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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Dezembro Vermelho: Mitos e verdades sobre HIV/Aids

Dados do Unaids indicam que, em 2020, 6 milhões de pessoas desconheciam ser portadoras do vírus no mundo


Quarenta anos depois da descoberta da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) no mundo, muitas dúvidas ainda cercam a doença causada pela infecção do vírus HIV. Apesar de não ter cura, a evolução da ciência ao longo destas décadas permite o controle da carga viral no organismo, impedindo seu progresso e garantindo uma expectativa de vida longa.

Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Dessas, 89% foram diagnosticadas e 77% fazem tratamento com antirretroviral. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento, um aumento de mais de 8% em relação a 2018.

Ainda assim, segundo dados do relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), em 2020, cerca de 6 milhões de pessoas no mundo desconheciam ser portadoras do vírus.

Com o objetivo de desmistificar o assunto e promover a prevenção e o autocuidado no Dia Mundial do Combate à AIDS, lembrado em 1º de dezembro, a infectologista Dra. Anna Claudia Turdo, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, esclarece os principais mitos e verdades sobre a doença.



Todos os portadores de HIV têm Aids


Mito.
 Ser portador do vírus HIV não é a mesma coisa que ter AIDS, que é um estágio avançado da infecção com diminuição grave da imunidade do organismo. Muitos portadores do vírus vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo, facilitando o surgimento de doenças oportunistas.

A infectologista explica que, ao detectar a contaminação pelo vírus através do teste de HIV, o paciente deve iniciar o tratamento com antirretrovirais (ARVs) e acompanhamento médico a fim de evitar o desenvolvimento da Aids e prevenir infecções secundárias.



Beijo na boca transmite HIV


Depende. O vírus não é transmitido por meio da saliva. No entanto, é válido alertar para o risco de contaminação em casos de uma ferida na boca. “Apesar de raro, é possível entrar em contato com o sangue do parceiro durante o beijo e, nestes casos, é importante ter cuidado”, diz a médica.



Mulheres com HIV não podem engravidar


Mito.
 Com a evolução no tratamento do HIV, mulheres soropositivas podem engravidar e dar à luz a crianças sem o vírus. Chamada transmissão vertical, a contaminação do bebê pela mãe pode ser evitada quando as gestantes aderem ao tratamento corretamente e ficam sem vírus detectáveis nos exames de sangue (carga viral indetectável).

Dra. Anna ressalta que o Brasil é signatário do compromisso global de eliminar a transmissão vertical do HIV. “Essa é uma das prioridades das entidades de saúde do país e a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde tem reduzido consideravelmente o número de casos de crianças contaminadas ao longo dos anos, principalmente com o diagnóstico materno durante o pré-natal.”



Preservativos nas relações sexuais previnem HIV/Aids


Verdade.
 O preservativo é o método mais acessível e eficaz na prevenção do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, HPV, gonorreia e alguns tipos de hepatites. “Pessoas com ou sem parceiros jamais devem abrir mão desta proteção. Lembrando que soropositivos com carga viral indetectável não propagam o vírus na população, mas ainda são susceptíveis e transmissores de outras doenças infecciosas”, complementa a infectologista.

 

Portadores de HIV têm expectativa de vida reduzida


Mito. A especialista do São Camilo reforça que, com a adesão ao tratamento adequado, os portadores de HIV podem apresentar a mesma expectativa de uma pessoa sem o vírus. Ela lembra que a doença não tem cura e, portanto, a prevenção é fundamental.

De acordo com dados do UNAIDS, a mortalidade por HIV teve uma queda de 42% desde 2010. O último relatório da organização aponta que, em 2020, cerca de 37,6 milhões de pessoas estavam vivendo com a doença no mundo, sendo que, desse total, 27,4 milhões tiveram acesso à terapia antirretroviral.

“Os dados indicam que ainda é necessário reforçar o alerta a população sobre os riscos da contaminação, que ocorre principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de seringas, bem como a importância de realizar testes regularmente”, alerta a médica.

A Dra. Anna destaca ainda a necessidade de combater o preconceito com a doença. “O estigma da pessoa com HIV faz com que muitas pessoas não realizem o teste regularmente, aumentando os riscos de contaminação e atrasando o início dos tratamentos, que são fundamentais para evitar o desenvolvimento da AIDS”, finaliza.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


10 mitos e verdades sobre sol e câncer de pele

Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Em 2020, foram registrados 176.930 casos, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres. 

“O sol não é vilão, até porque ele é a principal fonte de vitamina D – 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, principalmente do tipo B (UVB), que ativam a síntese da substância em nosso organismo. No entanto, sem os devidos cuidados, o sol pode provocar queimaduras, envelhecimento precoce, acne, alergias, manchas, feridas e, claro, câncer de pele”, afirma o Dr. Renato Pazzini, dermatologista dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Fellow em Dermatopatologia pelo Hospital Mount Sinai, em Nova York (EUA), e pelo Hospital Karolinska, em Estocolmo (Suécia).  

