prática as principais técnicas de marketing digital. Com essa bagagem, ela desenvolveu uma ampla expertise em diversas áreas do marketing digital, incluindo automação de marketing, CRM, SEO, mídia, análise de dados e performance.

Bete Marin - Empreendedora na Economia Prateada, é cofundadora das empresas MV Marketing, Hype50+ e do U+Festival. Especialista em planejamento estratégico, comunicação integrada, marketing digital e eventos, Bete é graduada em Marketing, pós-graduada em Gerontologia (Instituto Albert Einstein); em Comunicação (ESPM); e possui MBA em Marketing pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Iniciou a carreira em grandes empresas e consolidou o crescimento profissional na Gerdau, sendo responsável pela área de promoção e propaganda de produtos no Brasil.


A importância do pequeno varejo nos extremos do Brasil

Em pleno século 21, na expansão e solidificação do digital como base organizacional, com o e-commerce ganhando cada vez mais mercado e consumidores; o comércio físico parece se esvair diante de tantas inovações, tecnologias e praticidades que a internet proporciona ao varejo. No entanto, o pequeno comércio, em regiões extremas do Brasil, ainda se impõem diante da massificação “online”.

Zonas rurais, ribeirinhas, periferias e vilarejos, essas palavras podem parecer distantes do cotidiano de um morador de uma área urbana, de uma metrópole ou megalópole, onde há um fluxo digital perfeito, lugares em que o sinal 5G é real e o “pague agora e receba em duas horas” funciona. 

Essas zonas extremas do Brasil enfrentam uma outra realidade, um cenário desconhecido dos empresários, executivas; homens e mulheres de negócios que não tem tempo a perder - Time is money. A realidade desses brasileiros e brasileiras é longínqua a uma internet de qualidade ou a um serviço postal que entre em qualquer rua e viela e encontre o destino certo do produto comprado.

Nesses cenários, o pequeno varejista; a quitanda; a vendinha; a sorveteria se fazem grandes players para o consumo local. Essa força dos pequenos negócios, comércios e serviços é traduzida através dos números do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Conforme a entidade, o setor de pequeno varejo emprega cerca de 9,5 milhões de pessoas e responde por cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do comércio varejista do país. Um motor que impulsiona uma parcela significativa da economia.

Dentro os segmentos do pequeno varejista brasileiro estão: 

  • Alimentação, com padarias, mercados e lojas de conveniência; 
  • Vestuário e calçados; 
  • Produtos farmacêuticos e perfumaria; 
  • Materiais de construção e móveis e decoração;
  • Eletrônicos e eletrodomésticos.

Desprezar esse setor é como eliminar uma parte da somatória das riquezas internas do Brasil. Mesmo não fazendo parte do seu cotidiano, os comércios nas zonas mais extremas estão espalhados por aí. 

Tente fazer o seguinte exercício: esqueça seu celular e seus aplicativos de compra online, desligue seu wi-fi e o computador. Feito isso, agora vá para rua e conte quantos comércios existem em sua vizinha, tente lembrar quantas vezes você consumiu nestes locais. Poucas, não é mesmo?

Foram desses pequenos vendedores e comerciantes locais que a economia brasileira se fortaleceu e as grandes companhias valorizadas surgiram, tornando-se conglomerados, organizações e multinacionais. 

 


Rogério Albuquerque - head de marketing e produtos da Card


Card
https://grupocard.com.br/

 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Campanha contra o estigma sempre deve estar na agenda do Mês Mundial da Doença de Alzheimer

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Neurologista alerta contra os preconceitos com a enfermidade, que afeta 1,2 milhão de brasileiros, e mostra que é necessário o conhecimento para cuidar bem de quem já cuidou de você


Em setembro foi instituído o mês dedicado à conscientização sobre a enfermidade, e no dia 21, o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Aquela figura forte paterna ou materna, ou até mesmo dos avós, pode se dissolver em apenas um diagnóstico. Porém, apesar de todo o temor que ronda uma doença crônica e incurável, mitigar os preconceitos é uma via importante e segura para que os familiares cuidem de quem já cuidou deles.

