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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antibióticos alerta para a utilização indevida do medicamento sobretudo durante a pandemia

Níveis elevados do uso de antibióticos em pacientes com COVID-19 preocupam e trazem à tona os riscos de aumento da resistência antimicrobiana 1 2 3 4

OMS estima que até 2050 a resistência a antibióticos causará até 10 milhões de óbitos anualmente em todo o mundo, a um custo de US 100 trilhões 1 11


Desde o início da pandemia de COVID-19, níveis elevados e generalizados do uso de antibióticos têm sido relatados. Mesmo sendo uma infecção viral, estudos apontam que 74,6% de antibióticos foram prescritos e 8,6% dos pacientes com o coronavírus tiveram infecção secundária ou coinfecção bacteriana.1 2 3 4

Segundo o Dr. Ricardo Ferreira, pediatra e gerente médico da GSK, a prescrição inadequada e excessiva de antibióticos e o uso indevido desses medicamentos, sobretudo durante a pandemia de COVID-19, são motivos de preocupação sobre o risco de aumento da resistência a antibióticos. Ele observa a necessidade de os médicos que tratam pacientes com o coronavírus, levem em consideração o possível desenvolvimento de resistência adquirida ao prescrever antibióticos inadequadamente.

"A COVID-19 é causada por um vírus, o coronavírus (SARS-CoV-2), e não por uma bactéria. As principais organizações de saúde pública, agências reguladoras de medicamentos e sociedades científicas não recomendam o uso de antibióticos como medicamento para tratar a infecção por COVID-19, a menos que haja uma indicação clínica para fazê-lo, como infecções bacterianas. Se não há, é um tratamento ineficaz, além do risco de poderem não funcionar devidamente numa eventual infecção bacteriana futura, por a bactéria já ter adquirido resistência àquele medicamento."

A resistência antimicrobiana é uma das maiores ameaças à saúde pública contemporânea, tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, e estima-se que cause cerca de 700 mil mortes todos os anos.5 6 O fenômeno ocorre quando bactérias, fungos, vírus e parasitas sofrem mutações genéticas e acabam adquirindo resistência a medicamentos aplicados para combatê-los.5 6 7 Com isso, esses remédios se tornam ineficazes; as infecções, persistentes e até incuráveis; e o tratamento não funciona.5 8 A previsão é de que, até 2050, 10 milhões de óbitos anuais serão atribuídos à resistência antimicrobiana, o que significa mais mortes do que o câncer, e o efeito para a economia global será de aproximadamente US 100 trilhões. 5 9

Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) promove anualmente, entre 18 e 24 de novembro, a Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antibióticos . 10 A campanha global visa sensibilizar o público em geral, trabalhadores da saúde e formuladores de políticas para promover melhores práticas, a fim de evitar o surgimento e disseminação da resistência ao medicamento.10 11

O Dr. Ricardo fala um pouco mais sobre como ocorre a resistência bacteriana: "É a bactéria que se torna resistente ao antibiótico e não o indivíduo. A resistência microbiana se dá pelo uso excessivo de antibióticos, uma das classes de medicamentos mais prescritas e dispensadas para uso terapêutico e profilático em todo o mundo. Algumas causas são a intensificação da prescrição desse tipo de medicamento a pacientes, inclusive em situações em que poderia haver um tratamento alternativo, e a facilidade de acesso da população a eles, diante da ausência de medidas de restrição e controle de receituário em alguns países", explica.

Por outro lado, afirma o médico, em países onde o acesso aos serviços de saúde e fornecimento de medicamentos é limitado, a automedicação e o consumo de remédios oriundos do mercado informal, com preservação ou origem suspeita, também é uma ameaça. "Diante desses cenários, desenha-se uma era pós-antibióticos preocupante, em que infecções comuns e ferimentos leves com tratamentos já dominados pela medicina moderna podem voltar a matar", ressalta.

O médico destaca cuidados simples, mas importantes, que todos podem tomar para prevenir e que ajudam a evitar que surjam as chamadas ‘superbactérias’:

• Respeitar a dosagem do medicamento recomendado pelo médico;

• Cumprir os dias de uso prescritos - mesmos que os sintomas tenham desaparecido, deve-se completar o ciclo;

• Observar validade e estado de conservação do medicamento;

• Atentar para a qualidade do antibiótico;

• Não compartilhar receitas ou medicamentos.