Para entender a relação entre o sol e o câncer de pele, Renato Pazzini cita alguns dos principais mitos e verdades acerca do tema:

 

Todo câncer de pele está associado ao sol

Mito. De 5 a 10% dos casos de melanoma estão relacionados a fatores genéticos. O câncer de pele também pode ser causado por alterações em genes, hereditárias ou não, podendo atingir pessoas que produzem muita melanina. “No entanto, a exposição excessiva ao sol, e sem os devidos cuidados, ainda é o principal fator de risco para a doença”, alerta o dermatologista.

 

Para obter eficácia, o protetor solar precisa ser usado de forma correta

Verdade. O protetor solar age como um filtro sobre a pele, protegendo-a dos raios ultravioletas. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que o produto seja usado corretamente. 

O fator de proteção deve estar relacionado à necessidade de quem usa: pessoas com peles mais claras precisam de uma proteção mais intensa. Mas, independentemente do tipo de pele, o FPS mínimo deve ser 30. Além disso, busque um protetor que ofereça filtro contra os raios UVB e UVA. 

A aplicação deve ocorrer meia hora antes da exposição ao sol para que o produto seja absorvido pela pele, e é necessário reaplicar o protetor solar a cada três horas ou de duas em duas horas em casos de transpiração excessiva, exposição solar prolongada ou após molhar a pele. E não se esqueça do protetor labial com FPS.

 

O local e a hora de exposição solar influenciam no fator de risco

Verdade. Dependendo de onde você está, a radiação solar é mais forte, representando maior risco para a pele. Perto da água, por exemplo, além da radiação recebida diretamente do sol, 70% dos raios solares são refletidos. No fundo da água, os raios conseguem atingir cerca de 30 cm de profundidade. Já a areia reflete 20% da radiação solar. “Se você quer tomar sol com mais segurança, opte pela grama. No verde, o sol reflete muito pouco. Também evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa”, aconselha Renato Pazzini.

 

O guarda-sol nos protege contra os raios solares

Mito. Até debaixo dele, não se pode descuidar da proteção solar, pois a água do mar e a areia refletem a radiação solar expondo a pele aos raios UV.

 

Bronzeadores com filtro solar também protegem a pele

Mito. A proteção oferecida à pele por bronzeadores é baixa e insuficiente para filtrar a passagem de raios UVB e UVA. Além deste agravante, a aplicação do bronzeador feita por cima do protetor solar inibe a ação do produto. Dessa forma, em exposição ao sol não protegida, corre-se o risco de desenvolver câncer de pele do tipo basocelular e também melanoma.

 

Pessoas de pele mais clara têm mais chance de desenvolver a doença

Verdade. As pessoas de pele mais clara têm um risco maior de desenvolver câncer de pele por possuírem menos melanina na pele. Essa substância serve como um protetor solar natural e biológico, ou seja, as pessoas que possuem mais melanina apresentam um fator natural de proteção maior contra a radiação solar.  

“Já as pessoas de pele mais clara não possuem essa proteção natural e acabam ficando mais expostas aos efeitos deletérios da radiação ultravioleta, sendo mais suscetíveis à melanose solar, ou seja, manchas escuras esparsas que ocorrem na face, no colo, no dorso das mãos e nos antebraços. Essas manchas têm significado importante, pois podem ser os primeiros sinais de um câncer de pele”, adverte Pazzini.

 

Dias nublados também requerem proteção solar

Verdade. Em dias nublados, com nuvens claras e baixas, a insolação é menor (em torno de 40%). Entretanto, a emissão de raios ultravioletas independe de o céu estar ou não ensolarado, exigindo o uso de filtro solar da mesma forma.

 

Somente regiões do corpo expostas ao sol podem ser afetadas

Mito. Áreas que não são expostas podem desenvolver câncer de pele porque existem tipos da doença que não possuem uma relação tão importante com o sol, mas que podem ter um peso genético maior. “Exemplo disso são cânceres de pele melanoma que aparecem em unhas, mãos, pés e em áreas genitais, que são locais cobertos”, ressalta Renato Pazzini.

 

Queimaduras podem evoluir para câncer de pele

Verdade. A queimadura solar, mesmo que intermitente (pessoas que não se expõem com frequência), é um fator de risco para alguns tipos de pele. Já as queimaduras cutâneas mais graves, de 2º ou 3º grau, provocadas por outros fatores, podem gerar futuramente um câncer não-melanoma, conhecido como "úlcera de marjolin".  

“Uma dica fundamental é jamais se expor ao sol com produtos que tenham ácido retinoico na formulação. Eles são fotossensibilizantes e antagonistas ao sol. Além de provocar hiperpigmentação na pele, você pode sofrer queimaduras”, afirma o dermatologista.

