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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Relatório da Trend Micro aponta aumento de 31% nos ataques cibernéticos no primeiro trimestre de 2023

A empresa bloqueou, no período, mais de 43 bilhões de ameaças, contra pouco mais de 29 bilhões dos primeiros três meses de 2022


O relatório Fast Facts de março da Trend Micro, líder mundial em soluções de cibersegurança, revela aumento no número de ataques cibernéticos no primeiro trimestre do ano, o que representa ameaça considerável à segurança de sistemas e redes de computadores. O mês de março teve o maior número de ataques de 2023, até o momento - 15,8 bilhões -, fechando o trimestre com 43,3 bilhões de ameaças detectadas: um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ameaças bloqueadas pelas soluções Trend Micro – janeiro a março 2023


Além do aumento geral de ataques em março, de 12% em relação ao mês anterior, a taxa de detecção de arquivos também foi a maior desde o início de 2023, com o bloqueio de 8 bilhões, 850 mil arquivos maliciosos, pouco mais de 1 bilhão e 250 mil a mais do que em fevereiro.

Ransomware

Já o número de ataques ransomware, que tinha aumentado de janeiro para fevereiro, apresentou queda em março, recuando de 1 milhão 465 mil ocorrências para 1 milhão 228 mil. O trimestre registra queda de 12% nos casos de ransomware, em comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 3 milhões 648 mil ataques ransomware em 2023 contra 4 milhões 440 mil em 2022.

Ataques ransomware detectados pelas soluções Trend Micro – janeiro a março 2023


Em março, a Tailândia manteve a primeira posição no ranking de países mais atingidos por ransomware (46,1%), seguida pelos Estados Unidos, que tiveram 14,1% das ameaças, Taiwan e Turquia, com 8,6% e 4,3%, respectivamente. O Japão, com 2,7% dos registros, completa o top 5.


Países mais atacados por ransomware – março 2023

O setor bancário continuou a ser o mais visado pelos cibercriminosos, com 1.580 ataques em março, seguido pela indústria e varejo, com 1.207 e 1.043 ataques, respectivamente. Os setores de transporte (845) e governo (814) também sofreram um número significativo de ameaças ransomware, no período.


Segmentos mais atacados por ransomware – março 2023

Em março, as principais famílias de ransomware detectadas foram WannaCry, Blackbasta, Locky, Cerber e Gandcrab. É interessante notar que WannaCry lidera as atividades em 2023, indicando sua persistência no cenário de ameaças. No entanto, houve um aumento significativo na ocorrência de Blackbasta, em março, o que sugere um crescimento de suas ações ou eficácia.

Embora os pesquisadores da Trend Micro tenham descoberto uma nova família de ransomware, em fevereiro, a criação de novas famílias parece ter desacelerado, com apenas 26 criadas em 2022, em face das 78 identificadas em 2021, e as apenas 8 criadas no 1º trimestre de 2023. Os atacantes parecem estar mais interessados em reutilizar famílias de alto perfil, principalmente as que usam o modelo de negócios de Ransomware-as-a-Service (RaaS).

SPAM

Os ataques por e-mail também continuam sendo um vetor importante para os criminosos cibernéticos. Em fevereiro e março, os 5 principais tipos de anexos de spam detectados pelas ferramentas Trend Micro foram semelhantes, mas com algumas mudanças na classificação. Nos dois meses, os anexos do tipo EXE foram os mais utilizados, com pouco mais de 212 mil e 174 mil registros, respectivamente. O segundo anexo mais comum foi o DOCX, com cerca de 117 mil contagens, em fevereiro e 120 mil, em março. Os arquivos DOC e PDF trocaram de posição entre os dois meses, revezando-se entre o terceiro e quarto lugar, e os HTML completaram o Top 5.




Principais tipos de arquivos enviados por e-mail, segundo as soluções Trend Micro

Brasil

O setor governamental continua sendo o mais atacado pelo cibercrime no Brasil, seguido pelos segmentos de educação, tecnologia e saúde. Em março, o setor energético tomou o lugar do financeiro no top 5 dos segmentos mais alvejados no país.

Principais alvos do cibercrime no Brasil - fevereiro/março 2023

O Brasil também continua sendo o país que mais envia ameaças de extorsão e sextorsão (do termo em inglês sextorsion), que é a chantagem sexual, apresentando 836 registros contra 809 dos Estados Unidos. Esse tipo de ataque apresentou queda considerável em março, já que tinham sido registrados, no país, em janeiro, 1.096 casos e 1.845 em fevereiro. O estudo tem como base endereços de IP únicos.

Países com mais casos de extorsão e sextorsão – março 2023





O relatório “Fast Facts” é divulgado pela equipe de pesquisa da Trend Micro com atualizações sobre o cenário de ameaças, tendo como base a solução Trend Micro Smart Protection Network (SPN), que analisa a infraestrutura de segurança de dados. Além dos sensores da SPN, os dados coletados também vieram de pesquisadores da Trend Micro, da equipe do Zero Day Initiative (ZDI), das equipes de Threat Hunting, TippingPoint, Serviço Móvel de Reputação de Aplicativos (MARS), Smart Home Network (SHN) e serviços de Reputação de IoT.

