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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Catho aposta na tecnologia para conectar candidatos e empresas

Com mais de 40 anos de mercado, a empresa investe na transformação digital para aprimorar o setor

 

A Catho foi fundada, em 1977, com o objetivo de encontrar oportunidades para executivos que procuravam recolocação no mercado. Mas foi no ano de 2000 que se apresentou ao mercado. Com a evolução tecnológica, a empresa investiu no mundo digital, criando a Catho Online, que somada a sua experiência, se torna um marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos. Hoje, a empresa investe e aposta ainda mais na transformação digital, como Inteligência Artificial, para entregar uma experiência ainda melhor aos parceiros e profissionais.

“Vivemos em uma realidade de grande desigualdade social e econômica que impacta a qualidade de vida, saúde, educação e cultura de grande parte da população. Na Catho o nosso intuito é ampliar o acesso ao mercado de trabalho e para nós o trabalho vai muito além do emprego. Acreditamos que o trabalho é um caminho de desenvolvimento pessoal e coletivo. Como empresa, colaboradores, cidadãos - mas principalmente como pessoas - acreditamos no poder de transformação do trabalho e essa é a nossa inspiração em cada conversa, linha de código e decisão do dia a dia. Tudo isso para que possamos participar juntos da construção de um mundo menos desigual, mais justo e próspero”, declara Regina Botter, CGO Candidates da Catho. 

No fim de 2020, a empresa superou pelo segundo ano consecutivo a meta histórica de inclusão de candidatos na plataforma. O crescimento esperado para a primeira semana do ano, era de 5%, contudo o percentual atingido foi superior, cerca de 10% a mais. Para os candidatos com deficiência (PcD) os serviços são 100% gratuitos em todo o Brasil. Já os outros serviços disponibilizados pela Catho aos candidatos, como análise de currículo, assessoria de carreira e outros, permanecem pagos. No entanto, os demais candidatos também contam com recursos gratuitos no site, como o Guia de Profissões e Salários, Por Dentro das Empresas, Aviso de Vagas e Portal Carreira & Sucesso.

A Catho possui um banco atualizado de mais de 10 milhões de currículos. De acordo com a executiva, esse cenário exige estabilidade e disponibilidade do ambiente, em operação ininterrupta que é garantida pela área de TI da empresa.

A Catho possui uma unidade de negócios focada em soluções para o segmento corporativo, a Catho Empresas.  As mais de 360 mil corporações cadastradas contam com diversas ferramentas de recrutamento e gestão de talentos, como a publicação gratuita e ilimitada de vagas, a busca ativa na base de currículos Catho, a solução para recrutamento de pessoas com deficiência (PcD) e a pesquisa salarial, por exemplo. As empresas não pagam para anunciar vagas na Catho, mas existem opções de planos para companhias que decidem fazer buscas ativas por profissionais na base de currículos cadastrados na Catho. 

Dos, cerca de, 700 colaboradores da empresa, aproximadamente 350 estão dedicados exclusivamente ao atendimento ao candidato e mais de 150 são responsáveis pela captação, inspeção e verificação de vagas, que são 100% checadas antes de serem disponibilizadas na plataforma.


Transformação digital

Atuando como uma plataforma tecnológica que permite que candidatos e empresas se encontrem, num match perfeito, a Catho disponibiliza informações como indicadores do mercado de trabalho, dados salariais, de carreira, informações de setores, áreas e profissões, caminhos a seguir para objetivos específicos, entre outros. 

“Investimos há anos para nos consolidar, cada vez mais, como uma plataforma de crowdsourcing em carreira. A ideia é continuar oferecendo soluções de marketplace que aproximem candidatos e empresas, mas com utilização de alta tecnologia, como Big Data, Inteligência Artificial, entre outras, a fim de conseguir auxiliar candidatos e empresas na busca por uma vaga ou um perfil profissional”, declara a executiva. “Ser uma empresa de tecnologia significa estar sempre atualizada para oferecer cada vez mais ferramentas e soluções para empresas e candidatos que façam a diferença no processo de recrutamento com uma plataforma cada vez mais intuitiva e eficiente para os dois lados”, explica.

Desde 2015, a Catho vem aprimorando sua ferramenta de Inteligência Artificial para indicar aos candidatos às vagas que realmente se encaixem com seu perfil. A tecnologia consegue identificar, por exemplo, quais empresas têm maior tendência em contratar profissionais com perfil semelhante e indicar ao candidato. O novo buscador aprende automaticamente o que é importante para cada usuário e interpreta as necessidades, comportamentos, ações e características das vagas e candidatos, maximizando as chances de contato entre candidatos e recrutadores.

A busca é uma das principais ferramentas que os candidatos dispõem para alcançar novas oportunidades de emprego. Aproximadamente 43% dos contatos da Catho são provenientes dela. Com essa nova tecnologia a empresa pretende aumentar as chances de contato entre as empresas e os candidatos. 

Alguns dados e comportamentos utilizados para realizar o matching perfeito são: dados do currículo de cada candidato; envios de currículo feitos pelo candidato; identificação automática dos termos digitados nos campos do formulário (cidade, habilidades, cargo, nome de empresa e área profissional), perfil das vagas procuradas e perfil de candidatos que os recrutadores usualmente contactam em cada tipo de vaga.