 

Excesso de exposição solar na infância aumenta a chance de câncer de pele no futuro

Verdade. Isso influencia tanto no desenvolvimento de câncer em idades mais avançadas quanto no envelhecimento da pele. O sol possui uma ação cumulativa no DNA das células, ou seja, os danos celulares provocados pela radiação ultravioleta solar vão se acumulando no DNA da célula e esses são responsáveis tanto pelo surgimento de cânceres como por um estresse oxidativo nas células, resultando no envelhecimento cutâneo. 

“Daí a importância do cuidado com o excesso de sol desde sempre. Seja não se expondo muito, principalmente nos horários de pico, seja fazendo uso diário do protetor solar”, finaliza Renato Pazzini.


Ferroadas de insetos podem ser graves e causar anafilaxia


Com o aumento da temperatura cresce também quantidade de insetos e, por isso, é importante se proteger. Picadas por pernilongos e borrachudos geralmente causam reações alérgicas locais, como coceira e a possível ocorrência de inchaço na região onde foi a lesão. Nestes casos, a orientação dos especialistas é usar uma pomada antialérgica para aliviar os sintomas.

 

Mas há um outro grupo de insetos que pode desencadear reações alérgicas mais graves, como a anafilaxia, por exemplo. É o caso de formigas, vespas e abelhas.

 

“A anafilaxia pode provocar urticas, que são lesões altas, elevadas, que coçam bastante. Podem ser acompanhadas de inchaços deformantes de pálpebras, lábios e orelhas. Sintomas respiratórios também estão associados, provocando falta de ar, tosse e chiado no peito.

 

Sintomas gastrointestinais também surgem na anafilaxia, como diarreia, náuseas, vômitos e cólicas abdominais, além dos sintomas cardiovasculares, com queda de pressão, tonturas e a parada cardiorrespiratória. Nem todas as anafilaxias vão resultar em paradas cardiorrespiratórias, que é o choque anafilático”, explica a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Tratamento - Para pessoas com reações mais graves, há o tratamento de imunoterapia veneno específica, muito eficaz nas anafilaxias provocadas pelas ferroadas de abelhas, formigas e vespas. “A imunoterapia específica diminui a chance de uma nova reação sistêmica quando a pessoa é exposta novamente, ou seja, após outra picada ou ferroada. Esse tratamento só pode ser indicado por médico especialista, após uma avaliação clínica minuciosa, exames laboratoriais e com a realização de testes cutâneos”, explica a Dra. Alexandra.

 

O outro ponto importante a ser destacado é a adrenalina autoinjetável. É um dispositivo que contém a adrenalina, mas que ainda não é fabricado no Brasil, e o acesso é só via importação e utilizada também no pronto atendimento.

 

“A adrenalina é o medicamento que salva vidas no tratamento emergencial da anafilaxia e, cada vez mais, as sociedades médicas e a população se mobilizam para que possamos ter um acesso maior a esse dispositivo”, conta a especialista da ASBAI.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Diabetes cresce mais rapidamente entre mulheres, durante a pandemia

Sociedade Brasileira de Diabetes também alerta para o avanço da doença entre adultos jovens

 

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para o avanço do diabetes na população brasileira, sobretudo entre a parcela feminina. A recém-lançada edição da pesquisa Vigitel aponta um crescimento de 11,6% no conjunto da população adulta que referiram diagnóstico médico de diabetes, nas capitais brasileiras. Em 2019, a pesquisa apontou que 7,4% da população apresentava a doença. Em 2020, esse percentual subiu para 8,2%. Esse crescimento, contudo, não se mostrou equitativo. Em meio à população masculina a doença aumentou 0,2% (de 7,1% em 2019 para 7,3% em 2020). Contudo, entre as mulheres, o avanço foi mais acelerado - saltou de 7,8% no primeiro ano para 9%, no segundo. Em todo o país, segundo o recém-lançado Atlas do Diabetes 2021 da IDF (sigla em inglês para Federação Internacional de Diabetes), 15,7 milhões de pessoas, de 20 a 79 anos, apresentam quadro de diabetes.

O endocrinologista Dr. Marcio Krakauer, coordenador do Departamento de Saúde Digital, Telemedicina e Tecnologia em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes, aponta que apesar de, tradicionalmente, as mulheres apresentarem maior cultura de acompanhamento médico, o cenário de dificuldades sociais e econômicas, observado nos últimos anos, atingiu a população feminina com maior intensidade - com potencial impacto em suas condições para prevenção do diabetes, como acesso à alimentação de qualidade, rotina de atividades físicas e outros.

