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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Campanha #RespireLiberdade chama a atenção sobre a importância do tratamento da Asma Grave

Atriz Taís Araujo, que tem Asma Grave, é embaixadora da campanha.

 

A Asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma causa os seguintes sintomas: falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, chiado no peito e tosse. Em sua forma grave, conhecida como Asma Grave, as exacerbações podem levar a internações, sendo uma doença que demanda tratamento e acompanhamento médico constante. Com a Pandemia da Covid-19, muitos pacientes deixaram de comparecer aos consultórios médicos e, com isso, deixaram de se informar sobre os novos tratamentos disponíveis, que proporcionam uma melhor qualidade de vida para quem sofre de Asma Grave. Além disso, muitos passaram a se automedicar, principalmente, com corticoides, que podem ajudar a curto prazo, mas que podem comprometer outros órgãos no futuro.

"A consulta com um médico é a melhor forma de ter o diagnóstico. É direito do paciente receber alguma forma de orientação", explica o médico pneumologista Ciro Kirchenchtejn, mestre em Pneumologia pela EPM-UNIFESP, membro do grupo docente da disciplina de Pneumologia e Medicina Preventiva da UNIFESP e membro da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBTP).

O especialista reforça que "todo paciente portador de doença crônica requer acompanhamento contínuo, precisando reforçar seus conhecimentos sobre sua doença, sintomas, meios de monitorização, reconhecimento de sinais de piora ou exacerbação e entendimento sobre as medidas terapêuticas a serem tomadas, quer ambientais, quer medicamentosas". A campanha "Respire Liberdade", tem por objetivo incentivar os pacientes com Asma Grave a assumirem o protagonismo nessa jornada de busca por informação sobre o melhor tratamento disponível, seja na rede pública ou privada.

"A Asma Grave é uma doença dinâmica, e que tem na sua plasticidade a possibilidade de aumento, redução e muitas vezes supressão dos medicamentos. Monitorar com visitas clínicas, exames como prova de função pulmonar, avaliação de eficácia do tratamento e de possíveis efeitos adversos são essenciais para uma boa evolução. A frequência destas consultas vai depender da frequência e intensidade dos sintomas, dos medicamentos em uso, das doenças associadas e das condições ambientais. Mesmo com a pandemia, por meio de teleconsultas muito se pode fazer para orientar o paciente asmático e sua família", acrescenta Kirchenchtejn.

A campanha, que tem como embaixadora a atriz Taís Araujo, estreia em agosto e reunirá no Instagram @RespireLiberdade dicas, depoimentos e entrevistas com médicos especialistas. "A importância é que a asma é uma doença que pode te impedir de muitas coisas, te limitar de muitas coisas, mas, com acompanhamento médico, você pode ter uma vida normal, absolutamente normal. O uso da medicação é essencial para que você tenha uma vida com qualidade", comenta Taís, que tem Asma Grave.

O tratamento da Asma Grave é fundamental, principalmente, no inverno, quando as temperaturas mais baixas podem agravar os sintomas da doença. Se não tratada adequadamente, não compromete apenas a saúde e a qualidade de vida do paciente, como pode levar a óbito ¹̕ ²̕ . Também é importante lembrar que a vacinação anual contra influenza nos pacientes com asma moderada a grave de qualquer faixa etária, é medida importante para redução de crises da doença, especialmente em um cenário de sobrecarga dos serviços de saúde em razão do aumento no número de casos de Covid-19 ⁶̕ .

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019, 262 milhões de pessoas no mundo viviam com Asma, dos quais 5% a 10% são pacientes diagnosticados com Asma do tipo Grave ⁸̕ . No total, mais de 46 mil mortes foram relacionadas à doença globalmente ̕ ¹⁰. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diferentes formas desta que é uma doença inflamatória e de origem alérgica⁹.


Novo tratamento inovador já disponível na rede privada

Os brasileiros que sofrem com a Asma Grave tiveram uma boa notícia no início do ano, quando os planos de saúde passaram a cobrir o tratamento da doença com terapias à base de imunobiológicos. Vale lembrar que os pacientes precisam cumprir os critérios de utilização do tratamento.

A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS) também deu parecer favorável à incorporação no SUS do mesmo tratamento³̕ .

A Asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS, conforme o grupo etário, tendo em média 350.000 internações anualmente¹⁰. Uma das principais medidas para o controle da Asma é o tratamento adequado de acordo com a gravidade da doença e a adesão do paciente ao tratamento ¹¹. A Asma Grave não espera, mas ela tem tratamento.



Referências:

• ANTONICELLI, L., et al. Asthma severity and medical resource utilization. European Respiratory Journal 23- 34: 723-729, 2004.

• CHUNG, KF. et al.International ERS/ATS guidelines on definition, evaluation and treatment of severe asthma. Eur Respir J; 43(2):343-73, 2014

• Resolução Normativa - RN 465, de 24 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://www.ans.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=NDAzMw>. Acesso em: maio de 2021.

• COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE .97ª Reunião da Conitec. Disponível em: https://conitec.gov.br/images/Reuniao_Conitec/2021/20210505_Pauta_97_PosReuniao.pdf>. Acesso em: 11 maio 2021.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Vacinação Covid-19, 23 de março de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/marco/23/plano-nacional-de-vacinacao-covid-19-de-2021>. Acesso em maio de 2021.

• ESTADÃO. Disponível em: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,pandemia-pressiona-sus-e-rede- privada-hospitais-tem-ate-13-dos-leitos-so-com-pacientes-de-covid,70003257283. Acesso em: maio de 2021

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Campanha da Vacina da Gripe. Disponível em: < https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinacaogripe/>. Acesso em: maio de 2021.

• Jornal O Estado de São Paulo. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,diagnostico- de-asma-grave-demora-em-media-4-anos-indica-pesquisa,70003301764. Acesso em: maio de 2021

• Word Health Organization. Global Initiative For Asthma (GINA). Pocket Guide For Asthma Management and Prevention. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2020/04/Main-pocket- guide_2020_04_03-final-wms.pdf. Acesso em: maio de 2021.

• World Health Organization. Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990- 2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet. 2020;396(10258):1204-22

• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria- asma/#:~:text=Estima%2Dse%20que%20no%20Brasil,em%20m%C3%A9dia%2C%20350.000%20interna% C3%A7%C3%B5es%20anualmente. Acesso em: maio de 2021.


Inteligência artificial proporciona novas formas de melhorar a saúde

Serviços inovadores, como a plataforma HSPW, facilitam a jornada diária de acompanhamento da saúde como um todo 

A evolução das novas tecnologias de acompanhamento da saúde, que funcionam em diferentes dispositivos, inclusive móveis, trouxeram novas possibilidades para quem deseja acompanhar sua própria saúde, seja física, mental, financeira, etc. É possível encontrar, atualmente, diferentes propostas de serviços, pagos ou gratuitos, que podem ajudar a pessoa a meditar, relaxar, seguir dietas específicas ou um programa fitness, apenas para citar alguns exemplos. Em uma vertente mais recente, surgiram serviços que podem ajudar os funcionários das empresas a manter em dia a saúde mental, ou física, por meio de tecnologia. Entre as novidades figura uma plataforma inovadora, a HSPW, que acompanha não só a saúde física, mas também mental, financeira e organizacional. 

 

“A partir de inteligência artificial, algoritmos e ciência de dados desenvolvidos em Santa Catarina, mapeamos de forma completa e diária a saúde integral, desde depressão, estresse, burnout, qualidade do sono, nível de atividade física e síndrome metabólica até bem-estar financeiro, aderência aos valores corporativos e atitudes relacionadas à diversidade e tolerância”, afirma o CEO da startup, Nestor Sequeiros. 

A partir desta tecnologia de saúde diferenciada, a plataforma entrega dados diretos e correlações que auxiliam as empresas a entregar cuidado, atenção, prevenção e suporte aos funcionários e familiares, a custos acessíveis. A HSPW oferece diagnósticos e, principalmente, conteúdos por vídeos e informações que promovem a trilha diária para a mudança de hábitos e transformação efetiva para atingir a saúde integral de todos de forma constante e duradoura.

 


HSPW

https://www.hspw.com/ e www.instagram.com/hspwpeople


Ressecamento vaginal: o que é e quais os tipos de tratamento

O ressecamento vaginal é resultado de uma queda hormonal e acomete a mulher em seus períodos mais sensíveis: o puerpério e a pós-menopausa.

O ressecamento vaginal é certamente um dos principais sintomas que acometem as mulheres na pós-menopausa e também no puerpério (período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições de pré-gestação).

Ele atrapalha em especial a qualidade da vida sexual feminina e é resultado da queda hormonal que acomete a mulher nesses períodos.

Quando falamos em afetar a “qualidade de vida sexual”, neste caso nos referimos a problemas muito concretos como dor, desconforto e mesmo sangramento por causa da relação. Sem a lubrificação adequada, a relação se torna desagradável, além de motivo de machucados na mucosa vaginal (o que provoca o sangramento).

Para eliminar este quadro temos como opção alguns tipos de tratamento. Por exemplo, alguns cremes vaginais, à base de hormônio ou apenas hidratantes, atuam melhorando a qualidade da mucosa vaginal, o que já melhora a qualidade da relação.

Quando os cremes não são suficientes ou quando a mulher está na pós-menopausa, sujeita a um quadro crônico de hormônio diminuído, então recomenda-se um tratamento adicional aos cremes vaginais: o laser de CO2 fracionado.

O laser, usado de forma intravaginal, melhora significativamente a elasticidade e a lubrificação da mucosa vaginal. Como consequência ao tratamento também se observa uma redução do diâmetro da própria vagina. Com isso, temos uma melhora no potencial de prazer que a paciente pode vir a ter durante a relação sexual e consequente melhora na qualidade de vida dessa mulher.

O procedimento é simples, prático e pode ser feito no próprio consultório. O uso do laser para o tratamento de ressecamento vaginal é indolor e leva alguns minutos.