Além disso, o novo sistema também prioriza na página de resultados da busca as vagas relacionadas a recrutadores que mais utilizam a plataforma em períodos próximos ao momento de cada busca. Vagas que atendam aos interesses dos candidatos, mas que ainda não receberam muitos envios de currículos, também são priorizadas, uma vez que o candidato passa a competir com menos pessoas pela vaga. O sistema também entende e corrige automaticamente alguns erros ortográficos nos termos digitados no campo de busca por "cargo ou palavra-chave".

Consolidando-se, cada vez mais, como uma empresa de tecnologia, a Catho já foi considerada pelo ranking do GPTW como uma das melhores empresas de tecnologia para se trabalhar em 2018 e 2020.

 


Catho

 

Saúde mental nas empresas: o estresse excessivo e os comportamentos tóxicos no ambiente de trabalho

Recentemente, um caso curioso levantou múltiplos debates acerca da saúde das relações hierárquicas nas organizações. Um dos líderes de uma empresa ameaçou demitir funcionários devido a um erro cometido em um dos processos internos, afirmando que não aceitaria correr riscos de prejudicar a empresa.

Não podemos afirmar o que motivou esse comportamento, mas, dentro desse cenário, podemos trazer à tona um debate interessante: o estresse enfrentado por colaboradores de diferentes níveis hierárquicos e como eles influenciam o seu relacionamento com todos os aspectos associados ao trabalho, desde a produtividade até os relacionamentos interpessoais.

 

Todos sofrem com a pressão

Os líderes e os colaboradores de certa forma possuem o mesmo objetivo, certo? Ambos precisam gerar resultados positivos à empresa por meio de suas respectivas funções. No processo para atingi-los, eles são pressionados de distintas formas.

Algumas organizações acreditam que longas horas de trabalho, bem como incentivos nada positivos, equivalem a uma maior produtividade e qualidade na produção.

As equipes são encorajadas a trabalhar incessantemente sem que outros fatores que influenciam o seu trabalho sejam considerados - complexidade das demandas, recursos econômicos e humanos disponíveis, qualidade do ambiente de trabalho, instruções pertinentes, saúde mental, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, entre outros.

Da mesma forma, líderes de setores são pressionados a apresentar relatórios com bons resultados. Não é raro encontrar superiores que não aceitam imprevistos, não estão dispostos a resolver empecilhos para a execução de tarefas e se irritam com erros, descontando a frustração na liderança da empresa.

Líderes que precisam prestar contas a si mesmos, como CEOs, também sofrem com a pressão. Neste caso, ela pode vir de si mesmo, parceiros, investidores, clientes, consumidores, entre outros.

 

A influência da pressão no trabalho

A pressão vivenciada no ambiente do trabalho pode facilmente aumentar a carga de estresse. Assim, ele passa a interferir não somente na produção diária, mas na tomada de decisão, na resolução de problemas, no controle emocional e na saúde mental e física dos profissionais.

O estresse é um dos principais fatores problemáticos enfrentados pelas empresas hoje. De acordo com a pesquisa da ISMA-BR, representante brasileira da Associação Internacional de Administração do Estresse, 72% dos profissionais brasileiros sofrem de alguma sequela do estresse. O percentual de profissionais com burnout é de 32%.

Líderes estressados podem tomar decisões incoerentes devido à exaustão mental e física. Estas, por sua vez, podem refletir e promover o possível abuso de poder relacionado à sua função na empresa.

Eles são capazes de determinar deadlines curtos, exagerar a necessidade de atingir determinados objetivos e exigir níveis de qualidade praticamente impossíveis de serem alcançados com os recursos disponíveis, pontuando que as consequências de não cumprimento serão graves.

Consequentemente, essas demandas deixam as equipes estressadas. Todos passam a temer os erros, sacrificar o tempo reservado para o descanso, entrar em conflitos com colegas com mais frequência e forçar seus limites emocionais e físicos para concluir tarefas. Sob essas circunstâncias, a probabilidade de sofrerem burnout é bem maior.

Além disso, colaboradores estressados são infelizes e tendem a encontrar outras oportunidades profissionais para fugir do ambiente desagradável. A empresa, então, pode sofrer impactos negativos do alto nível de turnover.

 

Como diminuir o estresse no trabalho?

O estresse dá origem a reações em cadeia que dificultam o trabalho e prejudicam a saúde mental dos profissionais. O mau humor e a indisposição transitam pelos departamentos, como se fossem contagiosos, perturbando a harmonia dos ambientes. Ambos os fatores podem até gerar crises financeiras, humanas ou de imagem, como o caso mencionado no início do texto.

Para evitar sofrer com os impactos negativos do estresse, as empresas devem desenvolver um programa voltado para os cuidados com a saúde mental dos profissionais. É essencial que o ambiente de trabalho seja agradável, flexível e cooperativo para que as tarefas sejam executadas com qualidade e o bem-estar dos colaboradores, independentemente da posição hierárquica, esteja garantido.

É crucial trabalhar com a capacitação de líderes para melhorar a sua relação com as equipes e, assim, incentivar a produtividade de maneira saudável e eficiente. Para isso, o melhor é pensar em como agir para, além de alcançar os resultados esperados, evitar impactos negativos no fator emocional dos times.