Impactos do mau uso dos antibióticos

Pneumonia, tuberculose, sepse, amigdalite, infecções urinária, alimentar, respiratória, sexualmente transmissíveis, entre outras: é extensa a lista de doenças tratadas atualmente com antimicrobianos, mas que podem se tornar intratáveis com aumento da resistência dos agentes causadores.5 7 12 Tais medicamentos significam ainda otimização da recuperação de pacientes que passaram por transplantes de órgãos, quimioterapia e cirurgias como a cesárea - procedimentos que podem voltar a se tornar mais perigosos.13 O grande impacto da resistência bacteriana é colocar as conquistas da medicina moderna em risco, uma vez que o fenômeno é mais rápido do que o desenvolvimento de novos fármacos.13 14

"No escopo da saúde, as principais consequências de bactérias resistentes são o aumento da morbidade e da mortalidade. As internações hospitalares se prolongam, as terapias profiláticas se tornam menos efetivas, e os custos de tratamento se elevam, gerando impacto financeiro considerável aos sistemas de saúde e às pessoas. Veremos algumas doenças com o tratamento dominado pela medicina voltarem a afetar a qualidade de vida das famílias e a fazer vítimas", pontua Dr. Ricardo.

Outros cuidados

Além da prescrição e uso consciente de antibióticos por parte de médicos e cidadãos para evitar a resistência bacteriana, os cuidados de assepsia em hospitais também são importantes, já que são locais propícios para esse tipo de fenômeno, onde de 50% a 60% dos medicamentos utilizados são antibióticos.6 O cumprimento de medidas de controle de infecção hospitalar - como a lavagem das mãos, uso de EPIs, e esterilização de instrumentos - ajudam a minimizar a emergência de bactérias resistentes.6

Outras indicações da OMS para evitar a resistência a antibióticos são expandir a rede de saneamento básico; consumir apenas água potável; lavar bem os alimentos; vacinar-se; e racionalizar o uso de antimicrobianos no setor agropecuário.7 8 13

"As indústrias farmacêuticas também precisam contribuir na busca por alternativas aos antimicrobianos já existentes. Temos frentes de pesquisas para desenvolvimento de uma nova geração de antibióticos que possa substituir os que são usados hoje, mas que encontram resistência a algumas bactérias ou outros microrganismos. Na GSK, temos equipes exclusivas para os estudos, que contam com a colaboração de outros cientistas, e desenvolvemos programas de conscientização e monitoramento do uso racional de antibióticos", finaliza o Dr. Ricardo.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.



GSK

Referências:

1 Miranda C, et al. Implications of antibiotics use during the COVID-19 pandemic: present and future. JAC 2020.

2 Langford B, et al. Bacterial co-infection and secondary infection in patients with COVID- 19: a living rapid review and meta-analysis. July 22.

3 Lansbury L, et al. J Inf 2020;81:266-275.

4 Langford B, et al. Clin Microbiol Infect 2021 Jan 5;S1198-743X(20)30778-3.

5 Estrela T S. Resistência antimicrobiana: enfoque multilateral e resposta brasileira. Saúde e Política Externa: os 20 anos da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1998-2018). Rio de janeiro. 2018.

6 SANTOS, N.D.Q. A Resistência Bacteriana No Contexto Da Infecção Hospitalar. Rev. Texto e Contexto Enferm. v.13, n°esp, p.64-70, 2004.

7 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. News Room. and events. Antibiotic resistance. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

8 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. News Room. An update on the fight against antimicrobial resistance Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

9 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Notícias. Resistência antimicrobiana é ameaça global, diz OMS. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

10 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Campaigns. World Antimicrobial Awareness Week. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

11 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de Notícias. Novo relatório da OMS revela diferenças no uso de antibióticos entre 65 países. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

12 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Antibióticos: resistência de microrganismos é grave ameaça à saúde global. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

13 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de notícias. Folha informativa - Resistência aos antibióticos. Disponível em. Acesso em: 23 out. 21.

14 Grillo VTRS, Gonsalvez TG, Júnior JC, Paniágua NC, Teles CBG. Incidência bacteriana e perfil de resistência a antimicrobianos em pacientes pediátricos de um hospital público de Rondônia. Ref. Ciênc. Farm. Básica Apl., 34(1): 117-123, 2013.


DOENÇAS REUMÁTICAS TAMBÉM ATINGEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A Sociedade Paulista de Reumatologia alerta sobre a importância do diagnóstico e do cuidado com a saúde infantil


A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que pelo menos uma criança entre 500 seja afetada por uma doença reumática. Apesar de parecer uma condição que atinge apenas os idosos, o reumatismo também pode surgir na infância ou na adolescência. O diagnóstico e o tratamento adequados são extremamente importantes para evitar complicações.

A dor de crescimento - também chamada de dor de membros - é a mais comum, acometendo de 10 a 20% das crianças, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Ela recebeu esse nome no século 19 e, embora pareça, não está relacionada ao crescimento em si: é uma condição benigna com curso autolimitado, ou seja, tem um fim espontâneo mesmo sem tratamento. As manifestações ocorrem nas pernas (coxas, panturrilhas ou atrás dos joelhos) de crianças durante a noite. Ela não está associada a outra doença, mas pode ter o diagnóstico confundido, principalmente com a artrite idiopática juvenil.

