Pesquisar no Blog

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Zumbido pode estar relacionado a diversos problemas auditivos e até cardiovasculares, afirma especialista do Hospital Paulista

Shutterstock
Novembro Laranja chama atenção para o sintoma, que exige diagnóstico e tratamento multidisciplinares

 

Cerca de 278 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 28 milhões somente no Brasil, sofrem de zumbido nos ouvidos, distúrbio que pode estar relacionado a várias patologias, desde as otológicas até as cardíacas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O Novembro Laranja é uma campanha criada em 2006 para conscientizar a população acerca deste problema.

Segundo a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, é importante ressaltar que o zumbido é um sintoma e não uma doença. Além disso, ele pode ter uma ou várias causas.

"O zumbido pode derivar de uma doença otológica, como a perda auditiva induzida por ruído ou a presbiacusia (relacionada à idade), mas também pode surgir a partir de problemas farmacológicos e vasculares, cardiovasculares (anemia), metabólicos (diabetes e alteração na glândula tireoide), neurológicos e odontogênicos (disfunção na articulação da mandíbula e nos músculos ao redor)", explica.

 

Identificando o problema

Se engana quem pensa que o zumbido acomete somente a população idosa. Ainda que seja mais comum em pessoas acima dos 65 anos, os jovens também podem apresentar o sintoma, especialmente quando fazem uso exagerado e constante de fones de ouvido em volume inadequado.

"Um estudo realizado na cidade de São Paulo atestou a prevalência do zumbido em 22% da população. Entre os jovens, o índice foi de 12% e, entre os idosos, de 36%. Ainda que não existam estudos recentes e abrangentes sobre o problema, a prática clínica aponta para maior ocorrência, de fato, entre aqueles com mais de 65 anos", complementa a médica.

Devido à sua ampla abrangência, tanto o diagnóstico quanto o tratamento devem ser multidisciplinares. Normalmente, o acompanhamento a pacientes que sofrem com o problema pode contar com o trabalho de otorrinolaringologistas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas e especialistas bucomaxilofaciais, entre outros.

Para a melhor identificação, os hábitos do paciente também são avaliados pelos médicos, pois podem influenciar na ocorrência e no agravamento do sintoma. "O estresse e o consumo excessivo de cafeína, cigarro ou álcool, por exemplo, podem ser determinantes para a manifestação do zumbido, em alguns casos."

 

Acufenometria

Segundo a Dra. Cristiane, a indiferença com que muitos tratam o zumbido também faz com que o quadro seja agravado. Muitos pacientes e/ou familiares consideram o sintoma como algo natural da idade avançada e deixam de procurar auxílio médico adequado. A indiferença atrapalha o diagnóstico precoce.

A médica explica que, em alguns casos, a simples mudança de hábitos já é suficiente para melhorar o quadro de forma significativa, mas, na maioria, a visita a um otorrinolaringologista é a melhor opção. "Este profissional irá orientar o paciente e solicitar a Acufenometria, exame recomendado para identificar o tipo e a intensidade do zumbido", destaca.

O teste, que é realizado pelo Hospital Paulista em seu Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino, o procedimento não requer internação ou anestesia e pode ser feito em pacientes jovens e idosos, a partir da recomendação e acompanhamento médico.

Para a especialista, o Novembro Laranja é importante para conscientizar a população para que recorra ao diagnóstico médico, a partir de um exame clínico completo, como os oferecidos na instituição, que compreendam a apuração audiológica e avaliações complementares.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Sinais e sintomas do mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é quando as células plasmáticas se tornam cancerígenas e crescem fora de controle . As células plasmáticas produzem uma proteína anormal (anticorpo) conhecida por vários nomes, incluindo imunoglobulina monoclonal, proteína monoclonal (proteína M), espícula M ou paraproteína.

O mieloma múltiplo é caracterizado por:

  • Diminuição das taxas sanguíneas. No mieloma múltiplo, o aumento excessivo de células plasmáticas na medula óssea pode desalojar as células normais formadoras de sangue, levando a uma diminuição da contagem de células sanguíneas. A falta de glóbulos vermelhos pode causar anemia. O mieloma múltiplo também pode causar uma diminuição no nível das plaquetas (trombocitopenia), o que pode provocar hemorragias e hematomas. Outra condição que pode se desenvolver é a leucopenia (escassez de glóbulos brancos) que pode causar problemas no combate às infecções.
     
  • Problemas ósseos e cálcio. As células do mieloma também interferem nas células que ajudam a manter os ossos fortes. Os ossos vão reconstruindo-se constantemente. Normalmente, os dois tipos principais de células ósseas trabalham juntos para que isto aconteça. As células que geram um novo osso são denominadas osteoblastos. As células que destroem o osso velho são chamadas osteoclastos. As células do mieloma produzem uma substância que envia um sinal aos osteoclastos para aumentar a velocidade de destruição óssea. Se os osteoblastos não recebem um sinal para formar um osso novo, o osso velho é destruído sem ter um osso recém-formado para substituí-lo, debilitando os ossos e provocando fraturas mais facilmente. Isso causa um aumento nos níveis de cálcio no sangue.
     