Para mais detalhes do relatório Fast Facts de Março de 2023, acesse AQUI.

 


Trend Micro
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Como seguir o caminho para ser promovido em seis passos

Todos nós já estivemos lá. No início de nossas carreiras, observando a escada corporativa e imaginando como começar a subir. Lembro do meu início. Um estágio de final de curso num grande banco de atacado. Ver a liderança, ou quarto andar no elevador, me dava até medo. Aquela turma vestindo roupas caríssimas e discutindo milhões como se fossem alguns trocados. Enquanto parava meu velho carro no estacionamento dos estagiários, a 1 km de distância do prédio, via o helicóptero da presidência pousando. A barreira que existia entre nós, reles estagiários e o topo, era intransponível. Se não conseguia nem falar, como conseguiria subir? 

Ou talvez você já esteja no meio da jornada, perguntando-se o que é necessário para dar o próximo grande salto. Seja qual for o seu caso, a pergunta permanece: o que é preciso para ser promovido? Apesar de não existir uma resposta única, hoje, à luz do caminho que segui, posso dar algumas recomendações que me faltaram quando era um estagiário em início de jornada. 

Aqui na FM2S Educação, acreditamos que a ascensão profissional é uma arte e uma ciência. Requer habilidades certas, uma mentalidade focada e uma compreensão clara do que seus líderes valorizam. Vamos explorar alguns aspectos chave.

 

1- Seja bom no que faz

Antes de se preocupar com o próximo passo, é importante se destacar no papel que você já ocupa. Isso não significa apenas fazer o trabalho, mas dominá-lo. Mostre que você é confiável, competente e capaz de assumir novos desafios e a melhor maneira de fazê-lo é entregando mais. Se você estiver no mindset de não fazer aquilo pelo qual não é pago, acho difícil ser promovido.

 

Para me destacar, sempre utilizei a estratégia de entregar mais. Mesmo no estágio, costumava encontrar formas para entregar mais valor do que os demais, seja ficando mais tempo no trabalho ou trazendo novas opções e conhecimentos para o processo. 

2- Continue aprendendo e se desenvolvendo

A educação não termina quando você deixa a sala de aula. Aprender novas habilidades e expandir seu conhecimento são essenciais para avançar em sua carreira. Procure oportunidades de aprendizado contínuo e invista tempo para se atualizar nas últimas tendências e inovações em seu campo. 

Opte sempre pela consistência no conhecimento que você está adquirindo. Não é porque a maioria das pessoas não domina o assunto que está aprendendo, que deve aprender de maneira rasa. Digo isso porque a desonestidade intelectual é um pecado sem perdão para alguém que o descobre. Já vi muito Black Belt que apenas frequentou as aulas ser tratado como especialista na empresa, mas quando passou a responder para um gerente tecnicamente preparado, estagnou sua carreira. 

É melhor agregar conhecimento sólido e ter capacidade de aplicar o que se sabe. Palavras da moda ou conhecimentos pouco sólidos não farão a diferença em um cenário complexo.

 

3- Mostre liderança

Não é necessário ter um título de gerente para demonstrar liderança. Mostrar iniciativa, proatividade, tomar a frente em projetos e ajudar colegas são sinais claros de um futuro líder. Lembre-se, a liderança é sobre influência, não autoridade. 

Se você é Green Belt ou Black Belt, certamente já conduziu projetos Lean Seis Sigma em que a sua liderança foi informal. Em projetos, você tem que convencer o time a trabalhar sem utilizar a linha direta de comando. E, como os membros respondem para outra pessoa, suas demandas ficarão em segundo plano. Convencê-los é um baita exercício para o sucesso. Quem lidera projetos de forma exitosa é um grande candidato à líder.

 

4- Comunique-se eficazmente

A comunicação eficaz é uma habilidade crucial em qualquer nível. Seja claro, conciso e, acima de tudo, respeitoso. Lembre-se de que a comunicação também envolve escuta ativa. Mostre empatia e interesse genuíno pelos outros, e você será valorizado como um grande comunicador. 

Para saber mais, capacite-se na área. Como a maioria das graduações não aborda o tema, é um assunto que vale a pena estudar. Como engenheiro, enfrentei grande dificuldade nesse quesito, mas é possível treiná-lo e aperfeiçoá-lo. Antes de fechar essa lacuna de conhecimento, as oportunidades de promoção eram raras.

 

5- Esteja disposto a sair da zona de conforto

Crescimento e conforto raramente andam de mãos dadas. Esteja disposto a aceitar novos desafios, mesmo que pareçam assustadores no início. Mostre aos seus superiores que você é capaz de assumir riscos e aprender com seus erros. 

Seja implantar um novo sistema de gestão, estruturar os processos de marketing, aprender a realizar vendas consultivas ou até mesmo organizar um armazém, se você quer liderar, terá de ter capacidade de aprender.