Muitas doenças reumáticas acometem crianças e adolescentes, como a febre reumática, as vasculites, o lúpus eritematoso juvenil, a dermatomiosite e as febres periódicas. O reumatismo infantil não é fatal, mas a falta de tratamento pode deixar sequelas graves, como perda de movimento em braços ou pernas, o que pode tornar a criança, de acordo com a evolução do quadro clínico, dependente. A artrite idiopática juvenil e as espondiloartropatias, por exemplo, são doenças crônicas que, na ausência do tratamento adequado, podem evoluir para deformidades osteoarticulares graves.


Quando procurar o reumatologista pediatra?

O primeiro passo é observar se a criança começa a apresentar dificuldade para realizar atividades do dia a dia como lavar o cabelo, escrever, brincar e praticar exercícios. A febre prolongada e recorrente ou febre sem sinais de infecção também são sintomas que servem de alerta.

"Se a criança deixa de brincar e pular, ou anda com dificuldade, não ache que é preguiça ou ‘manha’. Procure por um médico, pois o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento", orienta a reumatologista pediatra Daniela Piotto.

Além disso, o inchaço das articulações, queixas de dor, rigidez, manchas na pele, mãos ou pés gelados que mudam de cor - branco, vermelho ou azulado - devido ao fenômeno de Raynaud, dermatites e alergias que não melhoram com o tratamento também são sinais que devem ser analisados por um profissional.

A avaliação de um especialista, como o reumatologista pediatra, é importante para detecção e tratamento precoce, evitando danos permanentes e impedindo a progressão da doença nas crianças e adolescentes. Geralmente, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e antibióticos, e deve ser feito com acompanhamento multiprofissional, isto é, junto a várias especialidades.




Daniela Piotto - Médica assistente da Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo e Consultora em pediatria do Grupo Fleury. Membro da Comissão Científica da Sociedade Paulista de Reumatologia.

Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR)
Facebook, Instagram e Twitter: @reumatologiasp

Sem cura, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mund

Reabilitação intensiva contribui para recuperação de pacientes após quadros agudos

Em casos agudos e após intercorrências, reabilitação pode ser feita em hospitais de transição, como a Clínica Florence, buscando recuperar capacidade física e social do paciente

 

Cansaço, dificuldade de respirar, tosse com sangue ou com catarro podem ser sintomas de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade, que mesmo diante de uma pandemia, continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com a Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD). Diante da gravidade, a entidade propõe, nesta quarta-feira, 17, Dia Mundial da DPOC, a discussão sobre prevenção e tratamento da DPOC, que não tem cura e afeta cerca de 300 milhões pessoas no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). 

Apesar de não ter cura, a DPOC pode ser prevenida. A doença está normalmente associada ao consumo de cigarro. O Ministério da Saúde contabiliza que foram registrados 433.729 novos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em 2020 em decorrência do tabagismo. Portanto, parar de fumar é crucial na prevenção e tratamento. Fumantes passivos também são suscetíveis a esse quadro, assim como quem tem contato com fogão a lenha, poluição, queimadas ou substância tóxicas. O diagnóstico é feito por avaliação clínica com um pneumologista, a partir do histórico do paciente, e por exames de imagem e espirometria, que avalia a capacidade respiratória. 

O início da doença normalmente é lento, mas pode evoluir rápido e levar a incapacidade por insuficiência respiratória e até mesmo ao óbito. De acordo com pesquisa da Universidade de Massachusetts, publicada em 2020, o início da reabilitação pulmonar dentro de três meses após a alta foi significativamente associado a um menor risco de mortalidade em um ano.

Com tratamento adequado e reabilitação, os sintomas podem ser controlados, proporcionando mais qualidade de vida para o paciente. "É uma doença sem cura, mas que conseguimos estabilizar, retardando a sua progressão, controlando os sintomas e reduzindo as complicações”, explica a pneumologista Yanne Amorim, coordenadora médica da Clínica Florence, em Salvador, primeira clínica de transição de cuidados do Nordeste, especializada no atendimento a pacientes em reabilitação e em cuidados paliativos. 

Uma abordagem com uma equipe interdisciplinar tem papel importante para alcançar esse resultado, já que a DPOC pode afetar atividades cotidianas, como trocar de roupa, tomar banho, subir escada, fazer exercício ou até mesmo comer. “Com a intervenção do fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, é possível retomar essas funcionalidades de forma mais confortável", complementa a pneumologista. 

A reabilitação pulmonar otimiza a performance do paciente, garantindo mais autonomia para ele. É possível atuar na melhora da capacidade física, redução da dispneia, fortalecimento da musculatura, diminuir a dependência de suporte ventilatório, melhora da sobrevida e da qualidade de vida e controle da dificuldade de deglutição. A pneumologista também reforça que é essencial dar suporte psicológico a quem sofre as limitações impostas pela DPOC, já que aspectos emocionais, como ansiedade e depressão, também podem desencadear um descontrole da capacidade respiratória, afetando a sua saúde física. 