  • Infecções. As células plasmáticas anormais não protegem o organismo de infecções. Como já mencionado, as células plasmáticas normais produzem anticorpos que atacam os germes. As células normais do plasma são substituídas pelas do mieloma múltiplo, impossibilitando assim a produção de anticorpos para combater as infecções. Os anticorpos produzidos pelas células de mieloma não atuam no combate às infecções, porque são apenas cópias das células plasmáticas.
     
  • Problemas renais. O anticorpo produzido pelas células do mieloma pode danificar os rins, levando a problemas no órgão e insuficiência renal.
     
  • Gamopatia monoclonal. A presença de muitas cópias do mesmo anticorpo é denominada gamopatia monoclonal. Essa condição pode ser detectada no exame de sangue. Ter gamopatia monoclonal não significa ter mieloma múltiplo, porque ela ocorre em outras doenças, como na macroglobulinemia de Waldenstrom e alguns linfomas. Além disso, algumas pessoas têm gamopatia monoclonal, mas ao contrário do mieloma múltiplo, não apresentam quaisquer problemas. Essa condição é denominada gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS). Pacientes com MGUS podem desenvolver mieloma múltiplo e outras doenças.
     
  • Gamopatia monoclonal de significado indeterminado. Na MGUS, as células plasmáticas anormais produzem muitas cópias do mesmo anticorpo. No entanto, essas células plasmáticas não formam um tumor ou massa real e não provocam qualquer um dos outros problemas observados no mieloma múltiplo. Algumas pessoas com MGUS irão, eventualmente, desenvolver mieloma múltiplo, linfoma ou amiloidose. O risco é maior em pessoas com níveis de proteína elevados. Os pacientes com MGUS não necessitam de tratamento, mas devem ser acompanhados clinicamente.
     
  • Plasmacitomas solitários. Esse é outro tipo de crescimento anormal de células plasmáticas. Ao contrário de muitos tumores em diferentes localizações, como no mieloma múltiplo, existe apenas um tumor, daí o nome plasmocitoma solitário. Na maioria das vezes, o plasmocitoma solitário se desenvolve no osso, onde é denominado plasmacitoma solitário ósseo. Quando o plasmacitoma se inicia em outros tecidos, como pulmões ou outros órgãos, é denominado plasmocitoma extramedular.
     
  • Mieloma múltiplo latente. É um mieloma assintomático que não causa nenhum problema. Pessoas com mieloma latente apresentam sintomas como, grande quantidade de células plasmáticas na medula óssea, alto nível de imunoglobulina monoclonal no sangue ou alto nível de cadeias leves (denominada proteína de Bence Jones) na urina. Mas, essas pessoas têm contagens de sangue normais, níveis normais de cálcio, função renal normal, sem danos aos ossos ou órgãos e sem sinais de amiloidose. Os pacientes com mieloma múltiplo latente não precisam de tratamento imediato, porque a doença pode levar de meses a anos para se tornar mieloma ativo (sintomático).
     
  • Amiloidose de cadeia leve. Os anticorpos são compostos de cadeias de proteínas, 2 cadeias leves e 2 cadeias curtas mais pesadas. Na amiloidose de cadeia leve ou primária as células plasmáticas anormais produzem mais cadeias leves. Podem depositar-se nos tecidos, onde se acumulam. Esse acúmulo de cadeias leves pode formar uma proteína anormal em tecidos conhecidos como amiloide. O acúmulo de amiloide em determinados órgãos pode provocar o mau funcionamento deles. Por exemplo, quando a amiloide se acumula no coração pode provocar arritmias, insuficiência cardíaca congestiva, com sintomas como falta de ar e inchaço nas pernas.

Embora alguns pacientes com mieloma múltiplo não apresentem sintomas, os mais frequentes são:

  • Problemas ósseos. Dor óssea, em qualquer osso, porém mais frequente nas costas, quadris e crânio. Fraqueza óssea no corpo todo (osteoporose) ou onde houver um plasmocitoma. Fraturas, às vezes, devido a apenas um pequeno estresse ou lesão.
     
  • Baixas taxas sanguíneas. Quando as células do mieloma substituem as células normais produtoras do sangue da medula óssea, isso resulta numa falta de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Uma quantidade reduzida de glóbulos vermelhos (anemia) causa fraqueza, falta de ar e tonturas. Uma quantidade menor de glóbulos brancos (leucopenia) diminui a resistência às infecções. A diminuição das plaquetas no sangue (trombocitopenia) pode causar sangramentos importantes.
     
  • Nível de cálcio no sangue aumentado. Quando as células do mieloma dissolvem o osso, cálcio é liberado, podendo aumentar o nível de cálcio no sangue (hipercalcemia). Isso pode causar desidratação e inclusive insuficiência renal. O aumento do cálcio também pode provocar constipação, perda de apetite, fraqueza, sonolência e confusão. Se o nível de cálcio é muito alto, pode levar ao coma.
     
  • Sintomas do sistema nervoso. Se o mieloma enfraquecer os ossos da coluna vertebral, eles podem fraturar e pressionar os nervos espinhais. Essa condição denominada compressão da medula espinhal pode causar dor súbita intensa, dormência ou fraqueza muscular. É considerada uma emergência médica e um médico deve ser imediatamente contatado. Se a compressão da medula espinhal não for tratada imediatamente, existe a possibilidade de paralisia permanente.
     