O número de sessões dependerá de como está a atrofia vaginal, do grau de ressecamento vaginal e também do quanto esse quadro incomoda a paciente. Em alguns casos, apenas uma sessão ao ano resolve o problema; em outros, pode ser que seja preciso mais de uma sessão. Nestas situações, iniciamos com procedimentos mensais para depois espaçarmos a frequência do tratamento de acordo com as necessidades da paciente.

Converse com o seu ginecologista sobre essa opção do laser de CO2 fracionado. Ele também pode ser usado para o rejuvenescimento externo da vulva.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...). 

@dr.rodrigoferrarese

https://drrodrigoferrarese.com.br/


SKATE: Lesões nos membros superiores estão entre as mais comuns

Ao se proteger de queda, punho é um dos mais atingidos; SBCM fala sobre tratamento adequado

 

O skate ganhou notoriedade nas Olimpíadas de Tóquio, após o Brasil conquistar três medalhas. Notícias dão conta de que algumas fábricas de São Paulo dobraram as vendas, várias escolinhas do Sul do País têm filas de espera e as pistas se multiplicam em diversas cidades.

Durante o aprendizado, quedas fazem parte do processo e, nessa situação, a principal forma de defesa é usar as mãos para tentar absorver o impacto. Por essa razão, entre as lesões mais frequentes, estão as do membro superior, que incluem o punho, o cotovelo e o ombro. Esse tipo de lesão corresponde a, aproximadamente, 50% das fraturas no esporte.

“A região do punho, por exemplo, é conhecida como carpo, um grupo de pequenos ossos que são responsáveis pelos movimentos da mão.  Ao se machucar, o indicado é que a pessoa não enfaixe a área lesionada por conta própria. A primeira coisa a se fazer é procurar um especialista em cirurgia da mão para que ele inicie o tratamento adequado para o caso”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Henrique de Barros. “É muito importante diagnosticar a lesão em sua fase aguda, pois quanto mais tempo demorar, mais difícil será a recuperação”, completa.

O especialista pontua que, apesar de o risco de complicações entre os mais jovens ser menor - já que o tempo de consolidação óssea de uma criança após a fratura é muito rápido, o diagnóstico precoce é essencial para o êxito do tratamento.

O presidente da SBCM reforça ainda que, para evitar o risco de trauma, é fundamental utilizar os equipamentos de segurança, entre eles a munhequeira, joelheira, cotoveleira e capacete. “Prática de atividades físicas, como o skate, são muito importantes para a saúde, mas, para que cumpra esse papel, é preciso tomar todos os cuidados para que traga somente benefícios”, conclui.

 

 

SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Como o estresse afeta seu ciclo menstrual

Especialista em Medicina Integrativa faz alerta sobre risco de menopausa precoce como um dos principais efeitos do estresse excessivo em mulheres

 

Com o amadurecimento feminino, a menopausa torna-se cada vez mais temida por elas. No entanto, por mais inevitável que seja, existem formas de se preparar para essa fase da vida e até de evitar que chegue antes da hora. Estudos apontam que uma em cada 10 mil mulheres é diagnosticada com menopausa precoce ou amenorreia, tendo menos de 20 anos e 90% destes casos acontecem de forma espontânea e idiopática, ou seja, sem explicação científica concretizada pelos médicos, uma vez que as pacientes costumam ser saudáveis e férteis nesta faixa etária.

“Basicamente, a menopausa é o nome que se dá ao fim menstruação e falência ovariana, que leva ao fim da vida reprodutiva da mulher. Para que seja diagnosticada a menopausa, é preciso que a mulher esteja sem menstruar há pelo menos 12 meses, o que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos. Mas, quando isso se dá antes do previsto, é preciso investigar as causas externas que possam ter gerado algum desequilíbrio hormonal, capaz de suspender o ciclo menstrual”, explica a ginecologista e mastologista Dra. Renata Sampaio. 

De acordo com a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira, o diabetes, os transtornos alimentares, uso de medicamentos para tratamentos de doenças como câncer, além do estresse estão entre os principais fatores externos que podem afetar diretamente o ciclo das mulheres. 

Mas, como isso pode acontecer? A Dra. Esthela explica que o estresse faz com que sejam liberados neurotransmissores, que atuam nas mesmas áreas do cérebro que induzem e controlam a produção dos hormônios responsáveis pelo ciclo menstrual. Assim, o fluxo e a frequência menstrual podem sofrer alterações, até que ocorra a amenorreia (ausência de menstruação).

“Neste período de pandemia, com o isolamento social e a sobrecarga física e emocional, pudemos notar bem como o estresse tem afetado as mulheres. Muitas pacientes perceberam irregularidades no seu ciclo menstrual, ao mesmo tempo que relataram mais estresse e ansiedade em decorrência da dupla jornada de trabalho, das mudanças de hábitos alimentares, de sono e de rotina. O que certamente nos sugere uma relação entre ambos os quadros”, conta a nutróloga.

