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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Pandemia antecipa a catarata

 

Pesquisa aponta aumento do uso de antidepressivos que eleva em até 55% o risco da doença.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que o Brasil é o país com maior número de casos de depressão na América Latina. O pior é que a pandemia agravou o sofrimento psíquico do brasileiro. Nos primeiros cinco meses do ano a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor aumentou 13% em relação ao mesmo período de 2020, conforme levantamento inédito do CFF (Conselho federal de Farmácias) a partir da dados da IQVIA. 

De acordo com o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier um dos efeitos colaterais do uso de antidepressivos é antecipar a catarata, maior causa de cegueira tratável no mundo provocada pela opacifica o cristalino, lente interna do olho. De fato, os prontuários de 1,1 pacientes do hospital diagnosticados com a doença desde o início da pandemia mostra que em 20% dos que estavam em tratamento de depressão, a progressão da catarata foi mais rápida que o esperado. 

O oftalmologista explica que nem todo antidepressivo prejudica os olhos. Só os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs). Acontece porque o cristalino tem receptores de serotonina e o ISRS forma depósitos na lente do olho.  Isso explica o resultado de uma pesquisa realizada com 200 mil moradores de Quebec com 65 anos ou mais pela Universidade de British Columbia, do Instituto de Pesquisa de Saúde Costeira de Vancouver e da Universidade McGill. Os pesquisadores descobriram que a chance de diagnosticar catarata em pacientes que tomam antidepressivo varia de 15% a 51% conforme o tipo de substância de cada ISRS.

 

Para seu estilo de vida

A boa notícia é que a cirurgia, único tratamento efetivo para catarata, reduz a depressão por permitir maior entrada de luz nos olhos e conta com uma variedade de lentes intraoculares que se adapta aos diferentes estilos de vida. Queiroz Neto afirma que para enxergar bem na maioria das atividade do dia a dia a melhor opção é a lente EDOF de foco estendido. Significa que proporciona boa visão a meia distância e longe. A visão de perto é menor e requer uso de óculos para ler textos menores. “Caso você passe a maior parte do tempo no computador e não gosta de usar óculos, o mais indicado é o implante da trifocal que divide a luz em três pontos focais - perto, meia distância e longe”, afirma

 

Integração de dados

Queiroz Neto afirma que outro avanço na cirurgia de catarata é um sistema que transfere digitalmente ao microscópio do centro cirúrgico todas as informações coletadas nos exames que precedem a cirurgia: medidas da curvatura, espessura e superfície da córnea, amanho da pupila, uma imagem do globo ocular com características da íris (parte colorida do olho) e vasos sanguíneos, além das aberrações ópticas, pequenas imperfeições que podem interferir na visão.  "Um dia após a operação, a visão está completamente nítida e inclusive pacientes com astigmatismo importante conseguem ler as minúsculas letras de bulas sem óculos ", conta gratificado.

 

Quando operar

O especialista conta que a maioria das pessoas têm dúvida sobre quando devem operar porque geralmente o diagnóstico da catarata acontece em um exame de rotina e inicialmente não atrapalha das atividades. Os principais sinais de que chegou a hora de operar são: trocas sucessivas de óculos, perda importante da visão de contraste e dificuldade para dirigir à noite. “Além da visão, a cirurgia restitui o sono e melhora seu equilíbrio psíquico para enfrentar a pandemia, conclui.


Medicação usada para reduzir os níveis de colesterol pode reduzir a gravidade da covid-19

Em um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, os pesquisadores confirmaram que os pacientes que tomam medicamentos com estatinas tiveram um risco 41% menor de morte no hospital devido a covid-19. As descobertas foram publicadas em 15 de julho de 2021 na PLOS ONE e expandem a pesquisa anterior conduzida na UC San Diego Health em 2020.

As estatinas são comumente usadas para reduzir os níveis de colesterol no sangue, bloqueando as enzimas hepáticas responsáveis ​​pela produção do colesterol. Elas são amplamente prescritas: O Center for Disease Control estima que 93 por cento dos pacientes que usam uma droga para baixar o colesterol usam estatina.

"Quando confrontado com este vírus no início da pandemia, houve muita especulação em torno de certos medicamentos que afetam o receptor ACE2 do corpo, incluindo estatinas, e se eles podem influenciar o risco de covid-19", disse Lori Daniels, MD, líder autor do estudo, professor e diretor da Unidade de Terapia Intensiva Cardiovascular da UC San Diego Health.

"Na época, pensávamos que as estatinas poderiam inibir a infecção por SARS-CoV-2 por meio de seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios e capacidades de ligação, o que poderia potencialmente interromper a progressão do vírus".

Usando dados do Registro de Doenças Cardiovasculares Covid-19 da American Heart Association, a equipe de pesquisa da UC San Diego aplicou suas descobertas originais a uma coorte muito maior: mais de 10 mil pacientes com a doença hospitalizados nos Estados Unidos.

Especificamente, os pesquisadores analisaram prontuários médicos de 10.541 pacientes internados com covid-19 durante um período de nove meses, de janeiro a setembro de 2020, em 104 hospitais diferentes.

"A partir desses dados, realizamos análises mais avançadas enquanto tentávamos controlar as condições médicas coexistentes, o status socioeconômico e os fatores hospitalares", disse Daniels. "Ao fazer isso, confirmamos nossos achados anteriores de que as estatinas estão associadas a um risco reduzido de morte por covid-19 entre pacientes hospitalizados por conta da doença."