  • Danos nos nervos. Às vezes, as proteínas anormais produzidas pelas células do mieloma são tóxicas para os nervos. Esse dano pode levar a fraqueza e dormência e, às vezes, a neuropatia periférica.
     
  • Hiperviscosidade. Em alguns pacientes, grandes quantidades de proteína do mieloma podem fazer com que o sangue se torne espesso. Esse aumento da densidade, denominado hiperviscosidade, pode retardar o fluxo sanguíneo para o cérebro e provocar confusão, tontura e sintomas de um acidente vascular cerebral, como fraqueza em um lado do corpo e fala arrastada. Os pacientes com esses sintomas devem entrar em contato, imediatamente, com seu médico. Para remover o excesso de proteína do sangue e reverter esse processo precisará ser realizado um procedimento denominado plasmaferese.
     
  • Problemas renais. A proteína do mieloma pode danificar os rins. Inicialmente, isso não causa nenhum sintoma, mas pode ser diagnosticado com um exame de sangue ou urina. À medida que os rins começam a falhar, eles perdem a capacidade de eliminar o excesso de sal, líquidos e detritos do organismo, podendo levar a sintomas como fraqueza, falta de ar, coceira e inchaço nas pernas.
     
  • Infecções. Os pacientes com mieloma são mais propensos a contrair infecções. Isso acontece porque o corpo é incapaz de produzir anticorpos para ajudarem no combate às mesmas. A pneumonia é uma infecção comum e grave em pacientes com mieloma.


Textos originalmente publicado no site da American Cancer Society, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

Oncoguia - ONG que há 10 anos apoia, informa e defende os direitos dos pacientes com câncer, com o propósito de fortalecer, encorajar e guiar todas as pessoas que convivem com a doença para que passem por esse desafio da melhor forma possível.

 

Fonte: Luciana Holtz de Camargo Barros (Presidente e Diretora Executiva, Psicóloga, Psico-Oncologista, Especialista em Bioética). Temos também médicos oncologistas onluntários e podemos ajudar na busca por pacientes para personagem.


A saúde do homem, muito além do câncer de próstata

Mês mundial de combate ao câncer de próstata, novembro é também uma oportunidade para chamar atenção para os cuidados com a saúde do homem 

 

O objetivo da campanha Novembro do Azul é conscientizar a população masculina sobre a importância dos cuidados preventivos no combate a problemas de saúde que atingem os homens, em especial o câncer de próstata. De acordo com dados do IBGE, homens brasileiros vivem, em média, sete anos a menos que mulheres e apresentam maior incidência de certas doenças. Para o urologista do Hospital Brasília Fransber Rodrigues, questões culturais e desinformação ainda são grandes barreiras a ser enfrentadas para que os homens possam adotar uma rotina de cuidados preventivos com a saúde.

De acordo com o especialista, o cuidado com a saúde deve começar desde cedo. “Desde a adolescência é preciso orientar quanto à prevenção de paternidade não planejada e infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, os jovens precisam ser devidamente aconselhados sobre os riscos do tabagismo, uso de drogas e abuso de álcool. Inúmeras neoplasias são desencadeadas por esses hábitos, que geralmente iniciam na juventude”, aconselha.

Em relação aos exames preventivos de rotina, o urologista indica que o monitoramento deve ser iniciado partir dos 40 anos. Eventualmente, em casos de histórico familiar de doenças cardiovasculares, é ideal que se procure um clínico, médico de família ou mesmo cardiologista para realização de avaliação cardiovascular antes mesmo dessa idade. Já o monitoramento preventivo em relação ao câncer de próstata deve ser iniciado a partir dos 50 anos de idade – e aos 45 anos para quem tem histórico familiar da doença.

Por fim, o urologista alerta que, além dos cuidados preventivos com a saúde, existe ainda a necessidade de afastar da rotina hábitos que se tornam fatores de risco para inúmeras doenças, como tabagismo, alimentação ruim e sedentarismo. “O preconceito, a vergonha e as barreiras culturais ainda mantêm os homens longe dos consultórios médicos. Culturalmente homens não costumam buscar assistência médica a menos que apresentem sintomas. E apenas quando esses sintomas já se encontram em estado avançado, tornando menores as chances de recuperação completa. É preciso que a população masculina volte sua atenção para o cuidado preventivo com a saúde, principalmente depois dos 40 anos”, finaliza o médico.


Palavra de quem superou o câncer de próstata e dá o exemplo

Aos 73 anos, José Roque, paciente do urologista Fransber Rodrigues, precisou realizar uma prostatectomia em junho deste ano. Mesmo antes do procedimento, o aposentado, que desde os 45 anos esteve atento aos cuidados preventivos com a saúde, vinha monitorando uma hiperplasia prostática benigna pelos últimos 20 anos.

“Eu sempre fiz o monitoramento desse problema. Faço acompanhamento com o urologista desde os 50 anos. Segui religiosamente todas as recomendações médicas. Entretanto, por conta da pandemia e por não estar sentindo mal-estar, só fiz os exames de monitoramento da doença seis meses depois do prazo estabelecido. Foi tempo suficiente para que o quadro evoluísse tornando necessária a realização da cirurgia”, relata o aposentado.