 

Líderes e liderados precisam se entender

Antes de tudo, é preciso incentivar a comunicação entre líderes e liderados, bem como entre líderes e seus superiores. Quanto mais eficiente for a comunicação entre os profissionais, melhor é o relacionamento entre eles. O estresse desencadeado por conflitos e a escassez de instruções para concluir tarefas é, então, reduzido.

Para isso, gestores podem incentivar reuniões periódicas entre os departamentos e as equipes, trabalhar a comunicação interna para que os colaboradores conheçam os objetivos da empresa e as últimas notícias por meio de newsletters e mostrar que a comunicação respeitosa não é somente necessária, como também bem-vinda.

 

Educação é essencial

Muitas vezes as equipes desconhecem os sinais que revelam que a sua saúde mental não está bem, por isso, ignoram o desconforto psicológico. Em algum momento, contudo, o mal-estar se torna insuportável. Ele pode se manifestar por meio do esgotamento psicológico, depressão e ansiedade e até mesmo de sintomas físicos, como taquicardia e oscilações de pressão.

Dessa maneira, é fundamental que informações sobre saúde mental cheguem aos colaboradores. Investir em palestras com psicólogos, terapia, workshops e atividades internas e materiais impressos sobre educação emocional são algumas iniciativas que podem ser colocadas em prática.

Entretanto, o trabalho não pode ficar apenas por conta deles. A empresa deve proporcionar um ambiente corporativo que possibilite o cuidado com a saúde mental e criar programas que estimulem o autocuidado.

 

Líderes precisam ser exemplos de boa conduta e eficiência

Os líderes são vistos como espelhos pelo restante dos profissionais - ou, ao menos, deveriam ser. É ideal defini-los assim para os demais. Ao cuidarem da sua saúde mental, os líderes encorajam as equipes a fazerem o mesmo e reforçam a consolidação de uma cultura organizacional positiva.

Do mesmo modo, a liderança cujo emocional está em dia tem menos probabilidade de tomar decisões arriscadas e agir de maneiras que beiram o assédio moral. Pelo contrário, ela desenvolve bons relacionamentos com os liderados e incentiva a comunicação.

 

Terapia para desenvolvimento do fator emocional das lideranças

A terapia é benéfica tanto para o tratamento da depressão, ansiedade e outras condições de saúde mental quanto para a prevenção e a manutenção do bem-estar emocional no dia a dia. A terapia também é um espaço para falar sobre inseguranças, medos, preocupações, dúvidas, conflitos pessoais e de relacionamento e outras questões que tiram o sono das pessoas.

Como o trabalho costuma ser a principal causa de estresse na vida dos profissionais, faz sentido que as empresas invistam em terapia, certo?

A terapia auxilia os funcionários a descobrirem e desenvolverem os seus valores, entenderem seus colegas, controlarem as suas emoções e alinharem os seus objetivos profissionais com seus objetivos de vida, além de promover a manutenção do bem-estar emocional de todos.

 

Conheça o Terapeutizados!

Pensando em promover debates e iniciativas com base na educação emocional no meio corporativo, a Vittude criou o podcast Terapeutizados, no qual eu entrevisto executivos que fazem terapia. Abordamos temas como autoconhecimento, carreira, escolhas profissionais, perseverança e as mudanças que o tratamento psicológico traz para a vida desses líderes..

Convido vocês a conhecerem as histórias e experiências da trajetória profissional de três líderes:
Matheus Danemberg , CEO da Otterwise e fundador da Nave.RS.
Everton Höpner, co-fundador e COO da Vittude,
Caio Corraini , CEO e fundador da Maremoto.

Os erros e acertos desses C-levels servem de inspiração para profissionais, líderes e gestores que desejam investir em suas carreiras profissionais, negócios próprios e/ou em si mesmos. É uma verdadeira dose de inspiração!


 

Tatiana Pimenta - CEO e fundadora da Vittude. Engenheira que se apaixonou pela psicologia, pelo estudo constante do comportamento humano e da felicidade. Possui formações que contemplam ciência da felicidade e aplicações da psicologia positiva para ambientes de trabalho, como o The Science of Happiness, Mindfulness and Resilience to Stress at Work, Empathy and Emotional Intelligence at Work, da Berkeley University.


Dolarização do patrimônio. Sete motivos para você investir em um imóvel nos Estados Unidos

Empresário com consultoria imobiliária nos Estados Unidos explica os benefícios de se investir em Orlando e Miami


A pandemia abriu os horizontes para diversos tipos de investimentos ao redor do mundo. 2021 ainda não está perdido, agora com altas taxas de imunização contra a Covid-19 ao redor do mundo e o reaquecimento das atividades econômicas, para quem é investidor, há algumas áreas que surgem como oportunidades de negócios em meio este novo cenário, como a dolarização do patrimônio.

Alexandre Fraga, empresário e consultor imobiliário nos EUA explica sete motivos para investir em um imóvel nos Estados Unidos, mesmo com a alta do dólar. Confira!  