O especialista destaca ainda que os dados da pesquisa Vigitel revelaram que a velocidade de crescimento de novos diagnósticos mostrou-se mais expressiva entre adultos jovens. O percentual de mulheres de 25 a 34 anos que relataram diagnóstico da doença mais que dobrou de um ano para outro, passando de 1,3% para 2,9%. Entre os homens, essa velocidade ascendente foi observada na faixa de 18 a 24 anos. O Dr. Krakauer aponta que as facilidades cotidianas contribuem para o sedentarismo, visto que a demanda física tende a ser cada vez menor a execução das mesmas atividades. "Precisamos criar uma cultura ativa ligada ao bem-estar e saúde preventiva. A prática de atividades físicas e alimentação saudável podem se tornar elementos de prazer quando associados à rotina e preferência de cada pessoa. O que não podemos é normalizar esse contingente cada vez mais jovem de pessoas com diabetes. Hoje, a pessoa com diabetes pode ter uma vida completamente normal, quando a doença é bem monitorada. Mas por que não adotar essa rotina de autocuidado antes de desenvolver a doença e ficar suscetível a uma série de complicações?"


Perguntas e respostas sobre a halitose no ambiente profissional


O mau hálito pode ser um grande incômodo na carreira de uma pessoa


O mau hálito é uma condição que atinge mais de 50 milhões de pessoas no Brasil. No âmbito profissional, a situação pode ser grave. Por isso, com o intuito de ajudar as pessoas que sofrem desse mal, a Dra. Cláudia Gobor, Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e atual conselheira esclarece algumas dúvidas sobre o tema.

Quais prejuízos que o mau hálito pode trazer para a vida profissional da pessoa?

“Quando o indivíduo não percebe (e/ou não sabe) que possui Halitose, o seu crescimento profissional pode ficar comprometido, independentemente de sua competência, e principalmente se ele tiver contato próximo a outras pessoas”, afirma a cirurgiã dentista. Se for uma entrevista de emprego, por exemplo, e esta pessoa estiver disputando a vaga com outra pessoa que não possua Halitose, a chance dele conseguir a vaga diminui consideravelmente. Para um profissional que trabalha com vendas então, a situação pode ser, além de constrangedora, muito prejudicial para sua carreira.

Qual é a melhor forma de dizer ou avisar alguém a respeito de sua halitose?

“O ideal mesmo seria falarmos o fato para a pessoa que está com mau hálito, como se estivéssemos dizendo – hoje você está com olheiras, ou com aspecto de cansado, mas isso na maioria das vezes não acontece. Por isso, a ABHA (Associação Brasileira de Halitose) tem um serviço chamado SOS Mau Hálito, onde a pessoa entra em contato no site, preenchendo o nome e o e-mail do seu amigo que está com a alteração de hálito e a associação envia (anonimamente) uma carta para o portador de Halitose, alertando-o e colocando à disposição os profissionais capacitados e indicados pela ABHA a diagnosticar e tratar corretamente a halitose”, responde Cláudia.

É comum uma pessoa se isolar afetivamente quando descobre que possui mau hálito?

“Sim, é muito comum. Este isolamento acontece porque a pessoa não sabe o que fazer para solucionar este mal que lhe aflige”, explica. A cirurgiã-dentista explica que muitas vezes são usados tratamentos mascaradores (como chicletes, balas, enxaguantes), e ao ver que não estão tendo resultados satisfatórios, acabam por se isolar afetivamente, inclusive deixando de beijar ou mesmo chegar muito perto do parceiro.

Pacientes que um dia sofreram de halitose, mas que hoje levam uma vida normal, conseguem se sentir seguros desse fato?

“Com certeza. A autopercepção do hálito fica mais aprimorada, e as pessoas também começam a se sentir seguras em relação aos outros, quando percebem que numa conversa não ocorre mais o afastamento do outro, deixam de oferecer mascaradores (como chicletes e balas) ou mesmo param de ‘coçar o nariz’ (ato involuntário comum numa conversa com alguém com mau hálito)”, explica a profissional.

Que cuidados podem ser tomados em casa e no ambiente de trabalho?
“Ingestão de água para manter a hidratação corporal e bucal, higienização oral principalmente após as refeições, uso do fio-dental diariamente, higienização da língua, alimentação equilibrada e check up odontológico e médico a fim de descartar causas que possam originar eventos de halitose”, finaliza a especialista.

 


Dra. Cláudia Christianne Gobor
Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
website: https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba

Facebook: @bomhalitocuritiba


Confira alguns mitos e verdades sobre o HIV e sobre a Aids

O contágio pelo vírus e a convivência com a doença ainda são cercados por mitos


O mês de dezembro é dedicado à mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A campanha Dezembro Vermelho tem como objetivo colocar em pauta a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas que vivem com a doença. Estima-se que no Brasil existam 920 mil pessoas com o vírus da Aids. Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostram que, nos últimos anos, o número de novas detecções pelo vírus e o adoecimento por Aids caiu. Em 2020, foram 690 novos casos registrados no DF. Em 2021, até o momento, foram registradas 581 contaminações.

