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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Windows 11: Uma nova era para o PC começa hoje

Atualização gratuita para o Windows 11 começa hoje, 5 de outubro, e será realizada em fases

O novo design e sons do Windows 11 buscam transmitir simplicidade e tranquilidade. 

É o sistema operacional ideal para o trabalho híbrido, proporcionando uma experiência de usuário adaptada à realidade atual. 

 

Hoje mais do que nunca, nossos computadores são mais do que processadores de texto e plataformas de aplicativos – eles são a porta que nos leva a tudo e a todos. E com a disponibilidade do novo Windows 11, elimina-se de uma vez por todas a complexidade para trabalhar, estudar, jogar e criar novas realidades.  

A experiência do Windows 11 começará em 5 de outubro com a atualização que será feita em fases para oferecer o Windows 11 – assim como fizemos com as atualizações do Windows 10 – e, a partir deste momento histórico, todos poderão se beneficiar de um novo Windows e fazer mais tarefas com menos cliques e toques.   

Para o Diretor de Produtos para Windows e Dispositivos da Microsoft, Panos Panay: "Toda a experiência de usuário do Windows 11 aproxima você de quem ama, capacita você a produzir e inspira você a criar. O Windows 11 proporciona uma sensação de calma e abertura. Oferece um lugar onde você se sente em casa. É seguro e foi concebido para você se concentrar em si mesmo, incluindo o novo menu inicial, a barra de tarefas, os sons, as fontes e os ícones. Nossa equipe pensou em cada pixel e detalhe para proporcionar uma experiência mais moderna e atraente.”  

À medida que olhamos para o futuro – para o próximo ano e além –, enxergamos o computador desempenhando um papel relevante e duradouro em nossas vidas, seja para trabalhar, criar, conectar, aprender ou jogar.  

"Cada um dos nossos parceiros foi fundamental para dar vida ao Windows 11. Nenhum outro ecossistema tem a amplitude e escala do ecossistema Windows para atender às necessidades das pessoas, sejam criadores, desenvolvedores, alunos e professores, empresas e jogadores – a qualquer faixa de preço e em qualquer dispositivo. Nossos parceiros têm PCs Windows 10 elegíveis para a atualização gratuita e a partir de outubro oferecerão o Windows 11 em uma ampla variedade de dispositivos, de diferentes formas e tamanhos, com novos lançamentos nos próximos meses", disse Adriano Galvão, Vice-Presidente de Vendas ao Consumidor da Microsoft Brasil. 

A partir de 5 de outubro e nos próximos meses estarão disponíveis no país dispositivos compatíveis com Windows 11 da Acer, Asus, Dell, HP, Lenovo, Multilaser, Positivo e Samsung. 

O aplicativo Verificação de integridade do PC está disponível para verificar se o seu PC com Windows 10 é elegível para a atualização gratuita. O blog do Windows está disponível com todas as informações sobre a implementação da atualização.  


Windows 11 - Aproximando você do que ama 



O Windows 11 foi concebido para colocar você no centro. Com o botão Iniciar no centro, você tem acesso rápido ao conteúdo e aos aplicativos nos quais está interessado, e graças ao poder da nuvem e do Microsoft 365 (vendidos separadamente), você pode ver os arquivos recentes nos quais tem trabalhado, independentemente do dispositivo que estava usando, mesmo que fosse um dispositivo Android ou iOS. 

Para aproximar você do conteúdo e das informações em que está interessado, estamos introduzindo o Widgets: um novo feed personalizado baseado em IA e na web. Você pode abrir seu feed personalizado com um clique ou deslizando o dedo da esquerda para a direita, sem qualquer interferência, pois os widgets deslizam pela tela como numa folha de vidro. Quer você esteja verificando seu calendário do Outlook, conferindo sua lista de tarefas pendentes, acompanhando as manchetes mais recentes, vendo a previsão do tempo ou revendo suas fotografias favoritas no OneDrive, os widgets trazem tudo que importa para a ponta dos seus dedos.   



O chat do Microsoft Teams ajuda você a ficar próximo de quem é importante na sua vida. Com um simples clique, você pode utilizar uma conta pessoal para conversar, fazer uma chamada por voz ou vídeo para amigos, familiares e outros contatos, independentemente do dispositivo ou da plataforma: Windows, Mac, Android ou iOS. O Microsoft Teams não é apenas para pessoas com dispositivos inteligentes; amigos e familiares podem participar da conversa por meio de mensagens de texto via SMS. Além disso, você pode abrir a experiência completa do Microsoft Teams diretamente no Chat para agilizar seus planos com agendamento de eventos, pesquisas rápidas, compartilhamento de arquivos e muito mais. 

A nova Microsoft Store no Windows não só trará ainda mais aplicativos, como também facilitará a descoberta de novos conteúdos com histórias e coleções selecionadas. Novos aplicativos estão disponíveis hoje na Microsoft Store no Windows, como Canvas, Disney+, Zoom, Epic Game Store e muito mais. Para saber mais sobre o que há de novo na Microsoft Store, visite o blog



Capacitando a sua produtividade e despertando sua criatividade 

Agora, mais do que nunca, podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo em nossos PCs, algumas delas com múltiplos monitores e guias no navegador, como editar documentos no Word ou no PowerPoint. Como novidade no Windows 11, apresentamos Layouts de Ajuste, Grupos de Ajuste e Áreas de Trabalho para oferecer uma maneira ainda mais poderosa de ajudar você a executar várias tarefas e ficar por dentro de tudo que precisa fazer.