Daniels disse que parece que a maior parte do benefício está entre os pacientes com boas razões médicas para tomar estatinas, como histórico de doenças cardiovasculares ou hipertensão. De acordo com a equipe de pesquisa, o uso de estatinas ou um medicamento anti-hipertensivo foi associado a um risco 32% menor de morte entre pacientes internados, com histórico de doença cardiovascular ou hipertensão.

No estudo, técnicas de correspondência estatística foram usadas para comparar os resultados de pacientes que usaram estatinas ou um medicamento anti-hipertensivo com pacientes semelhantes que não usaram.

 


Rubens De Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Lori B. Daniels et al, Relation of prior statin and anti-hypertensive use to severity of disease among patients hospitalized with COVID-19: Findings from the American Heart Association's COVID-19 Cardiovascular Disease Registry, PLOS ONE (2021). DOI: 10.1371/journal.pone.0254635


Proteína é capaz de capturar metais livres relacionados a doenças neurodegenerativas

A metalotioneína se liga a metais que podem se tornar tóxicos às células quando livres. Cientistas da USP demonstraram pela primeira vez o funcionamento microscópico desta proteína

 

Um estudo do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), em parceria com a Universidade de Nanjing, China, descreveu pela primeira vez, em detalhes, o funcionamento da metalotioneína humana, uma proteína responsável pelo controle da concentração de metais no organismo. Os pesquisadores descobriram que ela é capaz de capturar metais livres, associados a doenças neurodegenerativas. Publicada na nova revista Research, parceira da Science, a pesquisa uniu técnicas de microscopia de força atômica e simulações moleculares por supercomputação para identificar como as ligações entre a proteína e os metais são estabelecidas e quebradas.

Os cientistas constataram que a metalotioneína é altamente dinâmica, quase "líquida": não apresenta uma estrutura fixa e muda constantemente de acordo com as ligações químicas com os metais, que são de baixa estabilidade, quebram e reformam facilmente. "Materiais contendo metais são duros e estáveis do ponto de vista macroscópico, mas microscopicamente mostramos que podem ser extremamente flexíveis. A metalotioneína seria o mais próximo que existe no mundo biológico de algo como o personagem de metal líquido do filme Exterminador do Futuro 2, por exemplo", afirma Guilherme Menegon Arantes, professor do IQ-USP e um dos coordenadores do estudo.

A metalotioneína ajuda a regular a concentração dos metais no organismo, denominada homeostase. Quando estão livres no corpo, os metais - até mesmo os naturais e essenciais - podem se tornar tóxicos, causando reações danosas. "Nós mostramos que a proteína é capaz de encapsular os metais, protegendo-os de terem reações adversas", diz Arantes. No entanto, alguns metais que desempenham funções importantes, como o ferro e o zinco, precisam ser utilizados por outras proteínas. "Por isso, as ligações são frágeis: para que a metalotioneína possa transportar e liberar os metais no momento certo para exercerem as suas atividades", completa.

Metais como zinco, cobre e ferro já foram relacionados por outros estudos a doenças neurodegenerativas. Isso porque os metais livres nos neurônios podem induzir algumas proteínas a se complexarem, impedindo-as de realizarem as suas funções corretamente. "Essa complexação leva à produção de placas amiloides - depósitos de fragmentos de proteínas beta-amiloides, que são tóxicas para os neurônios. Essas placas são assinaturas de várias doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson", explica o pesquisador.

Outro problema decorrente de metais livres envolve o metabolismo energético. Os metais pesados podem atrapalhar o funcionamento da mitocôndria, organela responsável por gerar energia para os processos metabólicos. "A presença desses metais aumenta a produção de radicais livres, que podem fazer reações em cadeia, não controladas, e lesar as células".



Múltiplas ligações - Os pesquisadores também descobriram que a proteína é capaz de se ligar a dezenas de metais diferentes - desde metais naturais essenciais para o organismo, como zinco, a metais pesados e tóxicos, como cádmio e mercúrio. Essas características foram observadas pelos pesquisadores chineses com a microscopia de força atômica, uma tecnologia que permite manipular uma única molécula com resolução atômica e verificar as suas propriedades mecânicas e físico-químicas. "Foi a primeira vez que os mecanismos de ação dessa proteína foram mostrados com esse nível de detalhamento", destaca Arantes.

Segundo ele, o próximo passo foi identificar exatamente quais ligações estavam sendo formadas e quebradas. "Para isso, o meu grupo realizou simulações computacionais da metalotioneína e seus múltiplos metais ligados. Nós usamos o computador Santos Dumont, o maior instalado no Brasil".



Internacionalização - O projeto foi possibilitado pelo financiamento da FAPESP (SPRINT) e pelo acordo de colaboração assinado entre o IQ-USP e a Universidade de Nanjing, sob coordenação de Guilherme Arantes. "A Universidade de Nanjing é uma das mais produtivas do mundo, especialmente na área de Química", ressalta o professor.

Com duração de cinco anos, o acordo entre as instituições também inclui o intercâmbio de alunos e pesquisadores, ação que deve ser retomada após a pandemia.


Aumenta o número de mortes por doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2021

Nível elevado de colesterol é uma das principais causas de agravamento dessas comorbidades. Controle precoce das gorduras saturadas no sangue é fundamental para minimizar riscos à saúde


As doenças cardiovasculares (DCV) são líderes de mortalidade no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. São cerca de mil óbitos por dia, números que podem estar sendo agravados em função da pandemia da Covid-19, mostrando ser este um assunto de absoluta relevância.