Descoberto em 1984, o vírus HIV é um dos mais graves problemas da saúde já enfrentados pela humanidade. Apesar de não assustar como no passado, quando não havia tratamentos com a eficácia dos atuais, o contágio pelo vírus e a possibilidade de controle da doença ainda são cercados de mitos, o que contribui para a desinformação e o estigma sobre pessoas infectadas.  Confira algumas das principais dúvidas com o infectologista do Hospital Brasília André Bon.


Quem tem HIV tem AIDS?

Não. Apesar de confusão frequente, HIV e Aids não são a mesma coisa. HIV é a sigla para vírus da imunodeficiência humana, e Aids é a sigla para a síndrome da imunodeficiência adquirida, doença que atinge o sistema imunológico do indivíduo. “Pessoas infectadas pelo HIV podem demorar entre 5 e 10 anos para desenvolver Aids e, ainda assim, não é sempre que o portador do vírus desenvolve a doença. Em casos em que o diagnóstico é realizado cedo e o tratamento iniciado tempestivamente, é pouco provável que o vírus se desenvolva para a doença. Por isso a importância do diagnóstico precoce e início tempestivo do tratamento”, explica o infectologista.


Caso o teste dê negativo, ainda há possibilidade de ter contraído HIV?

Sim. Caso o teste sorológico seja realizado menos de 14 dias após a ocorrência da relação sexual desprotegida, há possibilidade de ser falso negativo. Este período é chamado de janela imunológica e é o tempo mínimo para que sejam produzidas quantidades suficientes de anticorpos detectáveis pelo método, ou que haja quantidade de vírus suficiente para que o teste sorológico detecte seu antígeno.


O indivíduo é exposto ao vírus HIV somente se tiver relações sexuais desprotegidas?

Não. A maior parte das infecções pelo HIV ocorrem por conta de relações sexuais sem proteção. Porém, existem outras maneiras de se infectar, como compartilhamento de agulhas ou acidentes perfurocortantes com material biológico.


O HIV pode ser transmitido via sexo oral?

Sim. A via oral é de baixo risco, porém, caso haja ejaculação e exista alguma ferida na boca, a contaminação pode acontecer. O infectologista ressalta que outras ISTs, como a sífilis, podem facilmente ser transmitidas pela via oral.


É possível se infectar em atividades como fazer tatuagem, ir à manicure ou à dentista?

Não. Normalmente esses profissionais tomam precauções para evitar a transmissão tanto do HIV quanto das diversas doenças transmissíveis pelo sangue, como hepatite B e C.


Mulheres soropositivas podem ter filhos normalmente sem que estes tenham HIV?

Sim. Desde que façam uso da medicação regularmente desde o início da gestação e estejam com carga viral indetectável no momento do parto. Além disso, a utilização de medicamentos no momento do parto para as mulheres que não estiverem com carga viral indetectável reduz muito o risco de transmissão.


Mesmo realizando o tratamento correto, portadores do HIV podem ter um tempo de vida mais curto?

Não. Em geral, pacientes com HIV que iniciam tratamento no momento adequado têm uma expectativa de vida semelhante à da população. Somente aqueles que começam tardiamente ou não aderem à medicação e desenvolvem a Aids têm maior chance de redução na expectativa de vida.


Pessoas em tratamento transmitem o HIV?

Não. A terapia antirretroviral (TARV), se realizada corretamente, reduz a quantidade do HIV no sangue para níveis tão baixos que se tornam indetectáveis nos exames utilizados para contá-los. “Permanecer no tratamento é importantíssimo para evitar a replicação do vírus e chegar à carga viral indetectável”, destaca o médico. “O paciente em tratamento com carga viral indetectável de maneira consistente não transmite o vírus pela via sexual”, conclui.


Quem vive com HIV e Aids pode beijar, abraçar e dividir itens pessoais?

Sim. Pessoas que convivem com o HIV não apenas podem, como devem abraçar, beijar e viver normalmente. O vírus não é transmitido pela saliva. É importante destacar que itens pessoais não devem ser compartilhados por ninguém, dependendo do item que se esteja falando, por ser anti-higiênico.


Pessoas com HIV não precisam usar camisinha se o parceiro também tiver o vírus?

Não. Apesar de o paciente com HIV e carga viral indetectável não transmitir o vírus, outras ISTs ainda são transmissíveis. Por isso é necessário ter atenção ao uso de preservativo nessas condições.


É possível viver normalmente com o HIV?

Sim. Realizando o tratamento corretamente, é possível levar uma vida normal com HIV, com riscos muito reduzidos de transmissão. “A maior dificuldade enfrentada por pessoas que convivem com o vírus é o preconceito, geralmente causado pela falta de informação”, finaliza o médico.