Dra. Esthela Oliveira, ressalta ainda a importância de manter o equilíbrio entre a saúde do corpo e da mente desde jovens, mas com ainda mais cuidado após os 30 anos, quando a mulher começa a apresentar os primeiros sinais de queda hormonal. “Em casos onde a menopausa ocorre antes do natural, alguns sintomas característicos em mulheres mais maduras podem servir de alerta, como:  diminuição do fluxo e frequência menstrual, ondas de calor repentinas, falta de concentração, dores de cabeça, ansiedade, alterações do sono, da libido e de humor”, afirma a Dra. Renata Sampaio. 

Segundo a Dra. Esthela a menopausa vai muito além da ausência de menstruação e da interrupção da fertilidade feminina, já que a queda na produção de estrogênio pode levar ao aumento de peso, a fragilidade óssea e a maior predisposição para doenças crônicas. 

“Mas, a boa notícia é que com um acompanhamento médico multidisciplinar é possível evitar que ela ocorra precocemente ou mesmo tratar dos sintomas que causam desconforto. As terapias de reposição hormonal, além da reeducação alimentar e da prática de atividades físicas diárias podem ser ótimas alternativas nestes casos”, aconselha a especialista em Medicina Integrativa, que reforça a importância de buscar ajuda médica logo que as primeiras alterações no ciclo forem notadas.

 

 


Dra Esthela Oliveira - médica do esporte, pós-graduada em nutrologia e medicina integrativa. Fundadora da Side Clinic, o espaço traz uma visão mais ampla sobre o cuidado com o paciente, acompanhando-o em todas as suas esferas:  físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas como ferramenta para complementar a medicina tradicional. @draesthelaoliveia l @sideclinic


Saiba mais: síndrome do grande trocanter afeta adultos acima dos 40 anos

Estudo realizado pela Sociedade Brasileira do Quadril mostra que a média de idade de pessoas que desenvolvem a doença é de 55 anos

 

Pouco conhecida entre pacientes que se queixam de dores no quadril e nas articulações, a síndrome do grande trocanter, também conhecida como bursite de quadril, está ganhando cada vez mais destaque e abordagens na área da saúde. De acordo com estudos publicados sobre a doença, a síndrome se dá por conta de um desequilíbrio biomecânico da musculatura, onde um músculo atua mais do que outro, gerando o enfraquecimento do glúteo médio e o processo inflamatório, que causa as dores locais. 

De acordo com o médico ortopedista e traumatologista William Dani, membro da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ), a síndrome do grande trocanter interfere em atividades diárias dos seres humanos, causando dores para dormir de lado, dificuldades para subir e descer escadas e nos afazeres domésticos. “Essas queixas são comuns em pacientes já diagnosticados com a doença”, afirma. “Ela se destaca em pacientes com maior idade, acima dos 40 anos, que são os mais suscetíveis”, destaca o especialista. 

Um estudo realizado pela SBQ com 900 pacientes com bursite de quadril mostra que a média de idade das pessoas que desenvolveram a doença está em 55 anos. O especialista William Dani destaca que, além da idade, existem outros fatores envolvidos no desenvolvimento da síndrome. “A bursite no quadril também pode ser desenvolvida quando o paciente tem algum trauma no local, como pequenas batidas”, explica. 

Para completar, William Dani conta que existe tratamento para a síndrome do grande trocanter. “Para o alívio dos sintomas e do processo inflamatório, realizamos um tratamento por meio de medicamentos”, comenta o médico. “Em seguida, há o encaminhamento do paciente para a realização de atividades físicas, que passam por alongamentos e reforço muscular”, complementa. O especialista alerta ainda que há a possibilidade do retorno da síndrome em pacientes com idades bem avançadas. “É preciso ter um cuidado extra com idosos, tanto no tratamento quanto no retorno da doença por conta da baixa estabilidade da musculatura”, completa William Dani.


Campanha reforça importância da rede de apoio e coloca o paciente como protagonista no cuidado com a saúde mental

Divulgação


 
Com o mote Bem Me Quer, Bem Me Quero, iniciativa faz alerta sobre depressão e ansiedade, abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa e sem julgamentos.

 

Video da Campanha 

https://www.youtube.com/watch?v=vsJcs9j6KlA

 

 

●      Durante o mês de prevenção ao suicídio, arte exclusiva sobre papel da rede de apoio será exposta em três estações do Metrô de SP. 

 

Com o objetivo de conscientizar a população sobre depressão, ansiedade e prevenção ao suicídio por meio da valorização do autocuidado e do papel fundamental da rede de apoio, a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e a Viatris, empresa global de saúde, lançam a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: O diálogo sobre depressão e ansiedade pode salvar vidas”, a ser realizada durante o setembro – mês de prevenção ao suicídio. 

A iniciativa é um convite ao acolhimento e à reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio e ajudar quem precisa, bem como estimular as pessoas a procurar e aceitar ajuda, se tornar protagonista da sua saúde e se querer bem. 

Depressão e ansiedade são problemas de saúde bastante conhecidos no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)¹, o país lidera o ranking de casos de depressão na América Latina – mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença – e ocupa o topo do mais ansioso do mundo - cerca de 19 milhões de pessoas têm transtorno de ansiedade no país¹. 