A reabilitação pode ser ambulatorial ou com internação. Neste último caso, pode ser realizada em hospitais de transição, como a Clínica Florence, após casos de infecção aguda, com o intuito de recuperar funcionalidade ou aumentar a segurança para o retorno ao domicílio. 

A internação também pode ser indicada quando o quadro clínico está mais avançado, comprometendo de forma significativa as funcionalidades. Nestas situações, o paciente pode ser beneficiado com uma abordagem paliativa, recebendo assistência priorizando sua qualidade de vida. Com uma proposta de cuidado integral, uma equipe multidisciplinar atuará no controle dos sintomas por meio de uma ação envolvendo o paciente e sua família.

 

Clínica Florence


Novembro é o mês da conscientização sobre Hipertensão Pulmonar e pacientes lutam pela incorporação de terapia do SUS

Novembro é o mês da conscientização sobre a Hipertensão Pulmonar, uma doença grave, crônica e que pode levar à morte. E neste novembro, as pessoas que têm hipertensão pulmonar pedem ainda mais atenção da sociedade e do Estado. Temos a oportunidade de nos unir e de reivindicar que elas tenham acesso a tratamento adequado e melhores condições de vida.

Atualmente, aqueles pacientes que são acometidos pela hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, a HPTEC, um dos tipos de Hipertensão Pulmonar, não possuem nenhuma opção medicamentosa para o seu tratamento no SUS. Quando são diagnosticados e encaminhados para o tratamento com medicamento, são largados à própria sorte.

Está em consulta pública a avaliação da incorporação no SUS do medicamento Riociguate para tratamento da HPTEC. O Ministério da Saúde quer ouvir o que a sociedade tem a dizer sobre esse assunto. Pacientes, familiares, cuidadores, profissionais da saúde, associações de pacientes, interessados no tema, todos temos o direito de contribuir para que os pacientes de HPTEC tenham, enfim, acesso à única terapia disponível para o tratamento da doença no país.

Pela terceira vez, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), o órgão do Ministério da Saúde responsável por avaliar e recomendar a incorporação ou não de medicamentos no SUS, nega o direito ao tratamento adequado às pessoas que vivem com HPTEC. Para esta consulta pública que está aberta, nº 90/2021, o parecer inicial da Conitec é pela não incorporação do Riociguate. Precisamos reverter essa decisão e fazer valer o direito à saúde dessas pessoas.


Pessoas que têm uma doença incapacitante

Dados da pesquisa "Vivendo com hipertensão pulmonar: a perspectiva dos pacientes", realizada pela ABRAF, apontam que mais da metade dos pacientes (56%) estão impossibilitados de integrar o mercado de trabalho por causa da doença. Muitos dos pacientes (63%) apresentam dificuldade até para realizar atividades simples do dia a dia, como tomar banho ou se vestir. Mais de 80% das pessoas declaram se sentir cansadas a maior parte do tempo. E tudo isso afeta a vida social e emocional dos pacientes: segundo a nossa pesquisa, 59% deixam de sair de casa devido às barreiras impostas pela doença.

Ora, quem tem hipertensão pulmonar convive com falta de ar aos pequenos esforços. Quem tem hipertensão pulmonar convive com sentimento de solidão. Quem tem hipertensão pulmonar convive com medo de não ter tratamento adequado, de sentir a doença progredir e tirar cada vez mais o fôlego de vida.

Este texto é um chamado para ação. Neste mês de conscientização da hipertensão pulmonar, temos a chance de ajudar essas pessoas que convivem com uma doença tão grave e não têm acesso a tratamento adequado. Até o dia 23, está disponível a consulta pública no site da Conitec. As consultas públicas são uma forma de exercermos a nossa participação social no SUS. Todos nós temos direito a participar da construção das políticas públicas de saúde e podemos contribuir para que os pacientes de hipertensão pulmonar tromboembólica crônica ganhem fôlego e tratamento. Vamos juntos nessa mobilização? Acesse o link da consulta pública, preencha o Formulário Experiência ou Opinião e vote pela incorporação do medicamento no SUS:

 


Flávia - jornalista, especialista em Saúde Coletiva pela Fiocruz Brasília e presidente da ABRAF.


Prematuros: É preciso olhar para a família, que também é prematura

Consultora de Philips Avent destaca a relevância da atenção tanto para os bebês como para os pais e toda a rede de apoio

 

O sonho de ser mãe e/ou pai, muitas vezes, é antecipado pela chegada de um bebê que, por algum motivo, nasceu antes da data prevista. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), as crianças nascidas antes de 37 semanas são consideradas prematuras, acontecimento que para muitos pais, famílias e redes de apoio gera inúmeras dúvidas, medo, insegurança e preocupações. No centro de todas as questões estão a saúde e bem-estar do bebê.