 


Dasa

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Diagnósticos precoce de distúrbios do sono podem evitar casos de hipertensão arterial casos de hipertensão arterial

Especialista do dr. consulta alerta para a importância da detecção prematura, que pode ser feita através da Polissonografia, exame que avalia a qualidade da respiração durante o repouso

 

É fato que a pandemia deixou muitos sem conseguir dormir direito. O estresse que o período provocou, inclusive por conta do trabalho, pode ser um dos fatores. A maior queixa: estar sempre ‘online’, seja por conta do trabalho e/ou acesso à informação por longos períodos, o que faz com que as pessoas durmam menos, além de provocar mais estresse.

Ao analisar o banco de dados de pacientes cadastrados no dr. consulta, de janeiro a outubro de 2021 e 2020, quando a pandemia ainda estava acentuada, o número de diagnósticos de distúrbio sono se manteve, com uma média de 600 casos. Se comparado com o mesmo período de 2019, houve um aumento de 15%.

O perfil dos pacientes mais afetados são homens, sendo 27% na faixa etária entre 30 a 59 anos. Entre os distúrbios analisados estão insônia, hipersonia (que é sonolência excessiva), ciclo vigília-sono e apneia de sono.

"Como as pessoas estão trabalhando mais em casa, e muitas vezes no quarto, o cérebro modula a cada situação. Assim, se antes o local era considerado um ‘santuário’ para descansar, o cérebro vai demorar para processar a informação de que o mesmo ambiente será para trabalhar e repousar", avalia Dr. Saint Clair, médico do sono e otorrinolaringologista do dr. consulta.

O especialista conta ainda que é preciso observar sintomas como dor de cabeça, sonolência durante o dia, cansaço e fadiga ao acordar, e em alguns casos pode chegar até a hipertensão arterial. Além da ansiedade, há outros problemas que podem atrapalhar na hora do sono, fatores que impactam diretamente na qualidade de vida da pessoa. Há também o ronco e a apneia obstrutiva, além da idade, podem ser desencadeados pelo aumento de peso, uma vez que, por conta do isolamento, as pessoas têm feito menos atividades físicas e estão comendo mais.

"Dos pacientes que nos procuram, a faixa etária está entre 35 e 50 anos. Observamos que as mulheres são mais atentas quando se pensa em prevenção e são mais cautelosas com a própria saúde. Já os homens, normalmente, procuram o consultório já com quadros mais sérios. O principal diagnóstico que pudemos constatar foram os casos de distúrbio respiratório", complementa o médico.

Para diagnosticar os diferentes distúrbios do sono tais como: questões respiratórias, narcolepsia, hipersonia, parassonia, distúrbio comportamental do REM, pesadelos e terror noturno, síndrome das Pernas Inquietas, movimento periódico dos membros e distúrbios do ritmo circadiano, são necessárias uma análise médica e a realização de exames.

Entre os mais comuns estão as polissonografias que podem ser do tipo I, II ou III. Disponível desde março deste ano no dr.consulta, a Polissonografia Tipo III é realizada com um dispositivo portátil que monitora o sono do paciente durante uma noite. Trata-se de um método diagnóstico para ronco e apneia, contemplando a avaliação dos seguintes parâmetros fisiológicos: fluxo de ar nasal na respiração, ronco, saturação de oxigênio, pulso, esforço respiratório e posição do corpo. É prático, pois não tem necessidade de ser realizado em clínica, mas sim com comodidade na residência. No dia agendado, basta retirar o aparelho no centro médico ou solicitar a coleta domiciliar, onde receberá todas as instruções para a realização na residência. Basicamente, é um aparelho composto por cinta, para ser fixada no tórax, um oxímetro, para ser preso no dedo, e um cateter, para ser colocado na entrada do nariz.

Na Polissonografia Tipo I, que está entre os exames do dr.consulta desde outubro, é necessário que o paciente passe a noite em um quarto de uma clínica ou hospital, equipado para monitorar as variáveis fisiológicas durante o sono, com gravação em áudio e vídeo, quando necessário. Os principais registros durante a noite são atividade elétrica cerebral e muscular, movimento dos olhos, fluxo de ar pelo nariz e boca, esforço respiratório e saturação do oxigênio, por meio de sensores delicadamente colocados na superfície da pele com fitas adesivas. O paciente é acompanhado e monitorado por uma equipe técnica durante toda a realização do exame.

 

dr.consulta

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Em São Paulo, mais de 4 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de covid-19

Números oficiais analisados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que a situação afetou sobretudo a população que tem mais de 60 anos. O total de internações em decorrência da doença também caiu 31%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).


Dados apurados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam uma realidade preocupante para os esforços de prevenção e combate ao câncer de pele no País. Em São Paulo, durante o ano de 2020, momento mais crítico da pandemia de covid-19, foram realizados 4.115 diagnósticos a menos dessa doença do que em 2019. Isso significa que o número absoluto de casos foi 23% menor do que no período anterior ao avanço do coronavírus.