Segundo a OMS, a pandemia vem agravando ainda mais esse cenário que já era preocupante - mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de depressão antes da crise sanitária². Os motivos vão desde o medo de contágio até o sentimento de perda e luto, além do estresse causado pelos efeitos do confinamento. A preocupação com o aumento significativo no número de casos dessas doenças no mundo nos últimos 18 meses fez com que a entidade lançasse recentemente um alerta às autoridades de saúde³. 

De acordo com a psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA, Alexandrina Meleiro, no Brasil, quase todos os casos de suicídio têm relação com trantornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias4. 

“Praticamente todos aqueles que tentam ou cometem esse ato têm alguma doença psiquiátrica e as estatísticas mostram que mais da metade deles estava em acompanhamento médico até uma semana antes do episódio. É importante ressaltar que quem pensa em suicídio quase sempre dá sinais, mas a maioria das pessoas não está preparada para identificá-los. Daí a importância do Setembro Amarelo, para ajudar a esclarecer e conscientizar a população sobre o tema”, acrescenta a médica. 

O atentado à própria vida é a segunda causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo5. No entanto, não é exclusivo dos adolescentes. Alexandrina explica que idosos e populações vulneráveis, como os indígenas, LGBTQIA+, médicos, policiais e membros das forças armadas também são grupos que demonstram alta incidência no Brasil.

 

Arte exposta no Metrô de SP retrata a importância da rede de apoio 

A campanha adotou o girassol como o símbolo da vida, que, assim como os seres humanos, precisa do apoio de todo o ecossistema para se manter firme, mesmo em dias nublados. Essa é a inspiração da iniciativa, que vai reunir diversas ações, com o objetivo de valorizar o paciente como protagonista de sua própria vida e abordando a necessidade do autocuidado, de se querer bem e da importância da escuta ativa da rede de apoio, sem julgamentos. 

A expressão de sentimentos por meio da arte foi um dos caminhos escolhidos pela campanha para chamar a atenção e engajar o público com a causa. O artista visual Apolo Torres, pintor e muralista paulistano, que já exibiu seus trabalhos em diversos países, foi convidado para desenvolver uma arte exclusiva, que retrata a importância do autocuidado e do suporte da rede de apoio na qual o paciente está inserido. 

A arte será exposta nas estações de Metrô de São Paulo - Sé, Luz e Consolação - durante o mês de setembro, em uma parceria com o Metrô Social e o Governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de sensibilizar para a causa da campanha as milhares de pessoas que passam diariamente por esses locais. 

O personagem principal figura no centro da obra, reforçando o protagonismo que o paciente com depressão e ansiedade deve buscar assumir para estar no controle do tratamento e da sua vida. A mulher ao lado ocupa o lugar da rede de apoio, fundamental para quem sofre com esses transtornos, empunhando o girassol e oferecendo o suporte necessário. A flor, símbolo da campanha, representa uma fonte de luz e também proteção, ajudando o personagem a tentar ver o mundo de outra maneira. 

“A predominância do roxo e do amarelo conversa diretamente com as cores das peças da campanha. Optei pela combinação de tons mais quentes com mais escuros e saturados em um cenário ensolarado e, ao mesmo tempo, chuvoso para representar a mistura de sentimentos pelos quais esses pacientes costumam passar ao longo do processo dessas doenças”, detalha Apolo. 

O público também poderá apreciar e fazer download gratuito da arte no hotsite da campanha (www.bemmequerbemmequero.com). A página traz diversas informações sobre depressão, ansiedade e suicídio, concentrando todos os conteúdos divulgados, perguntas frequentes sobre os temas, entre muitos outros materiais que podem ajudar quem está passando pelo problema e também a fomentar a discussão desses assuntos na sociedade. 

Além disso, durante o mês de setembro, a campanha vai desafiar o público, por meio das redes sociais da ABRATA e do artista, a manifestar seus sentimentos por meio de expressões artísticas como música, poesia, dança, arte gráfica, etc. Quem quiser participar poderá postar a arte nas suas redes com a hashtag #BemMeQuero. 

“Como uma empresa global de saúde, temos consciência do nosso papel junto à sociedade. Sabemos que depressão e ansiedade estão entre as doenças que mais crescem no mundo. Por isso, entendemos que é fundamental promover ações que estimulem o debate sem preconceitos, reforcem a necessidade de o paciente buscar ajuda e incentivem a população a cuidar de si e do outro”, lembra a neurologista e diretora médica da Viatris, Elizabeth Bilevicius.

 

Assumindo o protagonismo e construindo uma rede de apoio eficaz 

A depressão não tem cura, mas pode ser tratada e seus sintomas controlados. Para isso, é fundamental que o paciente assuma o papel de protagonista da sua vida e busque ajuda profissional e com as pessoas com as quais convive e confia. 

“O primeiro passo é admitir que se está doente, que precisa de ajuda. É muito comum a negação do problema nesses casos. A partir daí, é importante se abrir com pessoas da sua confiança e estabelecer um diálogo limpo e construtivo, uma vez que a rede de apoio é um complemento fundamental à abordagem clínica. Sabemos que quem conta com esse suporte costuma ter mais adesão ao tratamento”, reforça a presidente da ABRATA, Marta Axthelm. 