 

6- Seja um bom colega de equipe

Um bom relacionamento com colegas de trabalho é fundamental. Seja confiável, prestativo e positivo. Um funcionário que adiciona valor à equipe é um candidato forte para promoção. Não seja um problema, que reclama e faz fofoca dos colegas. Além de não pegar bem, isso gera atritos para a liderança e para a equipe. 

Acredite, seus colegas de trabalho não são seus amigos, apesar de parecerem. Todos estão ali com um único objetivo: desenvolver a carreira e ter condições de satisfazer seus anseios materiais. Na hora do sucesso ou da pressão, é do colega justo e colaborativo que todos lembrarão. 

Por fim, lembro que a promoção não acontece da noite para o dia. É um processo gradual que requer dedicação, paciência e trabalho árduo. Na FM2S Educação, estamos comprometidos em fornecer a você as ferramentas e os conhecimentos para acelerar essa jornada. Lembre-se: seu crescimento profissional é uma jornada, não um destino. 

 

Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

 

Estuário de Santos tem um dos maiores níveis de contaminação por microplásticos do mundo, aponta estudo

Pesquisadores da Unifesp analisaram amostras de ostras e mexilhões
 coletados em três pontos dos municípios de Santos e Guarujá.
 Um dos objetivos foi reunir dados para subsidiar políticas públicas na área de
saneamento básico. Atualmente, a legislação não exige remoção de microplásticos
 dos efluentes (
foto: acervo dos pesquisadores)

Estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que o estuário de Santos, no litoral paulista, é um dos locais mais contaminados por microplásticos do mundo atualmente. Na pesquisa, foram avaliadas três áreas: a região da balsa Santos-Guarujá, a praia do Góes e a ilha das Palmas.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam dados internacionais, publicados anteriormente em mais de cem estudos de 40 países, com amostras de ostras e mexilhões coletados nessas três regiões durante o mês de julho de 2021. O ponto em que foi observado maior nível de contaminação foi a área da balsa. Nesse trecho, os animais avaliados apresentaram o pior estado nutricional e de saúde, com uma média que variou entre 12 e 16 partículas plásticas por grama de tecido.

“Em um dos mexilhões, nós encontramos mais de 300 microplásticos por grama. É importante destacar que o ponto de coleta do Góes era uma comunidade tradicional de pescadores até bem pouco tempo. Hoje, vivem cerca de 300 pessoas ali, uma praia que é meio afastada e só dá para chegar de barco ou por uma trilha. Muito provavelmente, [essas pessoas] consomem esses animais na dieta, tendo em vista que esse paredão rochoso é de fácil acesso aos pescadores”, destaca Victor Vasques Ribeiro, doutorando no Instituto do Mar (IMar-Unifesp).

O estudo publicado na revista Science of the Total Environment foi conduzido durante o mestrado de Ribeiro, com apoio da FAPESP.

Como explicam os autores, um estuário é um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar, que acaba sofrendo a influência das marés e apresenta áreas de grande variabilidade que possuem desde águas doces, na região da cabeceira, passando por águas mais salobras, até chegar às águas marinhas, próximo à sua desembocadura. Esses ambientes mantêm um dos ecossistemas mais importantes do país, os manguezais, que servem de abrigo e berçário para um grande número de animais.

O estuário de Santos, localizado na região metropolitana da Baixada Santista, abriga o maior porto da América Latina e está sob a influência direta de descargas de resíduos industriais e domésticos dos municípios ao seu redor.

“Da minha perspectiva, nenhuma surpresa”, afirma o professor da Unifesp Ítalo Braga de Castro sobre os resultados divulgados no artigo.

“Como eu já estudava outros contaminantes, via que essa região era recordista de contaminação também para outras substâncias químicas perigosas. Aqui, nós temos o porto mais movimentado da América Latina e um dos maiores adensamentos urbanos brasileiros. Santos é uma cidade populosa: considerando toda a Baixada Santista, temos algo em torno de 1 milhão de habitantes. Tudo isso contribui para que o estuário seja alvo do lançamento de várias substâncias químicas perigosas e resíduos, que vêm das atividades domésticas e industriais, além do transporte de materiais plásticos no mar”, acrescenta.

O diferencial desta pesquisa, segundo Castro, foi mostrar que tanto as ostras quanto os mexilhões funcionam como sentinelas da contaminação. A conclusão se baseia em experimentos feitos com duas espécies: a Crassostrea brasiliana, popularmente conhecida como ostra-de-pedra, e o Perna perna, ou mexilhão marrom.

“A partir disso, podemos ampliar a pesquisa, usando os dois organismos para medir, historicamente, as mudanças que têm ocorrido no nosso território”, destaca o professor.

Agora, durante o doutorado de Ribeiro, o grupo pretende, com apoio da FAPESP, estender a análise para os estuários do Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


Animais bivalves

Como ostras e mexilhões filtram a água para se alimentar, os pesquisadores imaginaram que seria interessante investigar se esses animais poderiam ser utilizados como uma espécie de ferramenta para ajudar a medir a contaminação por microplásticos também em outros locais do país, ajudando, assim, a monitorar a contaminação nas zonas costeiras.