Hoje, já plenamente recuperado do procedimento, o pai de seis filhos e avô de 13 netos conta que já retornou ao estilo de vida ativo e aconselha familiares e amigos sobre a importância dos cuidados de rotina com a saúde. “Caminho 5km por dia, cuido da minha alimentação, evito os excessos e aconselho meus filhos, sobrinhos e todos que nos cercam sobre a importância do cuidado com a saúde. Não apenas o câncer de próstata, mas muitas outras doenças se desenvolvem em nós, homens, apenas porque não achamos necessário cuidar da nossa saúde antes que os problemas se desenvolvam de forma que seja tarde demais para tratar”, finaliza José.

 

 

Dasa

www.dasa.com.br


NOVEMBRO AZUL: NUTRÓLOGA DO ALBERT EINSTEIN EXPLICA A INFLUÊNCIA DOS ALIMENTOS NA SAÚDE


Em uma época em que a prevenção ao câncer fica em evidência com as campanhas de Outubro Rosa e Novembro Azul, outros tipos de câncer também entram em discussão e merecem atenção. O câncer de próstata, com exceção do câncer de pele, é o mais frequente em homens. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2022, teremos aproximadamente 66 mil casos novos de câncer por ano.

Segundo a Dra. Andrea Pereira, médica nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, uma alimentação saudável e equilibrada é importante para a prevenção desse câncer, com ingestão de menos açúcar, sal, carne vermelha e álcool. O consumo de frutas e hortaliças é um dos pilares da prevenção de todos os tipos de câncer e deve corresponder à metade do nosso prato nas refeições principais.

"A obesidade, que acomete cerca de 41 milhões de brasileiros, é um dos fatores de risco para câncer de próstata. O aumento da insulina, da gordura visceral, da testosterona e da leptina e a redução da adiponectina, ligados à obesidade, estão relacionados ao aumento da incidência desse câncer", explica ela.

Nos últimos anos, a atividade física tem mostrado um papel fundamental não só na prevenção, como também em uma maior resposta ao tratamento oncológico. A prática de, no mínimo, 75 minutos por semana de atividade intensa e 150 minutos por semana de atividade leve a moderada são comprovadamente essenciais para isso.

"O exercício físico regular promove uma maior resposta da químio, radio e imunoterapia no tratamento dos tumores malignos, potencializando o efeito dessas terapêuticas. Além disso, ajuda em um maior controle do peso, reduz o risco de outras doenças crônicas, melhora a massa muscular e reduz a gordura visceral", reforça a nutróloga.

A perda da massa muscular intensa que pode ocorrer na pessoa com câncer está correlacionada com uma maior mortalidade, mais complicações pós-operatórias, tais como, infecção, mais efeitos colaterais da quimioterapia e mais dias de internação, portanto a prática regular de exercício reduz essa perda muscular e melhora o prognóstico do paciente.

Outro benefício da atividade física é a redução da resistência à insulina, cujo aumento também é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer, como citado anteriormente, e um fator de mal prognóstico para quem está com câncer.

A médica nutróloga que é adepta ao conhecimento como fonte de empoderamento, lançou recentemente o livro Dieta do Equilíbrio - a melhor dieta anticâncer.

O livro é baseado em dados científicos para provar essa relação da nutrição com o câncer e traz informações relacionadas não só aos alimentos como também à influência de vitaminas, atividades físicas e até mesmo o papel das mídias sociais e da internet nessa orientação alimentar.

 

Andrea Pereira - @dra.andrea.nutrologia - Médica nutróloga, Dra. Andrea Pereira tem Doutorado pela Endocrinologia da UNIFESP em Obesidade e Cirurgia Bariátrica, Pós-Doutorado concluído pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa e outro em andamento na Medicina Esportiva da USP. Ela é também médica nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, além de presidente e cofundadora da ONG Obesidade Brasil. Dra. Andrea é membro da Comunidade Canadense de Terapia Nutricional e membro do Núcleo de Cuidado Paliativo e Suporte da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. No consultório, atende casos de Nutrologia Esportiva, Geriátrica, Oncológica, Hospitalar, Obesidade, Gestantes e Preventiva.

Podcast no Spotify: Nutrologia em Pauta

Dezembro laranja, conheça 10 fatores de risco para o câncer de pele

Dermatologista alerta para sinais nem sempre muito conhecidos da população


O mês de dezembro ficou mundialmente conhecido como Dezembro Laranja, período de conscientização da população sobre os riscos e a prevenção do câncer de pele.

Por vivermos em um país tropical, no qual a incidência solar é alta, o tumor do tipo não-melanoma é o mais comum no Brasil, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de câncer segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acontece que 3% dos tumores de pele são do tipo melanoma, mais raro e agressivo, que pode causar metástase e até a morte.

O uso do protetor solar adequado ao tipo de pele evita esse tipo de câncer, não se expor ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16 horas) e fazer avaliação anual das pintas com um dermatologista, também são medidas protetivas. Mas, quais são os fatores de risco da doença?

