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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Sites educacionais vigiam crianças brasileiras no ambiente online

 4 coisas que você pode fazer agora para ajudar a proteger as crianças

 

Sites educacionais direcionados a estudantes brasileiros, desenvolvidos ou endossados pelos governos São Paulo e Minas Gerais para uso durante a pandemia, faziam vigilância sobre crianças e coletavam seus dados pessoais. A investigação da Human Rights Watch descobriu que esses sites, que continuam em uso hoje, não apenas observavam as crianças dentro de suas salas de aula online, mas as seguiam pela internet, fora do horário escolar, mergulhando profundamente em suas vidas privadas.

 

As crianças que usaram alguns desses sites para estudar matemática na terceira série ou para se preparar para as provas de admissão à universidade muitas vezes foram rastreadas com mais intensidade do que o adulto médio que navega na Internet. Crianças e suas famílias não tinham conhecimento disso.

 

A maior parte dos sites revisados pela Human Rights Watch enviaram os dados coletado para empresas terceirizadas especializadas em publicidade comportamental.

 

A Human Rights Watch preparou listou 4 coisas que você pode fazer hoje para ajudar a proteger a privacidade online de sua criança:

 

1 - Verifique o produto de aprendizado online analisados pela Human Rights Watch. No site #StudentsNotProducts, você vai encontrar perfis simplificados que descrevem como esses produtos estão lidando com os dados e a privacidade das crianças. Saiba mais, em inglês, aqui: #StudentsNotProducts


 

2 - Desative o rastreamento de anúncios no telefone ou tablet de crianças e adolescentes. Desta forma, você pode protegê-las de serem rastreadas por empresas de publicidade.

 

Em telefones Android:

1.   Abra o aplicativo Configurações

2.   Vá para Privacidade e, em seguida, para Anúncios.

3.   Clique em Redefinir o  ID de publicidade.

4.   Desative a personalização de anúncios.

Em iPhones:

1.   Abra o aplicativo Configurações.

2.   Vá para Privacidade e Segurança e, em seguida, para Publicidade a Apple.

3.   Desative os anúncios personalizados.


3. Bloqueie rastreadores em sites usados por crianças. Para evitar que rastreadores sigam crianças pela Internet, considere instalar extensões de navegador com foco na privacidade, como Privacy Badger e uBlock Origin.

 

No Chrome:

1.   Abra a Chrome Web Store.

2.   Encontre e selecione a extensão de privacidade que você deseja.

3.   Clique em Adicionar ao Chrome.

 

No Safari:

1.   Abra o aplicativo Configurações.

2.   Vá para o Safari e role para baixo até a seção Privacidade e segurança.

3.   Ative Prevenir rastreamento entre sites.

4.   Desative a medição de anúncios de preservação de privacidade

5.   Vá para Ocultar endereço IP e selecione De rastreadores.

 

No Firefox

1.   Navegue até addons.mozilla.org.

2.   Encontre e selecione a extensão de privacidade que você deseja.

3.   Clique em Adicionar ao Firefox.

 

4. Impeça que outras pessoas saibam a localização de crianças. Para proteger a segurança das crianças, veja como impedir que outras pessoas rastreiem a sua localização física precisa.

 

Em telefones Android:

1.   Abra o aplicativo Configurações.

2.   Vá em aplicativos.

3.   Cada aplicativo pode ser clicado para controlar se pode acessar a localização de crianças.

Em iPhones:

1.   Abra o aplicativo Configurações.

2.   Vá para Privacidade e segurança e, em seguida, vá para Serviços de localização.

3.   Cada aplicativo pode ser clicado para controlar se ele pode acessar a localização de uma criança.

Crianças não são produtos! Junte-se à campanha #StudentsNotProducts exigindo proteção para nossas crianças e sua privacidade de dados aqui.

 

Sobre a Human Rights Watch

A Human Rights Watch é conhecida por investigar violações de direitos humanos cometidas por governos e outros atores poderosos em todo o mundo. A ONG global expôs abusos e lançou as bases necessárias para mudanças significativas e duradouras em mais de 100 países. A missão da HRW é ajudar a construir um mundo onde todos possamos viver com dignidade e onde todos os nossos direitos sejam respeitados, independentemente de onde ou quando nascemos.

https://www.hrw.org/pt

 

Aumento de casos de assédio sexual no trabalho acende alerta no país

Especialista da área aponta que alta de 200% nos últimos cinco anos demonstra maior conscientização de colaboradores quanto ao assunto

 

De acordo com um levantamento da consultoria de jurimetria Data Lawyer, de 2018 a 2022, o número de ações trabalhistas que citam assédio sexual cresceu 200% no país. O estudo ainda indica que apenas no ano passado, cerca de 6440 processos movidos contra empregadores tratavam do assunto. No total, as 47,6 mil ações movidas totalizam R$6,25 bilhões em pagamentos, caso todos os casos sejam vencidos pelos ex-funcionários. 

Para a advogada Ana Paula Cardoso, do escritório Aparecido Inácio e Pereira, o crescimento de ações está ligado à uma maior conscientização do trabalhador quanto às situações ocorridas. “Este movimento tem como um dos grandes fatores, o maior conhecimento do assunto pelos trabalhadores, com divulgações de informações pelas redes sociais, palestras, treinamentos e a estruturação dos canais de denúncias”, comenta.