“São espécies que não se locomovem, vivem a vida toda aderidos a um costão rochoso, a uma superfície dura de uma ponte ou de um píer. Então, são extremamente expostos à contaminação desses locais e, como se alimentam por filtração, acabam retendo as partículas em seus tecidos”, explica Castro à Agência FAPESP.

Durante o estudo, foram medidos comprimento, largura, altura e peso de conchas e tecidos. Também foram analisados o estado de nutrição e saúde desses organismos. “Para analisar os microplásticos, digerimos quimicamente os tecidos utilizando uma solução de hidróxido de potássio, tomando os cuidados necessários para evitar a contaminação cruzada no ambiente laboratorial”, detalha o pesquisador.

O próximo passo agora, segundo o professor da Unifesp, será entender quando esse problema da contaminação dos bivalves começou, tanto em Santos quanto em outras cidades litorâneas, e como evoluiu ao longo do tempo, conforme as indústrias foram se instalando na região. Para isso, serão analisados animais armazenados em coleções zoológicas.

“Por meio de uma colaboração com o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), nós analisaremos amostras coletadas e preservadas no Brasil desde a década de 1920. Essa abordagem permitirá reconstruir historicamente os eventos que influenciaram o aumento da contaminação”, adianta Castro.


Políticas públicas

Para o orientador da pesquisa, é importante destacar que contaminação é diferente de poluição. “A gente só fala em poluição quando há um dano. O estudo não avaliou o dano, só a ocorrência. As pessoas usam como sinônimos, mas os termos têm significados diferentes”, explica Castro.

Um dos achados que chamou a atenção dos pesquisadores foi o número de fibras incolores de tamanho entre 10 e 1.000 μm (micrômetros) encontradas na análise das ostras e dos mexilhões, além de compostos de celulose e acrílico, provavelmente vindos da poluição do estuário pelo lançamento de esgotos domésticos que contêm resíduos de lavagem de roupas. “As fibras têxteis têm sido apontadas como o tipo mais comum de microplásticos encontrados em zonas com altos índices de ocupação urbana”, observa.

O professor explica que, toda vez que um navio transporta matéria-prima para a produção de plásticos, ele deixa escapar pequenos pedaços. “São bolinhas de plástico, chamadas de pellets, que vêm nos contêineres. Durante as operações de carga e descarga, muitas dessas bolinhas acabam escapando para o ambiente, contaminando o estuário e as praias da região com esse material. No entanto, os microplásticos encontrados nos moluscos não foram originados dos pellets e sim de fibras têxteis”, destaca o professor da Unifesp.

A fonte provável, segundo ele, é a lavagem doméstica de roupa. “Hoje em dia, grande parte das nossas roupas é sintética, portanto, plástica. Quando você as lava, muitas dessas fibras se soltam e caem na rede de esgoto, onde o resíduo é lançado. Como não tem tratamento nas estações para remover essas partículas, elas acabam contaminando o ambiente”, ressalta Castro.

Por isso, segundo o grupo de pesquisa, além de fornecer as bases para estudos futuros, o objetivo deste levantamento também foi o de reunir dados para ajudar a pautar novas políticas públicas para saneamento básico em todo o Brasil, tendo em vista que, atualmente, a legislação não exige a remoção dos microplásticos dos efluentes.

Por enquanto, o que temos é a Lei Nº 7.661, de 16 de maio de 1988, que estabelece regras para o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, além da Constituição Federal, que também protege o meio ambiente. “Não é uma ilegalidade, embora seja um absurdo, por gerar um impacto para a saúde do estuário, dos organismos e, na ponta final, para saúde das pessoas”, conclui o cientista.

Áreas protegidas

Nos últimos anos, o grupo da Unifesp tem se dedicado a diversos estudos sobre o tema, avaliando, por exemplo, a contaminação por microplásticos no interior de áreas marinhas protegidas. “Queremos entender se essas áreas, dedicadas à conservação da biodiversidade, estão sob a ameaça da contaminação. Temos duas alunas de doutorado do laboratório dedicadas a essa temática. A Yonara Garcia Borges Felipe focará em áreas protegidas do Estado de São Paulo, em colaboração com o professor da USP Alexander Turra e com Maria Teresa Castilho Mansor, da Fundação Florestal. Já o estudo da doutoranda Beatriz Zachello Nunes está avaliando o problema dos microplásticos em escalas globais e nacionais, com apoio de instituições ambientais australianas”, informa Castro.

O artigo Oysters and mussels as equivalent sentinels of microplastics and natural particles in coastal environments pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969723010847.

   

Cristiane Paião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estuario-de-santos-tem-um-dos-maiores-niveis-de-contaminacao-por-microplasticos-do-mundo-aponta-estudo/41673/

Violência psicológica e patrimonial pode gerar indenização


Os direitos humanos e, especialmente, os que envolvem as pessoas, sua intimidade, dignidade e psicológico vem sendo cada vez mais tutelados e protegidos pelas previsões legais que envolvem tais questões. 

A premissa legal básica de que aquele que causar dano a outrem deve ser condenado a reparar tal dano é antiga, sempre aplicada, mas no dia a dia das relações humanas, com frequência, ignorada e desprezada. 