1 – Setor rende até 18% de lucro ao ano

“O princípio de qualquer investimento é ter algum lucro após a injeção monetária. Hoje, mesmo com a crise causada pela Covid-19, o retorno do investimento no setor imobiliário americano pode chegar a 18% ao ano. Isso é muito maior que a taxa de juros brasileiras em qualquer investimento.  Você compra o imóvel e, em 30 anos, ele pode ser quitado. Mas para isso, é importante que seja valorizado em localização, mas também em decoração, por exemplo. Além disso, é essencial a gestão do imóvel que a torne uma casa de férias desejada pelos turistas em plataformas exclusivas e online, que só consultores com forte atuação, mailing confiável e dicas importantes sobre conhecimento local é capaz de fazer”, explica Fraga.


2 – Possui uma baixa burocracia

“É sabido que um dos principais pontos que desestimulam os investimentos no Brasil, é a burocracia imposta neles. E isso acontece porque na maioria das vezes, o suposto empresário ou investidor, não possui informações suficientes para tal ação, e muito além, não consegue encontrar consultorias para ajudá-lo nisso, diferente do que acontece no mercado imobiliário dos EUA”, explica.


3 – Fazer negócio com brasileiros nunca foi tão acessível

“Mais de 60% das prospecções que procuram a Fraga Company para investimentos em imóveis nos EUA são brasileiros. Só agora na pandemia, notamos um aumento de 30% na busca de brasileiros por esse tipo de investimento, mesmo com a cotação do dólar em alta. A cada dez consultas de compra, seis são de brasileiros. Até março/2020 esse número era de quatro a cada dez casas. Os motivos principais estão na estabilidade do investimento e na capacidade de recuperação da economia americana, que historicamente é mais rápida que a brasileira. Além disso, é importante ressaltar que não é preciso morar nos EUA para ser um investidor em imóveis” conta Fraga.  


4 – Os próprios americanos consideram o setor otimista

“O setor é considerado muito otimista para os próprios americanos, afinal, investir em imóveis nos Estados Unidos é uma das maneiras mais seguras de aplicação. Segundo pesquisa do Instituto Galup, 35% dos americanos acreditam que esse setor é o mais rentável para a rentabilizações a longo prazo”, resume Fraga.


5 – É um investimento certo e seguro

“Investir em imóveis nos Estados Unidos é uma das maneiras mais seguras de aplicação. Segundo pesquisa do Instituto Galup, 35% dos americanos acreditam que esse setor é o mais rentável para rentabilizações a longo prazo”.


6 – Com uma consultoria, seu dinheiro flui!   

“Para que o investimento seja assertivo e seguro, os compradores brasileiros têm buscado gestores referência neste tipo de negociação, como a Fraga Company, hub de negócios imobiliários. Nosso propósito é ser suporte do processo de investimento em imóveis nos EUA, com orientação em todas as fases – da compra à rentabilização em dólar. Com consultoria especializada, a Fraga Company controla e lidera uma rede de empresas consolidados no segmento imobiliário, seja na venda, financiamento, administração de propriedades ou projeto arquitetônico. Todas as empresas atingiram a marca de US$ 1 milhão em vendas relacionadas ao setor imobiliário até o segundo ano de operação.


 7 – Está investindo na maior economia do mundo

“De fato, se você tiver uma quantidade de dinheiro, e ser bem assessorado, não têm chances de um investimento imobiliário nos Estados Unidos não ser assertivo. Por ser a maior economia do mundo, aqui o dinheiro gira bem mais fácil, então o sucesso é praticamente garantido”, conclui.

 


Alexandre Fraga - Profissional de vendas experiente, o administrador de empresas Alexandre Fraga chegou nos Estados Unidos em 2014 e começou a empreender no setor imobiliário em uma start-up de casas de férias, a Nord Holidays. Profissional de vendas experiente, uniu sua expertise e reputação estabelecida por fornecer resultados finais, experiência com marketing estratégico inovador e técnicas de vendas para fundar a Fraga Company.  Até 2020, Fraga já realizou transações de investimentos imobiliários em mais de US$ 10 milhões.

 

MAIORIA DOS JOVENS SE ADAPTOU BEM À FALTA DE CONVÍVIO NO TRABALHO OU SALA DE AULA

Estudo mostra grande parte dos indivíduos acostumados com a nova realidade e o contato digital

 

 

 

Junto da pandemia veio a imposição do distanciamento social e seus efeitos, sejam emocionais ou econômicos. Assim, tanto os trabalhadores, quanto os estudantes sentiram os impactos da falta do convívio social. Nesse sentido, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo em seu site, entre 14 e 25 de junho, com a participação de 19.915 jovens entre 15 e 29 anos perguntando: “como você está lidando com a falta de convívio no ambiente de trabalho e sala de aula?”. Como resultado, encontramos um cenário com grande parte dos indivíduos já acostumados com o novo normal. 

Com 54,45% (ou 10,446) dos votos, a maioria dos participantes se adaptou bem após ter enfrentado dificuldades no início. Afinal, com o tempo foi possível compreender as vantagens da atuação remota e do ensino a distância. “Ajustar a rotina no desenvolvimento acadêmico foi desafiador, assim como no home office. Contudo, obtivemos melhores noites de sono, as quais interferem diretamente no nosso rendimento e saúde física. Além disso, ter mais contato com quem mora com a gente, ler com frequência e ampliar os hobbies, traz a possibilidade de auxiliar na qualidade de vida e consequentemente melhora a performance”, explica o analista de treinamento do Nube, Everton Machado. 