Os Layouts e Grupos de Ajuste otimizam o espaço da tela de uma forma visualmente mais limpa, com novos designs de três colunas para telas maiores. Com as áreas de trabalho, você pode criar áreas de trabalho individuais que exibem diferentes conjuntos de aplicativos para se manter organizado e focado, criando espaços separados em sua casa e até personalizando cada área de trabalho com seu próprio nome e papel de parede. 


Windows 11 para todos 

Desde o início do desenvolvimento do Windows 11, o fator acessibilidade foi levado em consideração, com revisões de design e novos recursos. Assim, o Windows 11 é a versão mais inclusiva do Windows, construído por e para pessoas com deficiência. Oferecendo tecnologias de assistência do Windows, como Narrador, Lupa, Legendas e Reconhecimento de Voz, para apoiar pessoas de todo o espectro de deficiências. Para obter mais informações sobre acessibilidade no Windows 11, visite o blog.  



A experiência de toque também foi transformada no Windows 11 quando você usa um tablet sem teclado. Agora haverá mais espaço entre os ícones na barra de tarefas, com objetos de toque maiores e sinais visuais sutis para facilitar o redimensionamento e o movimento das janelas, além de adicionar gestos.  

A equipe de design também habilitou a tecnologia haptic no Windows 11 para que o uso da caneta seja ainda mais imersivo, permitindo que você escute e sinta as vibrações à medida que clica e edita ou desenha.  

Com o tempo que passamos em nossos PCs, às vezes queremos escrever no computador usando a voz. Novas melhorias na escrita por fala foram introduzidas no Windows 11. Agora, com a escrita por voz, o seu PC reconhece o que você diz, e até pontua frases automaticamente para você.  


Para desenvolvedores, o Windows 11 oferece novas ferramentas e recursos 

Com o Windows 11, a Microsoft se esforçou para tornar o Windows uma plataforma mais aberta, pensando não só no processo de desenvolvimento, mas também nas ferramentas e funcionalidades necessárias para a criação de aplicativos incríveis.  Com o Windows 11, os desenvolvedores podem criar aplicativos com as ferramentas, frameworks e linguagens que conhecem e adoram.   


O Windows 11 foi projetado para jogos 

O Windows 11 foi concebido para jogos, com recursos inovadores que podem levar sua experiência de jogo em PC para outro patamar. Se o seu PC tiver uma tela compatível com HDR, o Auto HDR atualizará automaticamente mais de 1000 jogos DirectX 11 e DirectX 12 para uma gama muito mais ampla de cores e brilho. O Windows 11 também inclui a capacidade de ativar ou desativar o HDR automático por jogo.


O Windows 11 também inclui suporte a DirectStorage, um recurso introduzido pela primeira vez nos consoles Xbox Series X e Xbox Series S. Quando combinado com uma unidade de estado sólido NVMe e GPU DirectX 12, os jogos que implementam DirectStorage podem se beneficiar de tempos de carregamento reduzidos e renderizar universos de jogo mais detalhados e expansivos. 

Você poderá integrar o Windows 11 ao aplicativo Xbox para navegar, baixar e jogar mais de 100 jogos de PC de alta qualidade com o Game Pass para PC (assinatura vendida separadamente). Membros do Xbox Game Pass Ultimate também podem jogar mais de 100 jogos do console Xbox no PC sem esperar pelo download, graças ao poder do Xbox Cloud Gaming (Beta) com o aplicativo Xbox. 


Capacitando as forças de trabalho híbridas e as salas de aula do futuro 

O Windows 11 é o sistema operacional para modelos híbridos trabalho e aprendizagem. Com a rápida aceleração da transformação digital que vimos nos últimos 19 meses, é fundamental que as organizações hoje sejam resilientes e flexíveis. A mudança para o trabalho híbrido, no qual a jornada de trabalho está sempre mudando, enfatizou a importância de um sistema operacional flexível, contínuo, seguro e que funcione da maneira como você trabalha. É por isso que o Windows 11 está alicerçado sobre a base consistente, compatível e familiar do Windows 10, de fácil gerenciamento para a equipe de TI. A partir de 5 de outubro, as organizações podem começar a migrar para o Windows 11 em PCs poderosos, ou através da nuvem com o Windows 365 ou o Azure Virtual Desktop. Para saber mais sobre como o Windows 11 pode capacitar sua força de trabalho híbrida, visite o blog do Microsoft 365.  


O Windows 11 foi concebido para proteção – desde o chip até a nuvem  

A Microsoft realizou uma pesquisa com tomadores de decisão da área de segurança de diversos setores nos Estados Unidos e descobriu que 75% dos executivos, vice-presidentes e CEOs sentem que a mudança para o trabalho híbrido deixou sua organização mais vulnerável a ameaças à segurança.  