Ainda segundo a especialista, o avanço da comunicação interna e externa deve ser um importante aliado para colaboradores que sofram qualquer tipo de assédio no ambiente de trabalho. “A informação e a comunicação são utensílios poderosos para a melhoria do conhecimento e denúncia destas situações”, opina.


O que caracteriza o assédio sexual dentro do ambiente de trabalho

O assédio sexual em linhas gerais, trata-se de situações em que um colaborador constrange, por meio de condutas de conotação sexual, outro colega de trabalho.  Entre as várias situações que podem se caracterizar como assédio sexual, estão:

  • Insinuações de conotação sexual, por meio de mensagens, toques, olhares e gestos, entre outros.
  • Importunação por contato físico, criando situações de contato, sem a vontade recíproca de seu semelhante;
  • Constranger, por meio de comentários, piadas de duplo sentido e perguntas;
  • Promessas de benefícios em troca de favores sexuais;

É importante que, colaboradores que passem por situações idênticas ou semelhantes no ambiente de trabalho, procurem a empresa para informar os fatos, e que não tratem as interações com normalidade.

“No caso da empresa tomar conhecimento sobre alguma ocorrência, o primeiro passo é a apuração dos fatos. É importante também que a vítima junte o máximo de provas possível e caso haja uma ausência de intervenção por parte da empresa, o funcionário pode buscar auxílio no Ministério Público do Trabalho, com a ajuda de profissionais especializados”, explica Ana Paula.


Conteúdos que podem servir como prova, auxílio à vítima e penalizações ao agressor

Diversos conteúdos podem ser utilizados como prova para a prática de assédio sexual no ambiente de trabalho. Gravações, prints de mensagens eletrônicos, como e-mails, whatsapp, e redes sociais, além de áudios, ligações, denúncias feitas para a própria empresa, e até mesmo ex-colegas ou colegas de trabalho, que possam servir de testemunhas dos assédios praticados.

“Além de ser demitido por justa causa, é possível que o funcionário que pratica assédio seja indiciado criminalmente. A vítima pode solicitar a rescisão indireta do contrato de trabalho, além de receber todas as verbas rescisórias correspondentes, como se fosse demitida sem justa causa, além de poder cobrar na justiça ressarcimento por danos morais”, finaliza a especialista.

   

Dra. Ana Paula Cardoso - Advogada no escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados.


Pesquisa mostra que um em cada 5 municípios do País ainda não tem o ensino de Tecnologia no currículo

 Estudo “Tecnologias Digitais nas escolas municipais do Brasil: cenário e recomendações” revela desigualdades importantes entre as redes, que impactam diretamente nos processos de ensino e aprendizagem



Pelo menos uma a cada cinco (21%) redes municipais do Brasil ainda não tem o ensino de Tecnologia e Computação no currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nos anos finais, são 17%. Já na Educação Infantil, o índice sobe para 37%. Esses são alguns dos achados do estudo “Tecnologias Digitais nas escolas municipais do Brasil: cenário e recomendações”, organizado pelo Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB), pela Fundação Telefônica Vivo e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com parceria técnica do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede). O lançamento oficial da pesquisa acontece nesta quarta-feira (10), durante a Bett Brasil.

Além de identificar como o ensino de Tecnologia e Computação está presente no currículo das redes municipais, o estudo teve como objetivo também mapear quais são as estruturas de apoio ofertadas pelas Secretarias de Educação para garantir a implementação e o uso de tecnologias digitais nas escolas. Nesse sentido, foram avaliados diversos aspectos, como a existência de orçamento específico para a área de tecnologia e como é feita sua gestão; a existência de equipes e, ou, áreas dedicadas ao planejamento e à implementação de tecnologias digitais nas escolas (e o perfil dos profissionais que compõem esse time); como a secretaria se organiza para oferecer apoio pedagógico às escolas; se oferta ou não formações aos professores e qual a sua periodicidade e carga horária; como são realizadas as ações de planejamento e monitoramento de compras de equipamentos, de fornecimento de conectividade e de manutenção; perspectivas futuras em relação à temática, etc.

Para isso, a pesquisa valeu-se da aplicação de um questionário online a uma amostra representativa das redes de ensino do País. Ao todo, foram consideradas as respostas de 1.065 municípios, espalhados por todos os Estados, garantindo ao estudo um nível de confiança de 95% para o resultado nacional, com margem de erro de 3 pontos percentuais. Os resultados — obtidos via essa pesquisa quantitativa e também a partir de visitas a municípios e entrevistas com secretários de Educação e outros profissionais — indicam que a maior parte das redes de ensino está mobilizada e atenta à temática. Há diversos esforços, que merecem reconhecimento, sendo feitos pelo Brasil para que a tecnologia esteja presente nas salas de aula. Contudo, ainda há muitos desafios para uma adoção qualificada de tecnologia, que seja transformadora dos processos de ensino e aprendizagem.

Foram identificadas também desigualdades importantes, e que não podem ser negligenciadas, entre redes de ensino de portes diferentes e que atendem a estudantes com distintos perfis socioeconômicos. Dentre todos os aspectos investigados, há três que merecem destaque: a) a já citada presença do ensino de Tecnologia e Computação nos currículos; b) a existência de equipes e, ou, profissionais na estrutura das secretarias dedicados à implementação e ao acompanhamento do uso de tecnologias nas escolas; e c) a oferta de formação continuada aos docentes.