Já para 25,27% (5.033) dos participantes, isso tem feito mal e causado ansiedade. Segundo o especialista, é natural sentir falta da rotina anterior, pois ela estava presente diariamente em nosso planejamento. “É uma situação atípica, logo o novo cotidiano se estabelece, mas não necessariamente volta a ser como antes. Por isso, estar aberto às alterações sociais, ter a capacidade de se moldar e a flexibilidade, nos auxilia no trato e cuidado das recentes tendências de mercado”, analisa.  

Para ajudar a controlar a inquietação e a angústia, ajustar um espaço em casa, livre de ruídos e organizado é um bom começo. “Além disso, fazer a gestão do tempo, direcionando atividades com prazos realistas para execução, respeitar o expediente laboral e os períodos de estudos asseguram melhor bem-estar”, complementa o analista. 

Outros 15,63% (3.112) não sentiram diferença, pois continuam falando com os amigos por meio das redes sociais. O mundo está conectado e as relações tendem a se manter dentro desse campo virtual nesse período. Para Machado, isso é benéfico. “Há tempos a sociedade se atualiza no conceito de networking por meio das mídias. Então, manter a imagem ativa nesses ambientes é trabalhar o marketing pessoal. Sobretudo, essas pessoas podem nos proporcionar conhecimento e experiências, fortalecendo nossa rede de contatos”, expõe. 

Por fim, apenas 6,65% (1.324) escolheram a opção: “achei muito bom! Precisava de uma mudança na minha vida!”. O universo corporativo se amoldou bem ao formato remoto e agora está se apropriando do sistema híbrido - operação parte a distância e parte presencial. “No futuro a escolha e possibilidade laborais serão maiores. Afinal, a partir dessa experiência com o home based fomos capazes de discernir as vantagens do processo e assim direcionar nossa carreira para a realidade mais alinhada às nossas necessidades”, finaliza o analista do Nube.

 

 


Fonte: Everton Machado - analista de treinamento do Nube

www.nube.com.br


Taxa de vacância segue estável em SP e melhorará naturalmente com o avanço da vacinação, projeta AABIC

Índice de imóveis vagos encerrou o segundo trimestre em 24,3%, praticamente o mesmo percentual registrado em junho de 2020


A segunda onda de Covid-19, que elevou o número de infectados nos primeiros meses do ano, freou a recuperação do mercado de locação de imóveis no Estado de São Paulo e manteve a taxa de vacância estável, em 24,3%, no segundo trimestre de 2021. A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), responsável pelo levantamento, no entanto, projeta uma diminuição no número de imóveis vagos a partir do segundo semestre, com o avanço da vacinação.

A instituição realiza a pesquisa a partir de uma amostra de mais de 19 mil imóveis em todo o Estado, associadas à entidade. Em março de 2020, antes da pandemia, o percentual de imóveis vagos estava em 18%. Com o impacto causado pelas restrições provocadas pela Covid-19, a taxa subiu, para 24% em junho do ano passado, 25% em dezembro, e volta aos 24,3% agora, em junho deste ano. “Os níveis de desocupação estavam melhorando no começo de 2021, mas a segunda onda da Covid-19 freou o avanço. O bom é que não houve retrocesso e o mercado  já registra movimentação na procura dos imóveis, com o avanço da vacina. A tendência é que voltaremos ao nível pré-pandemia”, projeta José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC.

Segundo o levantamento da Associação, a locação de imóveis comerciais segue estável, com 28% de desocupação em junho ante março deste ano, que registrou vacância de 27,5%. Em dezembro, esse segmento apurou o auge imóveis vagos, 38%. Para o presidente da AABIC, a procura começa a melhorar e o pior momento ficou em 2020. “A segunda onda fez com que o Estado adotasse medidas ainda mais restritivas para a circulação das pessoas e de empresas, que mantiveram o home office. A vacinação reduz a possibilidade desse cenário se repetir e o segmento comercial começa a planejar a volta ao presencial”, avalia Graiche Júnior.

Já a vacância residencial, em junho, foi de 22,5%, levemente acima de março, que registrou taxa de 20,6%. Para o presidente da AABIC, o home office e as aulas EAD justificam parte da alta. “Tradicionalmente, o Estado recebe muita migração de universitários e trabalhadores, o que não ocorreu este ano”. No entanto, o ambiente macroeconômico indica uma perspectiva otimista, segundo Graiche. “O cenário está mais propício para a retomada da locação, com avanço da vacinação e o retorno das atividades presenciais. Após um ano de dificuldade na economia do país, as empresas devem retomar contratações, o que impulsionará a mudança para cidades maiores e, naturalmente, a procura pelo aluguel de novas moradias”, reflete o presidente de AABIC.

Outro ponto que o dirigente afirma ter impactado a locação residencial é o aumento da oferta de imóveis, já que houve crescimento no número de empreendimentos residenciais construídos nos últimos anos e que estão sendo entregues em 2021. 