Segundo a médica dermatologista Dra. Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além da exposição solar, há mais 10 fatores que nem todo mundo conhece. Ela descreve um pouco de cada um deles a seguir:

1. Pintas: "uma pinta ou marca de nascença é um tumor benigno", diz a médica. A maioria surge em crianças e adultos sem grandes problemas, mas "pessoas com muitos desses sinais têm um risco aumentado para desenvolver o melanoma", alerta.

2. Pintas displásicas: são atípicas e, muitas vezes, parecem com pintas normais, mas têm características do melanoma. "Elas são maiores e têm uma forma ou cor anormal. Podem aparecer na pele que é exposta ao sol, bem como na pele que, normalmente, está coberta, como nádegas ou couro cabeludo. Algumas pintas displásicas podem evoluir para melanomas", descreve Dra. Maria Paula.

3. Pintas congênitas: as pintas de nascença são chamadas de pintas melanocíticas congênitas e o risco de virar um melanoma varia de 0% a 5%, dependendo do tamanho. Quanto maior a pinta, maior o risco.

4. Pele clara, sardas e cabelos claros: "o risco de melanoma é maior para brancos do que para os negros. Os brancos com cabelos ruivos ou loiros, olhos azuis ou verdes ou pele clara com sardas ou que se queimam facilmente têm um risco aumentado para a doença."

5. Histórico familiar: segundo a dermatologista, cerca de 10% dos pacientes com melanoma têm histórico familiar da doença. "Por isso é recomendável que os familiares próximos, como pais, irmãos e filhos, façam autoexame rotineiramente, consultem o dermatologista regularmente e reforcem a proteção solar", diz a médica.

6. Histórico individual: pessoas que tiveram melanoma têm risco aumentado para desenvolver novos tumores. Do mesmo modo, quem já teve câncer de pele basocelular ou espinocelular também têm risco aumentado de contrair melanoma.

7. Imunossupressão: pacientes que passaram por transplante, que sejam HIV positivo ou que façam tratamentos que afetem severamente o sistema imune, podem desenvolver melanomas.

8. Idade: "o melanoma é um dos cânceres mais comuns em pessoas com menos de 30 anos, especialmente em mulheres. Em casos familiares, o melanoma pode ocorrer em faixas etárias ainda menores", explica Dra. Maria Paula.

9. Gênero: antes dos 50 anos, o risco é maior para as mulheres; depois dos 50, o risco é maior em homens.

10. Xeroderma pigmentoso: Dra. Maria Paula conta que essa é uma condição rara e hereditária, resultante de um defeito em uma enzima que normalmente repara danos ao DNA. Pessoas com esta condição apresentam maior risco de desenvolver melanoma e outros cânceres de pele em uma idade jovem, principalmente em áreas da pele expostas ao sol.

A prevenção ainda é a melhor forma de lidar com o câncer de pele e pode ser feito por todos. O tratamento da doença pode incluir medicação, cirurgia e até quimioterapia.

 

 

Dra. Maria Paula Del Nero -  CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. • Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; • Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; • Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; • International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; • Diretora da Clínica Healthy Dermatologia.


Asma Grave sem tratamento é um perigo

Pode até parecer fatalista, mas precisamos entender a importância de buscar tratamento adequado e, também, de não interromper o tratamento da asma grave, uma forma mais severa da asma. Mesmo porque, se tratada corretamente, a asma grave pode ser controlada e o paciente, que antes sofria com muitas exacerbações e constantes internações, pode levar uma vida normal, mantendo uma rotina de exercícios físicos e atividades do dia-a-dia.

Primeiramente, o paciente precisa ter um diagnóstico para sua asma. A asma grave é uma forma muito mais agressiva da doença. É como dizer que o paciente que sofre com asma tem os bronquios mais sensíveis e inflamados¹, podendo apresentar sintomas frequentes, despertar noturno, limitação para atividades físicas, visitas a salas de emergência e internações..

A classificação da asma como sendo grave é feita mediante análise clínica juntamente com os resultados dos exames. Importante salientar que a gravidade da asma pode mudar com o tempo, fazendo-se necessário o ajuste na medicação.

A asma, uma enfermidade crônica, atinge adultos e crianças. Em todo mundo, estima-se que 300 milhões de pessoas convivam com a doença, sendo que de 3% a 10% sofrem com a forma mais grave da doença⁴. Já no Brasil, as estimativas apontam para 20 milhões. Informações do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), ligado ao Ministério da Saúde, apontam para uma média de 350 mil internações por ano. A maioria das mortes por asma estão relacionadas a falta de acesso às terapias ou não cumprimento do tratamento pelos pacientes.

Por isso, os pneumologistas enfatizam a importância da educação para desmitificar a doença. As pessoas preferem não lidar com um tratamento contínuo e diário, pois acreditam que a asma pode demonstrar socialmente uma espécie de incapacidade ou fraqueza. E, também, associam a doença às famosas "bombinhas", usadas para controlar as exacerbações, com uma idéia errônea de que podem fazer muito mal.

No entanto, se esquecem de que a descontinuação do tratamento pode ser pior e agravar ainda mais a asma. A ciência evoluiu muito. E, com os tratamentos regulares disponíveis hoje em dia, muitos pacientes conseguem ter uma vida normal.