Em relação ao primeiro tópico, é importante destacar que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada no final de 2017, determinou a obrigatoriedade de se trabalhar a cultura digital. Já a resolução CNE/CEB nº 1, de 4/10/2022, traz que “cabe aos estados, municípios e Distrito Federal estabelecerem parâmetros e abordagens pedagógicas de implementação da computação na Educação Básica”, iniciando o processo em até um ano (ou seja, até outubro deste ano). Ainda assim, um número expressivo de redes de ensino não atualizou ou desenvolveu currículos que englobam o ensino de Tecno­logia e Computação: relembrando que nos anos iniciais são 21%. E esse percentual é significativamente maior entre as redes que atendem a estudantes de nível socioeconômico (NSE) mais baixo: 30% ante 15% daquelas cujos alunos têm NSE mais alto.

Além de trazer os índices gerais para o Brasil e as regiões, o estudo dividiu os municípios em três grupos de NSE (sendo o tercil 1 referente aos municípios que atendem a estudantes de mais baixo NSE; o 2, intermediário; e o 3, mais alto) e também em três faixas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) com a intenção de verificar as possíveis desigualdades relacionadas a esses aspectos.

"A realização da pesquisa teve como objetivos construir o cenário nacional e trazer recomendações a fim de que compreendamos o que temos de tecnologia digital nas escolas, como está distribuída regionalmente e qual é o grau de equidade na sua oferta. Também evidencia uma questão muito mais relevante e complexa que é o tamanho do desafio da realização da Competência 5 da Base Nacional Comum Curricular, que implica na compreensão e utilização das tecnologias digitais no cotidiano, no uso da tecnologia como parte da vida e não como uma vida à parte. Por outro lado, sabemos que não há como avançar se não tivermos uma infraestrutura de tecnologia adequada em todo país, que tenha como princípio de oferta a equidade. Caso contrário iremos aumentar ainda mais o fosso das desigualdades gerando, por meio da exclusão digital, maiores distâncias entre os incluídos e os excluídos. Para transformar é preciso conhecer e não tem jeito melhor de conhecer do que indo às fontes, compreendendo, sentindo e levantando demandas", afirma Luiz Miguel Martins Garcia, Dirigente Municipal de Sud Mennucci/ SP e presidente da Undime.

Sobre o segundo item, os dados apontam que 73% das redes municipais de ensi­no não possuem uma área e, ou, equipe específica dedicada ao planeja­mento, apoio e monitoramento de ações para uso de tecnologias digitais nas escolas. Além disso, em mais da metade dessas redes (55%) não foram identificados outros profissionais na estrutura organizacional da Prefeitura de­dicados à temática. “Uma das principais consequências da falta de estrutura organizacional adequada é um cenário onde as secretarias trabalham a partir das demandas das escolas, uma vez que não conseguem atuar de forma preventiva e planejada. Nesse sentido, o maior desafio é desenvolver uma equipe de tecnologia integrada entre as diversas áreas, que garanta um planejamento transversal e que seja capaz de englobar as perspectivas de infraestrutura, pedagógica e de docentes”, aponta Julia Sant’Anna, diretora executiva do CIEB.

Já em relação à formação continuada aos docentes sobre a temática de tecnologia, a pesquisa indica que em 39% das redes municipais essa oferta não existe (chegando a 44% nas regiões Sudeste e Nordeste). Há também desigualdades importantes de acordo com o NSE do município: 49% das redes que atendem a estudantes de NSE mais baixo (tercil 1) não oferecem formação na temática contra 32% das redes no tercil 3 (mais alto). Em relação às faixas de Ideb, a diferença é de 15 pontos percentuais: 45% das redes que estão no nível mais baixo não oferecem ante 30% daquelas no nível mais alto. “A tecnologia é uma aliada da educação e pode ser usada de forma transversal em atividades curriculares de diversas disciplinas. Mas, para isso, é primordial que os educadores estejam preparados para aplicá-la em sala de aula. Não basta conhecer as ferramentas, é necessário compreender seu potencial pedagógico e, assim, torná-las parte dos processos de ensino e de aprendizagem. E, sem dúvida, a formação continuada, aplicada ao desenvolvimento das competências digitais, é o caminho possível para tornar isso uma realidade. A urgência do tema é reforçada pelos próprios dados da pesquisa, que mostra que 78% da rede reconhece a oferta de mais formações em tecnologia e computação para os professores como uma prioridade para os próximos anos”, reflete Lia Glaz, diretora presidente da Fundação Telefônica.

Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Iede, destaca a grande desigualdade no que diz respeito a garantir as ações estruturantes para viabilizar o impacto das tecnologias na aprendizagem. “O estudo mostra que em eixos estruturantes, como currículo e formação continuada, há uma desvantagem das redes de ensino que atendem alunos de baixo nível socioeconômico. Isto é, os alunos que mais precisam de uma escola de qualidade têm menos possibilidades de serem impactados por uma adoção qualificada da tecnologia”, considera.

O relatório completo está disponível gratuitamente para download neste link.

 

Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB)
Fundação Telefônica Vivo
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)
Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede)


A gestão a partir de Inteligência de dados é obrigação na Educação Superior


As tecnologias evoluem e são utilizadas nos diversos segmentos nos seus setores produtivos. A referência da criação da prensa, das máquinas a vapor, do sistema móvel biela/manivela, os motores e geradores elétricos movidos a fluido em movimento, desde a água até combustíveis mais eficientes e mais caros. Sempre vemos a substituição de uma tecnologia por outra, a exemplo das linguagens de programação: já vivemos a fase do FORTRAN (representada no filme Hidden Figure – lançamento dos foguetes peal NASA), do BASIC, do C++, do Java e agora do Phyton.