O receio da contaminação também tem feito pacientes portadores de doenças cardiovasculares, e de outras doenças agudas, que necessitam de acompanhamento médico, negligenciarem a rotina de saúde, deixando de ir ao médico.

A SBC vem acompanhando a situação devido à redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência no país durante a pandemia. Dados divulgados pela Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil) mostram que houve aumento de quase 7% no número de óbitos por doenças cardiovasculares nos primeiros seis meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. Foram mais de 140 mil mortes registradas contra mais de 150 mil no mesmo período deste ano.

O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores para doenças cardiovasculares e pode ser uma das causas que podem levar ao infarto e ao acidente vascular cerebral (AVC). No próximo dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e a SBC faz o alerta para a importância do controle dos níveis de gorduras saturadas no sangue.    

“Controlar as taxas de gordura no sangue é fundamental para reduzir os riscos que levam às doenças do coração e que, na maioria das vezes, agem de maneira silenciosa. Precisamos divulgar sobre este assunto para que as pessoas aprendam a cuidar da própria saúde e atinjam suas metas de colesterol. É importante que todas as pessoas tenham seus níveis de colesterol verificados, de acordo com orientações médicas”, afirma o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, José Francisco Kerr Saraiva.

Uma pesquisa feita pela SBC, em 2017, mostrava que 67% das pessoas desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. Por isso, a entidade reforça a importância de ter as taxas de gordura no sangue controladas para diminuir os riscos que levam a doenças cardiovasculares.

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), a pandemia fez as pessoas negligenciarem os cuidados com a saúde, como a realização de exames, inclusive de colesterol. O estudo mostra que houve queda de 28,5% na quantidade de exames de dosagem de colesterol HDL realizada em 2020, quando comparada com o ano de 2019. Mas aponta uma retomada por parte da população com os cuidados com a saúde nos cinco primeiros meses de 2021, quando foi registrado um aumento de 16,8% nesse tipo de exame, quando comparado com igual período do ano passado. Mas, ainda assim, abaixo 18,3% do que foi registrado de janeiro a maio de 2019, quando não havia a presença do novo coronavírus.

O mesmo acontece com a dosagem de colesterol LDL. Em 2020, a queda registrada na quantidade de exames realizados no SUS foi 26,9% em relação a 2019. Já nos primeiros cinco meses deste ano, o aumento foi 15,5% na quantidade deste exame no SUS em comparação ao mesmo período de 2020, mas 17,7% menor do que o realizado de janeiro a maio do ano anterior.

Com os exames de dosagem de colesterol total o cenário foi o mesmo. Os números do ano passado de realização desse exame foram 31% menores do que os de 2019, ano sem pandemia. Já de janeiro a maio de 2021, o aumento na quantidade desse exame foi de 14,1% em relação a igual período de 2020. Porém, 21,3% inferior ao volume desses testes ante aos cinco primeiros meses de 2019.

“A recomendação é que um paciente com riscos maiores, como insuficiência cardíaca, infarto, usa stent, tem arritmia, hipertensão em estágios 2 e 3, seja visto semestralmente por seu médico. Os que fazem check up, como o exame de controle de colesterol, não devem ficar mais de um ano sem realizá-lo”, orienta Saraiva.

ATIVIDADE FÍSICA É FUNDAMENTAL

A mensagem do diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC é que a população continue se cuidando, mesmo na pandemia, e não deixe de realizar atividade física, com segurança.

Em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes (com idade entre 11 e 17 anos) não praticam atividade física suficiente. Alguns grupos populacionais têm menos oportunidades de terem uma vida mais ativa, entre eles meninas, mulheres, pessoas idosas, com menos recursos financeiros, com deficiências e doenças crônicas, populações marginalizadas e povos indígenas.

Por conta da pandemia do novo coronavírus e a recomendação para se ficar em casa, favorecendo o distanciamento social e, assim, evitar aumento dos casos, é fundamental que as pessoas mantenham – ou criem – uma rotina fisicamente ativa. O sedentarismo é prejudicial para o sistema imune e para a saúde do coração.

“As evidências são claras. O sedentarismo tem impacto negativo sobre a saúde, portanto, apesar de não sair de casa, é fundamental que todos realizem atividade física no ambiente domiciliar. Deve-se buscar que as atividades físicas sejam integradas ao cotidiano e que sejam prazerosas. Tais medidas são essenciais e de grande contribuição para a saúde física e mental, auxiliando na prevenção ao colesterol elevado, à Covid-19 e suas consequências”, alerta Saraiva.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para indivíduos saudáveis e assintomáticos são de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana para adultos e 300 minutos de atividade física por semana para crianças e adolescentes. Esse tempo deve ser acumulado durante os dias da semana, podendo ser dividido de acordo com sua rotina.

O diretor esclarece, e reitera, que a prática de atividade física compreende qualquer atividade motora que resulte em um gasto energético acima dos níveis de repouso, ao passo que a prática sistematizada, devidamente elaborada e prescrita considerando variáveis de treinamento visando objetivos específicos é denominada exercício físico. Assim, enfatiza-se que ambas as atitudes são de fundamental importância para esse período de isolamento social.