Contudo, na mesma medida em que situações e vivências absurdas, fruto das relações humanas mal sucedidas ou conduzidas, ou ainda, machucadas na medida em que dissabores da vida acontecem sem inteligência, segurança emocional e psicológica para serem superadas, acontecem e aumentam exponencialmente, o Poder Judiciário é convocado a agir, fixando o dever de pagamento de indenização pelos danos, com mais frequência e maior valor. 

As brigas e desdobramentos das intempéries humanas vem se revelando cada vez mais danosas e graves e, consequentemente, as decisões judiciais têm sido cada vez mais específicas, na intenção também de revelar um cunho pedagógico para que não se repitam. 

Recentemente, a decisão da 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo trouxe o assunto à tona quando condenou um homem a pagar à ex-companheira a indenização de R$ 20 mil por danos morais em razão de violência psicológica e patrimonial vividas, durante união estável. 

Em primeira instância, o juiz sentenciou julgando procedente o pedido de reconhecimento e dissolução de união estável que não havia sido formalizada anteriormente, mas negou o pedido de indenização que a companheira havia pedido. 

Como a companheira recorreu da sentença, o recurso de apelação teve provimento com o reconhecimento do dano moral sofrido por ela. De acordo com a decisão do Tribunal, as gravações de áudio e mensagens de texto revelaram que o homem a insultava, controlava o uso do dinheiro que era do casal e, além disso, ameaça se desfazer de objetos da companheira, caso ela não lhe entregasse todo o salário que recebia. 

A companheira fez prova da necessidade de tratamento psicológico após o término da união, deixando claramente comprovado o cometimento do ato ilícito pelo homem, agravado pela agressividade que o mesmo aplicava e agia.
Para o reconhecimento do dever de indenizar é preciso que esteja presente o ato ilícito/danoso praticado e o nexo causal (ou seja, a ligação da prática da conduta danosa e o resultado final desta atitude).
 

Por isso, diante do término de qualquer relação, é crucial que inexista violência de cunho doméstico, a fim de que não ocorra sofrimento psíquico, insulto, humilhação e ameaça, pois, do contrário e havendo provas suficientes, o dever de indenização é uma alta possibilidade de ocorrência.

 

Daniella Augusto Montagnolli - Advogada Especialista em Direito Civil, Família e Sucessões e Processo Civil. Com mais de 20 anos de experiência, é Coordenadora do Departamento Consultivo Cível e de Família da MABE Advogados.

 

5 DICAS PARA PERSUADIR O CHEFE E OBTER A SONHADA PROMOÇÃO NO TRABALHO

Quem nunca tentou convencer alguém a realizar alguma benesse em benefício próprio que atire a primeira pedra. Na Bíblia, coleção de textos e livros sagrados destinados a difundir sabedorias ancestrais a diversas religiões mundo afora, até Jesus, filho de Deus, fez uso do seu poder celestial para arrebanhar com gotículas de água benta a sua legião de seguidores fiéis.

Em João, o mais novo dos 12 discípulos do altíssimo, a frase proferida pelo messias foi direta e reta quando se tratava de oferecer às pessoas um motivo todo especial que as fizessem crer nas suas palavras e, consequentemente, na sua doutrina: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele [...]. Quem comer este pão viverá eternamente”.

Já em Mateus, antigo coletor de impostos do povo hebreu, na tentativa de advertir os seus pupilos sobre a dificuldade que enfrentariam à frente da caravana em prol da palavra da salvação, os vocábulos nunca foram tão sacros: “não busqueis as coisas deste mundo, mas buscai primeiro edificar o reino de Deus [...] e todas essas coisas vos serão acrescentadas”.

Ainda, no evangelho de Marcos, fundador da Igreja de Alexandria, cidade de 5,2 milhões de habitantes e que comporta o maior porto do Egito, o nazareno não mediu esforços para dizer a um transeunte que, caso ele tivesse fé, o seu filho seria liberto do espírito maligno que tomara conta de seu corpo. Para isso, aferiu o verbete: “Tudo é possível àquele que crê”.

E o que dizer do que foi redigido em Lucas, o “médico-amado”, autor do Terceiro Evangelho? Com o objetivo de acalmar um cidadão afortunado que acabara de se desfazer de suas posses para seguir a pomba esvoaçante do Divino Espírito Santo, lá se fora outro versículo: “Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos [...] deixará de receber a vida eterna”.

Percebe que, em todas as dicções citadas acima, existe uma promessa tentadora aferida pelo emissor da mensagem? É ela que mexe com a cuca dos indivíduos de bem, fazendo com que eles se apeguem, e com louvor, à expectativa de que um dia conseguirão obter aquela proeza inestimável, mesmo que se trate apenas de mais um milagre oriundo das terras de Jerusalém.

Na visão de Robert Cialdini, professor de psicologia e marketing da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, a explicação para o fenômeno é simples. Para ele, as promessas, sejam elas verbais ou escritas, aludem à fantasia que o ser humano nutre de viver para sempre no mundo ideal. Aquele que, no passado remoto, foi retirado de si pelas mãos de um obstetra.

