Pesquisar no Blog

domingo, 20 de agosto de 2023

5 dicas para otimizar o preparo das lancheiras escolares

Chef de cozinha e mãe, Marina Linberger, oferece dicas para uma composição de alimentos nutritivos e práticos para os pequenos

 

Sanduíches lúdicos servidos com olhos e boquinhas, frutas cortadas em formato de coração ou de estrela, além wraps artesanais, sem glúten e sem lactose. A lista de receitas criativas, e às vezes complexas, que circulam pelos canais de mães no Youtube e no Tik Tok tem atraído milhares de views Brasil agora, mas, a maioria, não oferece praticidade nesse período de volta às aulas.

Pensando nisso, a chef de cozinha e mãe de duas pequenas, Marina Linberger, oferece cinco dicas para os pais montarem lancheiras otimizadas, que se encaixem no dia a dia corrido da família, e que tenham opções saudáveis e práticas para os pequenos. “Os lanches são de extrema importância para fornecer nutrientes aos pequenos, além de organizar as janelas de alimentação das crianças. Por isso, os pais precisam se atentar para alguns detalhes, como o fato da lancheira ser em um recipiente comum ou térmico, porque isso faz toda diferença na hora de pensar no tipo de alimento que será preparado. São detalhes que ajudam muito na rotina dos adultos e das crianças,” esclarece.

À frente do programa “Cozinha de Gente Moderna”, reproduzido no YouTube e no canal Sabor e Arte, onde ensina sobre como otimizar refeições na rotina familiar, Marina elenca as cinco dicas que vão auxiliar os pais no preparo das lancheiras para a volta às aulas:


1.    O preparo começa no mercado:

“A escolha começa muito antes do preparo, ela se inicia nas prateleiras do mercado. Os pais devem garantir ao menos um ingrediente de cada grupo alimentar na lancheira do seu filho. Eu costumo separá-los em três grupos: líquido, onde entram água, água de coco, chás e sucos naturais (prefira sem açúcar); carboidratos, como frutas frescas e secas, bolos, pães, muffins, panquecas (de preferência caseiros e integrais), granola, barra de cereais, cookies e milho cozido ou torrado; e proteínas, como iogurtes, queijos, pastinhas de leguminosas (tipo homus), pastinha de ricota ou tofu, ovos e leite”, explica Linberger.


 

2.    Ofereça opções:

“A dúvida mais frequente dos pais é sobre como fugir da mesmice. A primeira dica é conversar com as crianças e fazer uma lista de tudo que elas gostam de comer. Tenha sempre na manga opções saudáveis, para estimular boas trocas, porque certamente eles vão pedir bolacha recheada e salgadinho todo dia. Liste pelo menos 10 opções e vá mesclando o envio delas na lancheira”, orienta Marina.


 

3.    Tenha sempre em casa alimentos de longa duração:

“Invista em lanches que duram a semana toda e faça uma divisão das receitas por forma de conservação, por exemplo: Alimentos em temperatura ambiente: frutas com casca, frutas secas, castanhas, milho torrado, torrada de arroz ou integral e barra de cereais caseiras. Alimentos refrigerados: legumes crus conservados em água, tomatinhos, queijos em palitinhos ou bolinhas e iogurtes. Alimentos congelados: muffins salgados ou doces, bolo em pedaços, homus para acompanhar os palitinhos de legumes ou torradas”, esclarece a chef.


 

4.    Planejamento:

“Compre todos os ingredientes da semana de uma só vez. Deixe os alimentos pré-prontos. Lave e seque as frutas, prepare palitinhos de legumes e guarde na geladeira, faça muffins e congele. Para sua organização, tenha a lista de cada lanche por dia”, ensina a mãe de duas pequenas.


 

5.    Saiba conservar o alimento na hora de enviá-lo:

“O tempo que o lanche fica na lancheira define o que você pode colocar dentro dela. Alimentos mais perecíveis, como iogurtes, por exemplo, tem um limite de tempo fora da geladeira antes que estrague. Já uma maçã ou uma cenoura, são mais estáveis e mantém a qualidade boa para consumo fora da refrigeração. Opte por bolsas térmicas, que mantém o alimento fresco por mais tempo, chegando a quase 2 horas de conservação. Se quiser aumentar a durabilidade dos alimentos na lancheira térmica para até 8 horas, use doadores de frio, como cubos ou placas de gelo reutilizáveis”, orienta Linberger.