Referente a evolução dos sistemas de gestão para acompanhar as evoluções tecnológicas dos sistemas produtivos, podemos dar destaque aos controles básicos de estoques, os controles de fluxos de produção e armazenagem, a organização a partir dos ERPs (sistemas de gestão com controle de todas as etapas produtivas) e, mais recentemente com a evolução da inteligência artificial, o conhecimento dos desejos, dos interesses dos cidadãos que são os clientes a serem atendidos pelos serviços e pelos bens.


Na educação, setor fundamental para movimentar a economia do País e estimular o movimento social pela modificação do cidadão e da sociedade pelo cidadão, o cliente se mistura com o produto e a sua produção é denominada “um bem social” (destacada na LDB – Lei de Diretrizes e Bases de 1996). Mas, apesar de ser tão importante e transformador, o setor educacional tem uma enorme dificuldade em implantar reformas até com a aplicação da tecnologia no seu sistema produtivo e na estrutura das atividades de aulas.


A resistência à inovação é refletida em debates infindáveis quanto à qualidade, defendida como importante em todas as esferas e graus de discussão, mas que não se encontra a partir de resultados decorrentes de avaliações e de etapas de medição. A educação é um dos segmentos onde a participação do ser humano é mais intensa, mais essencial, pois é ele a matéria-prima, o produto final nas etapas do ensino e um dos fatores de produção mais importantes de todos os ciclos do processo.


Desta forma, por que mapear interesses, mapear satisfação com o processo e mapear satisfação com o resultado são ações vistas como assustadoras e pouco utilizadas efetivamente?


O SINAES, Sistema de Nacional de Avaliação do Ensino Superior, criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004 traz um tripé (qualquer analogia com a estabilidade física não é mera coincidência) de elementos de avaliação. A Instituição, os cursos e os estudantes. O grande valor dos SINAES foi destrinchar em eixos (cinco) e dimensões (10) as variáveis importantes e que precisam ser medidas, avaliadas em cada etapa do processo avaliativo.


Dando destaque ao processo avaliativo institucional, que é onde os cursos são ofertados e os alunos estão associados, são 50 itens de avaliação que, se acompanhados de maneira precisa e eficiente, é possível ter um diagnóstico claro do andamento institucional, dos cursos com suas dificuldades e desafios e também da satisfação do estudante em todas as etapas de sua formação no curso dentro da instituição chamada de IES (Instituição de Ensino Superior).


A análise dos indicadores institucionais é como se fosse feita a leitura de um checkup de um organismo. Alguns indicadores institucionais ou de exames são claros em si, mas é preciso fazer um mapeamento mais preciso de falhas de processo a associação de resultados e valores dos indicadores.


Na era da inteligência de dados, em um dos setores de mais sensibilidade social e que mais tem seres humanos participando, não ter um diagnóstico claro dos principais órgãos (IESs) que fazem parte deste ecossistema caracteriza a realidade de um setor onde são oferecidas quase 30 milhões de vagas em cursos de graduação por ano e somente 10% são preenchidas. Junto a este fato, não se pode deixar de mencionar que os valores de mensalidades caem junto com o preço das ações dos grupos educacionais listados em bolsa.


Governança e sustentabilidade são resultados inerentes de um sistema bem gerido, que conhece os seus clientes (candidatos, leads, os milhões de não matriculados), que ouve e dá participação no processo aos seus alunos (medindo e aferindo em tempo real a satisfação do cliente-produto) e que se sintoniza com os segmentos e setores que demandam este aluno formado (aferindo a satisfação dos outros segmentos durante a etapa de formação, trilhas de estágios, programas de traines).


Não aplicar os SINAES adequadamente é não querer conhecer os sinais da qualidade do seu serviço realizado, e não usar o que tem mais valor neste período da história do homem, os dados.


Não são só carreiras que vão desaparecer e não são só profissionais que ficarão obsoletos, mas também as organizações que ignoram a importância do acompanhamento contínuo de uma avaliação de processo, que temem o que será resultado de um ciclo de realimentação contínuo perderão o seu valor e colocarão a sua existência em cheque.


O valor de uma instituição não está no custo de uma mensalidade proposta e sim no valor que o aluno, o cliente e o mercado têm interesse em pagar pelo serviço prestado. Conhecer o custo é parte inerente do processo de gestão e que é considerado superado com a profissionalização do setor (espero que isto seja verdade...), mas saber quanto vale o que se oferece e se disponibiliza é o real valor do bem social que está sendo entregue.


Não usar gestão de dados mantendo um ciclo avaliativo contínuo é a grande causa da falta de sustentabilidade dos negócios educacionais que estão esgotando as carreiras e perdendo o seu valor intrínseco de segmento de transformação, de motivação e inspiração social.


Está na mão dos gestores o papel de salvar as suas instituições, com a aplicação de sistemas de inteligência de dados no acompanhamento dos processos e na melhoria contínua essencial para o setor educacional, em especial no Ensino Superior. Ao Gestor Educacional: não tenha medo dos indicadores e dos resultados, a partir deles a verdade se apresenta e sua ação será mais eficiente, precisa e sustentável.

 

César Silva - diretor Presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) e docente da Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP há mais de 30 anos. Foi vice-diretor superintendente do Centro Paula Souza. É formado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão de Projetos, Processos Organizacionais e Sistemas de Informação.