Análise nacional indica que, de forma geral, os serviços de combate e prevenção ao câncer de pele foram comprometidos. Ao longo de 2020, estima-se que 17.227 diagnósticos deixaram de ser realizados em todo o país, o que significa uma queda de 24,7% em comparação a 2019.

Em linhas gerais, isso significa que milhares de casos de câncer de pele potencialmente devem iniciar seus tratamentos com atraso ou ainda nem foram descobertos pelos médicos, o que tem impacto direto nas chances de recuperação e cura dos pacientes. Em 2021, nos seis primeiros meses do ano (de janeiro a junho), percebe-se um movimento de retomada gradual do volume de atendimentos, contudo os números ainda são inferiores aos registrados na etapa pré-pandemia.

A divulgação desses números coincide com o início da campanha do Dezembro Laranja, organizada pelo SBD, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele. Além de estimular a incorporação dos hábitos de fotoproteção ao cotidiano das pessoas, a iniciativa também orienta a busca de orientação dos médicos dermatologistas em caso do surgimento de sinais e sintomas que merecem ser investigados.

Contaminação - Na avaliação dos especialistas da SBD, a retração do número de diagnósticos em 2020 tem relação com a covid-19. Por conta do receio de contaminação pelo coronavírus, suspeitando que ele estaria mais presente nos ambientes ambulatoriais ou hospitalares, milhares de pessoas postergaram seus exames e consultas. Além disso, inúmeros serviços de saúde reorientaram suas agendas, restringindo o acesso de pacientes ou mesmo limitando seus atendimentos aos casos de covid-19.

De acordo com os números analisados pela SBD, com a consultoria da 360° CI, em 2020 foram realizados 52.527 diagnósticos para melanoma maligno da pele e outras neoplasias malignas da pele em todo o país. Este número é 24,7% menor do que os 69.754 notificados em 2019. Os piores índices foram observados em abril e maio do ano passado (meses imediatamente após a decretação de calamidade pública no País) com uma queda de -51,7% e -57%, respectivamente, em termos de detecção.


Ao analisar os números sob a perspectiva da idade dos pacientes, fica evidente que as faixas etárias mais prejudicadas foram as que estão a partir dos 60 anos. As informações oficiais indicam que nestes grupos o déficit chegou a 11.906 casos absolutos na comparação entre 2020 e 2019.

Contudo, deve-se ressaltar que do ponto de vista proporcional a maioria dos seguimentos apresentou comportamento semelhante, com destaques para os grupos de 0 a 19 anos (-30%); 30 a 34 anos (-28,8%); e 75 a 79 anos (-27,6%). Separados por sexo, o número de diagnósticos sofreu queda de 26% entre as mulheres e de 23% entre os homens.


Os estados com maior redução no número de notificação de diagnóstico do câncer de pele foram: São Paulo (-4.115), Paraná (-2.838) e Rio Grande do Sul (-2.395). Em termos percentuais, se destacam o Piauí, com queda de 46%, Mato Grosso (-43%) e Mato Grosso do Sul (-42%). Por outro lado, houve aumento de diagnósticos em oito estados, com números significativos em Amazonas, Rondônia e Sergipe.

No entanto, a SBD ressalta que os números podem não expressar a realidade epidemiológica no País, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Isso ocorre devido aos problemas de atualização das bases de dados existentes, o que sugere um quadro de subnotificação.

Em 2021, os números (dados/índices) ainda não superaram os anteriores à pandemia, levando-se em conta sobretudo os registros dos meses de abril, maio e julho. No confronto com o que foi realizado em 2019, os números ainda estão 24% menores em termos globais.



Consequências - Para ampliar a identificação das consequências deixadas pela pandemia no atendimento hospitalar aos pacientes com câncer de pele, o trabalho desenvolvido pela SBD coletou ainda números de internações relacionadas a esse tipo de neoplasia no SUS. Também foram verificados os números de óbitos. Os dados analisados foram extraídos do Painel Oncologia Brasil, do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) - todos do Ministério da Saúde.

Em relação às internações hospitalares para tratamento do câncer de pele (melanoma) e outras neoplasias malignas, observou-se uma queda de 26% na comparação entre 2020 e 2019. As 57.247 internações registradas em 2019, caíram para 42,3 mil no ano passado. Em 2021, os índices ainda não superaram o resultado anterior à pandemia. No confronto com o ano passado, os números estão próximos, porém ainda ficam 27% menores do que os de antes da chegada da covid-19 ao Brasil.

Nesse cenário, os piores desempenhos proporcionais foram observados no Piauí (-70,8%), Paraíba (-47,6%) e Pernambuco (-37,3%). Em termos absolutos, as maiores quedas aconteceram em São Paulo (-4.532), Paraná (-1.668), Rio Grande do Sul (-1.373) e Minas Gerais (-1.073). Na contramão, Sergipe e Tocantins são os únicos estados que elevaram os números de internações no período analisado, com um aumento de 61,3% e 21%, respectivamente.