Para fazer parte da rede de apoio eficaz, o primeiro passo é querer participar, ter empatia, disponibilidade de tempo, compreender que se trata de uma doença e escutar sem julgar. A rede de apoio vai bem além da família, são todos aqueles que fazem parte do círculo social mais próximo do paciente e que estejam dispostos a ajudá-lo. 

Desinformação, preconceito, banalização e tabus são os maiores inimigos da depressão. É comum confundir a doença com tristeza, que é algo que todas as pessoas vivenciam em algum momento da vida e é passageiro. A depressão costuma vir acompanhada de indisposição generalizada, desinteresse em estar com a família e amigos, pelo estudo e trabalho, baixa autoestima, irritabilidade, agressividade, sentimento de inutilidade e sensação de ser um fardo para as pessoas em volta. 

O mesmo vale para a ansiedade, que é natural ao comportamento humano e que pode até ajudar na preparação para algo que está por acontecer, como uma entrevista de emprego. “O problema é quando a ansiedade atinge um nível muito alto e passa a atrapalhar a concentração, a atenção, os relacionamentos e as atividades do dia a dia”, esclarece Alexandrina.

 

 

ABRATA - Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos

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VIATRIS™

www.viatris.com/pt-br/lm/brazil.

 

SOBRE O ARTISTA

Formado em Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie (SP) e em Pintura pela School of Visual Arts (NY), Apolo Torres cria trabalhos que passeiam pela pintura clássica, street art e arte contemporânea. Além de exposições individuais no Brasil, Itália e Estados Unidos, o artista visual também conta em seu currículo com participações em festivais e exposições coletivas em diversos países.

Rede social: Instagram

 

REFERÊNCIAS

 

  1. Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/W?sequence=1. Acesso em 06/07/2021 às 13h42
  2. Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/depressao. Acesso em 09/07/2021 às 11h23
  3. Organização Pan-americana de Saúde. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio. Acesso em 06/07/2021 às 14h12
  4. Biblioteca Virtual Ministério da Saúde. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio. Acesso em 09/07/2021 às 10h38.
  5. Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0008/507833/Declaration-IMHC-Athens-eng.pd. Acesso em 06/07/2021 às 14h05.

Duchenne é a forma mais comum de distrofia muscular em crianças[1]

A DMD, como é conhecida, afeta principalmente os meninos e identificar os sintomas de forma precoce é essencial para garantir mais qualidade de vida ao paciente[2]


O mês de setembro é marcado pelo dia mundial da conscientização de Duchenne (7/9). A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética rara, degenerativa e que tem como principal sintoma a fraqueza muscular progressiva. Causada pela deficiência ou ausência da proteína distrofina, responsável por garantir a estabilidade das fibras musculares, a condição afeta mais os meninos. Na maioria das vezes, as manifestações iniciais são alterações na forma de andar e quedas frequentes e ficam mais evidentes entre os 3 e 5 anos. O diagnóstico precoce é essencial para retardar o avanço da doença e garantir mais qualidade de vida ao paciente.[3,2,4,5]

Alguns sinais podem passar despercebidos, sobretudo os relacionados aos marcos do desenvolvimento infantil, como caminhar e falar. Ainda que cada indivíduo tenha seu tempo de desenvolvimento, existem marcos que, especialmente na infância, são semelhantes para todos e qualquer sinal de atraso deve ser considerado relevante para uma consulta médica. A mesma lógica se aplica às quedas frequentes, por exemplo, que muitas vezes são tratadas como características comuns da criança e não como um indício de fraqueza muscular.

"Meus primeiros sintomas da distrofia muscular de Duchenne (DMD) apareceram quando eu ainda era pequeno e o principal deles era a dificuldade de levantar rápido. Costumava fazer aquele famoso movimento de colocar a mão no joelho para levantar. Comecei a cair muito, quando tentava correr com os colegas ou em casa, quase sempre com o rosto no chão. Depois, eu também passei a andar na ponta dos pés", conta o paciente Iuri Cesar Caliman de 24 anos.

O diagnóstico precoce da DMD é essencial para retardar o avanço da doença e trazer qualidade de vida ao paciente. Com o tratamento multidisciplinar e acompanhamento adequados é possível não somente aumentar a expectativa de vida, como também proporcionar mais independência e condições para que possa se desenvolver em outras áreas da vida. "Aos 6 anos fui diagnosticado e tratado para a doença errada e isso me causou alguns danos musculares, principalmente no joelho. Porém, ao me consultar com outro especialista, tive a confirmação da DMD e pude iniciar o tratamento correto", explica Caliman, que trabalha como programador e vive em Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás.

Atualmente, um dos desafios é conscientizar e informar a população e classe médica sobre a doença, seus sintomas e intervenções possíveis. "No Brasil, existe uma carência de profissionais que tratam de doenças neuromusculares, seja nas instituições de saúde públicas ou nas privadas. Isto se mostra quando nos países desenvolvidos a idade média de diagnóstico da doença é de 4 anos, enquanto, entre os brasileiros, esse número aumenta para 7,5 anos", explica a médica Ana Lúcia Langer.

