Com
o aumento da temperatura cresce também quantidade de insetos e, por isso, é
importante se proteger. Picadas por pernilongos e borrachudos geralmente causam
reações alérgicas locais, como coceira e a possível ocorrência de inchaço na
região onde foi a lesão. Nestes casos, a orientação dos especialistas é usar
uma pomada antialérgica para aliviar os sintomas.
Mas
há um outro grupo de insetos que pode desencadear reações alérgicas mais
graves, como a anafilaxia, por exemplo. É o caso de formigas, vespas e abelhas.
“A
anafilaxia pode provocar urticas, que são lesões altas, elevadas, que coçam
bastante. Podem ser acompanhadas de inchaços deformantes de pálpebras, lábios e
orelhas. Sintomas respiratórios também estão associados, provocando falta de
ar, tosse e chiado no peito.
Sintomas
gastrointestinais também surgem na anafilaxia, como diarreia, náuseas, vômitos
e cólicas abdominais, além dos sintomas cardiovasculares, com queda de pressão,
tonturas e a parada cardiorrespiratória. Nem todas as anafilaxias vão resultar
em paradas cardiorrespiratórias, que é o choque anafilático”, explica a Dra.
Alexandra Sayuri Watanabe, Coordenadora do Departamento Científico de
Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Tratamento
- Para pessoas com reações mais graves, há o tratamento de
imunoterapia veneno específica, muito eficaz nas anafilaxias provocadas pelas
ferroadas de abelhas, formigas e vespas. “A imunoterapia específica diminui a
chance de uma nova reação sistêmica quando a pessoa é exposta novamente, ou
seja, após outra picada ou ferroada. Esse tratamento só pode ser indicado por
médico especialista, após uma avaliação clínica minuciosa, exames laboratoriais
e com a realização de testes cutâneos”, explica a Dra. Alexandra.
O
outro ponto importante a ser destacado é a adrenalina autoinjetável. É um
dispositivo que contém a adrenalina, mas que ainda não é fabricado no Brasil, e
o acesso é só via importação e utilizada também no pronto atendimento.
“A adrenalina é o
medicamento que salva vidas no tratamento emergencial da anafilaxia e, cada vez
mais, as sociedades médicas e a população se mobilizam para que possamos ter um
acesso maior a esse dispositivo”, conta a especialista da ASBAI.
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