 


Com respeito aos indicadores de mortalidade, percebe-se que não houve alteração significativa nos períodos avaliados. Apesar das quedas significativas nos totais de diagnósticos de novos casos de câncer de pele e mesmo de internações para seu tratamento, o número de mortes atribuído a essa doença apresentou apenas uma oscilação de 2% para menos, na comparação de 2020 (4.481 registros) e 2019 (4.594). Ao longo de 12 anos (desde 2008), calcula-se que 46.534 faleceram por conta desse problema de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Elaboração: SBD/360°CI

Dezembro Laranja - A revelação feita pela SBD vem embalada pela campanha nacional de prevenção ao câncer de pele, organizada desde 2015 pela entidade. Em 2021, com o slogan "Adicione mais fator de proteção ao seu verão", os dermatologistas chamam a atenção dos brasileiros sobre a necessidade de conjugar a prevenção à covid-19 com os cuidados na prevenção, diagnostico e tratamento precoces deste tipo de neoplasia.

"É preciso fazer tudo para deixar o coronavírus bem longe, mas não devemos esquecer que além dele é preciso cuidar de outros aspectos de nossa saúde, como a prevenção ao câncer de pele. Por isso, todos devem incorporar em sua rotina as medidas de fotoproteção e estarem atentos à retomada de consultas, exames e cirurgias nas redes pública e privada. Claro, que sempre observando as orientações das autoridades sanitárias", concluiu o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Mauro Enokihara.


Inimigos do sorriso: 5 hábitos que são verdadeiros vilões da cavidade oral

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Especialista aponta práticas aparentemente inofensivas, mas que são altamente prejudiciais à saúde bucal


Não é novidade que a ausência de uma rotina de cuidados adequada com o sorriso pode prejudicar e muito a região bucal. Até mesmo hábitos considerados comuns e populares podem impactar negativamente a saúde bucal. Mas, você sabe quais são eles?

Abaixo, Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, preparou uma lista com os erros mais comuns com a cavidade oral, capazes de afetar a saúde e a beleza do sorriso. Confira:

1 - Demorar para trocar a escova

A especialista informa que não é recomendado o uso da mesma escova de dentes por mais do que 3 meses. "Estudos mostram que após esse período, elas se tornam muito menos eficientes na remoção da placa dos dentes e gengivas, quando comparadas com as novas", informa.

Ainda segundo Queren, em casos de gripe e infecção de garganta ou na boca também é indicada a substituição como forma preventiva de uma nova infecção. "Para os usuários de aparelho esse tempo de troca pode ser mais curto, já que ele leva ao desgaste das cerdas bem mais facilmente", destaca.

2- Palitar os dentes

Apesar de ser uma prática muito comum, o palito de madeira pode afetar a saúde bucal. De acordo com Azevedo, ficar cutucando os dentes para retirar restos de comida pode machucar a gengiva e criar lesões. "Além disso, eles não são esterilizados e podem levar micro-organismos à boca", ressalta.

Sendo assim, a melhor opção é apostar no bom e velho fio dental ou nos modernos palitos interdentais, que são fáceis de usar e garantem a remoção da placa bacteriana e de partículas de comida entre os dentes e ao redor de coroas, pontes, implantes, próteses e aparelhos ortodônticos com muito mais eficiência.

3- Roer as unhas

Além de não higiênico, o hábito também pode levar ao desgaste dos dentes. A expert explica que as unhas são duras e exigem um esforço para serem cortadas pelos dentes, o que gera uma sobrecarga nos tecidos periodontais e na articulação temporomandibular (ATM) - resultando na disfunção da região. Além disso, o esmalte dentário pode se desgastar, trincar ou quebrar devido a essa força.

4 - Mastigar de um lado só

É mais comum do que se imagina o número de pessoas que mastigam somente de um lado da boca enquanto comem. No entanto, esse processo - conhecido como mastigação unilateral predominante - pode resultar em um desajuste na arcada dentária e, ao longo prazo, se não for tratado, pode causar o aumento na musculatura e problemas nas articulações. "Desse modo, é importante ficar atento quanto a essa questão e procurar ajuda de um dentista para começar tratamento o quanto antes", diz.

5 - Escovar os dentes com força

Ao contrário do que se pensa, a utilização da força na rotina de cuidados com a cavidade oral não ajuda na eficiência do processo. "Escovar os dentes com muita rispidez só machuca a gengiva e danifica o esmalte dentário, além de não garantir uma maior limpeza dos dentes", enfatiza. Queren complementa que tal prática pode originar a retração gengival, que consiste no deslocamento da margem da gengiva e desencadeia na exposição da raiz do dente. "Na hora de escolher a escova ideal, dê preferência sempre por escovas de cabeça pequenas e cerdas macias", finaliza.

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