 

E para ajudar nessa tarefa, Marina ainda apresenta uma receita de muffin salgado caseiro para os pais se aventurarem em casa. Além de fazer sucesso entre criançada, eles podem ficar no congelador por até três meses, basta apenas deixá-lo em temperatura ambiente por cerca de uma hora antes de consumi-lo. Confira a receita:

 

INGREDIENTES:

·         2 ovos

·         2 colheres (sopa) de óleo

·         1 copinho de iogurte natural (sem açúcar e sem sabor)

·         1/2 xícara (chá) de farelo de aveia

·         1/2 xícara (chá) de farinha de trigo (pode ser integral, de arroz... a que você quiser)

·         1 colher (sobremesa) de fermento em pó

·         1 colher (chá) de sal

·         1 colher (sopa) de orégano (ou outra erva de sua preferência)

·         1 xícara de mussarela ralada + 1 xícara em cubinhos

·         1/2 xícara de azeitonas picadas

·         1 colher de sopa de tomilho ou outra erva que goste

·         1 caixinha de tomate cereja - 180g

·         1 cebola roxa pequena em cubos

 

MODO DE PREPARO:

Comece pré-aquecendo o forno a 180ºC. Em seguida, coloque em uma tigela grande:

·         2 ovos

·         2 colheres (sopa) de óleo

·         1 copinho de iogurte natural (sem açúcar e sem sabor)

·         1/2 xícara (chá) de farelo de aveia

·         1/2 xícara (chá) de farinha de trigo (pode ser integral, de arroz... a que você quiser)

·         1 colher (sobremesa) de fermento em pó

·         1 colher (chá) de sal

·         1 colher (sopa) de orégano (ou outra erva de sua preferência)

·         1 xícara de muçarela ralada

·          

Depois de incorporar os ingredientes até virar uma massa homogênea, preencha metade das forminhas próprias para muffin. Jogue por cima o topping que vai dar o sabor diferente para cada um.

 

Minhas sugestões:

·         Azeitonas e tomilho (ou outra erva)

  •  Queijo e tomate cereja
  • Queijo e cebola roxa

 

Asse em forno preaquecido a 180ºC, por cerca de 30 minutos, ou até a superfície ficar dourada. Deixe esfriar e congele individualmente: lado a lado em assadeira que caiba no freezer. Depois de 3 horas passe para um pote com tampa ou saquinho próprio para freezer. Validade: 3 meses.


Guia do azeite: especialista mostra como escolher e harmonizar os azeites em diversos pratos

A Josapar, dona da marca Azeite Nova Oliva, consultou a sommelier Chania Chagas sobre o que deve ser levado em conta na hora de escolher um bom produto


Utilizado na elaboração dos mais diversos pratos, das entradas às sobremesas mais sofisticadas, o azeite pode fazer muita diferença na harmonização dos ingredientes, tanto por seu sabor e aroma, quanto por se tratar de uma opção mais saudável quando comparado a outros óleos vegetais. No entanto, na hora de escolher um bom produto, algumas dúvidas podem surgir. Para esclarecer essas questões, a Josapar, dona da marca Azeite Nova Oliva, consultou Chania Chagas, expert internacional e sommelier em azeites de oliva. 

“É muito importante que o consumidor saiba escolher um azeite que seja agradável ao paladar, o que vai depender de cada pessoa, e que esteja de acordo com fatores importantes que incidem na qualidade do produto, como a data de fabricação e envase, sua conservação e origem”, destaca a especialista.    

 

Rotulagem

De acordo com Chania, as palavras “extra virgem” ou “virgem” nos rótulos indicam o tipo de azeite que está comprando. Os azeites extra virgem são os que mais trazem benefícios à saúde devido à sua composição (gorduras monoinsaturadas e antioxidantes), e realçam o sabor dos alimentos, pelos seus diferentes padrões sensoriais. “Você também pode procurar pela palavra ‘orgânico’, que aponta para um produto cultivado e processado com matérias-primas que não fazem o uso de pesticidas e agrotóxicos”, como é o caso do Azeite Extra Virgem Orgânico Nova Oliva.

 

Intensidade

Ao preferir um óleo mais intenso ou suave, três características presentes em um bom azeite extra virgem devem ser levadas em conta: frutado, amargo e picante; portanto, é importante provar os azeites para saber qual se adequa melhor ao seu paladar. “Lembrando que um bom azeite, feito de frutos saudáveis, traz frescor e um sabor que devemos reconhecer e valorizar. Um azeite com sabor de azeitona em conserva geralmente está fermentado e não deveria ser classificado como extra virgem”, explica a sommelier.

 

Conservação

O azeite tem os mesmos inimigos do vinho: a luz, o ar e as altas temperaturas; por isso, é recomendável armazená-lo em local fresco e seco, que evite a exposição à luz e ao calor. Uma garrafa escura ajuda a manter melhor as propriedades do azeite, reduzindo a sua oxidação e deterioração. Garrafas transparentes devem ser sempre armazenadas e nunca expostas à luz.

 

Data de fabricação ou envase

De acordo com a especialista, é importante procurar a data de fabricação de um azeite, bem como a sua data de envase. Ao contrário dos vinhos, o azeite, quanto mais novo melhor. Esse prazo vai depender da variedade da azeitona utilizada para saber a estabilidade que o óleo terá em garrafa, portanto, o ideal é sempre consumir azeites mais frescos.