Neste processo, os questionamentos são incontroláveis, mas o cuidar de todos que estão junto com essa criança é fundamental para que possam desenvolver seus elos de forma segura, sem culpa, e que todos tenham a oportunidade de viver esse sonho que acaba de nascer. "Com a chegada de um bebê prematuro, os planos são modificados, mas podem ser vividos e adaptados. Mesmo com todas as intercorrências e instabilidade emocional do momento, é de extrema importância que os pais possam contar com uma rede de apoio, e com o auxílio de familiares e pessoas próximas para suportarem a nova rotina e todo aquele misto de sentimentos que o momento propicia", comenta Eneida Souza, enfermeira pediatra e consultora em aleitamento materno da Philips Avent.

Mesmo para aquele casal que não conta com parentes ou amigos próximos, existem grupos de apoios para pais prematuros. Inclusive, as próprias maternidades costumam dar suporte nessas ocasiões, tentando auxiliar a todos nesse momento tão delicado. "Com a chegada de um bebê prematuro, devemos nos preocupar com o bem-estar da mãe e da criança, mas não podemos deixar de olhar para o parceiro ou parceira. Ao entrar no universo da prematuridade, em alguns casos, muitos acabam deixando de lado as suas próprias emoções, para manter se forte, a fim de dar suporte para a companheira e familiares", complementa Eneida. "A depressão pós-parto atinge pais de bebês prematuros com mais frequência do que se pensava e pode durar mais tempo nos homens do que nas mulheres, o que pode comprometer a construção parental positiva", completa.

Segundo a especialista, para aqueles pais que vivem os primeiros momentos da paternidade e maternidade sem sequer poder tocar, sentir o cheirinho, ter contato direto, amamentar ou cuidar do bebê, lidar com as incertezas e as eventualidades nestas circunstâncias faz com que as emoções se transformem em uma verdadeira montanha-russa.

A especialista alerta, ainda, que para a mãe, que carrega consigo a produção do leite materno que atende as necessidades específicas do seu bebê, é muito importante insistir na estimulação da produção do leite mesmo sem estar amamentando a criança no momento. "A extração do leite a cada três horas, por exemplo, vai estimular a produção e evitar o ingurgitamento e, em alguns casos, o secamento. Além disso, a medida do possível, é necessário descansar", finaliza Eneida.

Pensando nessa nova rotina, a enfermeira pediatra e consultora em aleitamento materno da Philips Avent, Eneida Souza, elencou algumas dicas para os pais, famílias e redes de apoio de prematuros.

1 - A produção de leite materno está diretamente ligada a frequência de estímulo. Ter disponível um extrator manual ou elétrico é fundamental para que a mãe consiga manter a manutenção da produção do leite materno em dia.

2 - Na UTI Neonatal, o seu bebê é cuidado por uma equipe multidisciplinar, altamente capacitada para atendê-lo. Agora, sei que não é fácil pensar em si próprio, mas, se vocês se alimentarem e descansarem, vão ter mais energia para essa grande jornada.

3 - O tempo de permanência na sala de espera ou em alguns momentos na UTI Neonatal é grande, mas a mãe precisa se alimentar e descansar para manter a produção de leite. Coma a cada 3 horas e tome líquido com frequência.

4 - O uso da concha protetora e coletora de leite com pétalas distribui a pressão na região da aréola e ajuda a evitar o ingurgitamento proporcionando mais conforto nos primeiros dias. A cada hora, alterne o uso da concha com o absorvente para seios.

5 - Dependendo da estrutura do local em que estiver, nem sempre conseguirá extrair o leite materno, mas você pode somente estimular a produção utilizando um extrator manual ou elétrico por alguns minutos. Assim, você estimula a liberação dos hormônios e emocionalmente se sente melhor por continuar a produzir o seu leite.

6 - As emoções são como uma montanha russa. E, naturalmente, ficamos tensos com todas as mudanças na rotina impostas pela prematuridade. Para proporcionar um pouco de conforto, você pode usar uma bolsa térmica para relaxar. Basta aquecê-la em água quente e colocar na região cervical e lombar. Você logo sentirá uma sensação de conforto.

7 - Um banho um pouco mais demorado ou, até mesmo, trocar de roupa e lavar o rosto, pode ajudar a renovar as energias.

8 - Fazer um diário ou apenas escrever os seus sentimentos é uma oportunidade de desabafar e colocar as emoções para fora.

8 - Façam uma playlist e ouçam juntos. Quando possível, vocês podem colocar para o bebê.