COLESTEROL BOM E COLESTEROL RUIM

Produzido no organismo, o colesterol é uma gordura com a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Existem dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea. O LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, no fígado. Os demais, 30%, vêm da dieta e, por isso, é tão importante manter uma alimentação equilibrada, alerta a SBC.

Um dos mitos mais ultrapassados é acreditar que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. Pessoas magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue e estar no grupo de risco de infarto e AVC.

É importante que as pessoas saibam que o colesterol elevado, geralmente, não dá sinais e nem apresenta qualquer sintoma. Por isso, é essencial realizar os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar hábitos que incluem a alimentação saudável e adequada, e a prática de atividades físicas regularmente.

O diagnóstico para o risco cardiovascular é feito pelo médico, que avalia além dos valores de colesterol e frações, à genética, a história familiar e todos os fatores de risco associados para fechar o diagnóstico e definir a conduta.

NÚMEROS DE MORTES

As doenças cardiovasculares são um problema de saúde pública mundial. São mais de 18 milhões de óbitos no mundo decorrentes dessas doenças prevalentes. No Brasil, as doenças cardiovasculares representam as principais causas de mortes. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país. A cada dois minutos uma pessoa sofre um acidente vascular cerebral ou um infarto agudo do miocárdio.

Apesar das doenças do coração manifestarem-se, em sua grande maioria, na vida adulta, é na infância que o processo de aterosclerose - doença degenerativa que se caracteriza principalmente pelo depósito de gordura (colesterol LDL) e de outras substâncias nas camadas internas das artérias do coração, do cérebro, da aorta, obstruindo a passagem do sangue em porcentagens variáveis – tem seu início. A doença cardiovascular aterosclerótica é responsável pela metade da morbidade e mortalidade em todo o mundo. O controle do colesterol elevado associado a uma alimentação saudável, à prática de atividades físicas regularmente e a redução do estresse tendem a reduzir em 80% desses óbitos.

Ainda segundo os dados da Arpen-Brasil, as mortes por infarto, que haviam reduzido em 3,82% de janeiro a junho de 2020 em relação a igual período de 2019, voltaram a subir este ano, registrando aumento de 3,14% nestes primeiros seis meses.

Os óbitos por AVC registraram uma leve queda em 2021. No primeiro semestre de 2020 foram 50.370 mortes, em igual período este ano foram registrados 50.284 óbitos, configurando uma queda de 0,17%.

Já as mortes por doenças cardiovasculares inespecíficas – morte súbita, parada cardiorrespiratória, choque cardiogênico, entre outros – registraram aumento de quase 19% quando comparadas ao período de janeiro a junho do ano passado. Foram mais de 52 mil óbitos nos primeiros seis meses deste ano, enquanto no mesmo período de 2020, foram quase 44 mil.

Assim como no ano passado, houve aumento das mortes por DCV em domicílio, que registraram aumento de 11,74%. Foram mais de 42 mil óbitos nos primeiros seis meses de 2021, ante quase 38 mil mortes no mesmo período do ano passado.

Esse dado ratifica o que a SBC já amplamente vem divulgando acerca da preocupação com a diminuição de atendimentos nos hospitais e emergências em todo o país. Segundo a entidade, é possível atrelar essa elevação no número de mortes à algumas questões observadas ao longo da pandemia: acesso limitado a hospitais em locais onde houve sobrecarga do sistema de saúde, redução da procura por cuidados médicos devido ao distanciamento social ou por preocupação de contrair Covid-19, e isolamento que prejudica a detecção de sintomas gerados por patologias cardiovasculares.

 

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Agosto dourado lembra a importância do aleitamento materno

O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade, sendo o único alimento até os seis primeiros meses de vida do recém-nascido


Esta semana foi anunciada a abertura oficial da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2021, sendo que o objetivo do "Agosto Dourado" é incentivar a amamentação, o que vem dando certo. Os dados do Ministério da Saúde comprovam isso, pois os índices nacionais do aleitamento materno aumentaram: entre crianças menores de 6 meses foi de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020 e para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Ele previne que a criança tenha doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. "Basicamente, temos dois principais benefícios na amamentação: em relação com o ganho de peso, crescimento e toda a parte nutricional, além de resguardar o bebê de alergias respiratórias, anemias, protege todo campo imunológico, pois o leite da mãe carrega anticorpos que defendem as crianças de doenças infecciosas, principalmente nos primeiros dias’’, explica o especialista Rodrigo Moreira Felgueira, Coordenador médico da UTI pediátrica do HSANP.

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Ele previne que a criança tenha doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. "Basicamente, temos dois principais benefícios na amamentação: em relação com o ganho de peso, crescimento e toda a parte nutricional, além de resguardar o bebê de alergias respiratórias, anemias, protege todo campo imunológico, pois o leite da mãe carrega anticorpos que defendem as crianças de doenças infecciosas, principalmente nos primeiros dias’’, explica o especialista Rodrigo Moreira Felgueira, Coordenador médico da UTI pediátrica do HSANP.

No Brasil, o mês do Aleitamento Materno foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que, no decorrer de agosto, serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, tais como realização de palestras e eventos; divulgação nas diversas mídias; reuniões com a comunidade; ações de divulgação em espaços públicos; e iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada. "A amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida, e, após introdução alimentar, oriento que a criança continue no processo de amamentação pelo menos até os dois anos. É importante lembrar que, após o primeiro ano, a tendência é reduzir as mamadas e isso é natural. Vale ressaltar que mães com Covid-19 também devem continuar amamentando, pois não é possível transmitir o vírus ", salienta.