Além dos tratamentos tradicionais e os com base em corticoides, vem ganhando destaque também as terapias à base de imunobiológicos. Algumas terapias, inclusive, já têm cobertura dos planos de saúde e do SUS ⁶. Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Asma no Sistema Único de Saúde (SUS). O documento insere novas tecnologias no tratamento da doença, bem como mecanismos de controle clínico, acompanhamento e verificação de resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores da rede pública de saúde.

Não há razão para interromper um tratamento de uma doença como a asma grave, mesmo que haja receios relacionados à "exposição" social e riscos dos medicamentos (que são mínimos). O tratamento adequado, usado de forma correta e sem interrupções evitará exacerbações da asma, fazendo com que a bombinha precise ser cada vez menos usada para resgate.

 

 

Dr Paulo Pitrez (CRM RS 20324) - pneumologista pediátrico do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, e presidente do Grupo Brasileiro de Asma Grave (BraSA).


Festas de final de ano, como evitar a intoxicação alimentar e qual a diferença da alergia alimentar

Médica explica como prevenir e tratar quadros de intoxicação causados por bactérias, fungos, vírus e suas toxinas, presentes em alimentos crus e preparados sem os devidos cuidados


A intoxicação alimentar, como explica a médica alergista e imunologista Brianna Nicoletti, formada pela Universidade de São Paulo (USP): "é uma doença causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, parasitas, por fungos ou toxinas. A contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e/ou o armazenamento da água ou dos alimentos".

Nas festas de final de ano, quando há grande variedade de pratos, é bastante comum devido ao consumo de alimentos crus, como o ovo, presente na maionese e em alguns doces, o qual é facilmente contaminável; por conta da forma de oferecer os pratos, deixando-os muito tempo expostos e sem a refrigeração necessário, como em buffets; e o terceiro principal fator é a manipulação da comida ou seu armazenamento de forma inadequada.


Sintomas e ações a tomar

Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a ingestão de algo contaminado, variando de acordo com o micro-organismo causador. "O intervalo, no geral, vai de duas a 72 horas para o início dos sintomas", explica a médica. Porém, os sintomas sempre são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. "Nos quadros mais graves, ocorrem queda da pressão arterial, desidratação e perda de peso", enumera.

O primeiro passo, ao sentir um dos sintomas, é fazer repouso e ingerir muito líquido (principalmente água, água de coco e isotônicos, e evitar bebidas gaseificadas com excesso de sódio. "Quando há risco de desidratação (com vômitos e diarreia), há medicamentos para controlar as náuseas e é necessário procurar ajuda médica para repor líquidos e sais por via endovenosa", indica Brianna.

A boa notícia é que a grande maioria das intoxicações são consideradas leves e duram poucos dias. "As infecções bacterianas com colites e desidratação podem durar mais tempo. E, eventualmente, poderá ser necessário tratamento mais prolongado com antibiótico", indica a médica. Daí a importância de consultar um médico para avaliar a gravidade e a necessidade do uso de medicamento.

Os vilões das festas e como prevenir a doença

Ovos (principalmente, pouco cozidos ou crus), massa folhada, leite, peixe e frutos do mar, carnes de porco ou processadas e embutidas (por exemplo, o presunto), e legumes e frutas lavados com água contaminada costumam ser os causadores mais comuns da intoxicação alimentar.

O primeiro ponto determinante para evitar as contaminações está no cuidado com a água. "A prevenção das intoxicações está diretamente associada ao saneamento básico, ou seja, à boa qualidade da água para o preparo dos alimentos; aos cuidados ao cozinhar e armazenar, isto é, o modo de embalar e conservar em freezer ou geladeira; e a medidas básicas de higiene de quem os consome, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro", explica a especialista. Outra dica é nunca consumir alimentos em conserva com embalagens estufadas ou amassadas".


Diferença entre intoxicação e alergia alimentares

Vale distinguir a diferença que existe entre a alergia alimentar e a intoxicação alimentar. "A alergia ocorre quando nosso sistema imunológico passa a entender uma parte da estrutura do alimento como ‘alergênica’ e estranha, e responde com a produção de anticorpos (chamado de IgE) ou células, gerando um processo inflamatório", explica a médica.

A alergista detalha ainda que uma vez sensibilizado o organismo, o risco de uma reação alérgica mais grave, em um contato futuro existe, inclusive ao ter contato com uma mínima quantidade daquele alimento. "Mas, da mesma forma, as transformações frequentes do sistema imunológico podem trazer novas sensibilizações ao longo da vida, e pode também acontecer o que chamamos de ‘tolerância’ e, assim, depois de algum tempo, deixar de ter a alergia daquele alimento". Os que mais causam alergias em adultos são: camarão, frutos do mar, amendoim, castanhas; nas crianças, são leite, ovo, soja, milho e trigo.

 


Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Lesões de pele são comuns e podem trazer complicações

 21 de novembro é o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão, data foi instituída para sensibilizar sobre a importância de evitar este problema, bastante comum nos pacientes acamados, como nos quadros mais graves de Covid-19

 

Lesões de pele por pressão são comuns em pessoas que estão restritas ao leito e podem trazer graves complicações aos pacientes, caso não sejam tomadas medidas preventivas. Com a pandemia de Covid-19, o número de pacientes acometido com forma grave da doença, no período de recuperação, aumentou consideravelmente, o índice de surgimento de lesão por pressão. Em função da importância de se evitar complicações, o dia 21 de novembro foi instituído como o Dia Mundial da Prevenção de Lesão por Pressão.