9 - Procurem conversar sobre os momentos de vocês, importante um ouvir o outro, como cada um vive esse momento. Se possível, conte com ajuda de profissionais que caminhem nessa jornada junto com vocês.

10 - Cada bebê é único, por isso, cuidado com pesquisas excessivas. O mais recomendado é tirar as dúvidas com os profissionais que acompanham e conhecem o seu bebê.

11 - Aproveitem muito os momentos que forem chamados para ver o bebê, escrevam cartinhas, levem desenhos dos irmãos, conversem com o bebê, falem sobre vocês, sobre a casa e a família.

12- Quando for possível, participem dos cuidados com o bebê, como segurar, amamentar e dar banho, pois é um intenso preparo para o período pós-alta. Tirem todas as suas dúvidas, conversem com os profissionais sobre os medos e inseguranças.

13 - Em casa tudo é novo, dê um tempo para vocês conhecerem o bebê. Sempre que possível conte com profissionais que facilitem a adaptação, como pediatra e o terapeuta de família. Os medos pelo desconhecido são reais, mas não deixem que eles paralisem vocês. Vivam cada momento e cada dia dessa nova rotina.

14 - Vocês sempre terão a memória do hospital, mas continuem a escrever a história de vocês, com as memórias da mais nova família, de um novo momento, da casa e dos momentos que estão construindo juntos.

 


Eneida Souza - enfermeira pediatra, consultora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA-CA) e terapeuta sistêmica para família, casal, individual. Atualmente, é parceira de Philips Avent.


Câncer de próstata: cerca de 20% dos casos são diagnosticados em estágio avançado

Rede de Hospitais São Camilo SP apoia campanha Novembro Azul para ampliar conscientização da população sobre a importância dos exames preventivos

 

Considerado o segundo tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), o câncer de próstata representa 29% dos diagnósticos da doença no Brasil. Os dados são do Inca (Instituto Nacional do Câncer), que apontam ainda para mais de 65 mil novos casos a cada ano. Com início assintomático, muitas vezes o tumor só é descoberto em estágios avançados, aumentando o risco de óbito.

Segundo o último levantamento do Instituto, esta foi a segunda principal causa de morte por câncer no país, levando a óbito 15.893 brasileiros. O urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Caio Cintra destaca que os exames preventivos são fundamentais para evitar este cenário.

“Estudos revelam que cerca de 20% dos diagnósticos do câncer de próstata ocorrem tardiamente, índice que pode ser combatido com o acompanhamento periódico”, explica.

Dr. Álvaro Bosco, urologista que também atua na Rede São Camilo SP, ressalta que a pandemia e o isolamento fizeram com que muitos homens deixassem de fazer o exame preventivo. “Em 2020, identificamos uma redução de 70% dos exames laboratoriais de PSA (Antígeno Prostático Específico) e de toque retal na Rede.”

Dados de uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indicam que, em função da pandemia, 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico.

Para o paciente Ernesto, 67 anos, manter a rotina de cuidados foi o que possibilitou um diagnóstico em estágio inicial. A alteração na próstata foi identificada pelo Dr. Caio logo no começo da pandemia, durante o exame de toque.

“Meu pai e irmão mais velho tiveram a doença, por isso sempre fiz o acompanhamento regularmente. Apesar de ter ficado preocupado com o diagnóstico no começo, o médico me tranquilizou explicando que, por ter descoberto no início, as chances de cura eram altas”, conta.

Outro obstáculo comum para a realização dos acompanhamentos periódicos é o preconceito ainda presente em nossa cultura. “Os homens, em geral, ainda enfrentam dificuldade de lidar com a questão e evitam o exame do toque, por exemplo, pois a supervalorização da atividade sexual e o medo da impotência ainda são um peso para muitos pacientes”, afirma Dr. Álvaro.

Casado e pai de três filhos adultos, sendo dois deles homens, Ernesto não abre mão de cuidar da saúde. “Meu recado a todos os homens é: livrem-se do medo e do preconceito, pois ter uma vida saudável é fundamental”, aconselha. Ao descobrir o câncer no início, o paciente optou pela cirurgia de retirada total da próstata e hoje segue fazendo o acompanhamento com o especialista.



Grupo de risco e primeiros sinais

Segundo os médicos, homens com idade acima de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão entre os mais propensos a desenvolver a doença, além de fatores como o envelhecimento e a hereditariedade.

“Alguns sinais passam despercebidos, como incômodo ao urinar e dificuldades de ereção, que podem ser confundidos como sinais comuns ao avanço da idade”, destaca Dr. Caio.

Dessa forma, ele frisa que os pacientes com histórico familiar devem fazer o exame de toque retal anualmente e/ou o exame de sangue para avaliar a dosagem de PSA a partir dos 45 anos, cinco anos antes em comparação a quem não tem casos na família.