Mal de Alzheimer, parecia até uma assombração quando estigmatizada pelo próprio nome e, inclusive, criava obstáculos para alcançar o tratamento adequado. Isso porque, além do impacto natural que o diagnóstico já carrega sentenças de morte em vida.

Segundo a neurologista da Imuno Brasil, a doutora Renata Faria Simm, a informação derruba qualquer barreira e não deixa que sejam colocadas mais dificuldades e limitações aos portadores.

E para promover o conhecimento neste mês importante de conscientização, a especialista traz algumas informações importantes para desestigmatizar, criar qualidade de vida proveniente da rede de apoio e garantir a integração do paciente à sociedade.

- Sofrimento: com a progressão da doença, o paciente sofre com as próprias limitações, esse fator traz angústia e diminui a busca pela ajuda necessária e até mesmo do diagnóstico.

- Demência: Alzheimer está entre as mais comuns deste quadro, representando de 50 a 80% dos casos, portanto é necessário estar atento aos sinais.

- Progressão: a enfermidade é neurodegenerativa, com perda progressiva de neurônios, levando à dificuldade de executar tarefas cotidianas, e este é o sinal mais claro.

- Exclusão: segundo a Organização Mundial de Saúde o preconceito pode fazer desses portadores, injustamente, os excluídos. Isso pode gerar sentimento de discriminação, vergonha, entre outras sensações que afastarão o sujeito de terapias que controlem a doença, pois quanto menos interação mais é notado o avanço da doença.

Portanto, é necessário entender que quanto mais estigmas, mais contribuímos na má qualidade de vida desses pacientes; eles, em quadro depressivo de exclusão, criam dificuldades para o enfrentamento da doença; atrasam o diagnóstico e o início de tratamento; e comprometem a participação em tarefas diárias por medo de serem julgados.

Neste sentido, para a doutora Renata, fica claro que o estigma deve ser banido da vida em torno de um paciente com a Doença de Alzheimer, e ainda, a especialista não deixa de falar sobre os sinais, e mostrar que toda atenção é válida. São eles:

- Perda de memória recente.

- Declínio na capacidade de planejamento, resolução de problemas ou realização de cálculos básicos.

- Dificuldade nas tarefas diárias ou atividades de dominância da pessoa.

- Desorientação de espaço e tempo.

- Problemas na fala e falhas na percepção visual.

- Perdas constantes de objetos e dificuldade para encontra-los.

- Mudanças de humor, personalidade ou de comportamento.

 

Renata Faria Simm - coordenadora da área de Neurologia da Imuno Brasil. Graduada em medicina com residência em neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Mini Fellowship and Observership em Esclerose Múltipla pela Stony Brook University (NY, 2013), Universidade Colonia (2016), Mont Sinai Hospital (NY, 2017), e Toronto University (2019).

 

Grupos de risco podem evitar a trombose com atitudes simples

Dia nacional de prevenção à doença é comemorado em 16 de setembro para reforçar a importância da atenção permanente aos hábitos preventivos


No mês de agosto, a funkeira MC Katia veio a óbito depois que seu quadro, já delicado, se complicou por conta de uma trombose. Há situações extremamente específicas como a da cantora, mas existem também aquelas em que é possível evitar a doença.

Por essa razão, em 16 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose Venosa, justamente para que seja do conhecimento de todos a importância do olhar atento e cuidados necessários, com ênfase aos grupos de risco.

O sangue precisa ser fluido dentro do vaso e, ao mesmo tempo, ter a capacidade de coagular, ou seja, interromper o escape fora dele, quando há, por exemplo, uma lesão de tecido, para que não haja uma hemorragia descontrolada. A trombose é uma disfunção dessa liquidez do sangue, que coagula dentro das veias, acometendo mais comumente as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos).