Assim, quando alguém faz uma jura a outrem, a pessoa que a recebe entra em uma espécie de devaneio inconsciente temporário, transportando-se para o período uterino. Pois foi lá, nos primeiros meses de vida, que houve a inscrição referente ao paraíso psíquico: um lugar repleto de barulhinhos, água quentinha, comidinha abundante e um colinho devidamente confortável.

Por conta deste motivo, é mais fácil ser promovido, ou levar 2,8 bilhões de cidadãos do globo a se converterem em cristãos, quando se oferece ao outro a possibilidade de delirar. No caso de Jesus, quem não faria qualquer coisa para viver para sempre? Já para o empregado, por que não aplicar as dicas a seguir e dar a ele a chance de ressuscitar a sua carreira no terceiro dia?

Tão logo, para subir aos céus mais rápido, em vez de mostrar ao chefe os resultados alcançados nos últimos tempos, experimente atrelá-los aos números que entregará no futuro. A medida fará com que o seu superior entre no modo fantasioso de pensamento, acreditando que estará nas suas mãos a transformação da água em vinho que ele tanto pediu ao Criador.

Existe um problema na firma que ninguém dá conta de resolver? Tente comprometer-se com o seu gestor, afirmando ser a pessoa adequada para resolvê-lo. Para isso, apresente as qualificações que o tornam ideal para resolver o empecilho, estipule um prazo para entregar a tarefa com louvor e veja bem de perto o milagre da multiplicação dos pães acontecendo.

A gestão não tem aprovado os seus projetos, impedindo o crescimento dentro da empresa? Ouse estreitar o relacionamento com as partes interessadas, garantindo a elas, por exemplo, que será o colaborador responsável por organizar o happy hour daquele mês. Verá que, por agora gostarem mais de você, será o novo Moisés, capaz de abrir até o Mar Vermelho.

Terminou as tarefas e está com tempo livre? Faça bom uso do ócio. Crie uma apresentação em que é capaz de apontar um novo jeito de otimizar os processos que alguma outra área da companhia é encarregada. Mostre os seus argumentos, amarrando-os ao compromisso de obter um número tangível em um certo período: mais poderoso que criar o mundo em 7 dias.

Por fim, caso tenha esgotado suas preces, só resta a você o último suspiro antes do apocalipse. Recolha um casal de cada espécime animal que habita neste planeta, construa uma grande e imponente arca, entre nela, aponte para outra oportunidade e reme. Afinal, você pode não ser Noé, mas antes que a empresa afunde, aproveite com a bicharada bem longe dali. Amém.

 

Renan Cola - psicanalista

       

Navegando pelos desafios da segurança cibernética multinuvem e multigeográfica para líderes empresariais

A computação em nuvem, sem dúvida, ampliou os horizontes de oportunidades para líderes empresariais que se esforçam para escalar e oferecer excelente experiência ao usuário.

Navegando pelos desafios da segurança cibernética multinuvem e multigeográfica para líderes empresariais


A computação em nuvem, sem dúvida, ampliou os horizontes de oportunidades para líderes empresariais que se esforçam para escalar e oferecer excelente experiência ao usuário. No entanto, à medida que mais e mais organizações se inclinam para a multinuvem, certos desafios de segurança sobre implantações multi-nuvem e multi-geo podem dificultar o crescimento geral.

E não incorporar práticas de segurança cibernética em várias nuvens pode manchar uma imagem de marca no mercado global e, eventualmente, dar direito às empresas a multas pesadas, uma vez que os regulamentos globais de privacidade e segurança de dados estão se tornando mais rigorosos.

Portanto, os líderes de alto escalão devem dar o melhor de si na renovação de sua segurança cibernética multi-nuvem e multi-geo. Vejamos alguns desafios comuns da nuvem e como as empresas que pensam em aproveitar a nuvem podem reforçar sua postura de segurança cibernética na nuvem.

 

Uma breve visão geral da arquitetura multi-nuvem e multi-geo cloud

A arquitetura multinuvem é quando uma empresa aproveita os serviços de computação em nuvem de dois ou mais fornecedores de nuvem para armazenar dados ou executar seus aplicativos.

A arquitetura multinuvem é mais adequada para garantir a disponibilidade e evitar atrasos ou criar backups seguros de dados confidenciais, incluindo informações de clientes e empresas.

Por outro lado, uma arquitetura multi-geo refere-se ao uso de serviços em nuvem que estão localizados em diferentes regiões geográficas. Isso pode ser feito para cumprir as leis de localização/soberania de dados, reduzir a latência ou aumentar a redundância.

Muitas organizações usam ambas as arquiteturas ou qualquer uma delas, dependendo de suas necessidades individuais. Mas muitos deles não estão cientes dos desafios específicos associados a eles.

Vamos nos aprofundar nisso e entender os desafios e o que as empresas precisam saber.


Entendendo os riscos

Todos nós sabemos que a mudança para a nuvem é super flexível, e todo o processo funciona como uma brisa. Mas o que a maioria de nós não está ciente é o fato de que desafios específicos de privacidade e segurança de dados podem levar uma empresa a sérios problemas.