Este último ano mostrou que a segurança deve estar incorporada no hardware, no chip e até a nuvem. Na verdade, 80% dos entrevistados acreditam que o software por si só não oferece proteção suficiente contra ameaças emergentes. Por esse motivo, o Windows 11 foi desenvolvido com foco na segurança para enfrentar os desafios deste novo ambiente de trabalho e outros que estão por vir. Leia mais no blog de segurança


Confira esse e outros materiais oficiais na página do Windows 11 no News Center da Microsoft Brasil

 


Imagens: Microsoft


Com o aumento do trabalho remoto, isolamento acústico é essencial para a produtividade

Freepik

Um bom isolamento acústico pode servir para residências, como ambientes de trabalho e estudo, e para locais corporativos para apresentações e reuniões

 

A busca pela qualidade acústica dos ambientes ganhou maior destaque com a pandemia e a necessidade dos trabalhos remotos, especialmente no que se refere à concentração em casos de barulhos externos. Segundo o engenheiro e membro da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), Gilmar Luiz Pacheco Roth, embora não existam dados concretos, é possível observar que desde julho de 2013, quando a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais (NBR 15575) entrou em vigor, o setor de incorporação passou a pensar na qualidade acústica de seus prédios.

“A indústria, prontamente, passou a investir no desenvolvimento de materiais acústicos, elementos e sistemas, tanto de isolamento, como mantas, quanto na melhor performance de esquadrias e elementos de vedação, muitos destes sendo certificados”, afirma.

Já os construtores, segundo ele, passaram a investir em medições acústicas em obras, para certificação do desempenho das opções escolhidas. Paralelo às ações citadas, consultorias especializadas e ensaios laboratoriais específicos para produzirem parâmetros na qualidade acústica dos prédios, tiveram um crescimento considerável por solicitação dos construtores.

O especialista explica que o isolamento acústico está diretamente relacionado ao controle de ruído, seja por via estrutural de um prédio ocasionado por vibrações de algum equipamento mecânico, ou ruído aéreo, produzido por inúmeras fontes, móveis ou fixas. Já o conforto acústico é o resultado obtido através do isolamento acústico de um ambiente, e pode ser combinado com o condicionamento acústico, que se refere à qualidade dos sons produzidos num ambiente interno e sua propagação no recinto e cuida do controle do tempo de reverberação (ECO).

“A acústica bem projetada de um ambiente para desempenho de atividades laborais, é fundamental para a produtividade e bem-estar dos usuários. Acústica e saúde andam juntas, pois uma das vantagens de um ambiente bem projetado acusticamente é a contribuição para melhorar a concentração e a diminuição do estresse, geralmente causado por ruídos excessivos, conversas paralelas, equipamentos ruidosos e outras situações conflitantes de trabalho, muito comuns nos meios corporativos”, acrescenta.

 


Fernanda Calegaro

 

Consultora ajuda mulheres a serem donas do seu dinheiro

Especialista em finanças dá dicas para quem quer atingir independência financeira


Independência financeira, para a mulher, vai além de uma vida confortável ou uma aposentadoria tranquila, representa liberdade de escolha. “Lidar com o dinheiro, fazer escolhas e ter autonomia sobre o que produz tem sido o desafio de milhares de mulheres, independentemente da profissão ou estado civil”, conta a consultora financeira e administradora com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, Patrícia Donato.

Especializada em ajudar mulheres a serem donas do próprio dinheiro, Patrícia ressalta que é preciso engajamento, disciplina e constância. “O mais difícil é mudar hábitos e rever nossa relação com o dinheiro. No caso das mulheres, enfrentamos ainda toda a carga que a sociedade traz, como os preconceitos de que elas ‘não nasceram para o mercado financeiro’ ou ‘não são boas com números’. Um dos bloqueios para elas serem as donas do próprio dinheiro é justamente não acreditarem em si mesmas”, comenta.

Estudiosa da economia comportamental, Patrícia mantém canais na internet com dicas e assessora mulheres para que consigam negociar dívidas, planejar o orçamento e conquistar as metas estabelecidas. “O objetivo é atingir o equilíbrio. É preciso saber ganhar dinheiro, preservar e montar um patrimônio para o futuro sem esquecer de usufruir do dinheiro enquanto temos saúde e sonhos”, resume.

Engajamento, disciplina e constância são essenciais às
mulheres que querem ser donas do seu dinheiro (Depositphotos)


Dicas

O primeiro passo é identificar as receitas, com os impostos já descontados, e os gastos fixos e variáveis. “Seja em aplicativo, caderno ou planilha, é preciso registrar todos os gastos para termos ideia exata para onde nosso dinheiro vai parar”, ensina.

O próximo passo é identificar o que pode ser cortado do orçamento para reduzir despesas. “É preciso cuidado para não cortar algo que seja fundamental para o seu bem-estar. A ideia do planejamento é que ele se sustente pelo período necessário para você atingir suas metas e isso pode demorar anos. Se isso trouxer sofrimento, há chance de não ser levado adiante”, explica a especialista.


Metas

Outro fator importante é definir seus objetivos. “Comprar uma casa, carro, uma viagem ou apenas economizar para a aposentadoria. Seja qual for o objetivo, é preciso traçar metas e um plano para atingi-las”.

Tudo isso, no entanto, só é possível por meio de um processo de reeducação financeira. “Dinheiro não precisa ser um tabu, falar sobre finanças é o caminho para a educação financeira e para o planejamento adequado aos seus objetivos. Mas a chave para atingir suas metas é o comprometimento”, finaliza.




Patricia Donato - consultora financeira e administradora

 

Controle financeiro é a principal razão de 86% dos brasileiros preferirem serviço de telefonia pré-pago

Os produtos pré-pagos continuam sendo a opção preferida dos brasileiros, pois ajudam a administrar melhor as finanças


O Brasil está entre os maiores usuários de serviços de telefonia pré-pagos em todo o mundo, quando comparados às outras grandes economias em desenvolvimento, de acordo com a segunda edição do Global Pre-Paid Index (GPI) da Ding. A pesquisa apontou que 86% dos brasileiros utilizam o serviço pré-pago, atrás apenas da Arábia Saudita (89%), entre os países pesquisados. Isso é maior que os 82% que usam serviços pré-pagos no México, país relevante no mercado latino-americano. 