Uma medida simples que pode auxiliar na suspeita de crianças com fraqueza de cintura pélvica é observar o tempo de se levantar que, quando maior que 2 segundos em crianças com mais de 2 anos, pode indicar alguma dificuldade no movimento. Outra forma de levantar suspeitas a respeito da DMD é por meio de um exame que identifica a dosagem da enzima muscular creatinoquinase (CK) no sangue. Caso esta esteja cerca de 10 vezes maior que o valor de referência, é solicitado um exame genético para confirmação.[6,7]

O tratamento multidisciplinar é fundamental para preservar a força muscular por mais tempo. "Hoje, aos 24 anos, faço fisioterapia motora uma vez na semana nas pernas e braços. Também utilizo ambu (equipamento médico) para fazer fisioterapia respiratória em casa. Sempre quando sinto algo diferente, vou ao médico para ele avaliar se está tudo bem. Tenho cardiologista e pneumologista. Assim sigo, sabendo que é uma doença progressiva que precisa desse acompanhamento", explica o paciente.

 


Referências

1Flanigan KM. Duchenne and Becker muscular dystrophies. Neurol Clin 2014; 32: 671-688
2Hoogerwaard EM, Bakker E, Ippel PF, Oosterwijk JC, Majoor-Krakauer DF, Leschot NJ, et al. Signs and symptoms of Duchenne muscular dystrophy and Becker muscular dystrophy among carriers in the Netherlands: A cohort study. Lancet. 1999 Jun 16;353(9170):2116-9.
3Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L, et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and pharmacological and psychosocial management. Lancet Neurol. 2010 Jan 1;9(1):77-93.
4Yiu EM, Kornberg AJ. Duchenne muscular dystrophy. J Paediatr Child Health. 2015 Aug 1;51(8):759-64.
5Reed UC. Doenças neuromusculares. J Pediatr (Rio J). 2002 Aug;78:S89-103.
6Pereira AC, Araújo AP de QC, Ribeiro MG. Can simple and low-cost motor funcon assessments help in the diagnosc suspicion of Duchenne muscular dystrophy? J Pediatr (Versão em Port. 2020 Jul 1;96(4):503-10.
7Araujo APQC, De Carvalho AAS, Cavalcan EBU, Saute JAM, Carvalho E, França Junior MC, et al. Consenso brasileiro sobre distrofia muscular de duchenne. Parte 1 diagnósco, corcoterapia e perspecvas. Vol. 75, Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Associacao Arquivos de Neuro-Psiquiatria; 2017. p. 104-17.


Inteligência artificial pode detectar demência anos antes que os sintomas apareçam

As demências são caracterizadas pelo acúmulo de diferentes tipos de proteínas no cérebro, que danificam o tecido cerebral e levam ao declínio cognitivo. No caso da doença de Alzheimer, essas proteínas incluem a beta-amiloide, que forma 'placas', aglomerando-se entre os neurônios e afetando sua função, e a tau, que se acumula dentro dos neurônios.

Mudanças moleculares e celulares no cérebro geralmente começam muitos anos antes de qualquer sintoma ocorrer. O diagnóstico de demência pode levar muitos meses ou até anos. Normalmente requer duas ou três visitas ao hospital, pode envolver uma série de exames de TC, PET e MRI, bem como punções de liquor.

Uma equipe liderada pela professora Zoe Kourtzi da Universidade de Cambridge e do The Alan Turing Institute desenvolveu ferramentas de aprendizado de máquina que podem detectar demência em pacientes em um estágio muito inicial. Usando imagens cerebrais de pacientes que desenvolveram Alzheimer, seu algoritmo de aprendizado de máquina detectou mudanças estruturais no cérebro. Quando combinado com os resultados de testes de memória padrão, o algoritmo foi capaz de fornecer uma pontuação de prognóstico - ou seja, a probabilidade de o indivíduo ter a doença de Alzheimer.

Para os pacientes que apresentam comprometimento cognitivo leve - sinais de perda de memória ou problemas com a linguagem ou percepção visual / espacial - o algoritmo foi superior a 80% de precisão na previsão dos indivíduos que desenvolveram a doença de Alzheimer. Também foi capaz de prever a rapidez com que sua cognição diminuirá com o tempo.

O professor Kourtzi, do Departamento de Psicologia de Cambridge, disse: "Treinamos algoritmos de aprendizagem de máquina para detectar os primeiros sinais de demência apenas procurando padrões de perda de massa cinzenta - essencialmente, desgaste - no cérebro. Quando combinamos isso com o padrão testes de memória, podemos prever se um indivíduo apresentará um declínio mais lento ou mais rápido em sua cognição.

Embora o algoritmo tenha sido otimizado para procurar sinais da doença de Alzheimer, o professor Kourtzi e colegas agora o estão treinando para reconhecer diferentes formas de demência, cada uma com seu próprio padrão característico de perda de volume.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Joseph Giorgio et al, Modeling prognostic trajectories of cognitive declive due to Alzheimer disease, NeuroImage: Clinical (2020). DOI: 10.1016 / j.nicl .2020.102199


Dia da Amazônia - Pequenas ações no dia a dia mudam o mundo!

