Especialista em Medicina Integrativa faz alerta
sobre risco de menopausa precoce como um dos principais efeitos do estresse
excessivo em mulheres
Com o amadurecimento feminino, a menopausa torna-se cada vez mais temida
por elas. No entanto, por mais inevitável que seja, existem formas de se
preparar para essa fase da vida e até de evitar que chegue antes da hora.
Estudos apontam que uma em cada 10 mil mulheres é diagnosticada com menopausa
precoce ou amenorreia, tendo menos de 20 anos e 90% destes casos acontecem de
forma espontânea e idiopática, ou seja, sem explicação científica concretizada
pelos médicos, uma vez que as pacientes costumam ser saudáveis e férteis nesta
faixa etária.
“Basicamente, a menopausa é o nome que se dá ao fim menstruação e falência ovariana, que leva ao fim da vida reprodutiva da mulher. Para que seja diagnosticada a menopausa, é preciso que a mulher esteja sem menstruar há pelo menos 12 meses, o que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos. Mas, quando isso se dá antes do previsto, é preciso investigar as causas externas que possam ter gerado algum desequilíbrio hormonal, capaz de suspender o ciclo menstrual”, explica a ginecologista e mastologista Dra. Renata Sampaio.
De acordo com a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira, o diabetes, os transtornos alimentares, uso de medicamentos para tratamentos de doenças como câncer, além do estresse estão entre os principais fatores externos que podem afetar diretamente o ciclo das mulheres.
Mas, como isso pode acontecer? A Dra. Esthela explica que o estresse faz com que sejam liberados neurotransmissores, que atuam nas mesmas áreas do cérebro que induzem e controlam a produção dos hormônios responsáveis pelo ciclo menstrual. Assim, o fluxo e a frequência menstrual podem sofrer alterações, até que ocorra a amenorreia (ausência de menstruação).
“Neste período de pandemia, com o isolamento social e a sobrecarga física e emocional, pudemos notar bem como o estresse tem afetado as mulheres. Muitas pacientes perceberam irregularidades no seu ciclo menstrual, ao mesmo tempo que relataram mais estresse e ansiedade em decorrência da dupla jornada de trabalho, das mudanças de hábitos alimentares, de sono e de rotina. O que certamente nos sugere uma relação entre ambos os quadros”, conta a nutróloga.
Dra. Esthela Oliveira, ressalta ainda a importância de manter o equilíbrio entre a saúde do corpo e da mente desde jovens, mas com ainda mais cuidado após os 30 anos, quando a mulher começa a apresentar os primeiros sinais de queda hormonal. “Em casos onde a menopausa ocorre antes do natural, alguns sintomas característicos em mulheres mais maduras podem servir de alerta, como: diminuição do fluxo e frequência menstrual, ondas de calor repentinas, falta de concentração, dores de cabeça, ansiedade, alterações do sono, da libido e de humor”, afirma a Dra. Renata Sampaio.
Segundo a Dra. Esthela a menopausa vai muito além da ausência de menstruação e da interrupção da fertilidade feminina, já que a queda na produção de estrogênio pode levar ao aumento de peso, a fragilidade óssea e a maior predisposição para doenças crônicas.
“Mas, a boa notícia é que com um acompanhamento médico multidisciplinar
é possível evitar que ela ocorra precocemente ou mesmo tratar dos sintomas que
causam desconforto. As terapias de reposição hormonal, além da reeducação
alimentar e da prática de atividades físicas diárias podem ser ótimas
alternativas nestes casos”, aconselha a especialista em Medicina Integrativa,
que reforça a importância de buscar ajuda médica logo que as primeiras
alterações no ciclo forem notadas.
Dra Esthela Oliveira - médica do esporte, pós-graduada em nutrologia e
medicina integrativa. Fundadora da Side Clinic, o espaço traz uma visão mais
ampla sobre o cuidado com o paciente, acompanhando-o em todas as suas
esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas
integrativas como ferramenta para complementar a medicina tradicional. @draesthelaoliveia l @sideclinic
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