Novembro Azul

Com o objetivo de ampliar a conscientização da população sobre a importância do cuidado à saúde masculina e estimular divulgações sobre prevenção e tratamentos, a Rede São Camilo SP adere anualmente à campanha Novembro Azul, iluminando suas fachadas durante todo o mês, além de gerar conteúdos nas redes sociais e promover ações voltadas aos seus colaboradores.

A instituição conta com centros de diagnósticos em suas Unidades, permitindo que o paciente realize as consultas médicas e os exames necessários num único local.

Os especialistas do Hospital São Camilo destacam que a campanha é uma forma de promover uma mudança de hábitos e a quebra de paradigmas, como o medo de ir ao urologista e se submeter ao exame de toque, por exemplo.

Além do câncer de próstata, o exame retal também é capaz de diagnosticar a hiperplasia prostática benigna (HPB), também conhecida como aumento prostático sem câncer, principal problema da próstata em homens a partir dos 50 anos.

Vale ressaltar ainda que, quanto mais cedo o exame for realizado, maiores as chances de cura. “Se detectado rapidamente, o câncer de próstata pode ser curado em 90% dos casos”, finaliza Dr. Álvaro.


 

Hospital São Camilo

 @hospitalsaocamilosp

Número de prematuros aumenta no Brasil e alerta para importância da intervenção precoce

Média de prematuridade no país atingiu 11,1% em 2020 e aumento pode
estar ligado ao covid-19



O movimento “Novembro Roxo” tem como objetivo conscientizar e educar a população sobre a prematuridade e suas consequências para o desenvolvimento dos bebês que nascem antes do tempo.

Esse ano, a data é ainda mais importante frente ao aumento de partos prematuros, causados, principalmente, pela infecção das gestantes pelo covid-19.
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade é classificada de acordo com a idade gestacional. Bebês prematuros são aqueles que nascem antes das 37 semanas de gestação.


 
Risco de atrasos no desenvolvimento
 
De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, com mais de 30 anos de atuação na fisioterapia neurológica voltada para prematuros, os bebês pré-termo têm maior predisposição para apresentar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.
 
“Uma das principais preocupações é que o parto prematuro interrompe as fases de desenvolvimento e crescimento cerebral, que ocorrem simultaneamente a outros processos durante a gravidez".

"Por isso, o cérebro de um prematuro tem mais probabilidade de apresentar anormalidades anatômicas que podem interferir no desenvolvimento psicomotor, bem como na cognição e até no comportamento”, diz Walkíria.


 
Tempo de internação
 
Outro fator que pode levar a déficit no desenvolvimento motor é o tempo de internação. “Lamentavelmente, no período de internação os bebês dormem bastante e muitos são privados do contato com a mãe. Esses dois aspectos comprometem e restringem os movimentos espontâneos do bebê, essenciais para o desenvolvimento neuropsicomotor”, explica a especialista.


 
Repercussões indiretas

Graças aos avanços da medicina neonatal e da neurologia, houve um aumento significativo nas taxas de sobrevivência, mesmo dos prematuros extremos. Por outro lado, as repercussões da prematuridade podem comprometer o desenvolvimento da criança.
 
“Dessa forma, todo prematuro precisa ser acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar para identificar o quanto antes déficits no desenvolvimento de forma global”, reforça Walkíria.


 
 Intervenção precoce é fundamental
 
A intervenção precoce faz toda a diferença para que o bebê prematuro possa se desenvolver de forma plena. “Por isso, a recomendação é que os pais procurem especialistas para uma avaliação assim que o bebê tiver alta médica, aponta a especialista.

“Desde o nascimento até por volta dos 2 anos de idade, o cérebro tem uma capacidade imensa de criar conexões neurais, a chamada neuroplasticidade. Por isso, as intervenções precoces devem ser realizadas nessa “janela de oportunidade” para atingir um resultado mais satisfatório, explica Walkíria.
 
“Precisamos levar em consideração o desenvolvimento global. Muitos prematuros apresentam problemas no processamento sensorial, nos sistemas vestibular, proprioceptivo e tátil. Isso pode levar a problemas no controle postural e na coordenação dos movimentos, o que impacta no desenvolvimento motor”, comenta.
 
Estima-se que o comprometimento do processamento sensorial atinge de 39 a 52% dos bebês prematuros. Os que nascem antes da 32ª semana gestacional são mais vulneráveis a essa condição.


 
Estímulos multissensoriais
 
“É muito importante que os pais procurem por clínicas e profissionais com experiência na área de neurologia e fisioterapia neurológica. Além disso, o tratamento precisa levar em consideração as necessidades individuais, pois os bebês são diferentes uns dos outros”
 
Por fim, os pais e cuidadores também precisam proporcionar estímulos em casa, como uma continuidade das terapias realizadas pela equipe multidisciplinar. “Quanto mais o bebê receber esses estímulos, maior a chance de proporcionar um desenvolvimento saudável e pleno”, reforça Walkíria.
 