Os benefícios da amamentação para as lactantes

O especialista explica que para as mães, a amamentação é uma grande aliada na recuperação dos hormônios e do corpo no pós-gestação, além de ser anticoncepcional e trazer menores incidências de depressão pós-parto, auxiliando também na questão emocional. "É importante salientar que a produção do leite materno guarda grande relação com os hábitos alimentares e a saúde mental das mães, a ingestão de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras é essencial, bem como um ambiente propício à tranquilidade e boa qualidade de sono. A comparação da qualidade do leite de cada mãe é algo que deve ser desencorajado , pois pode aumentar ansiedade e depressão materna", enfatiza Rodrigo.



HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo


O que você precisa saber sobre as vacinas contra a covid-19

Vacinação é a forma mais eficaz de combater a doença causada pelo novo coronavírus


O Brasil aplicou sua primeira dose de vacina contra a covid-19 no dia 17 de janeiro deste ano. A enfermeira Mônica Calazans recebeu a dose da Coronavac, imunizante desenvolvido em parceria entre o Instituto Butantan (brasileiro) e a empresa chinesa Sinovac. Na época, o Brasil registrava quase 210.000 mil vidas perdidas pela doença causada pelo novo coronavírus.

Após seis meses do início da vacinação, mais de 37 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas - ou seja, já receberam as duas doses necessárias ou a vacina de dose única. Esse número representa apenas 17,73% da população do país. A porcentagem de pessoas vacinadas com a primeira dose é de 45,09%. Até este mês de julho, mais de 550 mil pessoas morreram vítimas da covid-19.

A vacinação é essencial para combater a disseminação do vírus - que segue em alta no Brasil -, além das medidas de segurança, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene constante das mãos. O diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), professor e imunologista Jan Carlo Delorenzi, comentou informações importantes sobre a vacinação contra a covid-19. "Atualmente, o Brasil conta com quatro vacinas, são elas: Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a Sinovac; Astrazeneca, imunizante que no nosso país é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Pfizer, do laboratório BioNtech; e a Janssen, do grupo Johnson & Johnson, aplicada em dose única. Com exceção desta última, as demais são todas aplicadas em duas doses. Mesmo com as diferenças de doses e fabricantes, todas têm o mesmo objetivo: proteger a população e erradicar a disseminação do coronavírus.

De acordo com Delorenzi, todo o processo de desenvolvimento de um medicamento é baseado em três pilares fundamentais, sendo eles: segurança, eficácia e qualidade. "Se os três pilares não forem atendidos, não há avanço no desenvolvimento e a consequente liberação do produto".

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por garantir que todos os estudos referentes aos três pilares foram realizados. "Uma vez que haja liberação da ANVISA, podemos ficar tranquilos com relação à segurança, à eficácia e à qualidade de um produto", explica o diretor.

Ainda segundo o imunologista, como as vacinas são novas e estão sendo implantadas agora, alguns efeitos não observados nos estudos clínicos de desenvolvimento podem aparecer, por isso há uma intensa monitorização de todos os casos indesejáveis que aparecem e a ANVISA pode recomendar a suspensão do uso de alguma vacina de forma total ou para alguns grupos específicos. "Ainda assim, todas as vacinas disponíveis para a covid-19 são seguras e eficazes, mesmo que possam apresentar diferenças quanto à eficácia", afirma.

A vacinação é um método de prevenção de doenças. Como explica o professor, uma vez em nosso organismo, o sistema imunológico enxerga esse antígeno como estranho e dispara um processo de reação que levará à ativação de células produtoras de anticorpos.

"No caso específico da covid-19, a vacinação em massa levará à incapacidade do vírus de se disseminar na população porque não encontrará ninguém susceptível à sua entrada. Como o vírus só se replica no interior de células, ou seja, fora de nosso corpo o vírus é incapaz de produzir cópias de si mesmo, ele acabará extinto na população porque não produzirá novas cópias virais capazes de infectar outras pessoas".

Contudo, as pessoas vacinadas podem contrair o vírus, mas isso não é motivo para não tomar a vacina. Delorenzi ressalta que isso acontece porque o motivo primário da criação das vacinas foi a redução de casos graves. "O primeiro objetivo da vacinação não foi necessariamente evitar a transmissão da doença (embora as vacinas façam isso efetivamente), mas sim de reduzir o número de óbitos".

Com um percentual tão baixo de pessoas vacinadas, o vírus continua circulando facilmente, por isso é importante manter as medidas de segurança, como o distanciamento social, uso de álcool em gel e de máscaras. "Sem essas medidas, e no ritmo em que a vacinação acontece no Brasil, demorará muito para que a disseminação viral seja interrompida", relata Delorenzi.

Muitas pessoas pensam que, após contrair o vírus da covid-19, não é necessário tomar a vacina, mas isso não é verdade. De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, as pessoas que já se contaminaram com o coronavírus precisam receber o imunizante, assim como toda a população apta a tomar a vacina.

Essa dúvida existe porque as pessoas contaminadas geram resposta imune após a infecção, mas não é algo protetor e duradouro. Ainda de acordo com a publicação do Governo de SP, é recomendado o adiamento da vacinação nas pessoas com sintomas respiratórios até a recuperação clínica total, pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo nos casos de pacientes assintomáticos.

