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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Dia Mundial da Saúde: a importância da alimentação balanceada para viver bem

Nutricionista da Superbom compartilha dicas importantes relacionadas a mudanças nos hábitos alimentares que podem evitar diversas doenças


Criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, o Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril. Em tempos de pandemia esta data tem ainda mais relevância, pois seu principal objetivo é conscientizar sobre a preservação da saúde por meio da prática de hábitos positivos no dia a dia. Uma das principais aliadas para manter a longevidade, o bem-estar e para ter uma melhor qualidade de vida, é a alimentação saudável.

Alimentar-se bem é sinônimo de manter o bom funcionamento do corpo. Segundo Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, um cardápio balanceado ajuda o sistema imunológico, melhora o humor e a memória, reduz o cansaço e o estresse, melhora a qualidade do sono, previne o envelhecimento precoce da pele e de todas as células, melhora o sistema digestivo e fornece disposição e mais energia para as atividades diárias.

Uma dieta a base de carboidratos complexos, proteínas, gorduras saudáveis, fibras, vitaminas, minerais e boa ingestão de água é essencial para manter o sistema imunológico funcionando bem. Pensando nisso, a especialista separou alguns benefícios que a refeição balanceada, rica em alimentos naturais, é capaz de promover.

Previne contra o câncer

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), praticar atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado são ações simples capazes de evitar 28% de todos os casos de câncer. "Uma dieta com base em alimentos vegetais e reduzida de açúcares e sal demonstra grandes benefícios em relação a prevenção contra o câncer. Além disso, abusar das verduras, legumes, frutas e cereais integrais, por serem ricos em antioxidantes, auxilia a defesa do corpo a destruir agentes cancerígenos, podendo ajudar a reverter estágios iniciais de câncer", afirma a nutricionista.

Ajuda contra as doenças cardiovasculares

Essa enfermidade está ligada ao consumo excessivo de gorduras, pois ela eleva o nível de colesterol no organismo. "Neste caso o ideal é inserir na dieta fibras que impedem o depósito de gordura nas artérias, como por exemplo, as presentes nas proteínas vegetais, aveia e outros cereais integrais, sementes e oleaginosas", explica Cyntia.


Combate a Obesidade

De acordo com números da ONU, a obesidade contribui para quatro milhões de mortes todos os anos. Nestes casos os vilões são os alimentos industrializados, de baixo valor nutricional, ricos em gordura saturada e carboidratos simples. "Toda reeducação alimentar leva um tempo, mas precisa ser feita aos poucos. Substituir o refrigerante pelo suco natural, as frituras por assados, e ingerir mais vegetais e frutas ao dia pode ajudar a ter uma refeição mais saudável sem perder o sabor", comenta Maureen.


Aumenta a imunidade

Os trilhões de micro-organismos que vivem dentro do corpo são, cada vez mais, reconhecidos como cruciais para a saúde em geral: não só ajudam a digerir os alimentos, mas também produzem nutrientes e fortalecem o sistema imunológico. "Uma alimentação isenta de alimentos cárneos contribui para manter nossa flora intestinal em melhor funcionamento e colabora para que os micro-organismos trabalhem com mais eficácia", pontua a consultora.

Marca tendência quando o assunto são produtos livres de origem animal e conservantes, a Superbom está alinhada com o conceito de saudabilidade e dissemina a cultura do estilo de vida saudável a partir da ideia de que quem se alimenta melhor pode garantir mais qualidade de vida e longevidade.


Estudo da Unifesp mostra relação dos hormônios do apetite e os distúrbios de humor em mulheres na pós-menopausa

Os índices de depressão e de ansiedade, que já cresciam e preocupavam autoridades do Brasil e no mundo em geral, ano após ano, têm aumentado ainda mais em consequência das incertezas e dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19. Há quem diga, inclusive, que lidamos atualmente com duas pandemias, a de Covid-19 e a dos distúrbios mentais. Nesse sentido, dois estudos realizados pelos Departamentos de Fisiologia, Psicobiologia e Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), trouxeram informações relevantes acerca da relação entre os distúrbios do humor e os hormônios do apetite, principalmente em mulheres na pós-menopausa.

"Apesar da depressão e da ansiedade serem patologias conhecidas e muito estudadas, pela sua complexidade e íntima relação com nosso sistema nervoso central as causas destes distúrbios mentais ainda não são completamente entendidas, o que pode dificultar o tratamento correto. Em dois estudos, pudemos observar, por exemplo, que além do excesso de peso, a grelina, que é o hormônio da fome, e a leptina, hormônio da saciedade, estão intimamente relacionados com a depressão e ansiedade, em mulheres na pós-menopausa", explica Maria Fernanda Naufel, pós-doutoranda em nutrição pela Unifesp e uma das responsáveis pelos estudos. Os artigos foram publicados nas revistas Scientific Reports e Menopause .

No estudo veiculado no periódico Menopause Journal, foram incluídos tanto mulheres na pré-menopausa, com idade entre 40 e 50 anos e que representaram o grupo controle, quanto mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 65 anos. Já no estudo publicado no periódico Scientific Reports, foram incluídos somente mulheres na pós-menopausa, com idade entre 50 e 65 anos, que apresentavam algum grau de depressão, excluindo, portanto, aquelas não deprimidas.

Em ambos os estudos foram analisadas medidas antropométricas por meio de bioimpedância avançada. Sintomas de depressão e ansiedade foram avaliados por questionários. Também foram dosados inúmeros parâmetros bioquímicos e hormonais por meio de amostras de sangue e saliva, além de parâmetros clínicos.

"Entre os principais resultados, constatamos que, além da obesidade total, obesidade abdominal, avançar da idade e resistência à insulina influenciarem de forma expressiva em quadros de depressão e ansiedade, observamos que a leptina e a grelina são fortes preditores independentes, que se associaram positivamente e respectivamente com a ansiedade e depressão, na população estudada. Ou seja, averiguamos que quanto maiores os índices de leptina maiores os sintomas de ansiedade e quanto maiores os níveis de grelina acilada (antes chamada de grelina ativa) maiores os sintomas de depressão, em mulheres na pós-menopausa", destaca Maria Fernanda.