 

Origem

É muito importante buscar informações sobre o produtor do azeite e sua origem. Um bom óleo é produzido e embalado no local de origem e esta informação deve constar no rótulo. “Lembre-se sempre que um autêntico azeite de oliva extra virgem não apresenta ‘defeitos sensoriais’ em seu aroma e/ou sabor. Quando provar um azeite, certifique-se de que tem uma consistência fluida e um sabor agradável de fruta fresca”, explica Chania.

 

Harmonização de pratos

Na harmonização do azeite de oliva extra virgem é preciso combinar a sua intensidade com a do prato. Azeites mais intensos, amargos e picantes, combinam melhor com pratos mais condimentados, carnes vermelhas, risotos, pizzas e molhos de sabor acentuado.

Pratos de intensidade média, como saladas compostas por ingredientes além de folhas verdes, pães, queijos, carnes brancas e frutos do mar, combinam com azeites como o Nova Oliva Clássico, que possui aroma frutado, notas de amêndoas e alcachofra, com sabor herbáceo levemente picante.

“Já os azeites mais suaves são ideais para saladas verdes, pratos mais leves, legumes grelhados, frutos do mar, e até mesmo sobremesas, quando a proposta for acrescentar um bom toque de sofisticação em termos de sabor, aroma e apresentação”, conclui a sommelier.

 

Chania Chagas - sócia proprietária da Importadora, Distribuidora e Boutique Empório do Azeite, maior portal de vendas online de azeites no Brasil. Expert Internacional pela Universidad de Jaén, na Espanha, e Sommelier em Azeites de Oliva pela Universidad de La Republica de Montevideo, no Uruguai. Jurada de concursos internacionais de azeite de oliva, participa de cursos de degustação de azeites no exterior. Empresária, com mais de 10 anos de atuação no mercado de azeites no Brasil. Convidada entrevistada de programas de rádio e TV para falar sobre o mercado de azeites.


sábado, 19 de agosto de 2023

Lá vem Mercúrio Retrógrado de novo, e agora?


A partir de 23 de agosto o planeta da comunicação entra em Virgem nesse movimento; astróloga ensina como aproveitar as energias


Até dia 15 de setembro, Mercúrio entra no signo de Virgem em movimento de retrogradação. Para algumas pessoas, pode ser motivo de preocupação, já que se acredita que nessa fase é comum o relato de mal funcionamento de eletrônicos e até de vida mais empacada, mas quando sabemos o que exatamente significa esse trânsito astrológico, fica muito mais fácil agir de acordo com o período e evitar desgastes e conflitos.

Ajustar as expectativas para passar de forma mais leve essa fase é a grande dica da especialista Sara Koimbra, astróloga e ocultista. “Uma retrogradação é sempre um momento de tensão, onde acontecem muitos imprevistos e as coisas não saem como o planejado, pois é um período de revisão, de desacelerar e observar antes de agir. É hora de organizar a vida para deixá-la mais leve”, avisa a astróloga.

Mercúrio rege os meios de comunicação e transporte, ou seja, quando está retrógrado é como se pela perspectiva da Terra ele estivesse andando para trás, seu movimento fica mais lento que o normal, provocando instabilidades na internet, mal-entendidos e problemas nos veículos. “Tudo isso acontece para nos ajudar a entender que não precisamos manter uma vida frenética e que precisamos de pausas estratégicas na nossa rotina. Por isso, neste período, o ideal é evitar tomar decisões importantes, compras de eletrônicos e fechar contratos, pois você pode se arrepender depois de ter tomado essa decisão”, alerta.

Para aproveitar essa energia de forma positiva, Sara conta que basta deixar as coisas fluírem em seu próprio ritmo. “Ao invés de ir contra o movimento, procure analisar seus projetos, ter mais tempo com as pessoas que ama e fazer aquilo que realmente é necessário, pois o momento pede para poupar energia e analisar seu contexto de vida atual”. E finaliza: “Mercúrio retrógrado não é o vilão, ele acontece para trazer consciência de que o descanso é tão necessário quanto o trabalho”.

 

Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, magista, numeróloga, cartomante e ocultista. Conta com mais de 30 mil atendimentos de tarô e mais de 15 mil interpretações de mapas astrais. Se especializou em ocultismo, tarô e astrologia, faz rituais coletivos e individuais, e já soma mais de 14 mil pessoas atendidas com magias para saúde, dinheiro, amor, limpeza energética e pedidos específicos. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas. Nasceu em família evangélica, foi abandonada pelos pais aos 4 meses e criada pelos avós. Aos 12 anos previu a morte dos irmãos em um acidente de carro e passou a negar seus dons, mas o destino de ajudar as pessoas falou mais alto. Hoje ela faz sucesso até entre famosos e tem uma equipe de atendimento, além de ensinar tarô intuitivo. @sarakoimbra


Tradições atemporais: jogar o buquê ainda é a preferida entre os casais

 Embora novas tendências estejam surgindo nas celebrações, o momento do buquê ainda lidera as tradições

 

As celebrações de casamento são eventos regados de rituais que mesclam clássicas tradições com a personalidade dos casais, e tendências que vão surgindo ao longo do tempo, principalmente em uma era conectada como a que vivemos hoje em dia. Embora novos ritos estejam aparecendo, como o “Primeiro olhar das madrinhas”, em que se reúnem para ver a amiga pronta para ir ao altar - e é claro que o momento emocionante rende cliques incríveis -, o tradicional rito de jogar o buquê ainda ocupa a primeira posição entre os rituais mais adotados, segundo um recente estudo realizado pelo Casar.com, plataforma de listas de casamento. 