A exemplo de Cleonice Fátima dos Santos Pascoal, internada na atenção domiciliar para tratamento de lesão por pressão, paciente de 51 anos que foi acometida pela doença da forma mais grave. Durante o   período longo (60 dias) no hospital em função da Covid-19, sendo 15 dias desenvolveu uma lesão de pele por pressão que rapidamente se tornou extensa, cavitária com necessidade de tratamento coberturas especiais.

“Foi muito rápido, pois em cerca de 13 dias abriu uma ferida na minha pele que era muita grande e trazia muita dor e desconforto. Ainda no hospital foi solicitado o tratamento com curativo a vácuo (VAC). Em casa, seguimos com o home care e hoje já são ao todo 5 meses de tratamento”, conta Cleonice. “É algo que causa muita dor, desconforto e faz a gente se privar de muita coisa, além dos riscos à saúde. O tratamento em domicílio, com os curativos, trocas de posição e visitas da enfermagem que me proporcionaram que eu conseguisse melhorar e hoje estar quase curada”, complementa.

A lesão por pressão é um evento adverso relacionado à saúde, caracterizado por um dano na pele ocasionado em regiões com protuberâncias ósseas ou áreas com dispositivos médicos que ficam em tempos prolongados sob pressão. Isso impede a circulação sanguínea e gera a destruição do tecido. O problema acomete principalmente pessoas acamadas, cadeirantes ou aquelas com restrições ou impossibilitadas de mudar de posição.

A enfermeira Estomaterapeuta Ana Gonzaga, coordenadora do Programa Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele da S.O.S. Vida, pontua que estas lesões decorrente de pressão, quando não tratadas corretamente, podem provocar agravamentos a saúde do paciente, como infecções, comprometimento de órgãos e até morte do indivíduo.

“Aos pacientes acometidos pelo Covid 19, a prevenção tem diversos entraves. O risco do desenvolvimento de LP relacionadas a posicionamento no leito, que já era relatado como uma das principais complicações e ganhou destaque no contexto da doença. Além disso, muitas vezes o paciente está em uso de equipamentos, como respiradores, oximetria de pulso ou oxigenoterapia, que provocam pressão podendo causar lesão”, aponta Ana Gonzaga.

Segundo a enfermeira da S.O.S. Vida, Mirla Rodrigues, na prevenção dessas lesões é preciso seguir alguns cuidados, como identificar e avaliar diariamente a pele nos locais de risco, como os principais pontos de pressão: cotovelo, dorso, calcâneos, trocanteres (lateral do quadril), maléolos (ossos entre o pé e a perna, glúteos, escapulas, ísquios (ossos das nádegas), occipital (cabeça), orelhas.

“Um sinal de alerta de que é o momento de pedir ajuda para reforçar a prevenção é a vermelhidão. Quanto percebe-se que alguma dessas regiões apresenta essa característica é um indicativo de a pressão pode estar afetando a oxigenação do sangue, podendo gerar a lesão”, detalha Mirla.  

Ana Gonzaga reforça a importância das mudanças de decúbito, ou seja, da posição corporal na cama, uso de suporte que promova a redistribuição de pressão, além de fazer uso de dispositivos auxiliares para o posicionamento, tais como coxins (espuma em formato de caixa de ovo) e travesseiros para alívio de pressão. Essas práticas têm como objetivo reduzir a pressão em uma única região do corpo.

“Também é preciso manter a pele limpa e seca através de higienização com produtos de limpeza adequados, com PH levemente ácido e estabelecer horários (a cada 2 horas ou menos e acordo com a necessidade do paciente) e técnicas de reposicionamento”, salienta.


Alimentação

Outro ponto de grande relevância que pode auxiliar no tratamento e prevenção é a alimentação. O Protocolo de Nutrição para tratamento de feridas, criado pela S.O.S. Vida, indica a ingestão de líquidos e alimentos que favoreçam o colágeno – que fortalece os tecidos -, e uma dieta baseada em proteína, vitamina C e minerais como zinco e ferro, pois ajuda a construir colágeno para recuperar o tecido cutâneo. Essa dieta pode ser obtida com alimentos naturais ou com o auxílio de suplementos, a depender de cada caso.

“A alimentação adequada é um importante recurso para regenerar áreas já afetadas por lesões, mas também para fortalecer o organismo”, aponta a coordenadora do programa.


Saúde pública

Reduzir a lesão por pressão é uma das 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde (OMS). A medida foi tomada em razão da alta incidência de complicação relacionada a esse tipo de lesão no mundo, sendo considerado um problema de saúde pública.

O diagnóstico da lesão por pressão é simples, partindo de uma inspeção diária na pele, observando a presença de áreas avermelhadas, não branqueáveis a pressão, comuns em região de proeminências ósseas (sacra, quadril, calcanhares, região dorsal, orelhas).