De acordo com a pesquisadora, "estudos já haviam encontrado receptores de grelina e leptina em zonas do cérebro responsáveis pela regulação do humor, e por meio de nossos estudos foi possível observar uma estreita associação entre estes hormônios do apetite e distúrbios mentais."

Apesar de constatar a relação dos hormônios da fome e saciedade com a depressão e a ansiedade, Maria Fernanda ressalta que ainda não é possível concluir se estes efeitos são positivos ou negativos para o humor. "Essa associação pode refletir tanto uma resposta fisiológica do corpo tentando lutar contra a depressão e ansiedade - neste caso, os hormônios estariam atuando como antidepressivos ou ansiolíticos -, quanto podem ser um fator causal destas patologias. Estudos experimentais levam a crer que estes hormônios auxiliam na melhora dos distúrbios de humor, contudo, mais estudos em humanos são necessários para se chegar a uma conclusão."

Outros resultados constatados nos estudos incluem o fato de mulheres na pós-menopausa apresentarem maiores índices de depressão, ansiedade, obesidade total e obesidade abdominal, quando comparadas às mulheres na pré-menopausa. "Assim, é de suma importância monitorar o ganho de peso e alterações de humor em mulheres na pós-menopausa, para um diagnóstico e tratamento precoce, preservando com isso a qualidade de vida", conclui a pesquisadora da Unifesp.

 

Nutróloga do GRAACC alerta para a importância da alimentação saudável na imunidade das crianças

• Adotar uma dieta saudável com o consumo regular de frutas, verduras, legumes e oleaginosas pode auxiliar na redução do risco de infecções.

• Alimento que será consumido cru deve ser lavado e deixado em solução de hipoclorito de sódio por, aproximadamente, 10 a 20 minutos. Depois, enxaguá-los com água para o consumo.

• Preparar pratos coloridos é uma boa indicação para que não faltem os principais nutrientes. Alimentos vermelhos como tomate e morango são ricos em licopeno; os brancos como leite e derivados, têm boa concentração de cálcio; amarelos e laranjas como mamão, laranja e cenoura possuem vitamina C e betacaroteno.


A pandemia de Covid-19 colocou a população mundial em alerta e despertou nas pessoas a importância de cuidar da saúde da família e manter o sistema imunológico em alta. Essa máxima tem ainda mais relevância para indivíduos de grupos de risco delimitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como, por exemplo, idosos, doentes crônicos e imunossuprimidos.

A boa imunidade não consegue barrar o contágio, porém é percebida como uma grande aliada para os dias atuais e algumas atitudes e mudanças de hábitos alimentares podem auxiliar na manutenção e recuperação do sistema imunológico.

"O consumo diário equilibrado de porções de frutas, legumes e verduras nas refeições auxilia na melhora na imunidade e, consequente, na prevenção de doenças. As vitaminas como a C e as do complexo B, além de minerais como zinco, selênio e cobre, contribuem significativamente com o bom funcionamento do sistema imune", orienta a Dra. Marise Yago Rodrigues Sahade Moretti, responsável pelo serviço de Nutrologia do Hospital do GRAACC, referência no tratamento de casos de alta complexidade de câncer infantojuvenil.


Cuidados com a Higienização dos alimentos

Tudo começa com a higienização das mãos, fundamental para iniciar qualquer processo de manipulação de alimentos seja na limpeza ou no preparo. Com legumes, verduras e frutas, consumidas cruas, o ideal é lavá-las e deixá-las em solução de hipoclorito de sódio por, aproximadamente, 10 a 20 minutos. Depois, enxaguá-los com água para o consumo. Alimentos que serão cozidos ou consumidos sem casca devem ser apenas lavados, se possível, com água e sabão.

"É importante utilizar álcool 70% em todas as embalagens de produtos que chegam das compras, para limpar bem as superfícies antes de guardar em armários ou mesmo utilizá-las. É um cuidado básico que deve ser feito principalmente em locais com pessoas de grupos de risco", destaca a nutróloga.


Vá pelas cores

Preparar pratos coloridos é uma boa indicação para que não falte nenhum nutriente ou, pelo menos, que a maioria deles esteja presente na refeição. Quanto mais colorido o prato, maior será a oferta de nutrientes. "As cores indicam propriedades dos alimentos como, por exemplo: alimentos vermelhos como tomate e morango são ricos em licopeno; os brancos como leite e derivados e banana, têm boa concentração de cálcio e potássio, respectivamente; amarelos e laranjas como mamão, laranja e cenoura possuem vitamina C e betacaroteno, entre outras cores, além dos grãos, sementes e oleaginosas com antioxidantes, fibras e diversas vitaminas e minerais", explica Dra. Marise.


Rotina atribulada

Manter uma dieta equilibrada com as rotinas diárias cada vez mais atribuladas e dificultadas, por conta da pandemia, não é tarefa fácil. Com a correria e a necessidade das pessoas em encontrar mais tempo para realizar todas as atividades do dia, o consumo desregrado de petiscos, fast food e outros alimentos ultraprocessados ricos em gordura, sódio e açúcar ganham cada vez mais espaço, o que não é nada recomendado, principalmente para as crianças.

"Uma boa dica é preparar grandes quantidades de refeições no fim de semana, por exemplo, e congelar em porções para serem consumidas ao longo dos dias. A refeição está pronta, é só aquecer. Outro caminho, principalmente no lanchinho das crianças, é oferecer alimentos saudáveis como queijo branco e frutas mesclando essas opções entre biscoitos, bolinhos e petiscos", aconselha Dra. Marise.

A nutróloga do GRAACC também orienta pais e responsáveis de crianças que não comem bem e rejeitam legumes e verduras. "Cozinhe as hortaliças junto com outras preparações que são bem aceitas e procure oferecer diariamente pequenas porções de verduras ou legumes para a criança ir se acostumando com essa rotina. Mas lembre-se: alimentação saudável é benefício para todos e ser exemplo para as crianças é fundamental para a criação de bons hábitos alimentares", diz.


Direto na fonte

Fontes dos principais nutrientes que contribuem com o fortalecimento da imunidade.