O sistema responsável pela coagulação apresenta dois mecanismos distintos que ocorrem simultaneamente, quase de forma antagônica, e, ao mesmo tempo, complementar, que são a formação do trombo propriamente dita e a dissolução do coágulo (chamada fibrinólise). Tais mecanismos funcionando em desarmonia favorecem a ocorrência da trombose patológica.

Algumas características e hábitos tornam o indivíduo mais elegível à trombose, como obesidade, idade avançada (mais de 75 anos), imobilidade no leito, gravidez, uso de anticoncepcional, reposição hormonal e doenças autoimunes, inflamatórias (como a Covid-19), cardíacas, câncer, diabetes e outras hereditárias que determinem a trombofilia. Tais condições preexistentes exigem uma vigilância permanente do paciente e do médico que o acompanha, uma vez que o risco de embolia pulmonar – deslocamento do coágulo para o pulmão – é ainda maior.

De acordo com o Dr. Marcos Müller, médico assistente no Hospital Municipal Evandro Freire (HMEF)/CER Ilha, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro, atitudes preventivas devem fazer parte do dia a dia dos grupos de risco, como estar sempre em movimento, com exercícios cotidianos e paradas de duas em duas horas para caminhar em caso de viagens longas; mudar periodicamente de posição, mesmo estando acamado; ter uma alimentação adequada; evitar o tabagismo; e usar meias elásticas apropriadas (que fazem a compressão gradual do membro inferior), sobretudo as pessoas que ficam de pé por longos períodos ou muito tempo sentadas.

“Na vigência de doenças preexistentes, como câncer, varizes, doença renal e cardíaca, a prevenção com remédios é necessária e, para isso, o paciente precisa de acompanhamento médico regular e adequado”, destaca.


Curiosidades do esforço físico e importância do diagnóstico correto

O acompanhamento médico é fundamental em situações suspeitas, uma vez que alguns sintomas mascaram uma possibilidade real de trombose. O contrário se verifica também num caso de esforço súbito da perna e do surgimento de ruptura venosa com sangramento – “Síndrome da Pedrada”, remetendo a uma confusão diagnóstica.

Um outro caso comum em esportistas que usam muito os membros superiores, como os arremessadores, por exemplo, é a formação de trombose nas veias da parte superior dos braços.

Em todos esses casos, o evento pós-esforço é relevante para a compreensão do problema ocorrido, necessitando de avaliação profissional, até para que se evite a automedicação e as questões decorrentes dessa prática.


Prevenção à moda antiga

Pacientes acamados são fortes candidatos à trombose, mas podem se prevenir com um exercício bastante simples e eficaz, segundo o médico do HMEF.

Ele explica que, no passado, era muito comum ver as pessoas acamadas amarrarem ataduras à ponta dos pés e elas próprias fazerem movimentos para puxar e empurrar aquela extremidade. Isso facilita a retomada da caminhada e consequente desospitalização.

“É um exercício imprescindível, que pode se apresentar como uma alternativa ao paciente que não pode fazer uso de anticoagulante e que tem previsão de permanecer no leito por um longo período. Em casos como esse, é preciso encontrar alternativas. O mercado, muitas vezes, apresenta dispositivos caros e complexos, enquanto ensinar o paciente a puxar e empurrar a ponta dos pés (dorso flexão e dorso extensão) continuamente, de forma a massagear a panturrilha, pode ser um      fator decisivo      para que não apresente trombose enquanto estiver acamado”, reforça Dr. Marcos.

Segundo o médico, grávidas, sobretudo aquelas com varizes, também precisam fazer o exercício. “Se compararmos uma mulher não grávida a uma gestante no último trimestre, a chance da segunda desenvolver trombose é quatro vezes maior”, finaliza. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial)
cejam.org.br/noticias


Setembro Amarelo: especialistas em educação listam temas relacionados à saúde mental que exigem atenção

A partir da discussão sobre a importância dos cuidados psicológicos, especialistas explicam como a campanha pode impactar positivamente o cenário educacional

 

Em 10 de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, porém por conta da notoriedade da data e de sua visibilidade, a efeméride acabou se estendo para todo o mês. E assim, a importância dos cuidados com a saúde mental para a prevenção do suicídio ganha espaço na pauta.