“O Brasil mostra uma preferência massiva por opções de celular pré-pago”, afirma o fundador e presidente-executivo da Ding, Mark Roden. “A flexibilidade oferecida pelos serviços pré-pagos é muito mais atraente para a maioria do mercado brasileiro do que as caras opções de contratos de longo prazo”.


Fatores econômicos

As principais razões que os brasileiros citaram ao optar pelo pré-pago foi que isso os ajudava a fazer um orçamento melhor (37%) e que eles queriam pagar apenas pelo que usavam ou precisavam (35%).

Isso pode estar ligado a uma crise de confiança quando se trata de estabilidade econômica, como apontou a pesquisa. Apenas 28% dos brasileiros se sentem positivos em relação à economia brasileira. Os entrevistados estão também menos otimistas sobre o futuro de sua economia nos próximos 6 meses comparados a outras nações.

“O formato pré-pago permite que as pessoas tenham maior controle sobre suas finanças”, diz Roden. Por outro lado, isso também reflete como as pessoas se organizam em relação à vida financeira, em um momento em que o número de inadimplentes no Brasil aumentou devido à crise econômica.

Segundo o Mapa da Inadimplência, divulgado pela Serasa, mais de 62,25 milhões de brasileiros estavam endividados em agosto, ou seja, esta é a quantidade de pessoas com acesso restrito ao crédito e com contas vencidas. Houve um aumento de 3 milhões de inadimplentes em relação ao mês de julho.


Uso de redes sociais

O Brasil é uma nação amiga dos aplicativos. De acordo com a pesquisa, há um alto nível de confiança nas plataformas de mídia social no Brasil (80%), com o país ocupando a 4.ª posição em todos os mercados apurados.

Em relação aos aplicativos mais populares, o WhatsApp se destaca como o aplicativo mais usado no Brasil (85%). É seguido por Instagram (76%) e Facebook Messenger (65%).



Celulares no Brasil

Independentemente da situação econômica, os celulares foram citados como a primeira coisa que os brasileiros não podiam passar um dia sem utilizar: a afirmação foi feita por sete em cada dez entrevistados (68%). Isso é maior que falar com a família (54%), navegar nas redes sociais (42%) ou falar com amigos (26%).

O estudo também descobriu que os brasileiros continuam a ser uma das principais nacionalidades no mundo a enviar e receber recarga de amigos e familiares. Seis em cada dez (59%) brasileiros enviaram ou receberam recargas pré-pagas nos últimos seis meses, com 29% enviando e 36% recebendo diariamente ou semanalmente.

“É evidente, a partir de nosso estudo, que enviar e receber recarga é uma tendência importante, pois as pessoas permanecem conectadas. Esperamos que o uso dessas ferramentas continue crescendo à medida que o mundo se movimenta digitalmente, onde precisamos de nossos telefones não apenas para falar uns com os outros, mas para administrar nossas vidas”, analisou Roden.

A pesquisa global, conduzida em setembro, foi encomendada pela Ding, líder mundial em serviço de recarga de celular, e examinou as opiniões de 6.250 entrevistados em oito mercados principais: Brasil, México, Índia, Indonésia, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Alemanha e Nigéria.

Ding/Divulgação


Black Friday 2021 deve ter aumento de 52% em tentativa de fraudes no e-commerce, aponta ClearSale

Estudo indica que as possíveis ações fraudulentas devem crescer em relação ao ano passado


Com a expansão do e-commerce e cada vez mais brasileiros comprando pela internet, as tentativas de fraudes no varejo online também vem crescendo ao longo do tempo. De acordo com a ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, essas práticas devem crescer 52% na Black Friday de 2021.

Em quantidade de tentativas, em 2020 houve 22.467 pedidos fraudulentos, sendo 9.822 no dia 26/11 e 12.645 no dia 27/11. Já para 2021, a estimativa é que o e-commerce registre 34.089 pedidos fraudulentos, sendo 14.834 no dia 25/11 e 19.255 no dia 26/11.

“Nosso estudo mostra que as fraudes vão representar de 0,88% dos pedidos no dia 25/11 e 0,50% no dia 26/11. Traduzindo os números, as tentativas de golpe serão altas, mas o aumento exponencial de pedidos regulares faz com que os percentuais sejam baixos em relação ao volume total”, afirma Omar Jarouche, Diretor de Marketing e Soluções.

Durante a Black Friday, a ClearSale vai atualizar os dados em relação a fraudes de hora em hora. No portal, que será divulgado em breve, o internauta poderá ver informações sobre pedidos, faturamento, perfil do consumidor e quais os produtos mais vendidos.


74% de brasileiros endividados - veja dez passos para reverter essa situação

A crise afetou milhões de brasileiros e teve impacto direto nas contas das famílias, fato é que o endividamento dos brasileiros atingiu em setembro 74%, o maior desde 2010, quando a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) iniciou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor.

Com certeza o momento vivido de pandemia e queda nos rendimentos potencializou esse crescimento, contudo, esse não é um fator isolado, pois as taxas já eram muito alta antes mesmo de 2020, o que demonstra que o problema dos brasileiros é crônico, fruto principalmente da falta de educação financeira.