 

“É muito interessante acompanhar as escolhas dos casais em cada detalhe durante a celebração, o que inclui todos os rituais escolhidos para que o dia seja ainda mais emocionante. Faz parte, também, a decisão do casal de adaptar tradições para que expressem sua personalidade, tornando o evento inesquecível”, comenta Camila Piccini, sócia do Casar.com.

A pesquisa desenvolvida pela empresa elencou as cinco tradições preferidas entre os casais brasileiros. Confira a lista a seguir:

 

  1. Jogar o buquê

 


Esse costume surgiu na Idade Média, quando as mulheres solteiras cortavam um pedaço do vestido da noiva para trazer sorte em encontrar o futuro marido. A tradição foi adaptada no século XVI, na França, quando passaram a utilizar o buquê com essa finalidade, jogando para as convidadas.


A prática é um momento aguardado nas celebrações de casamento, pois a festa se mobiliza para acompanhar as amigas reunidas, tornando-se algo divertido.


2.          Gravata do noivo

 



Assim como todos os rituais, a decisão de aderir à brincadeira da gravata fica à critério do casal. Após o momento da sobremesa, os amigos do noivo passam pelos convidados para arrecadar dinheiro para a Lua de Mel do casal. Caso o convidado contribua, é cortado um pedaço da gravata como forma de agradecimento. 

 

“É comum que muitos convidados já tenham contribuído com presentes e, por isso, alguns casais optam por concentrar a arrecadação em cotas para Lua de Mel em seu site de casamento, como disponibilizamos no Casar.com”, pontua a especialista.

 

3.          Primeira dança

 


Após toda a espera e ansiedade para o grande dia, o casal tem a oportunidade de descontrair ao som de uma música escolhida por eles especialmente para primeira dança depois da cerimônia. Trata-se de um momento de muita conexão e que marca o início de uma linda festa que virá pela frente. Difícil não se emocionar!

 

4.          Corte do bolo com brinde do casal

 


Com o auxílio da cerimonialista, todos se posicionam para a entrada do casal, enquanto sua família já está próxima à mesa do bolo para recebê-los. Após a distribuição das taças de espumante, o casal aproveita a atenção de todos para agradecer pela presença, brindar, e cortar o bolo, marcando o início da festa.

 

5.          Jogar a garrafa 

 

 

Um pouco mais recente, o costume do noivo jogar a caixa da embalagem de uísque aos convidados surgiu para ser um momento similar ao buquê da noiva, pois tem o mesmo objetivo. Aquele que ficar com a caixa, também terá sorte em seu casamento! 

  

Casar.com



Por que "mãe e filha" adoecem emocionalmente quando são amigas intimas?

A mãe não é amiga da filha. Ela é a mãe!

Essa expressão não anula a possibilidade de “mãe e filha” desfrutarem de um relacionamento afetuoso e próximo, mas considera que é de extrema importância que a mãe se mantenha em seu lugar de orientadora, protetora e cuidadora da formação básica da filha. Tornarem-se amigas intimas reforça o adoecimento da mãe e deforma o crescimento da filha, já que elas são de gerações diferentes e se relacionam saudavelmente com amigas que compartilham a mesma fase da vida.

Em razão de seus momentos distintos, a mãe saudável abre espaço para o caminho da filha como mulher que, também de forma saudável, segue os seus melhores ensinamentos. A filha, em geral, precisa de uma certa distância da mãe para crescer, e a mãe, quando realmente está cuidando da própria vida, acompanha esse crescimento e sente segurança na formação que lhe dá. No entanto, a mãe que se comporta como “amiguinha” da filha, desfaz os limites necessários com ela e “perde” o seu lugar de maior.

Neste caso, quando a filha tem uma mãe que se comporta como ela, ou mesmo, precisa dela, inconscientemente, sente-se perdida e busca outra “mãe” em suas relações. Para que a filha possa amadurecer sem carregar tantas dores, precisa de uma mãe que assuma as responsabilidades da própria idade e não projete sua vida na vida dela.

Quando mãe e filha são capazes de vivenciar os ciclos separadamente, percebo que elas se tornam mais preparadas para se respeitar e, em consequência disso, a filha consegue confiar nas escolhas da mãe, não se envolve em seus problemas e tem mais facilidade para ter relações saudáveis (e respeitosas) com outras mulheres.