Cobre - sementes e oleaginosas

Selênio - castanha do Pará, gema de ovo, semente de girassol e trigo

Vitamina A - cenoura e hortaliças como couve, espinafre e rúcula

Vitamina C - frutas cítricas como laranja, limão, acerola, caju

Vitamina D - fígado, peixes, gema de ovo, além da exposição ao sol

Zinco - carne bovina, feijão, grão de bico, peixes, aves

 

 

GRAACC

http://www.graacc.org.br


O papel da alimentação no agravamento de doenças degenerativas e emocionais

 Com base em estudos científicos, médico faz alerta sobre o risco de alimentos na saúde física e mental


A frase "somos o que comemos" traz à tona a responsabilidade que devemos ter todas as vezes que escolhemos o que comer. Doenças como depressão, TDAH, Alzheimer, Parkinson e outros transtornos estão diretamente relacionadas às substâncias que ingerimos na nossa alimentação. Essa foi a conclusão que o Dr. Dirceu de Lavôr Sales, médico e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa em Saúde (IEPS) e que estuda há cerca de 40 anos a influência dos alimentos em nosso organismo, chegou a avaliar inúmeros trabalhos científicos.

Para o especialista, uma alimentação equivocada e não balanceada pode gerar doenças irreversíveis. Segundo ele, organismos internacionais e o Instituto Nacional do Câncer- Inca atestam, por exemplo, que 35% de todos os tipos de câncer existentes no mundo são gerados pela alimentação. "O que nossos pacientes sabem a esse respeito? Existe alguma campanha para informá-los sobre essa realidade?", indaga o médico.

De acordo com o médico, a gordura trans, o corante alimentício e até mesmo o leite são um dos maiores responsáveis pelas doenças degenerativas e emocionais. Em seu levantamento, o médico identificou que a gordura trans altera a capacidade de comunicação entre os neurônios, diminuindo o seu desempenho mental, fator que está associado ao aumento de índices de transtornos depressivos, diretamente relacionados ao desenvolvimento do Alzheimer.

Os corantes alimentícios, por sua vez, afetam diretamente problemas comportamentais nas crianças, como agressão, Transtorno de Déficit de Atenção (ADD) e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). "Isso acontece porque as moléculas de corantes sintéticos são pequenas e o sistema imunológico tem dificuldade de defender o corpo contra elas.", explica o Dr. Dirceu de Lavôr.

Já outro alimento, que é considerado "herói" na alimentação, o leite, é, segundo o especialista, responsável pela geração e agravamento de doenças inflamatórias, alérgicas e neurodegenerativas. "O que afirmo vai de encontro ao interesse de muitos e, mais ainda, ao entendimento da população. Mas o fato é que o leite, assim como tantos outros alimentos, é posto como inofensivo, mas na realidade são vilões da nossa saúde", finaliza o médico.


Pré-cadastro para vacinação contra a Covid-19 já pode ser feito pelo WhatsApp

  Integração das informações com a plataforma Vacivida, no site Vacina Já, será realizada pela Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo 

  

A partir desta quarta-feira (7), o Governo de São Paulo, por meio das secretarias estaduais de Comunicação e Saúde, em parceria com o Whatsapp, disponibiliza aos cidadãos a possibilidade de realizar o pré-cadastro da vacinação contra a Covid-19 pelo aplicativo de mensagens.  

A integração das informações passadas pelos usuários ao canal oficial do Estado no WhatsApp à plataforma Vacivida é feita pela Prodesp - empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo -, que também é responsável pelo site Vacina Já – www.vacinaja.sp.gov.br - e pelo aplicativo Poupatempo Digital. Em qualquer um dos canais, o cidadão pode realizar o pré-cadastro e garantir mais agilidade durante o atendimento nos postos de vacinação.   

Importante destacar que apesar de não ser obrigatório, o pré-cadastro permite ao cidadão uma economia de até 90% no tempo de permanência no ambiente de imunização. “A Prodesp tem se empenhado em desenvolver soluções para auxiliar no combate à pandemia e o pré-cadastro é uma das ações que contribuem para isso, dando celeridade ao processo de vacinação em todas as regiões do Estado”, afirma André Arruda, diretor-presidente da Prodesp.   

Até o momento, cerca de 5,6 milhões de pessoas já efetuaram o pré-cadastro pelo Vacina Já. Com o incremento do WhatsApp, o objetivo é tornar o processo ainda mais acessível, até mesmo para quem tem pouca familiaridade com tecnologia, além de oferecer informações confiáveis sobre o programa de imunização no Estado, incluindo o calendário de vacinação, dados do Plano São Paulo e tira-dúvidas sobre o coronavírus.   

O canal de comunicação do Governo de São Paulo no WhatsApp foi desenvolvido gratuitamente pela empresa Take Blip, provedora oficial de soluções para o WhatsApp Business. O projeto também conta com o apoio da Microsoft.   

Para acessar o serviço no WhatsApp, basta adicionar o número +55 11 95220-2923 à lista de contatos e enviar um “oi” ou clicar no link wa.me/5511952202923?text=oi . 

 

Sistema educacional brasileiro está na UTI e só um plano diretor urgente pode minimizar a catástrofe’, diz diretor do Iteduc

Relatório do Banco Mundial aponta que Brasil é um dos países que terá maior aumento na pobreza de aprendizagem no mundo, e que pode perder, em um ano, os avanços educacionais que levou dez anos para conquistar. O especialista Ismael Rocha, doutor em educação e diretor acadêmico do Institute of Technology and Education, é enfático ao afirmar que se medidas urgentes não forem tomadas, teremos uma geração inteira com déficit de aprendizagem


Em tempos em que as aulas são mediadas pela tela de computador ou smartphone, a educação básica brasileira encontra-se na UTI. Essa é a visão do especialista e doutor em educação Ismael Rocha, diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), instituição pioneira na capacitação de professores de educação básica para o ensino online e híbrido.

O especialista é enfático ao afirmar que se não for criado o mais rápido possível um plano diretor para minimizar a catástrofe que se tornou a educação brasileira, ‘o preço a ser pago será muito alto’. A situação já preocupa, aliás, como aponta Relatório do Banco Mundial sobre os impactos da pandemia na educação básica, divulgado esse mês. O estudo mostra que, com o fechamento prolongado das escolas, 70% das crianças brasileiras do ensino fundamental vão ter severas dificuldades em ler e compreender um texto simples.