 

Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo – AABIC

 

 

 

 

 

 

 

Privatização dos Correios pode ser votada essa semana

Especialista jurídico, Alexandre Aroeira, considera um grande desafio a privatização dos Correios da forma que o Governo Federal quer


O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a votação da privatização dos Correios deve entrar em pauta esta semana, no fim do recesso de julho, e vai movimentar a Casa. De acordo com o parlamentar, as reformas políticas, tributárias e administrativas são as prioridades para o semestre e prevê a votação do pacote até novembro.

O modelo de privatização proposto envolve a venda de 100% da estatal, sem a divisão de serviços ou regiões. O governo espera que ao passar os serviços para a iniciativa privada é de grande benefício à população e aos cofres públicos.

 

Um marco regulatório

O projeto de lei 591/21 gera um marco regulatório para o setor, atualmente em regime de monopólio, e determina regras gerais para o Sistema Nacional de Serviços Postais (SNSP), além de direitos e deveres dos consumidores e normas genéricas para empresas privadas que entrarem no mercado postal.

De acordo com os dados do Instituto Ideia, 45% dos brasileiros são a favor da privatização dos Correios e 35% são contrários. Por outro lado, uma pesquisa feita em fevereiro deste ano pelo Instituto Paraná Pesquisa, revelou que 50,3% disseram ser contra a venda da estatal e 43,1%, favoráveis à venda.

Para Alexandre Aroeira Salles, doutor em Direito e sócio fundador da banca Aroeira Salles Advogados, a privatização dos Correios do jeito que o governo Federal pretende será um grande desafio - “é uma situação nova, diferente do que foi feito na Eletrobrás, e no modelo proposto para ex-subsidiárias como a BR, por exemplo. O projeto entrega o monopólio estatal para o monopólio privado, é algo questionável porque teremos uma empresa privada com o monopólio de serviço postal. O que o Governo Federal alega é que a proposta vai fortalecer a Agência Reguladora de Comunicações, que atualmente não existe. Isso dará aos Correios, quando privatizados, a possibilidade de prestar outros serviços como os de delivery de entrega de mercadoria, como já é feito pela Amazon e Mercado Livre”, ressalta Alexandre.

O advogado explica, ainda, que “no aspecto jurídico regulatório será um grande desafio para a agência ter que estabilizar o único monopólio de serviço postal nacional".

 


 

Aroeira Salles Advogados


Gestação na adolescência: Estudo inédito revela queda de 37%, nos últimos 20 anos

Diariamente, ocorrem cerca de 1150 nascimentos de filhos adolescentes no país


Estudo inédito aponta queda nas gravidezes adolescentes, nos últimos 20 anos, no Brasil. Realizada pela ginecologista Dra. Denise Leite Maia Monteiro, secretária da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto Puberal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a pesquisa considerou o número de nascidos vivos (NV) de mães de 10 a 19 anos de idade, entre os anos 2000 e 2019. No primeiro ano observado, mães adolescentes foram responsáveis por 23,4% do total de nascidos vivos. No último ano do levantamento, o índice caiu para 14,7% - revelando uma queda de 37,2%. A especialista aponta que apesar da importante evolução, o cenário da gestação adolescente continua preocupante no país. Dados do DataSUS/Sinasc apontam que a cada dia ocorram cerca de 1150 nascimentos de filhos de adolescentes.


A fim de aferir um retrato mais completo da gestação precoce, a pesquisa da Dra. Denise debruçou-se também sobre as taxas de fecundidade dessa população, de acordo com diferentes perfis etários e regiões e relacionou esses dados aos índices de desenvolvimento humano (IDH). De modo geral, o Brasil apresenta declínio do percentual de NV de mães adolescentes e redução da taxa de fecundidade por idade especifica (TIEF), tendendo a estar inversamente relacionado ao IDH.



Ao considerar o IDH de 2017 de cada região brasileira, observa-se maiores índices nas regiões Sudeste e Sul (0,80), seguido do Centro-Oeste (0,79), Norte (0,73) e Nordeste (0,71). “A proporção de NV de mães adolescentes do Sudeste e Sul são as menores do País, o que demonstra tendência inversamente proporcional ao IDH”, comenta a ginecologista da Febrasgo.



A gravidez na adolescência está associada à evasão escolar, maior perpetuação da pobreza gerando impactos pessoais e sociais. Na esfera da saúde, “a gravidez precoce acarreta inúmeras consequências para a adolescente e o recém-nascido. As complicações gestacionais e no parto representam a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos mundialmente, pois existe maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmicas e prematuridade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ainda há consequências sociais e econômicas como rejeição ou violência e interrupção dos estudos, comprometendo o futuro dessas jovens”, explica a médica.


Diferenças Regionais e Etárias

De acordo com o estudo, a Região Norte apresentou a maior taxa de gravidez na adolescência, seguida pelas regiões Nordeste e Centro-Oeste. As regiões Sudeste e Sul apresentaram indicadores abaixo da média brasileira.

Na estratificação etária, aponta-se ainda que a redução de gravidezes juvenis caminha em velocidades distantes ao observar aquelas ocorridas entre meninas de 10 a 14 anos (que apresentou redução de 26%) ante o grupo de 15 a 19 anos (que registrou 40,7% de queda). A Neste recorte, a Região Norte destaca-se também ao apresentar os maiores indicadores de gravidezes de crianças (10 a 14 anos) e menor diminuição percentual de ocorrências – podendo revelar desafios complementares ligados ao combate ao casamento infantil e abuso sexual infantil.