A campanha de vacinação contra o coronavírus está acontecendo em todo o país, o calendário varia de município para município. Por isso é importante ficar de olho na agenda da sua cidade e acompanhar as notícias no site da sua prefeitura para saber quando será a aplicação da vacina na sua faixa etária.

Apesar de no Brasil a vacinação acontecer de forma mais lenta, já é possível perceber seus efeitos positivos. Em Botucatu, a vacinação em massa foi responsável por reduzir os casos de covid-19 em 71%. A internação e os óbitos entre os idosos também vêm diminuindo no país.


Coronavac para o público idoso

O geriatra Rubens de Fraga Júnior, da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), garante que a Coronavac é eficaz em idosos. "A vacina foi 42% eficaz no cenário do mundo real de transmissão extensa de P.1, mas a proteção significativa não foi observada até a conclusão do regime de duas doses. Esses achados ressaltam a necessidade de manter intervenções não farmacêuticas quando a vacinação em massa com a Coronavac é usada como parte de uma resposta epidêmica", ressalta ele.

Em tempos de pandemia, o geriatra recomenda que é importante encorajar este público a permanecer ativo e manter ganhos de força, equilíbrio e flexibilidade, pois isso reduz o risco de queda, fortalece o sistema imunológico e melhora a qualidade de vida.

Fraga Júnior afirma que os idosos podem estar preocupados com sua segurança ao se prepararem para se exercitar em casa, no entanto, pesquisas demonstram que os riscos de exercícios em casa não são maiores do que em um ambiente ao ar livre.

O exercício é a chave para um envelhecimento saudável. É crucial continuar se exercitando para fortalecer o sistema imunológico e manter a forma. O National Physical Activity Guidelines recomenda a prática de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.

O geriatra da FEMPAR aconselha os idosos a:

- Sentar menos e mover mais. "Por exemplo, levantar-se durante cada comercial na TV e fazer uma tarefa ativa ou marchar no lugar. Se possível, dar um passeio ao ar livre é uma ótima maneira de se manter ativo e aproveitar os benefícios do ar fresco e do sol";

- Mova seu caminho. "Se os idosos estão muito ocupados para fazer exercícios, eles podem fazer as coisas e permanecer fisicamente ativos ao mesmo tempo. A atividade física não é uma tarefa árdua se você fizer atividades físicas de tarefas!";

- Pratique todos os quatro tipos de exercícios: exercícios para resistência, força, equilíbrio e flexibilidade;

- Para ficar seguro durante os exercícios: Ouça seu corpo, sempre aqueça antes do exercício e esfrie depois; esteja ciente de seu ambiente, certifique-se de estar ao alcance de um balcão, encosto de um sofá ou uma cadeira resistente que esteja encostada na parede, para o caso de você perder o equilíbrio e precisar se segurar em algo; beba água antes, durante e após o exercício, mesmo que não sinta sede; e use sapatos e roupas adequadas. Permaneça motivado!

Além disso, o profissional destaca que, embora nenhum alimento ou suplemento dietético possa prevenir ou curar a infecção por covid-19, dietas saudáveis são importantes para apoiar o sistema imunológico. Uma boa nutrição também pode reduzir a probabilidade de desenvolver outros problemas de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer.

Fraga Júnior ainda diz que, para manter o sistema imunológico forte durante a pandemia, é necessário não fumar; fazer uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos inteiros; se exercitar regularmente; manter um peso saudável; controlar o nível de estresse e a pressão arterial; consumir bebida alcóolica com moderação; dormir o suficiente; lavar as mãos com frequência; e tentar não tocar o rosto.

"A evolução desse vírus é desconhecida e o fim da pandemia pode se estender por vários anos e, portanto, restrições e distanciamento social podem permanecer por muito tempo. Isso pode afetar os níveis de atividade física e, como resultado, pode levar a um maior risco de quedas e incidência de deficiência em um futuro próximo em idosos. Por esse motivo, nos próximos meses e anos, haverá um aumento substancial no número de quedas em idosos como consequência de menos atividade física durante a pandemia de covid-19. Esse fato levará a um aumento de óbitos e incapacidades nessa população. É preciso ter cautela", finaliza ele.


Doenças respiratórias e o impacto no coração

 O risco de problemas cardíacos aumenta depois de infecções, como gripe e sinusite

 

Os dias mais frios, comuns desta época do ano, sempre trazem a preocupação com o aumento das doenças respiratórias, como gripes, resfriados, rinite alérgica, bronquite, pneumonia e, atualmente, covid-19.

 

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sydney (Austrália) e publicada no Internal Medicine Journal, revela que pacientes que tiveram infecções respiratórias têm 17 vezes mais chances de ter um ataque cardíaco, sendo menor quando está relacionado ao trato respiratório superior, como em casos de rinite e sinusite, o risco é de 13 vezes. 

O cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior confirma que as doenças respiratórias podem trazer sérias complicações cardiovasculares. “Com a alta incidência de doenças, como pneumonia, bronquite e gripe, o coração pode ter um impacto negativo em seu funcionamento”, informa o médico.

 

Pulmão e coração caminham juntos 

Para entendermos melhor essa relação, o Dr. Elcio Pires Junior explica que os sistemas respiratório e cardíaco estão diretamente conectados e, quando um dos dois apresenta falhas, pode comprometer o funcionamento do outro. 