Seja a implantação multi-nuvem ou multi-geo, uma pequena brecha no planejamento da mudança para a nuvem poderia eventualmente dar direito a multas pesadas, e pode até representar uma ameaça às informações confidenciais do cliente.

E quando falamos de violações de dados ou violações de privacidade, ambas as arquiteturas aumentam a área total de superfície de ataque de uma empresa. Os cibercriminosos podem ter vários pontos de entrada para roubar seus dados de negócios ou informações de clientes, uma vez que os dados são armazenados em vários locais / servidores físicos.

Além disso, essas arquiteturas de nuvem não têm uma fonte para políticas de segurança e, portanto, lidar com o gerenciamento de identidade e acesso se torna uma batalha difícil para as equipes de segurança.

Os líderes empresariais que não priorizam a segurança na nuvem na fase inicial da implantação estão sempre em risco, uma vez que os cibercriminosos estão constantemente explorando novas maneiras de explorar os dados dos clientes para obter benefícios financeiros.

Assim, o planejamento de segurança adequado antes de adotar a computação em nuvem torna-se a necessidade da hora. Vejamos alguns aspectos da segurança em várias nuvens e como as empresas podem superar os desafios de violações de dados e roubos de identidade em implantações em nuvem.


Estabelecendo políticas e procedimentos padrão

Agora, uma das maiores questões é: como os líderes empresariais poderiam colocar o pé direito em resposta a ameaças de segurança cibernética multi-nuvem e multi-geo.

Inicialmente, os líderes precisam começar com uma auditoria de sua área de superfície para obter uma imagem clara dos ambientes em que seus negócios estão operando. E o próximo passo é catalogar vários regulamentos e padrões de privacidade de dados adequados para a organização com base em vários parâmetros, incluindo localização geográfica.

Para aqueles que operam fora de seu país e atendem aos cidadãos de outro país / estado, eles devem garantir que aderem às políticas de localização de dados desse país / estado específico para atender à conformidade e fornecer segurança robusta.

Além disso, a maioria dos países tem seus próprios regulamentos de dados e regras de privacidade. E se uma empresa atende clientes em seus países, ela deve cumprir suas leis de privacidade e segurança de dados. Estes incluem o GDPR da UE e o CCPA da Califórnia.

Uma vez que uma empresa esteja em conformidade com todos esses regulamentos de privacidade e segurança de dados e normas de localização de dados, o próximo passo é incorporar medidas de segurança rigorosas por meio de tecnologias e ferramentas de ponta.

Reforçando a segurança na nuvem por meio das mais recentes ferramentas e tecnologias

Como líder de negócios ou oficial de segurança, você deve planejar sua mudança para a nuvem, considerando a segurança adequada por meio das ferramentas e tecnologias mais recentes.

Quer se trate de autenticação multifator ou controle de acesso, tudo deve estar em vigor para garantir que as informações do cliente em um ambiente de nuvem distribuído permaneçam seguras.

Além disso, a autenticação adaptativa também pode ser um divisor de águas para uma segurança robusta na nuvem, uma vez que ajuda a manter o mais alto nível de segurança de autenticação em situações de alto risco, especialmente em delimitação geográfica.

Esses recursos de segurança podem ser bastante úteis para proteger identidades de clientes e informações comerciais confidenciais, já que os invasores não podem ignorar essas várias camadas de segurança.

Para concluir

Com a rápida adoção da nuvem, as empresas estão ampliando seu crescimento. No entanto, também ampliou o vetor de ameaça.

E, portanto, várias práticas de segurança cibernética em várias nuvens estão se tornando cruciais antes de migrar para a nuvem para garantir que as empresas evitem os desafios de segurança cibernética das arquiteturas multinuvem e multigeográfica.


Cristina Boner - presidente do conselho fiscal do Grupo Drexel, empreendedora no setor de tecnologia também fundadora da ONG Associação das Mulheres Empreendedoras (AME) e, junto a Maria da Penha, criou o Projeto Maria da Penha. 


domingo, 18 de junho de 2023

Atenção aos cães e gatos durante as festas juninas

Crédito: Shutterstock/Divulgação PremieRpet®
O barulho dos fogos é uma das principais causas de transtornos. Por isso, a PremieRpet® disponibiliza áudios gratuitos que mascaram esses sons.


O mês de junho chegou e com ele uma das comemorações mais típicas dos brasileiros: a festa junina! Famosa pelas comidas típicas, a celebração também é marcada pelos barulhos de fogos, rojões e outros efeitos sonoros que podem gerar uma série de transtornos para os pets, especialmente aos cães. 

De acordo com a médica-veterinária e supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet®, Marina Macruz, é importante saber identificar quando os pets estão assustados e conhecer maneiras para ajudá-los nesse momento de insegurança, evitando fugas e até acidentes. “Com medo do barulho dos fogos de artifício, os cães, por exemplo, podem manifestar o incômodo com latidos, agitação, tremor, salivação excessiva e tendem a buscar segurança nos tutores ou procurar um abrigo”, explica. 