 


1. World Health Organization (WHO). Adolescent pregnancy. January, 2020. [cited 2021Feb08]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-pregnancy.

2. Trends in teenage pregnancy in Brazil in the last 20 years (2000-2019). Rev Assoc Med Bras, 2021, in press

Oncoguia divulga lista de ações que podem ser tomadas pelos governos para minimizar os impactos da pandemia no câncer

A pandemia afetou profundamente as políticas de atenção oncológica. No início, o medo tomou conta. Exames, tratamentos e consultas pré-agendadas foram suspensos ou cancelados, tanto a pedido do paciente, como por medida de segurança adotada pelas instituições de saúde. Houve muito represamento. Aos poucos, o medo foi dando lugar à ansiedade e à angústia de não saber o tempo que levaria para o fluxo de atendimento voltar ao normal.

A cada ano no Brasil, cerca de 700 mil pessoas recebem o diagnóstico de câncer e 225 mil morrem. Em situações normais, o país já possui uma das mais altas taxas de diagnósticos tardios de câncer no mundo: 56% do total, podendo chegar a 80% no caso de câncer de pulmão.

Entre abril e maio de 2020, há registros de queda de até 75% no número de mamografias e mais de 50% em biópsias e cirurgias. Isso é um alerta de que não é mais possível esperar para colocar as ações de prevenção e controle do câncer no topo da agenda política, ainda que em paralelo às medidas de combate à pandemia, sob pena de colapso da atenção oncológica.

Uma epidemia de casos avançados de câncer já vem sendo anunciada pelas sociedades e pelos estudos científicos paralelamente às consecutivas ondas da Covid-19.

Apesar de tudo isso, e considerando a existência de vasta literatura mostrando que o prognóstico de uma infecção por Covid-19 não parece ser significativamente pior em todos os pacientes em tratamento de câncer, mas sim naqueles em tratamento de alguns tipos como câncer de pulmão e neoplasias hematológicas, além de estar relacionado aos fatores de risco tradicionais como idade, obesidade e doença pulmonar preexistentes, podemos dizer que, sim, já sabemos o que fazer. Por segurança, pacientes oncológicos, especialmente aqueles em tratamento quimio ou imunoterápico, além de imunossuprimidos severos, devem ser vacinados.

Nesse sentido, esta iniciativa busca entender todos os aspectos envoltos ao nosso atual cenário para priorizar o controle e o cuidado do câncer, apesar da Covid-19.

Nossa intenção é discutir e incentivar de forma transparente, colaborativa e sistematizada as melhores medidas institucionais e regulatórias a serem implantadas para garantir a realização segura e eficiente dos atendimentos relacionados à prevenção, ao  diagnóstico e ao tratamento do câncer.

Além disso, estamos acompanhando os desdobramentos da Portaria n° 3.712/20, que institui, em caráter excepcional, incentivo financeiro federal de custeio para o fortalecimento do acesso às ações integradas para rastreamento, detecção precoce e controle do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Oncoguia conclama aos órgãos sanitários para que se estabeleça imediatamente um Plano para Minimização dos Efeitos da Pandemia na Atenção Oncológica. Apresentaremos, também, paralelamente, nossas sugestões para enfrentar os principais problemas identificados na rede de atenção à saúde. Durante todo o período de pandemia, iremos articular com Conass (Conselho Nacional de Secretarias de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) a busca de um retrato fiel da situação nas diferentes localidades do país, para que as estratégias a serem propostas possam de fato ser efetivas.

Conheça os problemas detectados e as soluções sugeridas pelo Instituto Oncoguia:

Posicionamento 2 (atualizado) publicado em 31/05/2021 - download

Posicionamento 1 publicado em 27/11/2020 - download 

Acompanhe abaixo todos os passos desta iniciativa.

 

Jovens com veia empreendedora, desobedeçam a seus pais

De salvador da pátria durante a pandemia a mestre para quem deseja empreender. O que o e-commerce ensina a quem quer iniciar um negócio em 2021 e o que isso tem a ver com a síndrome do pé cansado


Hoje, acordei disposto a criar uma polêmica. Quero falar de um sonho que muito pai e mãe têm. Eles querem ver o filho com o diploma de advogado, médico, engenheiro. Mas o jovem, coitado, quer ser empreendedor. E isso dá futuro, rapaz? Não tem carteira assinada, não tem salário, não sabe nem se vai dar certo. Por mais que o Brasil já seja reconhecido internacionalmente por sua veia empreendedora, ainda há muito discurso conservador na contramão dessa tendência. Outro dia ouvi uma mãe desesperada porque o filho queria ganhar a vida vendendo artesanato. Você já viu alguém vendendo artesanato ficar rico? Eu já, minha senhora. Há pouco, uma empresa americana comprou um marketplace brasileiro de produtos artesanais por cerca de R$ 1 bilhão.