Por outro lado, a especialista diz que há bebês que receberam muitos estímulos durante a internação. “Todo o ambiente de uma UTI traz um excesso de estímulos, como luzes, sons, intervenções médicas, exames, colocação de acessos, entubamento e demais procedimentos hospitalares”.
 
Nesses casos, a recomendação é reduzir os estímulos para que o bebê possa se desenvolver de forma saudável. “Por fim, o mais importante é que cada prematuro seja avaliado de forma individualizada para que a intervenção precoce seja efetiva para promover um desenvolvimento saudável”, finaliza Walkíria.


Egito Antigo, Lendas, Mitos e obras de intelectuais negros são temas de palestras na Casa Museu Ema Klabin

Novo Mapa da Guiana, Jodocus Hondius, 1599. Foto divulgação. 


Encontros gratuitos serão ministrados por grandes especialistas e transmitidos pela plataforma Zoom 

 

A Casa Museu Ema Klabin promove uma série de palestras online sobre as diferentes áreas do conhecimento humano. Há palestras sobre Egito Antigo, Lendas, Mitos e a obra de escritores negros como Astolfo Marques.

 

Antiga conselheira científica do Museu do Louvre e integrante de três missões arqueológicas no Egito, a pesquisadora Cintia Alfieri Gama Rolland ministra a palestra Além dos faraós: o cotidiano no Egito Antigo, no próximo dia 17 de novembro, das 19h às 21h. A palestra vai mostrar a complexidade da sociedade egípcia, saindo dos temas de estudo sempre associados às elites e à cultura faraônica. Com base na análise da organização social egípcia, serão examinados os pontos estruturais desta cultura como as concepções de profissão, família, alimentação e o post mortem.

 

O pesquisador Yves Rolland ministra, dia 24 de novembro, das 19 às 21h, a palestra Mitos e lendas da exploração da América: entre monstros e o Paraíso Terrestre. A palestra visa interpretar as origens dos mitos e lendas que contribuíram para forjar um imaginário coletivo das narrativas sobre a exploração da América pelos europeus, cujos nomes às vezes se perpetuam até na toponímia: o Amazonas do Brasil, os gigantes da Patagônia, os canibais a cabeça de cachorro no Caribe, etc. Como reza a tradição, todo monstro guarda um tesouro, esses seres protegeriam lugares maravilhosos, como a Atlântida, o Paraíso Terrestre, as cidades de ouro e o El dorado, ou ainda a Fonte da Juventude. Por meio da análise de mapas, gravuras e textos será evidenciada a importância cultural destas fontes. Yves é doutor em Arqueologia pela Université Lumière, Lyon, participou de escavações arqueológicas e trabalhou para diversos museus de História na França.

 

Doutor e pós-doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP/SP), Matheus Gato, ministra, no dia 20 de novembro, das 11h às 13h, a palestra O 13 de maio e outras estórias do pós-abolição de Astolfo Marques. O encontro analisará as condições sociais de possibilidade para emergência de intelectuais negros no fim do século XIX, levando em conta a trajetória de Astolfo Marques. Uma investigação que culminou na recente publicação da obra, organizada pelo palestrante. Serão examinados os significados contemporâneos do 13 de maio e do 20 de novembro (dia consciência negra) e as diferentes leituras das histórias possíveis a partir da obra de escritores negros. Matheus Gato é professor do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (IFCH-UNICAMP).

As palestras serão transmitidas pela plataforma Zoom com intérpretes de Libras. Ao todo, serão disponibilizadas 450 vagas em encontros gratuitos. As inscrições já podem ser realizadas no site do museu: http://emaklabin.org.br/

 

A programação cultural integra o projeto Digitalização da Coleção Ema Klabin, que contou com o apoio do BNDES, a co-idealização de Benfeitoria e SITAWI e a parceria da Beenoculus.


 

Serviço:

Casa Museu Ema Klabin

Palestra: Além dos faraós: o cotidiano no Egito Antigo, dia 17 de novembro, das 19h às 21h.

Palestra: O 13 de maio e outras estórias do pós-abolição de Astolfo Marques, dia 20 de novembro, das 11h às 13h.  

Palestra: Mitos e lendas da exploração da América: entre monstros e o Paraíso Terrestre, dia 24 de novembro, das 19h às 21h.

150 vagas (Cada palestra)

Classificação etária: 14 anos

Transmissão: plataforma Zoom

Inscrição: https://emaklabin.org.br/

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Site: https://emaklabin.org.br/

*Como em todos os nossos eventos gratuitos, convidamos quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin e pode contribuir para a manutenção das nossas atividades a nos apoiar com uma doação voluntária em nosso site.


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