Para indicar o risco de desenvolvimento de lesões de pele, é utilizada a escala de Braden, ferramenta desenvolvida por Barbara Braden e Nancy Bergstrom, com o objetivo de ajudar os profissionais de saúde a avaliar o risco de um paciente desenvolver úlcera por pressão. As alterações de pele dos pacientes são registradas, acompanhadas e monitoradas, sendo aplicadas as medidas preventivas de acordo com a necessidade de cada um.

Estima-se que cerca de 59% dos pacientes acamados desenvolvem alterações na pele chamadas de lesões por pressão. Para diminuir o número de ocorrências e garantir maior conforto aos seus pacientes, a S.O.S. Vida instituiu o Programa Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele. O objetivo do programa é envolver cuidadores, familiares e a equipe multiprofissional para assegurar que todas as medidas de prevenção de lesão sejam seguidas.


ENEL DISTRIBUIÇÃO SÃO PAULO: O QUE ABRE E FECHA NO FERIADO DE 15 DE NOVEMBRO

       Lojas de atendimento em toda área de concessão estarão fechadas na segunda-feira (15);

 

       Canais digitais funcionarão normalmente  

 

Devido ao feriado nacional do Dia da Proclamação da República, na próxima segunda-feira (15/11), as lojas de atendimento presencial da Enel Distribuição São Paulo nos 24 municípios da sua área de concessão estarão fechadas, retornando às atividades na terça-feira, 16/11, das 8h30 às16h30.  

Apesar de as lojas não funcionarem, os clientes terão à disposição os demais canais de atendimento para registrarem as suas solicitações. Os consumidores podem entrar em contato com a companhia por meio da Agência Virtual (https://www.enel.com.br/ptsaopaulo), do aplicativo Enel SP, disponível gratuitamente para iOS (https://apple.co/2VpYh8q) e Android (http://bit.ly/2VmOsIj), do WhatsApp Elena (2199601-9608) e do Call Center (0800 72 72 120 – atendimento comercial – e 0800 72 72 196 – atendimento emergencial).

 

Prestação de serviço 24h: 

 

              Central de Atendimento Comercial (0800 72 72 120): Consulta de débito, segunda via de conta, religação, pedido de novas ligações, débito automático, oscilação de voltagem, consumo elevado e suspensão do fornecimento de energia. 

 

              Central de Atendimento de Emergência (0800 72 72 196): Informações sobre falta de energia, casos de fios partidos, postes ou problemas na rede de distribuição.

 

              Os clientes podem ainda falar com a Enel SP por meio do WhatsApp, enviando um “Olá” para o número (21) 99601-9608. A atendente virtual Elena atende e oferece serviços como falta de energia, consulta de débitos e envio de 2ª via da conta, além de tirar dúvidas sobre as perguntas mais frequentes.


Atividades que exigem proximidade com público foram as que mais inovaram

Mais de 70% das empresas ligadas à educação, beleza e academias funcionam bem com mudanças ocasionadas pela pandemia


Para superar os desafios impostos pela pandemia do coronavírus, os pequenos negócios precisaram se reinventar e adquirir novos hábitos e tecnologias para manter suas portas abertas. E os que mais funcionam com adaptações são justamente os que mais precisavam da presença física do cliente, segundo a 12ª pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entre as empresas que estão funcionando com adaptações, em primeiro lugar está a atividade composta por Academias e Atividades físicas (73%), seguida pelas empresas de Educação (71%) e Beleza (70%). Essas três atividades que estão bem acima da média detectada pela pesquisa: 59% das empresas que estão funcionando com mudanças por causa da crise. Quando analisado apenas o grupo das empresas que funcionam da mesma forma antes da pandemia, em primeiro lugar está o segmento de oficinas e auto peças, em segundo, a Indústria e em terceiro a Saúde.

De acordo com o analista de Competitividade do Sebrae Alberto Vallim, grande parte dessas modificações na forma de atuação continuarão mesmo após o fim da pandemia, principalmente as que giraram em torno da digitalização. “Quando falamos de automação no atendimento, autoatendimento, delivery e uso de aplicativos, por exemplo, estamos falando de inovações que agilizaram os serviços, aumentaram a eficiência e reduziram os custos - e essas, com certeza, serão incorporadas definitivamente no dia a dia das empresas”, observa o analista.

Vallim revela que as empresas que criaram produtos diferenciados e atendimentos exclusivos para clientes também devem manter as inovações. “Muitas empresas começaram a atender nichos como vegetarianos, veganos, a vender produtos com certificação de origem ou insumos de qualidade, a prestar serviços criados para grupos específicos e, com isso, obtiveram bons resultados”, afirma o analista, ressaltando que nem todas as inovações serão incorporadas.

Sobre os hábitos de distanciamento, uso do álcool em gel e medidas de maior higienização, o analista do Sebrae acredita que grande parte dos restaurantes e supermercados, por exemplo, continuarão com a adoção dessas medidas, mesmo quando não houver mais a pandemia, pois muitos consumidores já aprenderam que esse tipo de higienização é importante. “Em alguns segmentos essa prática permanecerá, mas nem todos os estabelecimentos terão condições de continuar, uma vez que representa um custo extra e é importante saber se os seus clientes podem e querem pagar a mais por isso”, comenta Vallim.


Posts mais acessados