Para ajudar a reduzir o estresse dos cães e gatos durante esse período, a PremieRpet® oferece gratuitamente no YouTube três áudios que mascaram e reduzem ruídos de alta, moderada e baixa intensidade.




O áudio de baixa intensidade é indicado para reuniões de família ou encontros com poucas pessoas. O de média intensidade, para barulhos próximos ao local em que o pet está (como festas no vizinho, por exemplo). Já o de alta intensidade é recomendado para fogos de artifício a uma curta distância ou festas no mesmo local em que o pet está.

 

A médica-veterinária também dá outras dicas para minimizar o desconforto do pet com o barulho de fogos:

· Acolha o animal em um cômodo fechado e seguro para abafar ao máximo os ruídos dos fogos;

· Disponibilize uma garrafa pet com petiscos ou cookies. Faça furos e deixe em um local calmo para que eles consigam pegar e degustar (caso o pet não esteja habituado a brincar dessa forma, faça furos maiores);

· Brinque com o pet para demonstrar que está em um ambiente seguro. Vale investir em atividades para estimular o faro, a “caça” e a alimentação;

· Se o pet se esconder e não quiser interagir, o mais importante é respeitar o comportamento, observar e esperar o melhor momento para oferecer um ambiente com brinquedos e estímulos positivos;

· Fique atento aos quitutes juninos! Alimentos que fazem a alegria dos humanos podem esconder perigoso aos animais, por isso é preciso resistir aos olhares pidões e não compartilhar as refeições e aperitivos com os pets. Opte por petiscos específicos para eles, como os cookies;

E lembre-se: sempre que necessário, consulte um médico-veterinário ou zootecnista especializado em comportamento de cães e gatos!



PremieRpet®
www.premierpet.com.br
PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


Veterinária dá dicas de cuidados com os pets durante o inverno

Freepik
Atenção com alimentação, hidratação e passeios estão entre as dicas da especialista para evitar doenças no pet

 

O inverno bate à porta e uma das maiores preocupações para os “pais de pet” é o quão baixa serão as temperaturas e como manter a saúde dos animais nessa época do ano. Segundo meteorologistas, o inverno de 2023 será caracterizado pela presença do El Niño, o que resultará em temperaturas acima da média em quase todo o país, deixando os tutores um pouco mais tranquilos. No entanto, alguns cuidados ainda são necessários para evitar contratempos para humanos e animais.

De acordo com a médica veterinária e professora do Centro Universitário IBMR, Isabella Morales, assim como os humanos, cães e gatos ficam mais suscetíveis ao vírus da gripe com temperaturas mais baixas e, por isso, é crucial manter as vacinas em dia. Ela explica que cães e gatos demonstram frio pelas extremidades mais geladas e podem tremer como uma tentativa do corpo produzir calor. “O ideal é proporcionar um ambiente coberto, com uma caminha ou casinha para que ele se proteja das baixas temperaturas e possíveis chuvas. Outro ponto de atenção é o uso de roupinhas. Sabemos que cães e gatos ficam lindos de roupa, mas isso é uma novidade para eles e deve-se justificar o uso, principalmente, em raças de pelo curto que não estão habituadas a ambientes com temperaturas mais baixas”, explica. “Gatos podem não se adaptar às roupas e até se machucar na tentativa de retirar. Então, muita atenção! Certifique-se de que o cão ou o gato está adaptado a esse vestuário”, completa.

A professora ainda revela a importância do cuidado com roupas que soltam adereços pequenos ou linhas, uma vez que isso pode se tornar corpo estranho caso haja ingestão acidental. “As roupinhas adequadas são aquelas que não atrapalham o o animal de defecar e urinar, não fiquem muito justas e não soltem adereços ou fios”, orienta.

No que diz respeito à alimentação e hidratação durante a estação mais fria, é comum que humanos aumentem a oferta de alimentos, pois acredita-se que por ter maior gasto calórico na manutenção da temperatura corporal, necessitará também de mais energia através da alimentação. Contudo, quando se pensa em cães e gatos, o ideal é que seja ofertada uma dieta de qualidade, dentre elas, as chamadas premium ou super premium, para que o animal tenha alimento de boa procedência o ano todo. “Não é recomendado aumentar a quantidade de alimento sem conversar com o médico veterinário responsável, pois corre-se o risco de levar o animal ao sobrepeso e até a obesidade. No que tange a hidratação, a água deve estar sempre à disposição, mas também é interessante oferecer os alimentos úmidos, como os saches”, afirma. A veterinária explica que alimentos úmidos e ricos em água ajudam a evitar quadros de desidratação, sendo uma boa fonte de energia. “Lembrando que isso deve ser visto de acordo com a quantidade de comida que o pet já ingere para não causar sobrepeso”, observa.

Os pets, assim como os humanos, tendem a reduzir o tempo de atividade nos dias mais frios. Contudo, a professora alerta: “Os passeios devem permanecer, mas em horários com temperaturas mais amenas. Além disso, é importante manter maior interação dentro de casa, jogar a bolinha e correr pela casa ou apartamento é uma boa opção. Separe, de 10 a 15 minutos pela manhã e à noite para brincar com seu amigo”, orienta.


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