Na opinião de Ismael Rocha, do Iteduc, o aumento absoluto da pobreza de aprendizagem no Brasil (indicador medido pelo número de crianças de dez anos com dificuldades severas em leitura) tem relação não apenas com a pandemia, mas com a ausência de um projeto educacional do Estado.

Para o especialista, as falhas apontadas na educação básica causadas pela pandemia são mais acentuadas no Brasil, devido à falta de planejamento do Estado. “A baixa qualidade do ensino está diretamente ligada a uma série de fatores: falta de estrutura física, professores mal preparados, alimentação inadequada e alunos sem suporte sócio emocional são apenas alguns deles ”, indica. “E é importante destacar que a educação faz parte de um processo de construção, onde alunos e professores fazem parte de um conjunto”.

E os prejuízos para a educação em decorrência da covid-19 são gigantes, na visão do diretor acadêmico do Iteduc. “Estamos assumindo um passivo que levará pelo menos uma geração para ser mitigado”, afirma o especialista. “Nos últimos 13 meses, boa parte das escolas públicas não entregaram aos seus estudantes a oportunidade de construírem seu processo de aprendizagem porque não houve qualquer atividade escolar, tanto por falta de infraestrutura como pela falta de preparação dos professores para lecionar no atual contexto”, explica Rocha.  “Entre as escolas particulares, poucas delas conseguiram ensinar, mas muito longe do ideal; e apenas uma porcentagem das instituições de elite conseguiu produzir algo minimamente aceitável,  na esfera do ensino remoto”, avalia o especialista.

“Teremos nos próximos anos, uma geração com um déficit de aprendizagem que, se não for criado agora um plano diretor para buscar minimizar esta catástrofe, o preço a ser pago será muito alto”, afirma Rocha.

O resultado desse cenário, segundo ele, é que a pandemia exacerbou a exclusão social no País, uma vez que a educação seria o principal agente para diminuir as desigualdades e também um motor para o pleno desenvolvimento do aluno, preparando-o para a cidadania e capacitando este aluno para o trabalho.

Mas, diferente do que muitos imaginam, o especialista afirma que o ensino híbrido representa um enorme avanço para a educação e que o sistema de ensino ideal é justamente aquele que prevê parte da rotina remota e outra parte presencial. “Isso vem acontecendo em alguns dos países que detém as melhores posições no ranking global de educação básica da OCDE, como a Finlândia, por exemplo”, conta ele. “No ensino híbrido, há o desenvolvimento de várias das principais competências esperadas para o término do Ensino Médio, como a capacidade em resolver problemas, autonomia e a capacidade de trabalhar em grupo”, enfatiza.

E o especialista lembra ainda que os alunos são muito mais abertos ao ensino, quando ele é feito com as metodologias mais modernas, como a neurociência aplicada à educação, o uso de games e das metodologias ativas, capazes de transformar as aulas em experiências de aprendizagem mais significativas para os estudantes.

Essa ótima adaptação dos estudantes para o ensino híbrido acontece, segundo Rocha, porque as crianças e jovens são nativos digitais e, por isso, a transformação tecnológica do ambiente escolar é um investimento mais do que necessário.  “Com um ensino híbrido de excelência e o uso dos métodos pedagógicos 5.0, haverá nas salas de aula alunos mais motivados e mais envolvidos na relação ensino-aprendizagem”, analisa.

“A consequência direta é estudantes que aprendem mais e têm uma trajetória de maior sucesso na sua jornada escolar, com evasão baixa e autoestima em alta”, explica. “Com isso, haverá uma espiral ascendente na educação básica brasileira.”

Para driblar a falta de acesso da internet, que atinge cerca de 40 milhões de crianças e jovens brasileiros, o diretor acadêmico do Iteduc indica que há alternativas para o problema. Ele cita por exemplo que o Brasil é um dos países democráticos com maior número de rádios e TVs estatais “Se insistirmos em construir nossa plataforma de ensino virtual calcada em internet de banda larga, estamos excluindo um significativo número de crianças e jovens desta dinâmica”, observa Rocha. ” As rádios e TVs podem levar a educação a todas as crianças e jovens”, explica. “Porque por mais longínqua que seja a comunidade, por mais periférica, há ali um antena parabólica, um rádio de pilha”, conclui.

Sobre as perspectivas para a educação básica no Brasil, Rocha é enfático. “Tivemos impactos que ainda nem conhecemos no âmbito cognitivo, socioemocional e da saúde psíquica”, avalia. “E precisamos ter em mente que crianças e jovens são seres humanos em formação, para quem o isolamento social tem provocado um efeito desastroso, e  não HD’s onde eu plugo e descarrego uma série de informações”, alerta ele. “Se os aspectos socioemocionais não forem levados em conta, de nada vai adiantar os gestores decidirem pelo aumento da carga de matemática ou de língua portuguesa”, conclui.

 


Ismael Rocha - é diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), pioneira na capacitação de professores de educação básica para o ensino on-line e híbrido. É Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e especializado em avaliações escolares. Também é mestre em Sociologia, com formação complementar nos EUA, Canadá, Inglaterra, China, Malásia, Chile e México. Vice Presidente da World Vision Brazil e Climate Leader.

 

Iteduc - O Institute of Technology and Education 


Empresas se unem para doar mais de 5 mil concentradores de oxigênio

 Equipamentos serão utilizados para o tratamento de pacientes com Covid-19 em suas próprias localidades, evitando o deslocamento e sobrecarga de hospitais; a iniciativa atende a uma chamada pública da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia em apoio ao Ministério da Saúde, a logística dos itens ficará sob responsabilidade do SUS

 

Um grupo de 12 empresas se uniu em uma ação coletiva para viabilizar a doação de mais de 5.000 concentradores de oxigênio, que serão utilizados para o tratamento de pacientes com Covid-19 em suas próprias localidades, evitando deslocamentos para outras cidades e, consequentemente, a sobrecarga de hospitais. O concentrador de oxigênio é um equipamento que separa o oxigênio do ar e o fornece ao paciente em um fluxo direto e contínuo, contribuindo para a melhora de sua capacidade respiratória, uma das áreas mais afetadas pelas consequências da Covid-19.