“As doenças respiratórias favorecem a formação de coágulos sanguíneos, alterações no fluxo de sangue e de toxinas que podem danificar os vasos, podendo provocar até mesmo um quadro mais grave como o de infarto”, alerta o médico. 

Alguns outros estudos mostram que o frio de 0 a 5 graus em que o indivíduo enfrente durante 1 hora, já é capaz de causar microlesões em células do coração e ser ainda maior em pessoas com risco cardiovascular elevado, como nos hipertensos, diabéticos, e em que já sofreu um AVC ou infarto. “Pessoas com predisposição a problemas cardíacos e hipertensos devem redobrar a atenção à saúde nesta época do ano”, avisa o Dr. Elcio.  

Além disso, outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares nos períodos de frio, como obesidade, colesterol elevado e diabetes.

 

Atenção à dor de garganta

 

Até mesmo com uma simples dor de garganta pode surgir um quadro preocupante, quando não tratada de forma correta. 

Segundo o otorrinolaringologista da Clínica Dolci, em São Paulo, e professor da Santa Casa, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, entre as várias consequências de uma dor de garganta mal curada pode-se destacar uma doença inflamatória, chamada de febre reumática, a qual, pode ser uma complicação de uma amigdalite bacteriana. “Esta é uma complicação que pode surgir é causada pela bactéria Streptococcus”, explica o especialista. 

Para evitar problemas cardiovasculares, faça seus exames regularmente, cuide da sua pressão arterial, seus níveis de glicose e colesterol, tenha uma boa alimentação e pratique atividade física, além é claro de agasalhar-se bem e procurar se manter aquecido no inverno. 

 

 

Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no

facebook.com/Dr-Elcio-Pires-Junior-Cirurgião-Cardíaco 

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Hospital Madre Theodora de Campinas


Dasa e Hospital do Rim validam uso de biópsia líquida na rotina para identificar risco de rejeição de rim transplantado

Pesquisa com 150 pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) analisa quantidade de DNA do doador no plasma do receptor (dd-cfDNA) para diagnosticar precocemente possível rejeição do órgão transplantado. Identificação precoce da rejeição possibilita adotar medidas para evitar perda do rim e necessidade de retransplante

 

A Doença Renal Crônica (DRC) é progressiva e reduz a capacidade do rim de remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Pelo fato de não apresentar sintomas de forma precoce, o diagnóstico da DRC, na maior parte das vezes, ocorre já em um momento tardio e leva o paciente para a hemodiálise ou, em casos mais graves, para a necessidade do transplante.   

A estimativa é que 10% dos pacientes desenvolvam algum grau de rejeição do órgão transplantado em até 15 dias após a cirurgia. Com o objetivo de diagnosticar precocemente a rejeição ao rim recebido, a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, e o Hospital do Rim e Hipertensão (HRim), conveniado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), se unem em protocolo que acompanha 150 pacientes com DRC para validar uso da biópsia líquida na rotina clínica de avaliação de risco de rejeição ao transplante renal.  

Para acelerar a detecção precoce da rejeição, que pode direcionar o tratamento, a pesquisa é uma avaliação de mundo real do AlloSeq, exame que indica a presença do DNA livre de células derivadas dos doadores (dd-cfDNA) no órgão transplantando.  A análise é feita no sangue do receptor para indicar a presença de DNA do doador no órgão transplantado. Quando há uma concentração de DNA do doador maior que a esperada é um indicativo que esteja havendo lesão do órgão doado.  

Ao identificar precocemente a rejeição, é possível orientar melhor o tratamento, indicando a necessidade de aumento de imunossupressão com o propósito de diminuir e até reverter a rejeição e perda do órgão. “Nós já sabemos que a técnica de biópsia líquida, na investigação de rejeição à transplante renal, de fato funciona. Estudos robustos confirmam sua eficácia e a técnica está em uso em centros de transplante renal dos Estados Unidos como padrão-ouro. Com esse protocolo, queremos validar a nossa capacidade de fazer o teste, dentro do prazo, com qualidade e confiança de dados, quando adotado em nossa rotina. É uma avaliação de mundo real deste teste em amostra da população brasileira”, destaca o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Dasa, José Eduardo Levi.  

 

Detecção, monitoramento e tratamento  

O estudo em realização pela Dasa e Hospital do Rim visa apresentar uma abordagem inovadora, que melhora a detecção, monitoramento e tratamento da lesão do enxerto (órgão transplantado), com foco em reduzir as taxas de rejeição e adotar as mais eficazes medidas terapêuticas necessárias no transplante renal. “Este novo teste, que oferecemos com exclusividade no Brasil, faz parte da nossa estratégia de individualização do cuidado através da medicina de precisão e terá um impacto positivo no SUS, pois 9 entre 10 transplantes renais ocorrem no sistema público de saúde”, afirma o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.  

O teste é recurso inovador quando comparado com o modelo tradicional disponível hoje, que consiste em fazer dosagem de sódio e creatinina no sangue do receptor. “O exame atual é pouco efetivo. Ele detecta pelo órgão a liberação de enzima que é marcadora de atividade renal. Quando a creatinina sérica está aumentada no sangue, significa que o rim não está funcionando direito. Só que esse nível de alteração é dado tardiamente em comparação com o dd-cfDNA”, ressalta Levi.   