 

Se nas palavras de Adam Smith o capitalismo tem a sua mão invisível, que regula o livre mercado, costumo dizer que, em inovação, temos a teoria do pé cansado. Existe uma força oculta na sociedade que empurra milhões de pessoas todos os dias a andarem da mesma forma, na mesmíssima direção, ainda que seus calos apertem. E parece que elas não se incomodam. Mas os empreendedores precisam se incomodar, por mais que de início ninguém lhes dê um sapato confortável.

 

O e-commerce ensina a um empreendedor que, assim como os canais, as oportunidades e direções precisam ser múltiplas na vida – contanto que se integrem a um objetivo maior. Não podemos deixar que nosso pé cansado interrompa a caminhada, ou nos impeça de conhecer diferentes trajetos.

Tenho amigos que usam as redes sociais para reclamar. Reclamam da política, da saúde, da economia, das escolas públicas... Poderiam fazer diferente. Usar as redes para se inspirarem com novas ideias e tomarem atitudes. Se os sócios de uma startup no interior de São Paulo tivessem se contentado em apenas reclamar em suas redes, não teriam gerado um impacto tão profundo na educação brasileira de nível superior.

 

No início dos anos 2010, eles perceberam que, na média, metade das vagas ficava ociosa em determinados cursos de universidades particulares. Em contato com essas instituições, negociaram descontos, passando a oferecer as vagas com até 75% de bolsa em sua plataforma. Hoje, mais de 850 mil pessoas já se matricularam por meio do marketplace, sendo cerca de 60% mulheres das classes B, C e D, que estão no mercado de trabalho e pagam a própria mensalidade.

 

O e-commerce nos ensina a observar os números. Ninguém que trabalha com vendas online tira o olho deles por mais do que cinco minutos. Em meio a taxas recordes de desemprego, o Brasil vive um momento muito especial de abertura à inovação. Nesse mercado, a impressão é que falamos de outro país. Sobram oportunidades.

 

De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom), o Brasil forma a cada ano cerca de 45 mil pessoas na área, enquanto as empresas abrem 70 mil vagas no período. O investimento de grandes corporações em startups é crescente. Até maio, as startups brasileiras levantaram US$ 3,2 bilhões em investimento, 90% do total contabilizado em 2020, conforme relatório do Distrito.

 

O mercado está disposto a pagar por inovação e inovar combina com o setor de e-commerce, que significa mudança constante. Um site de vendas está sempre em busca de novos serviços, sobe produtos na home durante algumas horas para o site ganhar competitividade. Troca de home como quem troca de roupa.

 

Nesse cenário, os sonhos dos pais precisam mudar, porque os dos filhos já mudaram. Das empresas cadastradas na base da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), mais de 70% são lideradas por empreendedores entre 25 e 40 anos de idade.

 

O novo empreendedor tem habilidade de se planejar na escassez e no excesso. Caso não tenha recursos para investir em projetos, cria uma interface de financiamento coletivo. Se as informações de determinado setor estão desorganizadas, desenvolve uma plataforma que mapeia dados e os exibe com clareza, ajudando outros cidadãos a interagir, buscar apoio, realizar novas descobertas. O e-commerce, por exemplo, nos inspira a ser facilitadores de decisões de terceiros. E isso é puro empreendedorismo.

 

Em seu livro “Um novo jeito de trabalhar”, Laszlo Bock, ex-vice-presidente sênior de Operações de Equipe do Google, atribui o ambiente lúdico e colaborativo da empresa a algumas questões, como o fato de seus fundadores terem estudado em uma escola Montessori nos EUA. Entre os méritos desse modelo de ensino estão a autonomia que dá aos alunos, o estímulo ao questionamento e à capacidade criativa. Algumas pessoas entenderam errado e acharam que, para suas empresas terem sucesso, bastaria colocar um pula-pula na sala de reunião. Não é uma questão de brinquedos, mas de cultura.

 

O método montessoriano se contrapõe ao modelo tradicional de absorção passiva de conteúdo, que ignora nuances, diferentes jeitos de ser das pessoas, e encoraja a estudar para passar na prova, sem que isso seja sinônimo de aprendizado técnico e emocional.

 

Certa vez, ouvi de um palestrante estrangeiro, com mais de 50 anos de experiência em empreendedorismo e investimento em startups, que no início de sua carreira ele valorizava as ideias brilhantes. Com o tempo, percebeu que ideias brilhantes eram insuficientes. Para investir em uma startup, ele procurava empreendedores com capacidade de executá-las.

Na São Paulo que se recupera da pandemia, já começo a ver as ruas mais cheias de carros, congestionamentos. Ainda não é como acontecia antes, mas parece que alguns não veem a hora de retomar certos hábitos que fizeram as nossas grandes cidades como elas são: barulhentas, poluídas, sem planejamento para o bem-estar de seus habitantes, muito concreto e pouco humanas. Como gestor de e-commerce, eu me pergunto todos os dias: o que dá para fazer diferente? Tem momentos que não dá para fazer as coisas como sempre foram feitas. Fica a dica: jovens com veia empreendedora, desobedeçam a seus pais!

 


Hugo Alvarenga - sócio-fundador da b8one, laboratório de soluções digitais especializado em e-commerce, que cresceu 800% em faturamento em 2020 e atua para grandes marcas em 11 países.


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