Participam desta iniciativa as seguintes empresas: Bradesco, BRF, B3, Embraer, Gerdau, Grupo Ultra, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Marfrig, Natura & Co, Suzano e Unipar. O Grupo atendeu a uma chamada pública feita pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, em apoio ao Ministério da Saúde, para a aquisição de concentradores de oxigênio. A Air Liquide Brasil, líder mundial em gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde, fez a cotação geral para a importação dos equipamentos, ao custo total de R$ 35 milhões.

O uso dos concentradores doados nesta ação terá papel fundamental no combate à pandemia e consequente desafogamento do sistema hospitalar. Considerando que o tempo médio de uso do aparelho por paciente pode variar entre uma ou duas semanas, a expectativa é de que os mais de 5 mil concentradores atendam, mensalmente, entre 10 mil e 20 mil pacientes. Cada concentrador substitui, em média, 21 cilindros de oxigênio. Juntos, os equipamentos doados suprirão o equivalente a uma produção mensal de 1.100.000 metros cúbicos do insumo, volume que demandaria mais de 108 mil cilindros por mês para ser armazenado. A quantidade de oxigênio fornecida por meio dos concentradores contribuirá ainda para evitar a sobrecarga na capacidade produtiva da indústria de gases.

A praticidade no manuseio é outra característica de destaque no uso dos concentradores. Cada equipamento pesa aproximadamente 15 quilos e necessita apenas de energia elétrica para funcionar. Essas condições facilitam o transporte e uso, inclusive, nas regiões mais remotas do País. A durabilidade também é um diferencial destes equipamentos. Os concentradores doados têm uma vida útil estimada em sete anos.

Os mais de 5 mil concentradores de oxigênio adquiridos nesta ação serão entregues ao Ministério da Saúde, a quem caberá a responsabilidade de fazer a logística de distribuição dos equipamentos. A expectativa é que os aparelhos sejam enviados aos seus locais de destino no decorrer do mês de abril.

Com essa iniciativa coletiva, as empresas somam seus esforços no enfrentamento à pandemia de Covid-19, em um de seus momentos mais agudos no Brasil. As companhias participantes desta ação estão comprometidas com os esforços da sociedade para salvar vidas e com o apoio ao Poder Público, em suas diferentes esferas, nas ações de superação à crise sanitária.

 

Pandemia de covid-19 gera estresse e sobrecarga de trabalho médicos, mas reforça confiança dos pacientes na medicina

De um lado, o fortalecimento do elo de confiança e da credibilidade junto aos pacientes e familiares, além do reforço do compromisso individual com a medicina e com a saúde da população. De outro, fadiga, sobrecarga de trabalho e aumento do nível de estresse. Estes são alguns dos reflexos da pandemia sobre a rotina dos médicos que atuam na linha de frente de combate à doença causada pelo novo coronavírus. As constatações aparecem em pesquisa inédita realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada nesta quarta-feira (7).

A pesquisa ofereceu subsídios para campanha que o CFM lança nesta semana, como parte das comemorações pelo Dia Mundial da Saúde (7 de abril). Diante dos dados apurados, a autarquia decidiu chamar a atenção dos brasileiros e dos gestores para a necessidade de reconhecimento e valorização dos médicos do País, em especial dos que atuam na linha de frente da covid-19.

"O Brasil conta com mais de 520 mil médicos em condições de atender a população. No entanto, em muitos casos, faltam condições de trabalho e de estímulo que os levem a ocupar mais postos de trabalho dentro da rede pública e em áreas de difícil provimento. Contudo, esse cenário adverso não tem impedido que eles façam sua parte, atuando incansavelmente pela recuperação dos doentes", ressaltou o presidente do CFM, Mauro Ribeiro.

Estresse - Para a grande maioria dos médicos (96%), a pandemia causou impactos na vida pessoal ou profissional. As repercussões vão desde o comprometimento de horas que seriam dedicadas à família e ao lazer até à mudança na rotina de trabalho de consultórios e ambulatórios. Porém, além de transformar os fluxos nos locais de atuação, a pandemia também alcançou os lares e a saúde mental dos profissionais.

O aumento do nível de estresse foi relatado como principal impacto da pandemia por 22,9% dos médicos que responderam ao inquérito conduzido pelo CFM. Lidar com uma doença tão desconhecida também gerou em parte dos profissionais entrevistados percepções que incluem sensação de medo ou pânico, conforme indicaram, 14,6% deles.

Também houve relatos de alteração (para menos) no tempo dedicado às refeições, família e lazer (14,5%); e de comprometimento de horas de descanso, bem como no nível da qualidade do sono (7,6%); entre outros fatores. O impacto negativo nestes itens podem ter consequências no bem estar dessa população, pois podem agravar quadros de ansiedade e levar mesmo ao aparecimento da síndrome de Burnout.

Por outro lado, simultaneamente, há médicos que ressaltam que o novo cenário também reforçou seu compromisso com a medicina e com a saúde da população, fato indicado por 13%; fortaleceu sua imagem como médico diante da comunidade (6,2%); melhorou sua relação com os pacientes e outros profissionais de saúde (4,7%); e até estimulou a aproximação com as entidades médicas (3,7%).

Relação médico-paciente - Os médicos que responderam à pesquisa também indicaram mudanças no relacionamento com seus pacientes durante o último ano. Segundo eles, muitos pacientes abandonaram ou postergaram seus tratamentos. Isso foi o que informou quase um terço dos profissionais consultados.

O abandono dos tratamentos ou o não comparecimento às consultas podem estar entre as causas que levaram os entrevistados a fazerem uma relação entre a covid-19 e a rotina nos locais de trabalho. Segundo os que responderam ao questionário do CFM, entre os principais efeitos da crise sanitária há o entendimento majoritário de que a pandemia levou à redução significativa no número de atendimentos diários eletivos, seja por parte daqueles que atuam predominantemente no setor público (37,9%) ou no setor privado (42,8%).