Alerta CEO’s: 5 indícios de etarismo dentro das empresas

 

Nas últimas semanas, vimos casos de etarismo ganharem repercussão e as pessoas começaram a dar voz a um grupo que sofre há muito tempo com um preconceito velado, imposto facilmente no dia a dia. Esse sofrimento, em sua maioria, está atrelado principalmente à carreira profissional.

 

Conhecido popularmente como etarismo, esse preconceito também pode ser chamado de discriminação etária, idadismo ou ageismo - termo advindo de uma palavra já muito conhecida no ramo empresarial, o “aging”. Dessa forma é chamado o tipo de discriminação contra pessoas ou grupos baseado na idade.

 

Um bom exemplo foi o caso da estudante Patrícia Linares, de 45 anos, que ganhou repercussão após sofrer preconceito quando, duas colegas de classes mais jovens, gravaram vídeos a ridicularizando por "acharem um absurdo ter uma colega de sala com 40 anos".  Contudo, se verificarmos a nossa volta, facilmente iremos encontrar depoimentos não só de pessoas +40, +50, como também de pessoas consideradas jovens para o mercado de trabalho e que se viram sem credibilidade tão somente pela idade que tinham ou aparentavam ter.

 

É importante tirarmos um tempo para analisar essa realidade. Na sua empresa, termos como “muito velho” ou “novo demais” são citados nos momentos de tomada de decisão? Se sim, talvez seja a hora de ligar o alerta e recalcular a rota do que está sendo normalizado.

 

O primeiro sinal de etarismo na sua empresa

 

Um dos primeiros e mais perceptíveis sinais de etarismo dentro de uma empresa, são frases como “Ele não entende dessas coisas, pois já está velho”, ‘‘Ele está muito bem pra idade dele” ou até mesmo “Eu acho que isso não combina com sua idade”. Muitas vezes essas frases surgem como uma brincadeira, ou até mesmo a tentativa de um elogio ou conselho, porém não são nada além de preconceito velado.

 

Traumas e demissão marcam outra forma de etarismo

 

A exclusão de funcionários de dinâmicas e conversas da equipe, devido a idade também é uma prática etarista. Segundo estudo realizado pela Universidade Sauder School of Business da Columbia Britânica, a exclusão pode gerar insatisfações maiores do que a prática de bullying no ambiente de trabalho. Inclusive podendo acarretar doenças psicológicas e constante vontade de demissão.

 

Desvalorizar opiniões ou ideias de acordo com a idade do colaborador

 

A desvalorização de opiniões, ideias e feedbacks é um assunto que já vem sendo trabalhado por muitas frentes, sendo elas frentes femininas, antirracistas e LGBTQIA+, e agora teremos também a frente contra o etarismo para endossar essa luta contra a desvalorização empresarial. Isso acontece porque grupos específicos veem constantemente suas ideias, falas e opiniões serem tratadas como irrelevantes apenas por serem quem são. Precisamos entender que desconsiderar a fala de alguém por ser muito jovem ou mais velho, coloca sua empresa em uma posição etarista, e leva ao desperdício de boas ideias, networking e de uma interação plural, que hoje é vista como cada vez mais agregadora.

 

Estacionar a carreira do colaborador

 

A prática de congelar um colaborador em um setor, levando em conta que ele é velho demais para outros cargos, ou até mesmo novo demais para ser promovido trata-se de uma ação preconceituosa. Imagine só, você sentir-se totalmente pronto para um novo desafio, ter plena consciência de sua evolução e ainda sim ver sua carreira estacionada pois estão levando em consideração somente a idade que possui. Parece péssimo, não?!

 

Em momentos como de promoção, considere outros pontos dos seus colaboradores. Avalie suas qualidades, pontos a melhorar e não esqueça que o feedback é uma prática muito importante, independente da decisão que for tomada.

 

Cuidado com os pedidos de contratação para o RH

 

Usar a cultura “jovem” da empresa como desculpa para não contratar pessoas mais velhas é mais comum do que parece. Muitas vezes, o time de recursos humanos encontra o perfil perfeito para aquela vaga, mas se vê impossibilitado de dar prosseguimento a seleção, devido a pedidos feitos pelos contratantes.

 

Cultura jovem está muito longe de ser relacionada tão somente com a idade, a experiência e o aperfeiçoamento ao longo de uma carreira com certeza pode agregar muita jovialidade a vaga. Ao tratar com pessoas, desculpas como essas serão totalmente prejudiciais ao candidato e afastará bons perfis para a empresa.

 

Ouvir é um caminho para a solução desses e outros problemas

 

Por fim, é importante sempre estar disposto a escutar seus colaboradores. Aprendi, ao longo da minha vida, que ouvir é um dos princípios do networking que mais trazem resultados. Ao escutarmos o que os outros têm para nos dizer, iremos enxergar além de nossos olhos, sentir além de nossas emoções.

 

Entendo que ainda estamos com um longo caminho para percorrer em busca do mundo empresarial equitativo, mas lembre-se que cada detalhe dessa jornada importa.

 

Mara Lemes Martins - PhD. Psicóloga e VP da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo. 



Empresas brasileiras estão entre os principais alvos de sequestro de dado

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Relatório do Fórum Econômico Mundial constatou que 95% dos problemas de segurança cibernética são causados por erro humano. A recomendação é treinar a equipe


O Brasil está entre os dez países que mais registram ataques do tipo ransomware, que se caracterizam pelo sequestro e criptografia de dados, com o grupo criminoso exigindo o pagamento de um resgate para tornar essas informações novamente acessíveis para a empresa que foi vítima do cibercrime.