"Ninguém esperava o momento vivido e ele é muito problemático, contudo, espero que as pessoas tirem aprendizados com essa fase vivida e um deles com certeza é a implementação da educação financeira em suas vidas de forma efetiva. Lembrando que esse conhecimento não remente apenas a contas", explica Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN).

Domingos complementa detalhando que "a Educação Financeira é uma ciência humana que busca a autonomia financeira, fundamentada por uma metodologia baseada no comportamento, objetivando a construção de um modelo mental que promova a sustentabilidade, crie hábitos saudáveis e proporcione o equilíbrio entre o ser, o fazer e o ter, com escolhas conscientes para a realização de sonhos".


Como sair das dívidas

As pessoas com dívidas podem estar em duas situações, segundo Reinaldo Domingos: endividado ou até mesmo inadimplente. Independentemente de qual seja ela, o especialista explica que é possível mudar de vez essa situação. "Ao longo de minha vida, já presenciei diversas situações que pareciam se solução e, acredite, todas elas conseguiram se reerguer", explica.


Domingos elaborou algumas orientações sobre o tema para as pessoas:

1. Se você possui diversas dívidas, mas ainda não está inadimplente, cuidado! A situação é bastante preocupante. Levante todos os valores e estabeleça uma estratégia para que continue adimplente. E lembre-se, estar endividado nem sempre é um problema; o problema é quando não se consegue pagar esse compromisso;

2. Se já estiver inadimplente, antes de sair negociando, tenha total conhecimento de sua situação. Faça um diagnóstico financeiro, registrando o que ganha e o que gasta, e conheça o seu verdadeiro "eu financeiro";

3. Faça um apontamento de despesas diárias, separado por tipo de despesas, durante os próximos 30 dias. Esse é o caminho para que fique tudo mais claro. Somente assim poderá cortar gastos e reduzir excessos;

4. Muitas vezes, é importante dizer "devo, não nego, pago, como e quando puder". Nunca se deve procurar o credor (pessoa ou instituição para quem se deve) antes de ter domínio completo da sua situação financeira;

5. A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, portanto procure por linhas de créditos mais baixas. Porém, é importante frisar, isso não resolve a causa do problema;

6. No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial;

7. Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o início do pagamento das parcelas;

8. Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que cabem em seu orçamento;

9. Não existe uma porcentagem exata do quanto terá que direcionar para pagar suas dívidas, isso dependerá do diagnóstico financeiro feito previamente;

10. Além de pagar as dívidas, procure guardar dinheiro para uma reserva estratégica. Mesmo endividado, inicie o projeto de vida de ser independente e sustentável financeiramente. E não se esqueça: é preciso respeitar o dinheiro e entender que ele é um meio e não um fim.


Pix noturno terá limite de R$ 1 mil. Medida já está valendo


Limite vale entre 20h e 6h. Contas de pessoas jurídicas não foram afetadas e clientes poderão alterar limites pelos canais de atendimento eletrônico

 

A partir desta segunda-feira (04/09), as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20h e às 6h terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro, com o objetivo de coibir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), boletos e compras com cartão de débito.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos. 

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno.

Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro.

Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, se houver suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes. 

 

 

FOTO: Agência Brasil

 

Fonte: Agência Brasil

Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.

 

Como não deixar a LGPD na gaveta


Ouvir sobre vazamento de dados virou uma rotina. Há quem diga que o mais importante é perguntar quando e não se vai acontecer, afinal nenhuma solução é 100% segura. Na semana passada, o Banco Central comunicou a ocorrência do primeiro vazamento de dados de chaves PIX. Segundo a instituição, houve falhas pontuais no sistema do banco que guardava informações cadastrais, que não dão margem à movimentação de recursos e acesso às contas. Já o estudo Fast Facts, da Trend Micro, mostra que o Brasil assumiu, em julho, o 5º lugar no ranking de países mais afetados por ransomware, com 4,8% dos ataques globais. A lista é liderada pelos Estados Unidos, com 26,5%, seguidos por China, Índia e Alemanha. O Brasil também é o principal alvo de hackers que usam arquivos como isca, com 63,9% dos bloqueios desse tipo, seguido de longe pela Índia (13,5%), Indonésia, África do Sul e Itália.

Os números acendem o sinal vermelho das empresas que ainda não investem em políticas de prevenção a ataques cibernéticos. Se mesmo as instituições com políticas rígidas de segurança não estão imunes a vazamentos, imagine aquelas que ainda estão avaliando o que fazer. É bom que acelerem o ritmo de adequações tecnológicas para se preservarem, pois além do risco de macular a reputação em caso de falhas, as companhias devem estar cada vez mais atentas às implicações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que passou a aplicar multas oficialmente em agosto deste ano.

A lei deixa claro que quem responde por uma violação de segurança, como um vazamento de dados, são os agentes de tratamento – o controlador e o operador, ou seja, pessoas que estão envolvidas no tratamento de dados pessoais. De acordo com o artigo 46 da LGPD, esses profissionais devem adotar medidas de segurança – técnicas e administrativas – aptas a proteger os dados pessoais, principalmente de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas. Caso essas ações não sejam implementadas e isso leve à violação da segurança, o controlador e o operador deverão responder pelos danos causados.