Em contrapartida, cerca de 15% dos que trabalham com mais frequência na rede pública e 11,2% na privada apontam que o volume de atendimentos eletivos aumentou nesse período. Menos de 5% dos entrevistados, independentemente da natureza de suas instituições, disseram que não houve aumento nem queda no volume de consultas ou não souberam avaliar essa questão.

No entanto, os médicos informam que quando o atendimento eletivo (consulta ou procedimento) acontece um comportamento comum observado nos encontros é a exigência de mais tempo e atenção pelos pacientes, em especial para tirar dúvidas relacionadas a como prevenir e tratar a covid-19.

Além disso, segundo a opinião dos médicos, identificada pela pesquisa do CFM, a pandemia fortaleceu (16%) o elo de confiança estabelecido com os pacientes e familiares e tornou os pacientes mais (12,6%) receptivos às recomendações médicas. Além disso, foi relatado por 13,7% dos respondentes que o estresse gerado pela pandemia no paciente tornou tenso seu comportamento nas consultas.

Mercado de trabalho - A pesquisa trabalho trouxe ainda outro dado importante, na percepção dos médicos. A pandemia causou a perda de vínculos de trabalho para parte dos profissionais. Entre os que atuam a maior parte do tempo na rede privada, 11,8% tiveram essa percepção. No setor público, o percentual é ligeiramente menor: 10,4%. Outros ainda relatam que foi necessário fechar consultórios ou demitir funcionários por conta do impacto da covid-19 no cotidiano dos estabelecimentos. Essa realidade foi observada por 14,2% dos entrevistados do setor privado e 10% dos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para alguns, porém, a pandemia abriu espaço para oportunidades e novos vínculos de trabalho: 11,4% dos entrevistados da rede privada e 15,2% da rede pública compartilham dessa perspectiva. Apenas 3% declarou não ter observado qualquer impacto e 1% não soube avaliar ou disse se sentir indiferente às mudanças em seus locais de trabalho.


Contra desafios futuros, médicos apostam no incentivo à pesquisa e na valorização dos profissionais

Pelo menos 88% dos médicos ouvidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) acredita no surgimento de novas epidemias nos próximos anos. E para enfrentar possíveis desafios no futuro, quase 15% deles defendem que os médicos e outros profissionais da saúde sejam valorizados com a criação de carreiras específicas, enquanto outros 15% apostam na priorização de pesquisas científicas e desenvolvimento de tecnologias e produção de insumos estratégicos.

"A pandemia deixará para o Brasil uma lição inquestionável: precisamos estar preparados. Investir mais no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliar a capacidade de produção nacional de medicamentos e equipamentos, fortalecer o conhecimento científico e, sobretudo, valorizar a força de trabalho que tanto se dedica a oferecer atendimento de qualidade aos brasileiros", ressaltou Mauro Ribeiro, presidente do CFM.

Outra prioridade apontada pelos profissionais ouvidos pela autarquia é a necessidade de maior investimento público em saneamento básico (15%) e saúde (11,4%), além do fortalecimento da Atenção Básica (13%) e reforço no sistema de vigilância sanitária em portos, aeroportos e grandes eventos (12,3%). O aparelhamento de hospitais e centros de saúde e a ampliação da oferta de leitos de internação e de UTI também foram indicadas como necessidades prementes por 10,6% e 8,6% dos entrevistados, respectivamente.

Sobre as implicações futuras da doença para a medicina, pelo menos 22% disseram acreditar que a principal será a inserção cada vez maior da tecnologia a relação entre médico e paciente. Além disso, 20% disseram que a epidemia exigirá capacitação e preparo dos médicos.

Outras importantes consequências da pandemia apontadas pelos entrevistados são a consideração do fator humano como elemento fundamental para uma boa relação entre médicos e pacientes (17%) e a maior valorização e reconhecimento dos médicos como profissionais essenciais para a sociedade (13%).

Distribuição - A pesquisa, aplicada entre setembro e dezembro de 2020, ouviu cerca de 1.600 médicos cadastrados nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e que atuam nos setores público (22%), privado (24%) ou em ambos (54%). Foram selecionados indivíduos de forma aleatória com representantes em todos os estados do País.

A amostra, composta por homens e mulheres com idade média de 49 anos, respondeu a um questionário estruturado que obedeceu proporcionalmente a oferta de profissionais pelo Brasil. A maior parte atua no Sudeste (53%), Nordeste (21%) e Sul (16%). Outras 6% trabalham em unidades de saúde do Centro-Oeste e 5% no Norte do Brasil.

Responderam ao inquérito do CFM médicos que atuam em hospitais públicos e privados, centros de especialidades médicas, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), consultórios, clínicas e outros estabelecimentos. Em menor proporção, também foram ouvidos médicos com atuação na gestão dos serviços e no ensino e pesquisa.


10 sugestões para gestores evitarem o esgotamento emocional de suas equipes

O suporte à saúde emocional para colaboradores tornou-se um dos grandes desafios para gestores e lideranças em empresas, principalmente durante a pandemia


Em um momento em que somos confrontados com o isolamento e emoções nunca antes vivenciadas, cuidar da saúde mental não deve se restringir apenas a situações pontuais ou limite, como por exemplo, quando estamos diante de quadros clínicos como a própria ansiedade ou depressão. Esse deve ser um hábito presente no dia a dia, como comer, dormir, tomar banho, se hidratar e se exercitar.

De acordo com um levantamento da McKinsey de 2020, os desafios de saúde mental foram intensificados pelo impacto da crise COVID-19, que pode resultar em um aumento potencial de 50% na prevalência de problemas de saúde comportamental. Nesse contexto, qual o papel das empresas, em especial das lideranças? "Um líder pode influenciar todo um ambiente organizacional e, consequentemente, a saúde dos colaboradores envolvidos e é capaz incentivar a sempre darem o melhor de si, estimulando-os para que se sintam auto realizados e apoiados. Afinal de contas, é dever dos gestores trabalhar e assegurar, continuamente, o bem estar de seus liderados", comenta Michael Kapps, CEO da Vitalk, startup especialista em gestão emocional de empresas.
Além disso, destaca Kapps, a resiliência é uma característica essencial para empresas, e deve ser incentivada nos indivíduos e nas equipes. Para que isso ocorra, as lideranças precisam estar atentas às necessidades dos colaboradores, além de cultivar tolerância, acolhimento e escuta ativa.