A mãe que se alimenta da vida da filha, a torna faminta da própria vida, pois com olhos sempre vigilantes, aprisiona-a em suas necessidades e dificulta que ela cresça como mulher. Por exemplo, a filha de uma mãe carente e deficiente de amor próprio, em grau máximo, talvez tenha dificuldade de se abrir para o autodesenvolvimento, dedicando-se a promover a vida da mãe. Ainda pequena, a filha descobre que pode acalmar o desconforto da mãe sendo atenciosa, carinhosa e adaptável aos seus vazios e ocupa o famoso lugar da “mãe da mãe”, pagando um preço alto quando compreende o que lhe custou.

Outro lugar perigoso de se tornar a “queridinha da mamãe” é quando a filha escolhe seguir a dor dela e passa a se sentir carente o suficiente ao compartilhar os sentimentos maternos na própria vida, um lugar onde mãe e filha se aquecem na mesma solidão. Essa filha acredita que a história difícil da mãe a impede de potencializar as próprias habilidades e, por ser vítima dessa realidade, tem uma forte tendência em sentir-se “amada” apenas se estiver servindo à mãe, tornando-a orgulhosa.

Quando a mãe diz para a filha: “O que eu faria sem você?”, mostra a necessidade de tê-la constantemente em sua vida, proibindo-a secretamente de formar outras relações de afeto. Daí se explica o motivo pelo qual algumas filhas ligadas à dor da mãe encontram-se afetivamente solitárias e não conseguem se realizar na vida a dois. Elas se ferem, gritando seus vazios nas relações abusivas e/ou mendigando por uma libertação, pelo simples fato de carregarem muita raiva de si mesmas.

 

Lari Pedrosa – Terapeuta Sistêmica, Facilitadora e Escritora. Autora do livro – “Uma Nova Mulher – Curando a Conexão Mãe e Filha” (Literare Books International). Instagram: @larissepedrosa32


Crianças e jovens podem ter saúde mental comprometida devido ao excesso de internet

 Com grande acesso à internet, muitos estão entrando virtualmente em lugares que jamais iriam fisicamente. 

 

São inúmeras as notícias que mostram jovens sendo manipulados e envolvidos, através de conversas e conteúdos da internet, a fazerem o que provavelmente não fariam, por não terem idade para isso. Segundo Silvia Tocci Masini, educadora, psicanalista e psicopedagoga, a pandemia permitiu que jovens e crianças permanecessem mais tempo nas telas, em celulares ou computadores, pois com muito tempo ocioso, devido a redução das atividades, e os pais trabalhando, ainda que estivessem juntos na mesma casa, estavam isolados em mundos separados. Um ano e meio depois disso, a conta da saúde emocional e mental ainda cobra um preço alto de muitos estudantes e suas famílias.

A especialista conta que iniciou um trabalho na Escola do Futuro, no ano passado, focado justamente na saúde mental de crianças e jovens que ainda sofrem com as marcas deixadas pela pandemia. “Percebemos que quando criamos um ambiente de escuta e acolhimento, os alunos se abrem e podemos ajudar. Isso é urgente no momento atual. Esse período de isolamento trouxe luz sobre uma situação que já havia se iniciado. Atualmente um dos temas que mais trago à tona é ‘Onde os jovens ficaram durante a pandemia?’. Muitos pais estavam tranquilos por terem seus filhos em casa, na segurança do seu quarto, mas não percebiam que eles estavam submersos na internet, vendo coisas e tendo acesso a lugares que não têm condições de absorver”, explana.

Silvia explica que criou dentro da instituição particular uma Escola de Pais, voltada para o Ensino Fundamental II e Médio, onde realiza Rodas de Conversas com o objetivo de conscientizar a família, com temas como ‘Onde o seu filho anda?’. “Alguns reagem dizendo que eles necessitam de privacidade, mas é fundamental proteger sem controlar e monitorar por onde andam e o que estão fazendo. Para auxiliar as famílias, criamos uma rede de apoio. Nas salas há um professor tutor e dois conselheiros, que observam os alunos e quando necessário, essa rede de apoio é acionada, para buscar a melhor ação, e, em muitos casos, informar a família. Não é muito difícil perceber que um adolescente ou jovem está com problemas. Os sinais são evidentes e pode ser na mudança de comportamento, com isolamento, uso de roupas diferentes ao habitual - como capuz ou roupas escuras, com mangas compridas - e até na mudança alimentar. Na Escola, quando percebemos sinais como depressão ou crise de ansiedade, acionamos a família e encaminhamos para um profissional especializado”, detalha.

Segundo ela, tanto o jovem como a criança necessitam de rotina e precisam sentir-se importantes em casa, tendo a sensação de pertencimento e, por isso, a família deve monitorar, estar presente, se interessar pelo que fazem, trazendo-os para perto. “Os pais devem participar da vida dos filhos, compartilhando momentos juntos, proporcionando atividades que eles gostam e não o que os adultos preferem. Como, por exemplo, assistir a filmes, ouvir música, praticar algum esporte, ir a shows, parques e propor atividades diferentes. No começo o jovem pode até resistir, pois ele passa por um momento em que está criando identidade, quer ser diferente. Com jeito e cuidado, a família pode se aproximar; trazer amigos em casa, viajar, entre tantas outras coisas. Os pais devem lembrar-se de como eram nessa fase e exercitarem a empatia, para que seus filhos não se isolem. É preciso substituir o celular de forma criativa e interativa”, alerta.