 

Em se tratando de educação, existem uma série de pontos que merecem atenção e podem afetar tanto a saúde mental dos estudantes quanto a dos educadores. Para compreender a questão de como é possível conscientizar a sociedade sobre a violência nas escolas e desenvolver uma cultura escolar de alta confiança, especialistas no tema trazem algumas reflexões. Confira!


 

Cultura escolar de alta confiança


Previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trabalhar as habilidades socioemocionais das crianças desde a primeira infância é garantir seus direitos de aprendizagem e de conhecimento. Por isso, iniciativas que contemplam essas competências contribuem para a formação e para o desenvolvimento das novas gerações, o que implica em compreender a complexidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas do ser.

 

Heleomar Gonçalves, assessor pedagógico do programa Líder em Mim, proposta pedagógica que visa a formação de líderes desde cedo, diz que, para alcançar um viés pedagógico de acolhimento e de reconhecimento pleno dos alunos, a educação deve garantir que eles desenvolvam competências como:

 

1.“Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

 

2.Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

 

3.Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.

 

Além disso, Luciana Patrocínio, gerente das Soluções Complementares da Somos Educação, conta que programas socioemocionais como o Líder em Mim focam em práticas que tragam, o ano todo, a importância do autocuidado presente em movimentos como o Setembro Amarelo. “O programa [Líder em Mim] é estruturado para que a escola desenvolva ações práticas que contribuam para o contexto do momento. Então, as escolas já puxam ações e práticas de autocuidado como a conta bancária emocional que contribuem para isso”, explica.

 


Disciplina Positiva ajuda crianças nas habilidades socioemocionais


Dentro do contexto do Setembro Amarelo, também surgem questões como a necessidade de combater a violência dentro da escola. Violência essa que pode se manifestar pelo bullying ou pelo cyberbullying, por exemplo. Instituições de ensino podem e devem pensar em ações e práticas perenes para melhorar a saúde mental das crianças e dos adolescentes. Na Red Balloon, escola especializada no ensino de inglês, a disciplina positiva é aplicada por todo o corpo docente afim de conhecer melhor cada aluno, em sua individualidade, e, assim, colaborar com o desenvolvimento de habilidades, competências e criatividade.

 

A disciplina positiva tem relação direta com o desenvolvimento socioemocional e, consequentemente, com o controle das emoções. Baseada na firmeza e na gentileza, sem punição, castigo ou recompensa, a abordagem estimula o desenvolvimento do autoconhecimento e do autocontrole, além de habilidades sociais importantes, como a empatia e a autoconfiança. “A disciplina positiva ensina importantes habilidades sociais e de vida de maneira profundamente respeitosa e encorajadora, partindo do conceito de conexão antes da correção, incentivando o pertencimento e o encorajamento”, explica Claudia Peruccini, gerente pedagógica da Red Balloon.


 

Como cuidar da saúde mental na fase dos vestibulares


O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização para a prevenção do suicídio, compartilhando informações que auxiliam a preservar a saúde mental, como a identificação de situações de riscos para si e para os demais, além de fomentar reflexões sobre formas disponíveis de cuidados.

Essa prevenção deve acontecer durante o ano inteiro, mas aproveitando o mês da divulgação e a aproximação dos vestibulares, os jovens devem tirar um momento da agenda para avaliar, com mais ênfase, como estão se cuidando. Caso contrário, o momento de extrema pressão nos estudos pode despertar ou intensificar questões de saúde mental pré-existentes.

 

“Podemos ficar atentos a: intensidade, frequência, duração e mudança de comportamento - aparentemente justificados ou não. Principalmente ter atenção se esses fatores aparecem juntos. Alguns exemplos: mudanças no sono, na concentração ou no humor que são intensas e duradouras e podem comprometer a saúde se perdurarem. Existe diferença em oscilações que ocorrem em situações pontuais, claro”, diz Samara Nabuco, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo.