A Vitalk preparou um e-book para ajudar os gestores a evitarem o esgotamento emocional e aplicarem boas práticas com seus times. Confira as principais abaixo. O material completo está disponível neste link, com dicas práticas e uma ferramenta para medir o nível de estresse individual.

1. Estabeleça limites claros para os horários de início e encerramento das atividades de trabalho;


2. Contemple também o tempo necessário para fazer refeições, fazer intervalos e pequenos descansos: evite "empilhar" reuniões e oriente a todos que façam o mesmo;


3. Seja compreensivo(a) com os imprevistos causados pela convivência das vidas doméstica e de trabalho. Embora os funcionários não precisem mais se deslocar, pode ser que atrasos ocorram por outros motivos;


4. Faça check-ins regulares com as equipes e crie oportunidades para que todos compartilhem suas experiências e dificuldades;


5. Lembre os colaboradores e as colaboradoras das capacidades que eles já possuem;


6. Esteja aberto para dar suporte a situações novas trazidas pelos(as) funcionários(as), mesmo que a empresa já disponha de diversos tipos de recursos. Cada caso é único e talvez seja necessário analisar situações individuais cuidadosamente;


7. Crie espaços diversos para que as pessoas se expressem. Conversas em grupo, individuais, pesquisas, formulários anônimos, etc. Permita que cada pessoa compartilhe suas aflições ou sugestões da maneira mais confortável para ela;


8. Considere oferecer recursos e treinamentos para incentivar a construção da resiliência individual e coletiva. Por exemplo, atendimento psicológico, cursos de mindfulness, inteligência emocional, comunicação efetiva, etc;


9. Certifique-se de que a cultura da empresa favorece a resiliência. Ou seja, que haja tolerância para o erro, acolhimento, suporte para quem tiver dificuldades, confiança entre as equipes;


10. Encontre maneiras e metodologias que favoreçam a autonomia dos indivíduos - recompense quando algo for bem feito.


MÉDICOS E DENTISTAS: A ação judicial com pedido de aposentadoria especial é a melhor saída? Entenda os prós e contras dessa ação.

A aposentadoria especial é um benefício previsto na legislação previdenciária e pode ser concedida aos segurados que trabalham expostos a agentes nocivos (químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes) que possam vir a prejudicar a saúde dos trabalhadores.

Esta modalidade de aposentadoria é devida quando cumprida a carência de 180 (cento e oitenta) contribuições ao segurado que tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua saúde. 

Em razão dessa exposição a agentes nocivos, a legislação prevê a concessão antecipada da aposentadoria, se considerados os requisitos exigidos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade, por exemplo.

Até a publicação da Lei n.º 9.032/1995, as atividades especiais eram caracterizadas por mero enquadramento, ou seja, apenas pelo fato de integrarem a categoria profissional de médicos ou dentistas, independentemente da especialidade exercida e o tempo trabalhado era computado como especial para fins de aposentadoria. 

No caso dos médicos e dentistas, o tempo de exposição habitual, permanente, não ocasional ou intermitente a agentes nocivos a ser comprovado é de 25 (vinte e cinco) anos. Após a Emenda Constitucional n.º 103, de 13/11/2019, a idade e o tempo de contribuição do segurado no caso concreto também podem vir a ser considerados.

O mais comum é que o INSS não conceda essa espécie de aposentadoria aos médicos e aos dentistas que trabalham em consultórios – próprios ou de terceiros, na qualidade de contribuintes individuais (autônomos) - de forma que a discussão, via de regra, acaba se dando pela via judicial. São milhares os casos judiciais atualmente aguardando solução na Justiça. 

É importante salientar que, em 08/06/2020, o STF julgou o Tema 709, com repercussão geral, que decidiu pela vedação da percepção do benefício da aposentadoria especial na hipótese em que o segurado permanece no exercício de atividades laborais nocivas à saúde (RE 791961). 

Caso o segurado requeira a aposentadoria e continue a exercer atividade especial, e em sendo constatada a situação pelo INSS, o pagamento da aposentadoria especial será cessado. Ou seja, o médico ou o dentista que trabalhou a vida toda nessas atividades, não pode obter a aposentadoria especial e permanecer trabalhando nas suas mesmas funções. O STF entende que se ele obteve a aposentadoria especial deve literalmente aposentar-se naquela função, podendo até trabalhar em outras atividades, mas jamais naquela função em que o próprio segurado afirmou que estivesse exposto a agentes nocivos. 

Se a intenção do segurado for realmente se aposentar (“ir aos aposentos”) e deixar de trabalhar ou até mudar de atividade, a ação continua sendo uma boa alternativa. 

Por outro lado, a decisão do ano passado trouxe uma grande insegurança jurídica e até uma dúvida àqueles médicos ou dentistas que obtiveram a aposentadoria especial pela via judicial, pois muitos deles pretendem continuar trabalhando na sua profissão e a sentença favorável pode impedi-lo por ser uma ordem judicial. 

A pergunta que se coloca é: Existe alguma alternativa? A resposta é positiva!

Embora seja sempre importante analisar o caso a caso, é possível que o segurado requeira administrativamente a conversão do tempo especial em comum, o que poderá majorar o valor do benefício comum (tempo de contribuição ou por idade, por exemplo), permitindo que o profissional continue a exercer as suas atividades como médico ou dentista sobretudo em consultório particular, sem qualquer infração à lei de benefícios. 

Todavia, a partir de 13/11/2019, passou a ser vedada a conversão do tempo especial em comum, nos termos do Tema n.º 942, de repercussão geral, julgado pelo STF com acórdão publicado em 24/09/2020 (ainda pendente de julgamento de Embargos de Declaração). Ou seja, apenas os profissionais vinculados ao INSS até 13/11/2019 (e que exerceram atividades especiais neste período) podem optar por essa alternativa.

Neste contexto, é importante que os profissionais avaliem suas relações com o INSS a fim de terem condições de programarem suas aposentadorias e a manutenção, ou não, do exercício de suas atividades profissionais. 