O que torna esse cenário mais preocupante é que apenas 26% das empresas brasileiras estão maduras o suficiente para resistir aos ciberataques, de acordo com estudo da Cisco. Ainda segundo esse levantamento, quase sete em cada dez empresas esperam que um incidente de segurança cibernética interrompa suas atividades no intervalo de 12 a 24 meses.

O Fórum Econômico Mundial, no relatório "The Global Risks Report 2023", apontou a propagação dos crimes cibernéticos ao lado do crescimento da insegurança cibernética como o oitavo maior risco global tanto no curto prazo como no longo. Para curto prazo, o estudo considerou até dois anos e, para longo, até dez anos.

Esse risco inclui incidentes de segurança da informação, como vazamento de dados, que resultam em ameaça à privacidade dos cidadãos. Neste ano, os respondentes – mais de 1,2 mil especialistas de universidades, negócios, governos, comunidade internacional e sociedade civil – disseram que os ataques cibernéticos à infraestrutura crítica produzirão os impactos mais severos ou significativos em escala global.

Nesse contexto, as empresas devem contar com uma política bem estruturada de cibersegurança em seus programas de conformidade em proteção de dados. Essas diretrizes são formadas por cinco funções ou capacidades essenciais: identificação de riscos; proteção de ativos de informação; detecção de riscos em evolução; resposta a riscos que se materializam; e recuperação de danos provocados por um risco.

Boa parte do compliance com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e outras legislações do mundo, como o GDPR (regulamento de proteção de dados vigente na União Europeia), está associado à capacidade de proteger as informações corporativas, incluindo dados pessoais de colaboradores e clientes, de ameaças internas e externas.

“Toda organização deve ter duas preocupações básicas: evitar o tratamento indevido ou inadequado dos dados pessoais armazenados em suas bases e ser capaz de garantir a segurança dessas informações”, diz Marcos Sêmola, sócio da EY para consultoria em cibersegurança.

No primeiro caso, a própria empresa, que é considerada um agente de tratamento pela LGPD, pode agir em desconformidade com a legislação caso perca, por exemplo, os dados do titular ou não atenda a uma solicitação dele, como a de retificação dos dados.

Já no segundo caso, a empresa falha na garantia da confidencialidade, integridade e segurança dos dados, ainda que seja vítima de um incidente de segurança da informação.


ERRO HUMANO

O Fórum Econômico Mundial constatou que 95% dos problemas de segurança cibernética são causados por erro humano. “É aquele exemplo clássico do colaborador que recebe um e-mail com link de phishing, clicando nele e contaminando toda a rede corporativa com vírus. Essa costuma ser a porta de entrada do ransomware”, diz Sêmola.

“Esse evento produz diversos problemas em cascata, como reputacionais, financeiros e operacionais, já que a empresa fica nas mãos dos criminosos e completamente parada por um tempo que ninguém consegue prever”, complementa.

Para amenizar esse risco de erro humano, a recomendação é que as organizações promovam periodicamente sessões de treinamento dos seus colaboradores, especialmente dos novos contratados.

 

Agência EY


Programas de crime, como Linha Direta, são importantes para combater violência contra a mulher

O programa "Linha Direta" voltou à TV e um tema relacionado aos crimes retratados começou a ser discutido: a dor dos familiares das vítimas em reviver o drama. Foi assim na semana passada quando a atração relembrou o caso da morte e sequestro da adolescente Eloá Pimentel, de 15 anos, que foi mantida aprisionada pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22. Na época, Lindemberg invadiu o apartamento onde morava Eloá e manteve ela, sua amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola delas reféns. Eloá ficou cinco dias em cárcere privado, sob ameaças do namorado, e acabou morta depois de uma desastrosa ação policial.

Logo depois do programa, familiares de Eloá usaram as redes sociais para fazer um desabafo sobre o programa. “Existiram sonhos, anseios, sorrisos, planos, histórias e muito mais coisas positivas que poderiam deixar a memória [de Eloá] sempre viva nessa e em outras gerações. Mas não, preferem a dor, preferem resumir a história somente ao que traz à tona os piores momentos da via de alguém”, disse uma cunhada da vítima.

A advogada Marilia Golfieri Angella, especialista em direito de família, gênero e infância e juventude e sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia familiar e social, explica que embora a dor dos familiares deva ser acolhida, a violência de gênero, como foi a desse caso, só se combate com acesso amplo à informação.

“Este crime bárbaro praticado há 15 anos ainda é atual em nossa sociedade. Casos assim são, infelizmente, parte da construção da nossa história, como sociedade. Reconhecendo que somos, sim, um país com altas taxas de violências contra mulheres, conseguiremos enfrentar essa batalha de forma adequada e eficaz. Há um lado positivo em programas como Linha Direta para nós mulheres e por dar voz para informações verídicas sobre fatos que ainda são cotidianos. Não mostrá-los é silenciar a causa da violência contra mulheres dentro dos espaços coletivos, públicos e privados ", afirma a advogada.

E mesmo que vítimas ou familiares invoquem o direito de a mídia não rememorar seus casos, a advogada lembra que em 2021 o Supremo Tribunal Federal definiu que o direito ao esquecimento é incompatível com a Constituição Federal. A decisão foi tomada em uma ação movida pelos familiares de Aída Curi, assassinada em 1958, contra a TV Globo, que exibiu uma reportagem sobre o crime no programa Linha Direta, em agosto de 2004. “Contudo, excessos ou abusos, como publicação de mentiras ou de notícias desatualizadas, podem ser reparados na Justiça”, finaliza Marilia.