Os jovens e adolescentes necessitam ser vistos e ouvidos e, em alguns casos, muitos dos problemas que os pais enfrentam com os filhos são porque não estiveram atentos na infância. “É fundamental dar atenção à criança enquanto ela é pequena, para que quando entre na adolescência, época em que irá se desgarrar um pouco, não perder o vínculo já criado. Estar perto na infância é plantar uma semente para a juventude”, alerta Silvia.

Para a psicanalista, a escola realiza um trabalho de parceria com as famílias, mas os pais têm a responsabilidade total, são o modelo e precisam estar perto, mesmo sendo trabalhoso, é um processo prazeroso. “Por terem profissionais capacitados, as instituições de ensino, muitas vezes, percebem os sinais primeiro e podem auxiliar no direcionamento do caminho destes estudantes. O jovem precisa de limite para adquirir segurança, por isso, me preocupo quando um dos pais diz que é muito amigo dos filhos. Isso é muito bom, mas quem está fazendo o papel de pai? Esse lugar está vazio? Muitas das frases que nos lembramos a vida toda, foram aquelas ditas pelos pais com amor. É muito triste quando hoje no consultório pergunto a um jovem ‘por que você faz isso', e ele me responde: ‘Ninguém nunca me parou. Ninguém nunca me disse não’. Em alguns casos, os pais precisam primeiro ressignificar algumas questões das suas próprias vidas, para então ajudarem os filhos. Os adultos também precisam de autoconhecimento, pois muitas vezes a família toda está precisando de ajuda. E é preciso agir rápido, pois as coisas acontecem de repente na vida dos jovens e temos que estar atentos para tirá-los de alguns lugares ruins onde estão entrando”, completa.

 

Silvia Tocci Masini - educadora, psicanalista e psicopedagoga, realiza um trabalho na Escola do Futuro, focado na saúde mental de crianças e jovens que ainda sofrem com as marcas deixadas pela pandemia


Escola do Futuro
https://www.escoladofuturo.com.br/a-escola/


A ciência, a pseudociência e a psicanálise

A publicação do livro Que bobagem! Pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério, de Natália Pasternak e Carlos Orsi, reacendeu um antigo e acalorado debate sobre a cientificidade da psicanálise e a sua relevância na área da saúde. 

Ora, a psicanálise está profundamente enraizada na compreensão da mente humana, é ensinada em universidades renomadas e amplamente praticada na clínica. Então, por que tanta gente a ataca? 

A razão está nas interpretações excêntricas de Freud, até hoje sem provas empíricas, sobre o sofrimento psíquico de seus pacientes, que constituem a essência da psicanálise. As meninas têm inveja do pênis, o que as levam a se sentir inferior e a desenvolver um desejo inconsciente pelo órgão. Meninos se sentem sexualmente atraídos por sua mãe e desejam inconscientemente a morte de seus pais. Sonhos são expressões simbólicas de desejos inconscientes recalcados. 

Além disso, a teoria psicanalítica (incluindo sua evolução ao longo do século XX) não se relaciona com o resto da ciência psicológica, com tudo que foi descoberto nos últimos 100 anos sobre comportamento, psicopatologia, neurociências, atenção, percepção, memória, cognição, linguagem, motivação, personalidade, tomada de decisão etc.

Parte dos psicanalistas defende que a psicanálise não é ciência e sequer pretende ser. Alguns afirmam que é uma filosofia, outros que é um método interpretativo e outros que é uma forma de análise do sofrimento humano. 

Bom, a questão que emerge é se uma filosofia ou uma hermenêutica deve ser utilizada como estratégia de tratamento de condições como suicídio, ansiedade, depressão, anorexia nervosa, dependência química e autismo e, também, se as suas explicações sobre a natureza humana são, de fato, confiáveis. Em um país onde os dados epidemiológicos sobre depressão e ansiedade são alarmantes, uma prática clínica não científica baseada numa teoria sem sustentação empírica deveria ser custeada com dinheiro público?

A maioria dos psicanalistas advogam a psicanálise como um método terapêutico tão benéfico quanto, ou até melhor, do que outras modalidades de psicoterapia. Neste caso, estamos no campo da ciência. Logo, devemos perguntar quantas pesquisas clínicas existem, qual é a qualidade metodológica dessas pesquisas, qual é a validade e confiabilidade das medidas escolhidas para avaliar os pacientes, quão replicáveis são os procedimentos utilizados, como as condições experimental e controle foram arranjadas para permitir comparações entre elas, como os dados foram analisados, qual é a consistência dos resultados das diferentes pesquisas, qual é a magnitude de benefício encontrado etc. Tais perguntas não estão sendo adequadamente respondidas por psicanalistas.