A Amazônia é um dos principais responsáveis pelo equilíbrio ambiental do planeta, além de preservar grandes recursos hídricos. 

Apesar da sua importância para a manutenção da vida em todo o globo terrestre, nos últimos anos, especialistas estão alertando sobre a necessidade da sua preservação. Somente nos últimos 11 meses, a floresta teve 8.381 km² desmatados, segundo o Imazon. O desmatamento já é 51% maior que o mesmo período do ano passado.

Confira mais algumas informações que levantamos:

- Apenas 1,3% de todo resíduo plástico no Brasil é reciclado, segundo a WWF;

- Das 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos produzidas por ano, 17% são de plástico;

- O potencial de reciclagem no Brasil é de 30% de todo resíduo produzido (Abrelpe);

- Brasil é o 7º maior emissor de CO2 do mundo, com 1,9 gigatonelada de carbono equivalente (GtCO2eq) em 2018, de acordo com o Seeg;

- O desmatamento da Amazônia impacta na capacidade de absorção de CO2 da atmosfera, contribuindo ainda mais para o desequilíbrio climático (Amazônia.org);

- Na dica #9 do 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo. Nakagawa fala da importância da reciclagem e do descarte correto do lixo;

- Na dica #29 encoraja o uso de bicicleta, um meio de locomoção sustentável e limpo;

- Já na dica #42, o autor explica a importância de consumir carne de gado de boa procedência, o que diminui o desmatamento irregular em áreas protegidas.

 

Marcus Nakagawa - professor da ESPM, coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador, ex-presidente e conselheiro da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável); e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida.   Criador da plataforma Dias Mais Sustentáveis (https://diasmaissustentaveis.com), é vencedor do Prêmio Jabuti 2019/Economia Criativa com o livro 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo e coautor dos livros “Marketing para Ambientes Disruptivos” e “Administração por Competências”. Também foi um dos palestrantes, em 2020, do TEDx Coutdown, iniciativa global para acelerar as soluções dos problemas climáticos do planeta. Site: www.marcusnakagawa.com.


Dia Mundial da Limpeza: Litoral Sul de São Paulo terá uma grande ação de limpeza do mar com comboio de embarcações

Bertioga

Divulgação


O Dia Mundial da Limpeza é um movimento cívico que une 180 países e milhões de pessoas em todo o mundo para limpar o planeta em um único dia. Evento acontece do dia 17 a 19 deste mês e reúne nove municípios da região


A fim de ampliar as ações voltadas para o benefício do meio ambiente e desenvolver um turismo náutico sustentável, nove prefeituras do litoral paulista realizarão o “Navegar é Preservar”, expedição que partirá de Bertioga com destino a Cananéia, fazendo a limpeza do mar, costões rochosos, praias e mangues. Evento acontece do dia 17 a 19 de setembro.  

A expedição conta com a participação das prefeituras de Bertioga, Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Santos, Mongaguá, Peruíbe, Ilha Comprida e Cananéia, além do apoio do Fórum Náutico Paulista, Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiros.

O projeto possui duas frentes de limpeza, sendo uma focada nos mangues e praias e a outra nas embarcações, que alcançarão locais de difícil acesso, como penínsulas, costões rochosos e o fundo de mar. Todos os resíduos coletados serão destinados ao ponto de pesagem escolhido pelas cidades participantes. 

Podem fazer parte das ações ONGs, donos de embarcações e voluntários. Para isso, é necessário realizar inscrição gratuita pelo link www.even3.com.br/navegar/. Os participantes receberão uma tabela para ser preenchida com dados dos itens coletados na ação e, desta forma, facilitar a computação do volume recolhido.

“Estar no apoio técnico junto do Fórum Náutico Paulista e trazer o BLZ BANK e o BLZ RECICLA para essa ação é o mínimo que podemos fazer pelo ambiente, mas também para dar mais visibilidade às paisagens incríveis que o nosso litoral tem. Agora não vejo a hora de pôr a mão na massa, acho que vai ser um passeio incrível e terá resultados muito concretos”, conta Bianca Colepicolo, Coordenadora de Turismo do Fórum Náutico Paulista.

“No ano passado, por conta da pandemia, não pudemos fazer nenhuma ação de recolha do lixo do mar, como várias cidades do litoral costumam apoiar. Ter um evento coletivo agora, com a participação tão efetiva e tão coordenada entre prefeituras, ONGs e marinas é um acontecimento importante para a retomada das ações turísticas e ambientais”, diz Filipe Sofiati, Diretor de Turismo de Bertioga.


PROGRAMAÇÃO

17 de setembro – Abertura do evento com o Luau Escuna Show, às 17 horas, no Canal de Bertioga

18 de setembro – Às 5 horas inicia a navegação de todos os barcos através do Canal de Bertioga, terminando na Ilha do Guaraú, em Peruíbe

19 de setembro – Às 4 horas a navegação retoma com destino a Cananéia, onde ocorrerá o encerramento com o Festival de Ostras da cidade, às 19 horas


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