A creatinina plasmática é um biomarcador insensível, inespecífico e que não detecta de forma precoce a lesão do enxerto. Por sua vez, o dd-cfDNA mostrou ser um biomarcador útil para o monitoramento abrangente de lesão de aloenxerto (de um doador humano para outro, mas geneticamente diferente), que supera as limitações das abordagens tradicionais. Determinações seriadas de dd-cfDNA podem sugerir ou descartar rejeição aguda e crônica, bem como outras lesões do enxerto, precocemente, evitando biópsias desnecessárias. “O exame é o único não invasivo que consegue avaliar as condições do rim de pacientes que passaram pelo transplante, com maior acurácia, proporcionando um melhor desfecho clínico”, explica Campana. 

 José Eduardo Levi acrescenta que o dd-cfDNA funciona como um biomarcador com potencial de permitir uma vigilância próxima e econômica de receptores de transplante para diminuir o retransplante e a perda prematura do rim transplantado. 

O especialista conclui que o fato de o médico ou equipe de saúde informar ao paciente que ele está tendo um episódio de rejeição, não significa que seu novo rim não está funcionando ou que será completamente rejeitado. Alterar a quantidade do medicamento imunossupressor geralmente pode tratar esse problema. Por conta disso, é importante fazer o uso correto do medicamento imunossupressor, na quantidade e dosagem prescrita.  

 


Dasa

www.dasa.com.br

Saúde mental tem levado agentes penitenciários ao extremo, com série de suicídios

Presidente do sindicato dos agentes de escolta e vigilância penitenciária pontua que o desrespeito têm agravado danos à servidores do estado de São Paulo

 



‘’Na semana passada aconteceu mais um suicídio de um Agente Penitenciário. Infelizmente, todos os anos acontecem vários suicídios. É uma situação muito preocupante. A SAP e a administração pública têm o dever de cuidar da saúde mental desses trabalhadores que, segundo a organização internacional do trabalho, exercem a segunda profissão mais perigosa do mundo; essa triste situação é de responsabilidade do estado’’, conta Antônio Pereira, presidente do Sindespe, sindicato que responde pelos agentes de escolta e vigilância penitenciária.

O sindicato está em reunião com o departamento jurídico para acumular as informações necessárias para – se necessário – tomar as devidas providências por intermédio do Ministério Público. ‘’Nos últimos dias vários suicídios de agentes foram registrados no Brasil. Algo precisa ser feito. É necessário respaldo psicológico, afinal o baixo salário do agente não lhe permite pagar tal tratamento quando necessário. E, ainda, estamos recebendo diversas denúncias do CDP de Limeira, e de outras unidades do estado – como o polo escolta de Santana –, acerca de servidores tratados como presidiários, obrigados a entrar no trabalho com sacolas transparentes e com autorização por escrito para ir ao carro ou outro setor dentro da unidade. No polo de Santana, especialmente, a perseguição aos servidores virou profissão “carrasco’’. Este tipo tratamento contribui para a quantidade de servidores afastados por motivos de saúde, e outros que tiraram a própria vida’’, pontua Pereira.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo assim, parte dessas pessoas não possuem assistência médica adequada. A depressão é o mal do século XXI. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros.


Cinco meses após ultrapassar R$ 5,00, preço médio da gasolina está acima R$ 6,00, aponta Ticket Log

Litro do combustível avançou 24,7% na comparação com o fechamento de janeiro, quando estava na faixa de R$ 4,00


De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio da gasolina avançou 2,28% em julho no País, na comparação com o fechamento do mês anterior. O novo aumento fez o valor médio por litro ultrapassar R$ 6,00. Na primeira quinzena de fevereiro, o valor de R$ 5,00 foi alcançado pela primeira vez. Cinco meses depois, o combustível foi comercializado à média de R$ 6,006, 24,7% acima do registrado no fechamento de janeiro.

“O cenário continua de alta também para o etanol, embora o preço médio esteja bem próximo do registrado no mês anterior. O combustível foi encontrado em julho a R$ 5,042, o litro no território nacional, alta de 0,2%”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

A gasolina apresentou aumento nas cinco regiões brasileiras. No Nordeste, o maior deles, de 2,69% em relação ao fechamento de junho. Mas o combustível com preço médio mais alto foi encontrado no Centro-Oeste, a R$ 6,080. Na Região Sul, os postos registraram o combustível com menor valor médio por litro, a R$ 5,776. Já a menor alta foi registrada no Sudeste, de 1,53%.

No caso do etanol, três regiões apresentaram recuos – o maior deles no Sudeste, de 1,09%. O combustível foi encontrado pelo menor valor no Centro-Oeste, a R$ 4,655, e pelo preço médio mais caro no Nordeste, a R$ 5,269. Os postos nordestinos registraram a maior alta nacional, de 2,05% em relação ao fechamento de junho.

No recorte por estados, o Acre segue com a gasolina mais cara, a R$ 6,416, e o Rio Grande do Sul com o etanol de maior preço médio, a R$ 5,816. Em julho, o maior aumento de preço médio da gasolina foi registrado no Amazonas, onde o valor pago por litro do combustível avançou 7,50%. Também nos postos amazonenses, o etanol apresentou alta de 5,05%, taxa mais alta do território nacional.

Em Minas Gerais, o etanol registrou o recuo mais significativo em julho, de 1,85% em relação ao fechamento do mês anterior. Nenhum estado apresentou redução no preço médio da gasolina, encontrada no Amapá pelo menor valor, a R$ 5,488. São Paulo comercializou o etanol mais barato, a R$ 4,154.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.



 

Ticket Log

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