Há também aqueles que afirmam que a psicanálise constitui uma ciência distinta, operando com seus próprios critérios de verdade. Parte do argumento é o de que a complexidade dos fenômenos da mente humana é impossível de ser avaliada por meio da “ciência tradicional”. 

Em primeiro lugar, eventos subjetivos são passíveis, sim, de serem quantificados e analisados. Existe uma área da psicologia chamada psicometria, que se dedica a traduzir experiências subjetivas em dados mensuráveis. Todas as áreas da saúde dependem de psicometria. Por exemplo, na fisioterapia é fundamental avaliar a intensidade de dor, que é um evento subjetivo. Na medicina, é fundamental medir fadiga, tontura, coceira, zumbido no ouvido. Existem instrumentos psicométricos para avaliar tristeza, pessimismo, autocrítica, ansiedade, vontade de morrer, medo de engordar, qualidade de vida, perfeccionismo, impulsividade, etc. O desafio surge quando alguém declara que a mensuração na psicanálise é inviável, justificando que ela se ocupa do “existir”, da “jornada do viver”, da “essência psíquica”. O debate sobre a eficácia de uma psicoterapia, seja ela de base psicanalítica ou não, está intrinsecamente ligado à capacidade de detectar e avaliar mudanças nos resultados clínicos. Sem isso, fica difícil saber se a psicoterapia funciona e, mais, se ela é segura. Além disso, a alegação de que a psicanálise não é passível de ser avaliada por lidar com fenômenos que nem sequer somos capazes de mensurar leva-nos a um questionamento muito pertinente: como os psicanalistas sabem que seus constructos teóricos são realmente confiáveis e que não estão enganados?

Outro argumento sobre a psicanálise enquanto uma ciência autossuficiente é o de que cada ser humano é um indivíduo único, com características idiossincráticas e que, portanto, precisa de um tratamento único. Assim, descobertas científicas envolvendo outras pessoas não poderiam ser extrapoladas para um determinado paciente em particular, devido à singularidade de cada indivíduo. Primeiro, sim, todo indivíduo é único. Isso é inegável. Segundo a individualização de um tratamento é inevitável não só na psicoterapia, mas também na medicina, na fisioterapia, na odontologia, na fonoaudiologia, na educação física, áreas que avançaram significativamente graças a pesquisas clínicas. Terceiro, ter algum ponto de partida para generalização certamente é melhor do que nada. O fato de cada indivíduo ser único não impossibilita depreender inferências probabilísticas de amostras para pacientes individuais. Dados probabilísticos são imperfeitos, mas são muito melhores do que especulações teóricas, intuição clínica ou evidências anedóticas (“meu vizinho fez e melhorou”). A rigor, uma intervenção absolutamente individualizada, que não usufrui de conhecimento acumulado, não tem como ser científica, por definição.

A verdadeira questão não é meramente se a psicanálise é ciência, filosofia ou método interpretativo, mas se ela pode ser efetivamente integrada e eticamente responsabilizada dentro de um sistema de saúde que enfrenta desafios cotidianos alarmantes. A psicanálise não é imune à crítica e à refutação. Psicanalistas se comportam como se ela fosse confiável para o alívio de sofrimento psicológico e para a solução de problemas humanos. Será que é? Para isso, a psicanálise precisa ser avaliada por meio de métodos rigorosos. E, para isso, a ciência tem muito a oferecer. 



Jan Luiz Leonardi - psicólogo, formado em Terapia Comportamental Dialética pelo Behavioral Tech, dos EUA, com mestrado em Psicologia Experimental pela PUC-SP e doutorado em Psicologia Clínica pela USP. É coordenador do Clube de Excelência em Psicologia Baseada em Evidências.


3 dicas para meditar no trabalho

Separar um tempo para o devocional pode ser uma boa saída para dias difíceis

 

As férias estão chegando ao fim e o ritmo de trabalho volta acelerado. Em meio a correria matinal, dar uma pausa para refletir pode ser importante para o bem-estar físico e mental. Uma pesquisa realizada por médicos da Universidade Srinakharinwirot, na Tailândia, por exemplo, mostrou que meditar por alguns minutos pode causar a redução da quantidade de cortisol secretado no organismo.

Dar uma pausa durante o trabalho pode ser eficaz e trazer diversos benefícios como relaxamento, descompressão mental e redução de ansiedade. Hoje, já existem aplicativos que auxiliam na meditação, como o Glorify, que permite fazer devocionais diários por meio de leituras bíblicas, meditação guiada, música de adoração e espaço para reflexão e oração.

“O Glorify surgiu para fortalecer o relacionamento com Deus e recarregar a jornada espiritual todos os dias de cristãos de todo o mundo. Muitas vezes, uma pausa de 10 minutos durante o trabalho pode mudar o dia de uma pessoa, além de desenvolver sentimentos de alegria e esperança, principalmente em dias difíceis”, comenta Bárbara Benevenuto, Gerente de Marketing Brasil.


