Reabilitação intensiva contribui para recuperação de pacientes após quadros agudos
Em casos agudos e após intercorrências,
reabilitação pode ser feita em hospitais de transição, como a Clínica Florence,
buscando recuperar capacidade física e social do paciente
Cansaço, dificuldade de respirar, tosse com sangue ou com catarro podem ser sintomas de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade, que mesmo diante de uma pandemia, continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com a Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD). Diante da gravidade, a entidade propõe, nesta quarta-feira, 17, Dia Mundial da DPOC, a discussão sobre prevenção e tratamento da DPOC, que não tem cura e afeta cerca de 300 milhões pessoas no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Apesar de não ter cura, a DPOC pode ser prevenida. A doença está normalmente associada ao consumo de cigarro. O Ministério da Saúde contabiliza que foram registrados 433.729 novos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em 2020 em decorrência do tabagismo. Portanto, parar de fumar é crucial na prevenção e tratamento. Fumantes passivos também são suscetíveis a esse quadro, assim como quem tem contato com fogão a lenha, poluição, queimadas ou substância tóxicas. O diagnóstico é feito por avaliação clínica com um pneumologista, a partir do histórico do paciente, e por exames de imagem e espirometria, que avalia a capacidade respiratória.
O início da doença normalmente é lento, mas pode
evoluir rápido e levar a incapacidade por insuficiência respiratória e até
mesmo ao óbito. De acordo com pesquisa da Universidade de Massachusetts,
publicada em 2020, o início da reabilitação pulmonar dentro de três meses após
a alta foi significativamente associado a um menor risco de mortalidade em um
ano.
Com tratamento adequado e reabilitação, os sintomas podem ser controlados, proporcionando mais qualidade de vida para o paciente. "É uma doença sem cura, mas que conseguimos estabilizar, retardando a sua progressão, controlando os sintomas e reduzindo as complicações”, explica a pneumologista Yanne Amorim, coordenadora médica da Clínica Florence, em Salvador, primeira clínica de transição de cuidados do Nordeste, especializada no atendimento a pacientes em reabilitação e em cuidados paliativos.
Uma abordagem com uma equipe interdisciplinar tem papel importante para alcançar esse resultado, já que a DPOC pode afetar atividades cotidianas, como trocar de roupa, tomar banho, subir escada, fazer exercício ou até mesmo comer. “Com a intervenção do fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, é possível retomar essas funcionalidades de forma mais confortável", complementa a pneumologista.
A reabilitação pulmonar otimiza a performance do paciente, garantindo mais autonomia para ele. É possível atuar na melhora da capacidade física, redução da dispneia, fortalecimento da musculatura, diminuir a dependência de suporte ventilatório, melhora da sobrevida e da qualidade de vida e controle da dificuldade de deglutição. A pneumologista também reforça que é essencial dar suporte psicológico a quem sofre as limitações impostas pela DPOC, já que aspectos emocionais, como ansiedade e depressão, também podem desencadear um descontrole da capacidade respiratória, afetando a sua saúde física.
A reabilitação pode ser ambulatorial ou com internação. Neste último caso, pode ser realizada em hospitais de transição, como a Clínica Florence, após casos de infecção aguda, com o intuito de recuperar funcionalidade ou aumentar a segurança para o retorno ao domicílio.
A internação também pode ser indicada quando o
quadro clínico está mais avançado, comprometendo de forma significativa as
funcionalidades. Nestas situações, o paciente pode ser beneficiado com uma
abordagem paliativa, recebendo assistência priorizando sua qualidade de vida.
Com uma proposta de cuidado integral, uma equipe multidisciplinar atuará no
controle dos sintomas por meio de uma ação envolvendo o paciente e sua família.
Clínica Florence
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