A LGPD veio reforçar que, antes de usar a internet, uma determinada pessoa é dona de seus dados e tem, amparada na lei, o direito de que sejam preservados. Porém, as indefinições quanto às penalizações, os prazos “elásticos” para fiscalização e autuação acabam não ajudando na implementação da nova legislação de forma plena.

Apesar da possibilidade de autuação, algumas empresas começaram a visitar (ou revisitar) esse tema agora. A impressão é que trabalham como se tivessem um prazo maior para terminar as avaliações que já deveriam estar concluídas neste momento, como, por exemplo, o mapeamento dos dados. Por conta das mudanças significativas e de todos os desafios encontrados nos últimos 18 meses, acentuados pela pandemia e seu impacto financeiro em diversos setores, certamente o cumprimento à LGPD teve pouquíssima prioridade. Além disso, tenho a impressão de que muitos contam com a “sorte”, uma vez que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) não terá braços suficientes para fiscalizar todo o mercado e, por isso, apostam que o risco de serem autuados seja menor, pois a fiscalização será menos frequente.

Caso os consumidores não se engajem para cobrar uma atuação firme das corporações em relação à privacidade e segurança dos dados, corremos o risco de a  LGPD ficar na gaveta, mesmo que teoricamente esteja em vigor há dois meses. É necessário que haja uma educação forte e ampla da sociedade, pois somente com a  pressão dela as empresas passarão a tomar ações mais efetivas. Individualmente, as pessoas podem ter força reduzida para pressionar uma grande organização, mas se todos estiverem alinhados, entendendo seus direitos e pressionando as organizações por mudanças, certamente este item passará a ter relevância e prioridade internamente.

Neste momento, as empresas multinacionais que se adequaram à General Data Protection Regulation (GDPR) saem em vantagem, já que boa parte desse trabalho já foi feita para atender à legislação europeia. Mas, independentemente do grau de maturidade da empresa na adoção de ferramentas aderentes à legislação brasileira, é imprescindível que a segurança dos dados se torne uma prioridade para os CEOs.

Uma pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral (FDC) revelou que, das 207 empresas entrevistadas, 40% reconheceram não estarem plenamente adequadas à legislação. De acordo com o levantamento, os conselhos de 86% das corporações dizem ter conhecimento da LGPD e de seu impacto nos negócios, mas apenas 46% deles se reconhecem como responsáveis por sua implementação.

Para encontrar a melhor forma de se adequar à legislação e mitigar riscos, será fundamental entender os desafios existentes e traçar alternativas para superá-los. As empresas precisam se conscientizar da importância de promover transformações na cultura organizacional, investindo na revisão de processos, na adoção de novas ferramentas tecnológicas, no treinamento e orientação das equipes e na definição dos protocolos que garantam a todos o direito de manterem suas informações em segurança. Com agilidade na adequação às normas da LGPD e transparência na relação com clientes/usuários, certamente as instituições serão vistas pelo mercado como mais confiáveis e competitivas.



André Fernandes - diretor de Pré-vendas da NICE, empresa líder no Quadrante Mágico do Gartner em Contact Center as a Service pelo 7º ano consecutivo.

 

Estudo global: 87% das meninas e jovens mulheres acreditam que as fake news causam efeitos negativos em suas vidas. No Brasil, 72% receberam alguma mentira sobre a pandemia

Pesquisa realizada pela ONG Plan International ouviu 26 mil participantes em 26 países. Conclusões mostram que os impactos para as meninas são devastadores; abaixo-assinado apela para a alfabetização digital no mundo todo. Evento de lançamento no Brasil será em 6/10


Mais estressadas, ansiosas, preocupadas. Inseguras com as tensões sociais em suas comunidades. Ameaçadas por riscos físicos e, principalmente, para a saúde. Essas são algumas das consequências das fake news nas vidas das meninas que participaram do estudo Verdades e Mentiras – As meninas na era da desinformação e das fake news, realizado pela ONG Plan International com 26 mil meninas e jovens mulheres de 15 a 24 anos em 26 países, incluindo o Brasil, onde 1 mil meninas participaram. No primeiro estudo global em grande escala para entender o impacto da desinformação e das fake news associado a um olhar de gênero, nove em cada dez meninas (87%) disseram que as fake news afetaram negativamente suas vidas.

 

Em um mundo tão impactado pela pandemia de COVID-19, as informações disseminadas pela internet se tornaram ferramentas importantes para a conscientização sobre medidas sanitárias, prevenção, vacinação. Mas, nesta mesma esteira o mundo todo tem acompanhado um aumento significativo da disseminação de informações erradas e fake news, o que se tornou um grande problema que afeta todas as pessoas. Para as meninas, em especial, o impacto é devastador. No Brasil, a pesquisa aponta que 72% das participantes receberam alguma fake news sobre a pandemia; 32% acreditaram em uma fake news sobre a COVID-19 e 22% questionaram a necessidade de tomar a vacina. Não só no Brasil, mas nos países de baixa e média renda que participaram da pesquisa as meninas e jovens mulheres tiveram maior probabilidade de serem afetadas por fake news e informações erradas que circulam na internet.

 

“Todos os dias, meninas e jovens mulheres que navegam na internet são bombardeadas com mentiras e estereótipos sobre seus corpos, sua identidade e como devem se comportar. Imagens e vídeos são manipulados para objetificá-las e deixá-las envergonhadas. As meninas têm um medo muito real de que eventos e perfis falsos possam atraí-las e enganá-las, levando a situações perigosas também no mundo físico”, afirma Bhagyashri Dengle, Diretora Executiva de Política Transformativa de Gênero da Plan International.