3 dicas para quem quer fazer um devocional durante o trabalho


·         Faça o devocional em lugar tranquilo

Tem dias que precisamos dar uma pausa para meditar. Por isso, se possível, vá para um local tranquilo e confortável, sem muito barulho ou passagem de pessoas. Este é um momento valioso em que você criará uma conexão com Deus, portanto, você deve se concentrar. Pode ser em uma sala pequena, no jardim, ou até mesmo na hora do almoço.

 

·         Use fones de ouvido

Usar fones de ouvido pode ser uma boa saída principalmente em ambientes de muita movimentação. Ao fazer a meditação com fones, a possibilidade de diminuição de ruídos é maior, além disso, diminui a possibilidade de interrupções.

 

·         Preste atenção aos detalhes

Um devocional bem realizado é aquele que a pessoa consegue entender a mensagem e se sentir bem depois de encerrá-lo. Prestar atenção aos detalhes é importante. Portanto, observe o texto escrito e/ou o que é narrado. Tenha atenção e absorva o conhecimento e aplique no seu dia-a-dia. Se for um dia difícil, adote pensamentos e ações positivas e medite no que acabou de ler, com certeza seu dia mudará.

 

Glorify - aplicativo está disponível para download na Google Play Store e Apple Store.


Má relação com os pais? Entenda quando o relacionamento familiar pode trazer desafios que comprometem a saúde da convivência familiar


Psicóloga Blenda Oliveira comenta mais sobre a existência de toxicidade nas relações parentais após rumores de conflitos de Larissa Manoela com os pais


Nos últimos dias a internet ficou atenta aos rumores de que a relação da atriz Larissa Manoela com os pais estaria indo de mal a pior. Isso porque, eles teriam se  irritado com a decisão da artista de se tornar sua própria empresária e cuidar de todas as suas finanças, fazendo com que eles supostamente vendessem a mansão que a filha tinha em Orlando, Estados Unidos. Fora da mídia, pais que desrespeitam os filhos é um cenário mais comum do que parece.

Existem muitas maneiras pelas quais pais podem machucar filhos. Claro, existem pais que são abusivos, de forma física e sexual, mas o desenvolvimento de um indivíduo pode ser prejudicado por outras formas do relacionamento parental. Por exemplo, quando negligenciam e negam o direito natural dos filhos de assumirem as próprias escolhas. Pais controladores, que humilham, manipulam e chantageiam dificultam enormemente a possibilidade de um convívio harmonioso com as diferenças e trajetórias diferentes daquela planejada pelos pais. 

"As crianças, desde pequenininhas, podem nutrir um sentimento de tentar corresponder às expectativas, desejos dos pais. As relações entre mães, pais e filhos devem ser cada vez mais pautadas pelo respeito, liberdade de escolha e direito de cada filho construir sua trajetória, valores próprios e responsabilidade” explica Blenda Oliveira, psicóloga especialista em relações familiares. 

Para quem precisa lidar com pais tóxicos, vale ter em mente que se "desvencilhar" da situação pode ser um caminho possível e necessário objetivando manter uma vida com independência, como o caso de Larissa Manoela. Cabe aos filhos, também, tomar as rédeas da própria vida e, se for possível, conversar com os pais, não para modificá-los, mas para estabelecer os limites. 

"É preciso sempre contar com o diálogo, porém há momentos que nem sempre é possível. Às vezes a relação tão difícil entre pais e filhos necessita de afastamento e/ou manejo da convivência. Decisões que impliquem ruptura total precisam ser bem avaliadas e, se necessário for, ter em mente que tudo foi tentado", diz Blenda. 

De acordo com a profissional, é fundamental estabelecer limites físicos e emocionais quando necessário e entender que você não precisa mais estar em posição de obedecer a vontade deles ou até mesmo agradá-los. "O amor próprio e autoconhecimento também são essenciais, para que você conheça suas limitações emocionais para com eles e as limitações deles. Pais não são perfeitos e carregam dificuldades", ressalta.

Já para os pais, é preciso compreender que os filhos não devem ser uma projeção perfeita do que eles sonharam e imaginam. "É necessário entender que os filhos erram, acertam e suas decisões não configuram desamor ou abandono dos pais. Podem ser diferentes e continuar amando. Cuide do que imagina para seus filhos. Eles não vieram ao mundo para cumprir seus desejos. Eles precisam ser cuidados, amados, orientados, mas acima de tudo, respeitados em suas vontades e decisões", afirma a psicóloga.

"Estarmos como pais, cuidadores, atentos às nossas próprias imperfeições, construindo relações em que erros, dúvidas, obstáculos vividos pelos nossos filhos, sejam recebidos com compreensão, encorajando-os a refazer seus caminhos e buscar novas tentativas é essencial", finaliza Blenda.


Blenda Marcelletti de Oliveira - doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. A especialista atua como psicoterapeuta em orientação de pais, famílias, casais e adultos. Além da prática presencial no consultório, Blenda escreve e troca ideias por meio das redes sociais. Você pode encontrá-la nos perfis @blenda_psi no Instagram e @oliveira_blenda no Twitter.


Posts mais acessados