 

Discriminação racial no ambiente de trabalho

Contato Seguro apresenta dados que mostram a necessidade de medidas de combate a discriminação racial em todos os setores corporativos

 



A discriminação racial é a conversão do preconceito em atitudes de viés prático.

Este tipo de má conduta criminosa afeta, diariamente, uma série de grupos, trazendo consequências prejudiciais capazes de afetar a integridade física e psicológica de quem é vítima.

Dentre as diversas manifestações desses comportamentos ilegais, estão as atitudes classificadas como discriminação racial, cujo efeito negativo atinge a vida e o trabalho dos indivíduos, por exemplo, as pessoas pretas e pardas.

Segundo a Convenção 111 da Organização Internacional do Trabalho, a discriminação pode ser entendida como distinção, segregação ou preferência baseada em cor de pele, sexo, raça, opinião política, ascendência ou origem social, que tenha como efeito o impedimento total ou a criação de obstáculos para a igualdade de oportunidade ou tratamento no contexto do emprego ou de uma profissão.

Assim, diferentemente do preconceito, que pode existir inconscientemente, discriminar é o ato de separar as pessoas com base nessas características e fazer disso motivo para excluí-las injustamente de uma oportunidade ou de um direito.

Outra forma de entender a discriminação é como a inferiorização ou exclusão ativa de uma pessoa em razão de sua raça, etnia ou cor de pele.

A discriminação racial é um fenômeno antigo, muito debatido, mas que, até hoje, está presente em números assustadores.

Esse fato se expressa com muita força quando estudamos dados de pesquisa no ambiente de trabalho.

Antes mesmo de chegar a ter um trabalho, a população parda e preta é sistematicamente excluída, chegando a compreender a taxa de 71,2% dos desempregados no Brasil, conforme uma pesquisa de 2020.

Além disso, em geral, pessoas pretas ou pardas tendem a não conseguirem empregos compatíveis com o seu nível de escolaridade.

Assim, tem-se por consequência que o salário médio dessa população, segundo o IBGE, em 2019, era 45% menor que o salário médio da população branca e, se comparamos a população branca e a negra com o mesmo grau de escolaridade, temos uma diferença de 31% a menos nos salários da população discriminada.

Quando se trata das mulheres no mercado de trabalho, segundo o IBGE, a média salarial era 70% menor do que a da população branca feminina.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo CEGOS demonstrou que 75% das discriminações ocorridas nas organizações brasileiras são de cunho racial.

Fica claro, portanto, que a discriminação racial é um fenômeno disseminado e de máxima relevância, devendo ser combatido de imediato.

Nas questões de emprego e trabalho, essa realidade fica ainda mais evidente.

Pensando nisso, algumas ações podem ser postas em prática para diminuir o problema:

Promover a inclusão deve ser uma prioridade: fomentar programas de diversidade, com metas para atração da população negra.

Sensibilização e conscientização: tanto da população em geral quanto dos segmentos gerenciais das empresas para a necessidade de treinamentos e campanhas e de abarcar a discriminação racial nos Códigos de Conduta.

Mas, juntamente com a educação, sensibilização e criação de oportunidades, torna-se indispensável ter meios para prevenir, identificar e coibir os comportamentos racistas dentro das organizações, além da adoção de medidas disciplinares, quando aplicável.

Sendo a discriminação um crime, incluído pela pela Lei 7.716/89, e sujeito a penalidades como reclusão e multas, toda ocorrência desse tipo é grave e, portanto, devem ser dispostas todas as ações possíveis de combate.



O Canal de Denúncias como instrumento de combate à discriminação

Em setembro de 2022, a Lei 14.457/22 tornou obrigatório o Canal de Denúncias em empresas com CIPA — essa ação visa fortalecer a capacidade das empresas de combater as diversas irregularidades que possam ocorrer no local de trabalho.

Até março de 2023, toda empresa deve ter essa ferramenta implementada, cuja atuação abarca o auxílio na detecção e combate a diversos gêneros de má conduta, englobando as várias formas de discriminação, como o racismo no contexto laboral.

A simples presença do Canal de Denúncias externo como protocolo padronizado para recebimento de relatos já inibe, em grande medida, a possibilidade de ocorrência de comportamentos irregulares.

Assim, ter um Canal de Denúncias ajudará a promover, criar e manter uma Cultura de Integridade e transparência na sua organização, tornando-a efetivamente um local mais seguro, mais saudável e mais protegido contra a ocorrência da discriminação racial e outras formas de violência.

 

Contato Seguro
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Medicamento em fase final de testes pode retardar o Alzheimer em até 35%

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, o novo medicamento é uma esperança, mas cuidados preventivos ainda são os mais importantes

 

O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais temidas, marcado por sintomas que afetam a memória e outras funções cognitivas, como a linguagem e o pensamento abstrato, mais comum em idosos, a doença não tem cura, no entanto, um novo medicamento, já em fase final de testes, promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

 

O medicamento experimental é desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly and Co e tem apresentado ótimos resultados, podendo retardar o declínio cognitivo relacionado à doença de Alzheimer em até 35%.

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o novo medicamento pode trazer diversos benefícios para os pacientes com a doença, mas que cuidados preventivos ainda são a melhor opção.