Quatro hábitos diários que melhoram as dores nas costas

Muitos pacientes deixam para cuidar de suas colunas apenas quando começam a sentir dores ou desconfortos frequentemente. Apesar da lombalgia ser uma queixa presente em grande parte da população mundial, existem certos hábitos diários que podem evitar este problema de saúde e impedir que evolua para casos mais graves – os quais precisam ser adotados o quanto antes para garantir uma boa qualidade de vida a todos.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial sofre com dor nas costas rotineiramente. Com a popularização do home-office e o desconhecimento de comportamentos prejudiciais à coluna, um outro estudo publicado na revista Lancet Rheumatology alertou que, com base nos apontamentos do relatório Carga Global de Doenças 2021, o mundo terá 843 milhões de pessoas afetadas por essa condição até 2050.

De crianças à idosos, a lombalgia é um diagnóstico que afeta pessoas de todas as idades, e que pode desencadear muitos outros problemas à saúde quando não cuidada antecipadamente. Por isso, veja a seguir quatro hábitos que, quando prezados diariamente, podem evitar o agravamento destas dores:


#1 Faça exercícios frequentemente: manter atividades físicas frequentemente é um fator extremamente importante para a saúde de todos. Existem muitos treinos voltados ao fortalecimento da coluna que precisam se tornar um hábito na rotina das pessoas, o pilates, como exemplo, costuma ser muito prescrito para pacientes que já demonstram esses sintomas de desconforto, uma vez que possui alta capacidade de contribuir para que a lombalgia tenda a diminuir gradativamente. Mas, ainda tem muitas outras opções de exercícios excelentes para a piora dessas dores, desde que sejam realizados frequentemente.


#2 Cuidado ao carregar pesos em excesso: de acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), não devemos carregar pesos superiores a 10% do nosso peso corporal, uma vez que este excesso é fortemente prejudicial à má postura. Para aqueles que costumam andar com mochilas nas costas ou outros itens semelhantes, o recomendado é utilizar sempre as duas alças de forma equilibrada nos ombros, para evitar que a pessoa ande de forma mais curva, encurte os músculos do peito e enfraqueça as costas.


#3 Se atente à postura durante o trabalho: seja na sede da empresa, trabalhando de casa ou nos momentos de conforto, a má postura ao ficarmos sentados durante muitas horas faz com que a pressão na coluna seja muito maior do que quando estão em pé, o que influencia na maior sobrecarga no disco intervertebral ao estarmos nas cadeiras. Por isso, é extremamente importante se atentar a esse posicionamento, utilizando, como auxílio, cadeiras com encosto adequado e que permita o posicionamento das pernas à 90º em relação à coluna, sempre com os pés apoiados no chão. Ainda, busque levantar e se esticar periodicamente, evitando permanecer na mesma posição por muito tempo.


#4 Tenha uma melhor posição ao dormir: não se posicionar corretamente de forma confortável ao dormir é um forte perigo para a piora destas dores. A própria Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), inclusive, recomenda que dormir de lado é a posição que menos gera pressão sobre a coluna vertebral. Para ajudar ainda mais, é importante que esteja em uma posição alta o suficiente para alinhar a lombar, coluna e pescoço, além de utilizar outro posicionado entre as pernas como um apoio extra.

Quem se depara com dores na coluna compreende o quanto esse desconforto pode prejudicar a qualidade de vida e desencadear outros problemas para a saúde. Por isso, seguir esses cuidados não é algo opcional, mas hábitos fundamentais para evitar que esses sintomas venham a ocorrer e, acima de tudo, que piorem e os impeçam de realizar diversas atividades do seu dia a dia.

 

Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. Com mais de 19 anos de experiência na área, é um dos poucos profissionais do país a realizar intervenções de alta complexidade, principalmente na correção de escoliose. https://drcarlosbarsotti.com.br/

 

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