 


Maria Cibele de Oliveira Ramos Valença - sócia das áreas trabalhista e previdenciária do FAS Advogados


51% das crianças latino-americanas, incluindo as brasileiras, estão expostas diariamente à ataques de cibercriminosos

 Cabe ao pais ensiná-los como navegar com segurança 

 

Na região da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, cerca 51% das crianças entre 3 e 17 anos têm acesso à Internet em casa, segundo estudo da Unicef. Isso significa cerca de 77 milhões de crianças podem acessar qualquer tipo de conteúdo, desde informações para aulas na escola até sites falsos usados para roubo de dados e para espalhar vírus.

Embora as novas gerações sejam “nativas digitais”, boas no uso da internet e no acesso às novidades da rede, elas também estão mais sujeitas a ataques cibernéticos. A maioria dos adultos está ciente das ameaças à segurança, como solicitações de amizade de perfis desconhecidos e links maliciosos em anúncios de brindes gratuitos. Mas as crianças podem não perceber os perigos potenciais quando um estranho quer fazer amizade com elas nas redes sociais e acreditam genuinamente na oferta de presentes e benefícios. 

Independentemente do motivo, as crianças não nascem pré-programadas com a segurança da internet em mente. Por esse motivo, os pais precisam estar cientes do risco potencial para seu filho, bem como o de suas próprias informações.


Educação é a melhor prevenção

A melhor maneira dos pais protegerem seus filhos e a si mesmos por meio da informação. Por isso, a DigiCert compartilha algumas recomendações a serem levadas em consideração:


·      Ensine as crianças: converse com seus filhos sobre as ameaças digitais, as consequências de um vazamento de dados e o perigo de fazer amizades virtuais com desconhecidos.


·      Use as configurações de privacidade: explique para eles a importância das configurações de privacidade nas redes sociais e outras plataformas. Mostre como habilitar as configurações e sente-se com eles para fazer isso.


·      Atualizações e instalações: oriente seu filho a nunca fazer nenhuma atualização ou instalação de programas sem antes consultar você. 


·      Usem o computador juntos: peça para seu filho mostrar seus sites, jogos e redes sociais favoritas. Aproveite a oportunidade para exemplificar possíveis golpes de phishing ou outras ameaças.


·      Conta de usuário padrão: é uma boa ideia reter os direitos de administrador de seus filhos para limitar o que eles podem fazer e ajudar a diminuir os danos se a conta deles for comprometida.


·      Controle parental: ative os controles de pais nos dispositivos móveis de crianças e jovens para impedi-los de entrar em sites maliciosos ou com informações de adultos.


·      Deixe o computador perto de você: mantenha o computador da família em uma área de grande movimento da casa como a sala de estar ou a sala da família, para que você possa ocasionalmente verificar o que seu filho está fazendo.


·      Ensine-os sobre TLS: Transport Layer Security (TLS) é a tecnologia padrão para proteger uma conexão de internet criptografando dados enviados entre um site e um navegador (ou entre dois servidores). Mostre a seus filhos que esses certificados impedem que hackers vejam ou roubem qualquer informação transferida, incluindo dados pessoais ou financeiros.


·      Novos dispositivos: ao dar a seu filho um smartphone ou tablet pela primeira vez, use-o como uma oportunidade de ensino. Mostre como configurar senhas fortes e definir novas regras de quem pode ou não pode baixar aplicativos. Mostre a eles como aplicar a autenticação multifatorial, cujo objetivo é criar uma defesa em camadas de duas ou mais credenciais independentes: o que você sabe (senha), o que você tem (token de segurança) e o que você é (verificação biométrica). 

 


DigiCert

@digicert


Empresa precisa mudar regras para não ser mais áreas de transmissão de COVID-19

A crise do Covid-19 vai se manter ainda por algum tempo e as empresas terão que trabalhar se adequando ainda mais a essa nova realidade. Muitas empresas não tomaram cuidados adequados aos seus ambientes de trabalhos e infelizmente foram pontos de contágios dessa doença. Por isso, na retomada, que deve ocorrer nos próximos dias, essas devem realmente se adequar à nova realidade.

O que se observa facilmente nas empresas é que existem muitas pessoas que quebram os protocolos de cuidado, não usando máscara, sem manter o distanciamento necessário e não realizando a higienização adequada. A preocupação nesses casos deve ser da empresa, que deve se atentar para que as pessoas cumpram essas decisões. Lembrando que existem até riscos trabalhistas em relação ao tema.

Um ponto muito importante é que o exemplo deve vir de cima, ou seja, os diretores e gestores devem cumprir também essas normas, sendo exemplos para os funcionários. Mas é preciso uma atenção grande do RH, que deve notificar casos de falhas no processo por parte dos funcionários. Lembrando que essas regras devem ser reforçadas constantemente, lembrando que, com o tempo as pessoas ficam mais relaxadas.

Uma outra preocupação das empresas precisa ser com a limpeza e higienização das áreas comuns, que deverão ser imediatas no processo da retomada e frequentes a partir desse momento, minimizando os riscos de contágio. Também se deve ter uma preocupação extra com distanciamento dos funcionários e ventilação do ambiente, para minimizar as chances de contágio.

"Para as empresas é preciso estratégia, tendo que se preocupar com a higienização dos locais de trabalho. Primeiro ponto a ser levado em conta é como a empresa precisará intensificar o processo de limpeza, que precisa ser com maior frequência nas áreas comuns para garantir a higiene do local e preservar a saúde dos funcionários", explica Gabriel Borba, sócio da GB Serviços.

Borba acredita que a empresa tem que evitar ser um ambiente de proliferação como ocorreu até agora, com uma preocupação muito maior com as regras de acesso e de comportamento dos colaboradores. "Não adianta o funcionário ficar de quarentena em casa e ao voltar se contaminar, sendo que a empresa não está devidamente organizada, arejada e higienizada. Por isso, as empresas precisam agregar novos conceitos de distanciamento e regras rígidas, pois, não se pode mais aceitar a forma desregrada que foi regra até o momento", conta Gabriel Borba.

Um ponto é certo, todos torcem para que a retomada seja um sucesso, contudo, nada mais será como antes, com as empresas necessitando repensar vários pontos de sua atuação, valorizando ainda mais seus colaboradores.


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