 

As perspectivas são bastante favoráveis para esse novo medicamento e é sempre de fundamental importância que novas pesquisas sejam desenvolvidas na área, mas nenhum deles é 100% eficaz, por isso a prevenção ainda é a melhor arma contra o Alzheimer”.

 

Manter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas, uma dieta equilibrada, dormir adequadamente, ler livros e realizar treinamentos mentais com jogos de lógica que estimulem a neuroplasticidade, todos esses são investimentos na sua saúde para prevenir não só o Alzheimer, como uma série de outras doenças neurodegenerativas” Afirma Dr. Fabiano.

 

O que é o Alzheimer?


O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, ou seja, nela ocorre a perda progressiva de funções cerebrais devido à degeneração do tecido do cérebro, ainda não se entende totalmente as causas da doença, mas sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida colaboram para o seu desenvolvimento”.

 

A degeneração de algumas partes do cérebro faz com que a ação dos neurotransmissores, como a acetilcolina e noradrenalina, seja prejudicada, afetando a comunicação entre as células nervosas, o que dificulta a realização de algumas atividades e impacta em habilidades, como memória, concentração e aprendizado”  Afirma.

 

O Alzheimer começa no tronco cerebral, mais especificamente numa área denominada núcleo dorsal da rafe, e não no córtex, que é o centro do processamento de informações e armazenamento da memória, como tradicionalmente a medicina postula”.

 

Os desequilíbrios no cérebro que dão início ao Alzheimer estão ligados às proteínas tau e beta-amiloide que não são adequadamente dobradas, o que estimula a progressão da doença, causando, também, inflamações no cérebro, durante essa evolução, o hipocampo, área do cérebro relacionada ao aprendizado e formação de novas memórias, geralmente é a primeira região afetada pelo Alzheimer, causando as características perdas de memória e dificuldade em guardar novas informações” Explica o Dr. Fabiano de Abreu.

 

 

 



Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Família multiespécie: mãe de pet também é mãe?

Polêmica já fez com que o Papa Francisco se pronunciasse lamentando que famílias substituam filhos por animais domésticos; abaixo, mães de pets e de filhos humanos compartilham suas opiniões

 

Com a proximidade do Dia das Mães se reacende também uma velha discussão: Mãe de pet também é mãe? São muitas as famílias que têm optado pela criação de pets em vez de filhos. As famílias multiespécies estão cada vez mais comuns. Os pets deixaram de ser apenas "o melhor amigo do homem" para se tornar membro da família. Ano passado, o tema chegou a ser abordado pelo Papa Francisco em discurso no Vaticano, onde criticou pessoas que têm cães e gatos em substituição aos filhos.

Sempre na companhia dos cãezinhos e principalmente da sua Golden Retriever, Chloe, que a acompanha todos os dias nas visitas às lojas da Bable Pet, franqueadora de petshop que tem como principal objetivo proporcionar serviços de banho e tosa profissionais no formato beauty express, Laura Poggi Rodrigues, CEO e fundadora da rede, os encara como bichos de estimação, não como membros da família. 

“Eu e minha família preferimos ter uma distinção e aprendemos a aceitar cada um dos membros tal como eles são, seja pessoas, gatos, cães ou qualquer outro animal de estimação que tenha sido escolhido para compartilhar o lar”, diz Laura que tem duas filhas e dois cachorros.

Diferente de Laura, algumas de suas franqueadas, que em sua maioria são mulheres, optaram por não terem filhos e sim cachorros, constituindo uma família multiespécie. Como é o caso da Raphaella Ramos, que decidiu ter o Buddy, um Golden Retriever na família. “Nunca vi mal em tratar os bichinhos como membros, crescemos assim e por não ter filhos humanos, optei por ter o Buddy, que chega com muita troca amorosa, muito dependente de mim, pra onde eu vou ela vai atrás. Isso cria uma certa proteção", afirma.

Com os bichinhos cada vez mais integrados no dia a dia da casa, e também com a rotina, assim como qualquer outro membro, fica muito difícil não considerá-los como parte da família para muitas pessoas. Eles dormem, acordam, se alimentam, têm hora para brincar, para tomar banho e para passear e mesmo com essa agenda e exigências que podem se assemelhar com os cuidados de uma criança, Raphaella, reconhece que a demanda de um pet é bem menor. 

De todo modo, Laura explica que há um número grande de lares com animais, especialmente cães e gatos, em que a convivência é muito mais íntima do que no passado. Segundo uma pesquisa realizada pela Radar Pet juntamente com a Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), das casas que possuem cachorros, 21% delas são de casais sem filhos, contra 9% de casas com pessoas morando sozinhas e 65% de casas com filhos. 

“Os bichinhos deixaram de viver do lado de fora, se alimentando de restos e cumprindo alguma função útil aos humanos, passando a morar dentro das casas apenas com a atribuição de animais de estimação e fazendo com que surja a família multiespécie, composta por humanos e não humanos”, explica Laura.

Raphaella destaca que pelo fato de ser uma família pequena, a chegada de seu cachorrinho levou mais companhia e apoio emocional, diminuiu a sensação de solidão e fortaleceu o sentimento de importância e de pertencer a alguém. “Além disso, exercitamos o senso de responsabilidade e também a empatia”, diz a franqueada e ressalta que o assunto deve ser conversado com todos que moram no local por ser uma experiência quase inteiramente emocional.

 

Bable Pet



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