 

Diante deste cenário, o estudo procurou descobrir quais são as consequências das desinformações e das fake news (informações errôneas) na vida das meninas e jovens mulheres. A pesquisa classifica as desinformações como informações falsas, enganosas e muitas vezes prejudiciais que as pessoas compartilham de forma deliberada para causar danos e/ou obter lucro. Já as fake news ou informações errôneas são as informações falsas, enganosas e muitas vezes prejudiciais que as pessoas compartilham por equívoco. No Brasil, muitas vezes é difícil diferenciar um grupo do outro.

 

Como parte da campanha Meninas Pela Igualdade (Girls Get Equal), a Plan International apoia meninas no mundo todo pedindo aos governos que tomem medidas imediatas para aumentar a alfabetização digital de crianças e jovens. A ideia é dar conhecimento e habilidades para que possam identificar informações falsas e se envolverem com confiança em espaços on-line. Este é o segundo ano consecutivo em que a Plan International se debruça em estudos globais sobre temas que afetam as meninas no universo on-line. No ano passado, a pesquisa Liberdade On-line? mostrou que 58% das meninas no mundo já sofreram assédio pela internet e pelas redes sociais. No Brasil, o número chegou a 77%.


 

Destaques da pesquisa


A Plan International Brasil fará o lançamento oficial da pesquisa no dia 6 de outubro, às 16 horas, em um debate com a jornalista Ana Paula Padrão, embaixadora da Plan, Natália Leal, CEO da Agência Lupa, Dani Conegatti, doutor em Educação pela UFRGS, professor e pesquisador de gênero, sexualidade e mídia, e Raíla Alves, gerente de empoderamento econômico e gênero na Plan International Brasil. A conversa será transmitida pelo canal da Plan no YouTube.

 

A pesquisa aponta que as descobertas revelam as consequências da desinformação e das fake news no dia a dia de meninas e jovens mulheres. Uma a cada três (35%) relata que as informações falsas estão afetando sua saúde mental, deixando-as estressadas, preocupadas e ansiosas – no Brasil, esse número chegou a 46%. O estudo descobriu que 20% das participantes se sentem fisicamente inseguras (25% no Brasil). Aqui, 38% das meninas acabaram discutindo com familiares e amigas/os e 30% ficaram menos confiantes para compartilhar suas opiniões. Elas também ficaram tristes e deprimidas (29%). No mundo, 18% pararam de se envolver na política ou em questões da atualidade e 19% afirmaram que sua confiança nos resultados eleitorais foi abalada. Sem dúvida, é um fenômeno que mina a confiança de meninas e jovens mulheres para participar da vida pública. O fenômeno ainda é reforçado quando elas acompanham casos de lideranças femininas que se veem alvo de rumores maldosos e teorias da conspiração criados para minar sua credibilidade, envergonhá-las e silenciá-las. Isso prejudica as ambições de liderança das meninas.

 

“A internet molda as opiniões das meninas sobre si mesmas, os problemas com os quais elas se importam e o mundo ao seu redor. Nossa pesquisa deixa claro que a disseminação de informações falsas on-line tem consequências na vida real. É perigoso, afeta a saúde mental das meninas e é outra coisa que as impede de se engajar na vida pública”, diz Bhagyashri Dengle.

 

Mas, afinal, como as meninas se informam e checam se as informações são verdadeiras? A pesquisa aponta que a fonte mais confiável para as informações é a grande mídia, selecionada por 65% das brasileiras, acima de instituições educacionais (31%) e familiares (30%). O governo federal foi apontado como confiável por apenas 17% das participantes nacionais.

“De forma geral, a pesquisa aponta que o cenário no Brasil é ainda mais crítico do que o observado em outros países, com efeitos cruéis sobre a vida, o desenvolvimento e a saúde mental de meninas e jovens mulheres”, afirma Cynthia Betti, Diretora Executiva da Plan International Brasil.

 

A pesquisa descobriu que o Facebook é a plataforma de mídia social que as meninas acreditam ter mais informações falsas e fake news, selecionada por 65% das entrevistadas. No Brasil, o WhatsApp está logo atrás, com 61% - bem acima da média mundial, de 27%.

 

Quase todas as meninas e mulheres jovens que participaram da pesquisa (98%) usam alguma estratégia para verificar se as informações que acessam on-line são verdadeiras. O mais comum (67%) é cruzar as informações com outras fontes, checar quem é o/a autor/a (53%) e se fornecem evidências (47%).

 

O que as meninas pelo mundo afirmam

Camila, de 20 anos, do Brasil, dá seu depoimento:

“Assim que precisamos ficar de quarentena, nossa rotina mudou totalmente para o virtual. Foi naquele momento que percebi o quão instantânea é a vida on-line e como é fácil ficar imerso naquele universo. Para não perder nenhuma novidade, acabamos não conferindo se a notícia é verdadeira ou falsa, nova ou antiga. A gente só lê, e se for interessante, sai compartilhando com os outros.

 

Isso, infelizmente, é fruto da cultura da desinformação no Brasil, que ficou mais presente na pandemia com diversos tipos de afirmações – verdadeiras ou não – sobre a vacina contra a COVID-19, sobre o como o governo está trabalhando para ajudar a população e por aí vai.

 

Em março de 2020, quando fiquei sabendo que o vírus havia chegado no Brasil, não acreditei. Continuei fazendo o que precisava fazer e, ao olhar à minha volta, percebi que as pessoas pensavam o mesmo que eu. Hoje penso ‘como isso aconteceu? Por que eu não acreditei logo?’. E me questiono se isso não foi consequência de estar em constante contato com fake news, e, ao ver uma notícia verdadeira, descredibilizá-la por parecer algo muito absurdo.”

 

Charlotte, de 23 anos, do País de Gales diz que a abundância de informações falsas na internet pode deixar as pessoas “muito, muito vulneráveis”. “Acho que às vezes há essa falta de responsabilidade no mundo on-line, onde as pessoas podem simplesmente fazer as coisas sem ter repercussões”, explica.

Já Mia, de 20 anos, do Quênia, destacou o fato de vivermos on-line. “Estamos fazendo tudo digitalmente. Então eu acho que [a alfabetização digital] deveria ser ensinada nas escolas primárias, nas escolas secundárias, nas universidades. Para que, quando crescermos, tenhamos uma visão melhor de como usar nossas plataformas digitais”, diz Mia.

Lilly, de 23 anos, do Malawi, ressalta os riscos para a saúde mental. “Quando você usa as redes sociais precisa estar psicologicamente apta e colocar sua mente no lugar, porque há muitos comentários negativos e muitas coisas ruins acontecendo na internet que podem fazer você ... não querer usar a internet.”

 

Rachel, de 18 anos, dos Estados Unidos, aponta o papel das empresas de mídias sociais no combate à desinformação. “Eu acho que elas [empresas de mídia social] precisam fazer um trabalho melhor para impedir a disseminação de informações falsas e fake news, sendo mais proativas para retirar posts denunciados, garantindo que as coisas venham de uma fonte ou algum tipo de sistema de checagem de fatos.”


 

Alfabetização digital


Como resultado da pesquisa, a Plan International está conclamando os governos a educar crianças e jovens na alfabetização digital. O estudo revelou que 67% das meninas e jovens mulheres nunca foram ensinadas a identificar informações falsas ou fake news na escola. “Precisamos dar ferramentas para as meninas e todas as crianças para um mundo cada vez mais digital. É por isso que estamos apoiando os apelos das meninas para que a alfabetização digital seja incluída em sua educação”, diz Bhagyashri Dengle.

 

A Plan International lançou um abaixo-assinado global, que será encaminhado aos governos defendendo a alfabetização digital de crianças e jovens. Todos e todas podem fazer parte do movimento. O link para assinar é plan.org.br.


 

Dados e metodologia da pesquisa mundial


A pesquisa Verdades e Mentiras – As meninas na era da desinformação e das fake news entrevistou meninas e jovens mulheres em 33 países em duas fases. A quantitativa teve mais de 26 mil adolescentes e jovens mulheres com idade entre 15 e 24 anos, em 26 países. Já a etapa qualitativa foi realizada com entrevistas aprofundadas em 18 países para investigar as experiências e opiniões de meninas e jovens mulheres.

Entre os países do estudo quantitativo estão Alemanha, Austrália, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Colômbia, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Holanda, Indonésia, Itália, Jordânia, Malaui, Nepal, Peru, Quênia, Reino Unido, Suécia, Togo, Vietnã e Zâmbia. A coleta de dados foi feita por duas empresas de pesquisa de marketing – Ipsos e GeoPoll – de 5 de fevereiro a 19 de março de 2021.

 

 

Plan International

A Plan International é uma organização humanitária, não-governamental e sem fins lucrativos que promove os direitos das crianças e a igualdade para as meninas. Acreditamos no potencial de todas as crianças, mas sabemos que isso é muitas vezes reprimido por questões como pobreza, violência, exclusão e discriminação. E as meninas são as maiores afetadas. Trabalhando em conjunto com uma rede de parcerias, enfrentamos as causas dos desafios de meninas e crianças em situação vulnerável. Impulsionamos mudanças na prática e na política nos níveis local, nacional e global, utilizando o nosso alcance, a nossa experiência e o nosso conhecimento. Construímos parcerias poderosas há mais de 80 anos e que se encontram hoje ativas em mais de 70 países.


 

Sobre a Plan International Brasil

A Plan International chegou ao Brasil em 1997. Desde então, se dedica a garantir os direitos e promover o protagonismo das crianças, adolescentes e jovens, especialmente meninas, por meio de seus projetos, programas e ações de incidência e de mobilização social. Tem também viabilizado condições de subsistência em comunidades que sequer tinham acesso a recursos essenciais, como a água. Implementamos projetos no Maranhão, no Piauí, na Bahia e em São Paulo. Nossas estratégias, atuando em rede com outras organizações do terceiro setor e movimentos sociais, têm pautado as demandas das meninas em novos espaços do Legislativo, Executivo e na sociedade civil, alcançando todo o território nacional. Considerada uma das organizações mais confiáveis do país, a Plan International Brasil ficou entre as 100 Melhores ONGs do país em 2020 e recebeu a certificação A+ no Selo Doar Gestão e Transparência. A Plan acredita que um mundo melhor para as meninas é um mundo melhor para todas as pessoas. E, para construir uma sociedade mais justa e igualitária, conta com o apoio de embaixadoras como Ana Paula Padrão, Thainá Duarte, Joyce Ribeiro e Astrid Fontenelle. Mais informações: www.plan.org.br

 

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